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O DISCÍPULO DE CRISTO DEVE ESTAR PRONTO A PERDOAR

 

Enviado pelo Pastor Djalma Gomes

paixao-de-cristo

O discípulo de Jesus deve estar sempre pronto para perdoar

O perdão, restaura a vida espiritual, social e emocional).

Mateus 18.21-35

Para Refletir:

“O perdão é um bálsamo que cura as feridas interiores, as feridas da alma, que revitaliza as relações humanas, que restaura a paz outrora perdida com Deus e com os homens”.

(autor desconhecido)

“Perdoar, é amar a Deus, perdoar é estar vivendo conforme a sua Palavra, perdoar é você fazer pelos outros o mesmo que Deus fez por você”

(autor desconhecido)

“Seja grande embora o crime, o perdão sempre é sublime”

Casimiro de Abreu

“Perdoar é devolver ao outro o direito de ser feliz”

(autor desconhecido)

“Perdoar é você devolver a você mesmo o direito de ser feliz”

Milcon Hilbert

É Fácil falar sobre o perdão até que se tenha alguém para perdoar

C.S.Lewis

Explicação do texto:

Alguns comentários exegéticos sobre o versículo 24.

TALENTO – (tálanton)  Medida de peso – (28,38kg – 30,27 kg).

1) O teólogo William Hendriksen faz o seguinte comentário sobre este versículo:  O tipo de talento a que provavelmente se faz referência aqui,equivalia a não menos de seis mil denários. Um operário ganhava um denário por jornada de trabalho (Mateus 20.2,13). Um operário precisaria de mil semanas para ganhar um só talento. Mesmo que um operário pudesse economizar todo o dinheiro que ganhou, ele não podia esperar acumular nem sequer dez talentos durante toda a sua vida. Um Sátrapa que ganhava cem vezes mais que um trabalhador comum durante toda a sua vida dificilmente somaria mil talentos. O que está em questão aqui neste versículo é que esta dívida seria impossível de ser quitada.

 

2) O Pastor Hernandes Dias Lopes em seu livro “Perdão”, apresenta o seguinte comentário sobre este versículo: Jesus usou uma hipérbole ao falar sobre a dívida desse homem.Ele devia dez mil talentos. Era impossível que uma pessoa devesse naquela época dez mil talentos. Um talento equivale a trinta e cinco quilos de ouro ou prata. Todos os impostos da Judéia, Peréia, Samaria e Galiléia durante um ano eram de oitocentos talentos. Dez mil talentos representavam todos os impostos da nação por treze anos. O que Jesus queria enfatizar é que aquele homem possuía uma dívida impagável. A promessa do devedor de quitar a sua dívida era absolutamente impossível  de ser cumprida. Aquele homem precisaria trabalhar cento e cinqüenta mil anos ganhando um denário por dia para quitar a sua dívida.

 

3) Na Bíblia de Estudo de Genebra encontramos o seguinte comentário: Um talento era a mais alta unidade monetária da moeda corrente, e era equivalente a seis mil denários ou dracmas. Uma tal soma de dinheiro era praticamente incontável.

 

4) O Teólogo Champlim faz o seguinte comentário: Um talento valia 6 mil denaria, pelo que o débito era de 60 milhões de denari. Os impostos anuais imperiais pagos pela Judéia, pela Iduméia e pela Samaria chegavam a apenas 600 talentos, e os da Galiléia e Peréia chegavam a apenas 200 talentos. Este débito era impossível de ser pago.

5) Estudo extraído da  Lição de uma revista de escola dominical: O texto nos fala do rei que perdoa a dívida do servo –(10.000 talentos = 174 toneladas de ouro) . Obs: O total anual de impostos que Herodes recebia de todo o reino era de aproximadamente 900 talentos.

Qual é o ensino que podemos extrair deste versículo?

Da mesma maneira como servo não podia pagar o seu senhor, nós não podíamos pagar pelo perdão de Deus. (Colossenses 2.13)

Devemos perdoar os nossos semelhantes como Deus nos perdoou. (Efésios 4.32/Colossenses 3.13).

Alguns comentários exegéticos sobre o versículo 28.

O Rev. Hernandes Dias Lopes, em seu livro “Perdão”, diz: “o mesmo homem que fora perdoado de uma dívida impagável de dez mil talentos, agora encontra um conservo que lhe devia cem denários, um valor insignificante, e não perdoa. Um denário era equivalente ao salário de um dia de trabalho,naquela época, e um talento a mais de 5.400 denários. Dez mil talentos representavam cento e cinqüenta mil anos de trabalho a um denário por dia.Cem denários representavam apenas três meses de trabalho”. 

Estudo extraído da  Lição de uma revista de escola dominical: O texto nos fala do servo perdoado que não perdoa a dívida do seu conservo – (100 denários = 30 gramas de ouro). Obs: o equivalente a alguns dias de trabalho.

O teólogo William Hendriksen faz o seguinte comentário sobre este versículo: “O mesmo servo que experimentara tão portentosa misericórdia, ao sair da presença do rei encontra um conservo que lhe devia cem denários. Em comparação com a grande dívida mencionada anteriormente, esta era uma mera bagatela. Os cem denários equivaliam a um seiscentésimo milésimo (1/600.000) da soma cancelada.”

Na Bíblia de Estudo de Genebra encontramos o seguinte comentário: O denário romano era o salário de um dia para o trabalhador (Mateus 20.2) e era equivalente à dracma grega (Atos 19.19). A soma devida pelo segundo servo ao primeiro nada é quando comparada à divida do primeiro servo para o rei, e era menos do que uma parte numa centena de milhares..

O Teólogo Champlim faz o seguinte comentário: O denário equivalia a um dia de trabalho (Mateus 20.1-16), o que equivale, mais ou menos ,a 80 centavos. Seu débito total, era de mais ou menos 80 cruzeiros, contrastando com isso, a dívida do primeiro, que calculadamente orçava em 40 milhões de cruzeiros, o que reduzido à expressão decimal seria 0,000002.

O texto nos fala da atitude do rei para com o servo que recebeu perdão, mais não soube expressar o perdão.

O perdão é uma graça que expressa a misericórdia de Deus – O rei e Senhor perdoador nesta parábola é uma alusão ao próprio Deus.(Daniel 9.9). Deus revela a sua misericórdia quando nos perdoa. Mas esta graça do perdão mediante a misericórdia de Deus é alcançada através das seguintes atitudes: a) reconhecimento da culpa (Daniel 9.8/ Salmos 51.3-4/ Lucas 15.17-19). A falta de reconhecimento da culpa torna inútil a nossa oração diante de Deus.Precisamos reconhecer as nossas culpas, os nossos erros. b) arrependimento e confissão (Salmo 51.1-2). Não basta reconhecer ser um pecador é preciso haver arrependimento e mediante esse arrependimento, uma confissão sincera para com Deus. (Salmo 32.5).c) O abandono do erro: Os erros precisam ser abandonados, para que possamos experimentar essa graça misericordiosa do perdão divino. (Provérbios 28.13/ II Crônicas 7.14).

 

O teólogo Charles R. Swindoll, em seu livro “Davi, um homem segundo o coração de Deus”, ao falar sobre o tema do perdão, faz o seguinte comentário: “Em vez de perdão completo, oferecemos perdão condicional. “perdôo você SE…” ou perdôo você LOGO QUE…”;Se você voltar e acertar tudo, eu perdôo você, ou “Se você admitir a sua parte no problema, então o perdoarei”. Isso é perdão condicional. Ele significa: “Estou esperando, como um tigre abanando o rabo. Você faz o seu movimento e eu vou determinar se está na hora de recuar ou atacar e morder”. O segundo tipo de perdão que é menos que perfeito é o perdão parcial “perdôo você, mas não espere que eu esqueça”.Ou: “perdôo você,mas saia da minha vida”. Ou ainda: “ Vou perdoá-la até a próxima vez”. Há muita gente disposta a perdoar… desde que não tenha de ver novamente a pessoa. O terceiro tipo é o perdão adiado. “Vou perdoar você,mas dê-me um tempo.Algum dia vou acabar perdoando você”. Esta é a reação comum de alguém que foi profundamente ferido…e cultivou essa mágoa durante longo tempo.

Conclusão

Amados, quando compreendemos a grandeza do perdão de Deus para conosco, somos levados a perdoar como atitude de gratidão para com aquele que nos perdoou em Cristo Jesus.

A falta de perdão aprisiona tanto o ofensor quanto o ofendido. Quando nutrimos mágoa no coração, tornamo-nos prisioneiros dos nossos próprios sentimentos.A falta de perdão é uma masmorra, uma prisão e um calabouço da nossa própria alma. Quando deixamos de perdoar, aprisionamos as pessoas e ficamos também cativos”

Hernandes dias Lopes

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A ilustração fotográfica foi inserida pelo autor do site

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., é autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.