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Deputados do PSL mandam recado a Mourão: “aborto não será legalizado”

Parlamentares afirmam que farão “resistência a estas pautas de esquerda”

Algumas declarações do vice-presidente Hamilton Mourão têm causado mal-estar no PSL. A principal dela parece ter sido sua fala, na semana passada, afirmando ser favorável que sejam ampliadas as possibilidades de interrupção da gravidez.

Trata-se de um discurso na contramão do que defendem os deputados do partido do presidente Jair Bolsonaro, que também se manifestou abertamente contrário sobre o tema na campanha eleitoral.

Nesta terça-feira (5), na abertura dos trabalhos da Câmara, cada deputado teve direito a um minuto de tempo para fazer seu primeiro pronunciamento na tribuna.

O deputado federal Filipe Barros (PSL/PR), que é evangélico e conhecido por seu ativismo pró-vida, fez questão de usar a oportunidade para dar um recado ao general. “Enquanto os deputados do PSL estiverem aqui, o aborto não será legalizado”, assegurou.

“Bolsonaro é contra o aborto e nós somos contra o aborto. A instituição competente para discutir é essa Casa. Não é pelo vice-presidente, não é pelo STF”, destacou, deixando claro que a nova legislatura está ciente das tentativas de Suprem em legislar.

Logo após seu pronunciamento, outros dois deputados do PSL, Chris Tonietto (PSL/RJ) e Leo Mota (PSL/MG) uniram-se a Barros para enfatizar seu rechaço. “Temos uma defesa intransigente em relação à vida, que começa na concepção. Faremos resistência a estas pautas de esquerda”, lembrou a carioca. Com informações do Gospel Prime.

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Igreja católica faz missa com oração contra Temer e deputados

Folheto distribuído em missa traz pedido de “Fora Temer!” e “Diretas Já!”

                    Igreja católica faz missa com oração contra Temer e deputados

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), já avisou que as reformas propostas pelo governo de Michel Temer serão “abordadas criticamente em missas e nas comunidades” católicas.

Porém, começou a circular pela internet a cópia de uma oração inusitada. “Senhor, vede o sofrimento do povo brasileiro, golpeado e traído pelo governo Temer e pela maioria dos deputados e senadores que retiram direitos constitucionais adquiridos, pedimos”, diz o texto impresso no panfleto distribuído na paróquia é a Nossa Senhora do Carmo, em Itaquera, zona leste de São Paulo.

O padre Paulo Sérgio Bezerra, responsável pela igreja é adepto confesso da Teologia da Libertação, movimento Católico de raízes marxistas. Um dos trechos da “Oração dos fiéis” recitada na missa por todos os presentes, critica os líderes da nação.


  Trecho do folheto da paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Itaquera (zona leste de SP), ganhou as redes sociais nesse fim de semana

Ele explicou ao UOL que sua própria igreja, “sempre teve essa linha mais crítica”.

 “A gente acaba trazendo o contexto atual para o contexto litúrgico, o que não fere as regras da própria Igreja sobre liturgia –de que as preces se originem no bafejo das sagradas escrituras, mas contextualizadas. Quando se faz isso, se pegam os fatos da vida, o momento litúrgico e se indica uma contextualização –o que há de mais atual, hoje, do que essa crise institucional e essas reformas que afetam os trabalhadores?”, questiona.

Num exercício teológico, defende: “Se não trazemos essas situações para a liturgia, para que servem as orações dos cristãos?”. O líder religioso acredita que é “missão da Igreja e dos padres despertar a consciência crítica do povo”.

 Afirmando não “se meter em política partidária”, explica que as orações não são ideia sua, mas  “elaboradas pela coordenação pastoral, que envolve leigos”.

O padre Bezerra, que lidera a igreja há 35 anos, garante ter o aval do bispo Manuel Parrado Carral, da Diocese de São Miguel Paulista, para as mensagens de teor político.

A imagem do folheto, distribuído na igreja dia 19 de março, se popularizou nas redes sociais esta semana. Em outros trechos, há uma convocação aos movimentos sociais de esquerda,  contra as reformas da Previdência e trabalhista. O final do texto traz as palavras de ordem “Fora Temer!” e “Diretas Já!”.

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DENUNCIADOS EM ASSEMBLEIA

 

Deputados de MG dizem sofrer perseguição religiosa

Segundo denúncias, dos 27 evangélicos que compunham o quadro da Fundação Cultural de Araxá (MG), 20 foram demitidos sem justificativa.

Acusados de improbidade administrativa pelo Ministério Público do Estado, ex-gestores da Fundação Cultural de Araxá apresentaram, na última quinta-feira, 6, suas defesas, em audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Eles alegaram estar sofrendo represália por denunciarem irregularidades de dirigentes e ex-dirigentes do Centro Universitário do Planalto de Araxá (Uniaraxá). Afirmaram, ainda, que estão sendo vítimas de perseguição religiosa, por serem evangélicos.

Um dos acusados, o ex-presidente da Fundação Cultural de Araxá, José Gino Borges, que é pastor, mencionou o desvio de R$ 800 mil, que teria sido realizado pelo reitor da Uniaraxá, bem como a prática de caixa 2, por parte de um funcionário da instituição, com arrecadação de R$ 480 mil, a partir da negociação de mensalidades com alunos inadimplentes. Segundo ele, ao deflagrar essas irregularidades, o grupo passou a ser perseguido na instituição.

José Borges reclamou ainda que teria sido acusado, sem provas, de prática de estelionato, pela promotora de Justiça e Curadora de Fundações na cidade, Mara Lúcia Silva Dourado, que está conduzindo o caso. Também questionou o fato de ele e outros ex-dirigentes da Fundação terem sido obrigados a devolver os salários recebidos em virtude de estar ocupando mais de um cargo. “A instituição é reconhecidamente de direito privado, permitindo essa acumulação. Além disso, há diversos funcionários na mesma situação que não receberam punição similar”, alegou.

O ex-diretor informou ainda que dos 27 evangélicos que compunham o quadro da Fundação, 20 foram demitidos sem justificativa. Dos que foram mantidos, dois foram coagidos a mudar de religião para preservarem seus empregos. “Contratei irmãos da igreja, de nossa confiança, somente à medida que as outras pessoas foram saindo. Mesmo assim, os salários desses novatos eram menores”, justificou.

Citando a Constituição Federal, o ex-diretor pedagógico, Ronaldo José Fonseca, questionou o fato de o Ministério Público (MP) ter reconhecido uma denúncia anônima como legítima, na medida que ela teria motivado as investigações e punições. “A Constituição assegura a livre manifestação do pensamento, mas veda o anonimato”, destacou. Segundo ele, a manifestação anônima é proibida pelo próprio MP, em seu regimento interno, conforme reforçado também no formulário de denúncias do site da instituição.

Requerimentos serão votados na próxima reunião

O deputado Durval Ângelo (PT) propôs oito requerimentos que serão apresentados e votados na próxima reunião da comissão. Um deles solicita pedido de providências por parte da Corregedoria do Ministério Público diante do fato de o marido da promotora ter prestado serviços para a instituição, sem a realização de processo licitatório.

O parlamentar cobrou ainda ações efetivas por parte da comarca local do Ministério Público em Araxá, alegando que teve uma "experiência negativa" com a instituição naquele município. A afirmação foi motivada por uma denúncia de pedofilia envolvendo membros daquela comarca, feita pelo deputado, que teria sido arquivada, mesmo diante de provas que apontassem para a acusação dos envolvidos.

Autor do requerimento, o deputado Vanderlei Miranda (PMDB), lamentou a ausência do Ministério Público na reunião. “Ao não comparecer, a promotora abre mão de pontuar as suas acusações, do direito ao contraditório, porque as acusações serão amplamente questionadas pelas pessoas que trazem até nós denúncia de perseguição religiosa”, ressaltou. O parlamentar, que questionou também o fato de a denúncia contra o grupo ter sido anônima, não se sentiu bem e precisou ser atendido por um médico da Casa. Segundo Durval Ângelo, o diagnóstico foi pressão alta, quadro que teria sido agravado pela discussão apresentada na audiência.

Data: 11/10/2011 08:41:49
Fonte: Jornal do Araxá – MG