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‘Kit Gay tinha aspectos ridículos’, diz José Serra

 

PorAmanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post

O candidato José Serra (PSDB) criticou o chamado “kit gay”, material de combate à homofobia que seria entregue nas escolas, mas foi suspenso pela presidente Dilma Rousseff, e pediu explicações sobre a sua elaboração ao seu criador, Fernando Haddad (PT) em uma entrevista à rádio Jovem Pan, nesta quinta-feira.

  • José Serra

    (Foto: Divulgação)

    Serra tem apoio do PV para concorrer à prefeitura

O tucano afirmou que o “kit gay”, que foi criado no Ministério de seu adversário político, tinha aspectos “ridículos”, avaliando que ele era inadequado para ser entregue à crianças nas escolas.

"Não quero nem entrar em detalhes, porque vão dizer que eu estou introduzindo (o tema na campanha), mas (o "kit gay") tinha aspectos ridículos e impróprios para passar para crianças pequenas", afirmou Serra, segundo o Estadão.

Os questionamentos vem agora à tona durante o período crucial que antecede às eleições de 2012, confirmando algumas previsões sobre as consequências do Kit na candidatura de Haddad, como por exemplo a do senador Magno Malta.

"O Haddad se derruba sozinho", afirmou. "Se a oposição colar isso nele, ele já nasceu morto". Ele acrescentou na época que os evangélicos e católicos iriam derrotar Haddad em São Paulo.

Os temas relacionados ao homossexualismo, aborto e outros assuntos pró-família são temas-chaves à uma crescente parcela da população, os evangélicos, que hoje são vistos como eleitores-chave para as eleições 2012.

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"Quem fez foi o Ministério da Educação quando Fernando Haddad era titular, então é natural que cobrem isso na campanha. Ele é quem tem que se explicar, não são os outros candidatos", disse Serra, o candidato do PSDB.

A polêmica do kit-gay

O kit, que estava programado para ser distribuído nas escolas púplicas, foi barrado por determinação da presidente Dilma Rousseff, em maio deste ano, que considerou que o governo não pode fazer propaganda de opção sexual.

“A presidente entendeu que o material não combate a homofobia. Para ela, não foi desenhado de maneira apropriada para promover o combate à violência, à humilhação e à evasão desse público da escola,” anunciou o próprio Haddad na época.

A decisão veio depois de grande pressão dos membros da bancada evangélica e católica, que se encontraram com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho para contestar os materiais do Ministério da Educação, da Cultura e da Saúde.

Os vídeos do material foram vistos pelos deputados evangélicos e depois vazados na internet e e causaram grande comoção por expor a homossexualidade ou, segundo os deputados, por “promovê-la” aos estudantes.

A cartilha anti-homofobia também será alvo de “medidas saneadoras” do Tribunal de Contas da União (TCU) impostas pelo ministro José Jorge, que considera “insatisfatória” a explicação da pasta quanto à destinação do kit.

O ministro aponta que o programa das cartilhas foi avaliado em R$800 mil e questiona o que foi feito das cartilhas e vídeos do kit. "Penso que o prejuízo ou dano ao erário está configurado ao menos em relação aos gastos públicos realizados na criação/confecção do referido material, estimado em aproximadamente R$ 800 mil", afirma.

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Dilma Rousseff mostra à Casa Branca um caminho autoritário

O Modelo Brasileiro de Obama

 

O presidente Obama recebeu a presidente Dilma Rousseff na casa Branca na última segunda-feira. Uma reportagem publicada antes do encontro dos presidentes fez a seguinte pergunta: “O que poderia Obama aprender da presidente Dilma?” A resposta otimista era: espera-se que não muito. Essa relação não é do interesse dos EUA.

Dilma Rousseff

Dilma é um exemplar da esquerda linha dura antiamericana que está unindo os países em desenvolvimento para cercear o poder dos EUA. Um dos principais objetivos da missão da presidente a Washington é a de ganhar o apoio de Obama para a ambição de Brasília de adquirir um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O apoio americano para esse esquema seria autodestrutivo, uma vez que o Brasil seria seguramente um voto contra os interesses americanos na ONU. Dilma Rousseff, ex-guerrilheira comunista, é uma firme defensora de ditaduras antiamericanas como a dos Castros em Cuba e a de Hugo Chavez na Venezuela. Ela apoiou os esforços dos mulás iranianos em adquirir capacidade nuclear ao mesmo tempo em que lidera um clube de nações que fazem pressão pelo desarmamento nuclear americano. Se o mundo fosse dividido entre os que estão conosco e os que estão contra nós, Dilma estaria do lado errado.

Obama também não tem nada a aprender do Brasil no campo econômico. Antes de Dilma assumir o poder no ano passado, o gigante país sul-americano parecia finalmente escalar para a sociedade dos países sérios. Lula, antecessor de Dilma, embora também fosse tradicionalmente um esquerdista, deu grandes passos no sentido de aprimorar o clima empresarial do Brasil e o prestígio entre os investidores, modernizando a infraestrutura, trabalhando em conjunto com organizações não governamentais e seguindo uma agenda econômica pró-crescimento moderada. A percepção de progresso ajudou o Brasil a ganhar a sede das Olimpíadas de 2016 e da Copa do Mundo de 2014, uma conquista suprema para uma população apaixonada por futebol.

Mas Dilma Rousseff reverteu completamente a política fiscal, criando restrições aos mercados, impondo consideravelmente mais burocracia e aumentando os gastos do governo. Assim como Obama nos EUA, o resultado tem sido um drástico declínio econômico. Durante o auge da administração de Lula, a confiança no comando do Brasil gerou previsões de crescimento econômico de longo prazo de 5% para cima. Mas sob a nova direção estatista da coalizão do governo liderada pelo PT, a economia fracassou, com um crescimento do PIB em 2011 de 2,7%, o menor da América do Sul.

Os prejuízos sofridos pelo país são de interesse dos americanos porque a opressão de Brasília sobre seu povo e sua economia serve como um alerta para a ameaça que um poder estatal desenfreado impõe sobre a democracia. O aumento da perseguição sobre o grupo conservador Tradição, Família e Propriedade (TFP) expõe os perigos da dissidência em um mundo que está rapidamente se secularizando. Fundada em 1960 para combater o comunismo e promover valores familiares, o TFP, que é bem conhecido em círculos de Washington por sua ativa filial nos EUA, é o principal oponente no Brasil das prioridades esquerdistas como aborto, a censura e as regulamentações que inibem os direitos de propriedade privada. Por se colocar no caminho do Grande Irmão, o governo foi atrás do TFP. Recentemente o Superior Tribunal de Justiça, um dos tribunais mais importantes do país, julgou em favor de um grupo dissidente, os Arautos do Evangelho. A decisão, que aconteceu sob grande pressão de autoridades da Igreja, incluindo um representante diplomático do Vaticano, está efetivamente amordaçando o TFP ao distribuir seus recursos entre dissidentes esquerdistas.

Essa história é importante porque o Brasil é agora a sexta maior economia do mundo e líder de uma coalizão de estados de segundo nível que busca vingança contra o que entendem como anos de imperialismo do “primeiro mundo” ocidental. A narrativa reflete visão espasmódica de “culpar primeiro os americanos” do presidente Obama. Brasília também mostra como as burocracias esquerdistas se movem para reprimir a dissidência por meio da censura e do confisco de bens ao deparar com a oposição pública. A confabulação desta semana entre Obama e Dilma foi mais para uma sessão de fotos entre dois esquerdistas que cochicham sobre como o mundo poderia ser se eles tivessem mais poder. É sobre o que já está acontecendo com o mundo.

Traduzido por Luis Gustavo Gentil do artigo doThe Washington Times: “Obama’s Brazilian model

Fonte: www.juliosevero.com

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CATÓLICOS ENTRAM NA BRIGA

 

Em manifestação contra o aborto, CNBB envia nota para Dilma

A Confederação dos Bispos do Brasil (CNBB) informou nesta quinta-feira, 16, que enviou à presidente Dilma Rousseff uma carta na qual condena o aborto e aborda a posição da ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Meniccuci, sobre o tema.

Escolhida neste mês para substituir Iriny Lopes no comando da pasta, Meniccuci afirmou em entrevistas que considera o aborto uma “questão de saúde pública” e que tem “convicção pessoal” sobre o assunto. Ela destacou, contudo, que defenderá a política do governo e que a legalização ou não do aborto deve ser resolvida pelo Legislativo.

O presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, disse achar “estranho” que a ministra tenha abordado o tema logo após ser indicada para o cargo.

“A presidente é livre para escolher os seus ministros. Claro que estranho logo, logo ao iniciar seu trabalho no ministério, já abordar uma questão que sabemos ser muito discutida na sociedade e, evidentemente, que há tantos outros temas muito mais importantes de serem tratados”, disse.

Procurada, a assessoria da Secretaria de Política para as Mulheres, até a última atualização desta reportagem, não se manifestaria sobre o assunto. A ministra está em viagem a Genebra.

Segundo ele, diante das declarações de Meniccuci, a CNBB resolveu reafirmar à presidente Dilma sua posição sobre o aborto. “Vamos enviar uma carta à presidente abordando esse tema e, sobretudo, mantendo nossa posição de que a vida merece respeito desde o seu início”, afirmou.

No dia em que assumiu o cargo de ministra, no dia 10 de fevereiro, ao ser perguntada sobre as críticas de líderes evangélicos a respeito de sua posição sobre a legalização do aborto, Eleonora Meniccuci respondeu: "Só quero dizer que o aborto inseguro é a quarta causa de morte materna e quinta causa do SUS [Sistema Único de Saúde]. O governo tem posição em relação a isso que é pública. E vamos trabalhar. Convicção é convicção, como já foi dito pela presidente."

Para o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, a declaração da nova ministra "incomodou muita gente", não apenas a Igreja Católica.

Camisinha

O arcebispo afirmou ainda que a CNBB é contrária à distribuição de preservativos durante as festas de carnaval. Damasceno Assis afirmou compreender que o governo faça campanhas contra o vírus HIV voltadas ao público homossexual, mas disse ser contrário à entrega de camisinhas.

“O governo deve estar preocupado com a saúde pública, a saúde dos cidadãos. É um dever dele. Muitas vezes ocorre transmissão maior, pelas estatísticas, no grupo de homossexuais. [Distribuir preservativos] evidentemente que não apoiamos. Evidentemente que [a CNBB] é contra”, disse.

Dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, disse que passou por uma situação “constrangedora” no carnaval passado quando estava em um ônibus em Barra das Garças (MT).

“Sentado dentro do ônibus colocaram no meu colo uns 30 preservativos. Quando disse que não precisava me obrigaram e me xingaram. Esse tipo de ação de governo não é por aí que estamos preservando as pessoas”, contou.

“Quando no final eu disse, olha, eu sou bispo. Ela ficou me olhando espantada, mas assim mesmo quis me obrigar [a receber as camisinhas] para eu distribuir aos meus filhos. Não entendeu a minha realidade”, complementou o bispo, bem humorado.

Lei da Ficha Limpa

Os bispos da CNBB também defenderam a validade da Lei Ficha Limpa, que proíbe as candidaturas de políticos condenados pela Justiça em decisões colegiadas ou que renunciaram a cargo eletivo para evitar processo de cassação.

Nesta quinta, o Supremo Tribunal Federal vai definir as regras que serão aplicadas aos candidatos em eleições a partir de outubro.

“A expectativa nossa é de que realmente o Supremo declare a constitucionalidade. A lei pode aprimorar e aperfeiçoar nosso sistema eleitoral. Agora, Ficha Limpa é apenas um passo. Um feito positivo na questão eleitoral”, disse o Cardeal Raymundo Damasceno Assis.