Operação Hashtag prendeu brasileiros pretendiam realizar atos terroristas no país
por Jarbas Aragão
A Operação Hashtag, da Polícia Federal, foi deflagrada em 2016, revelando que brasileiros estariam planejando ataques terroristas no país. Em setembro do ano passado, foi apresentada à Justiça a primeira denúncia, envolvendo 10 pessoas.
Nesta segunda-feira (26), o Ministério Público Federal (MPF) formalizou a segunda denúncia, acusando cinco dos suspeitos originais. Um sexto já tinha sido condenado no primeiro processo, mas seguiu cometendo crimes.
As novas investigações fortaleceram as denúncias dos crimes de promoção ao terrorismo e associação criminosa. Caso sejam condenados, as penas podem chegar a 11 anos de prisão.
Os denunciados são Danilo Francini dos Santos, Sara Martins Ribeiro, Fernando Pinheiro Cabral, Leandro França de Oliveira, Gilberto Gonçalves Ribeiro Filho e Mohamad Mounir Zakaria.
O MPF identificou que todos eles usavam perfis em redes sociais e aplicativos de mensagens para disseminar os ideais do Estado Islâmico e planejavam possíveis ataques, que incluíam a possibilidade de um ataque durante a Olimpíada do Rio de Janeiro.
Ainda segundo o MPF, Sara Ribeiro recrutava outras mulheres para se juntarem ao grupo de terroristas no Brasil.
As prisões da Hashtag foram as primeiras feitas com base na lei antiterrorismo de 2016 e também as primeiras detenções por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico em solo brasileiro. Com informações G1
Durante enterros de mártires, coptas bradavam: “Com nosso sangue e alma, defenderemos a cruz!”
por Jarbas Aragão
Os cristãos do Egito, na maioria coptas, estão sofrendo grande pressão após o assassinado de 29 fiéis, incluindo várias crianças. Ameaçados de extermínio pelos jihadistas do Estado Islâmico e abandonados pelo governo, eles dizem que irão resistir até o fim.
“Temos orgulho de morrer sem negar a nossa fé [em Jesus]”, disse o bispo Makarios, o principal líder copta de Minya, no fim de semana.
No sábado, homens armados forçaram os cristãos que estavam em dois ônibus e uma caminhonete a caminho de um mosteiro a pararem. Retirados dos veículos, ouviram que se não renunciassem sua fé e se convertessem ao islã, morreriam.
A notícia que nenhum capitulou, nem mesmo entre as crianças, e por isso foram martirizados, enviou uma forte mensagem a todos os cristãos do país.
“Com nosso sangue e alma, defenderemos a cruz!”, bradava um grupo diante da Igreja da Sagrada Família, na aldeia de Dayr Jarnous. “Queremos justiça ou morrer como eles”, ecoaram outros. Ouviu-se ainda uma frase que mostra oposição direta ao credo islâmico: “Não há Deus senão Jeová, e o Messias é Deus!”.
Também chama atenção os relatos dos sobreviventes, que contam como as crianças tentaram se esconder sob os assentos de ônibus para escapar dos primeiros tiros.
Um menino pequeno, com cerca de 6 anos, disse que sua mãe o empurrou para debaixo de seu assento e o cobriu com um saco, explica a rede CBC. Uma jovem que se recupera no hospital disse que os agressores roubaram todas as joias e dinheiro que conseguiram antes de abrir fogo, matando os homens primeiro e depois algumas das mulheres.
Conquista jihadista
Desde o final do ano passado, quando anunciaram ao mundo que estavam chegando no Egito para conquistar, soldados do Estado Islâmico já mataram mais de 100 cristãos em uma série de ataques separados, incluindo atentados a igrejas e assassinatos premeditados.
O governo egípcio deu uma resposta tímida à onda de violência, decretando estado de emergência após as explosões durante a Páscoa. No final de semana realizou uma série de ataques aéreos contra supostas bases do Estado Islâmico na vizinha Líbia, mas sem eficácia comprovada.
Os coptas reclamam que o governo não está fazendo o suficiente para protegê-los de radicais e punir os responsáveis. Entre as muitas famílias que fugiram da Península do Sinai, ao Norte, a queixa é que não tiveram qualquer ajuda governamental para que possam recomeçar.
O caso mais conhecido é o de Nabil Saber. Ele saiu da aldeia de Al-Arish com a família e tentou se estabelecer em Port Said em fevereiro. Sem emprego nem apoio do governo, decidiu voltar para sua antiga casa e acabou morto pelos jihadistas.
Diferentes líderes mundiais condenaram o massacre de cristãos pelo Estado Islâmico, desde o Papa até o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas nenhuma ajuda financeira foi oferecida aos refugiados da Península do Sinai nem às famílias das vítimas.
Grupo no Egito pediu que muçulmanos fiquem longe de locais de culto cristão
por Jarbas Aragão
O líder do Estado Islâmico (EI) no Egito anunciou que o grupo extremista intensificará ataques contra cristãos. Ele advertiu os muçulmanos que se mantenham afastados de locais frequentados por cristãos, em especiais seus templos.
Esse alerta teria como objetivo evitar que os seguidores de Maomé morram em futuros ataques contra o que o EI chamou de “alvos legítimos”.
“Estamos alertando você para ficar longe de encontros cristãos, bem como as reuniões do exército e da polícia, e as áreas que têm instalações políticas do governo”, anunciou o líder do grupo islâmico que não se identificou. Sua fala foi reproduzida pelo jornal muçulmano online Al Naba e rapidamente se espalhou pelas redes sociais do país.
Dirigindo-se aos muçulmanos que não apoiam o EI, o líder jihadistas disse que não é aceitavam essa posição. “Esta é uma apostasia do Islã e eles têm que se apressar e se arrepender”, disse ele, exortando os egípcios a apoiá-los ou juntar-se a eles. Acrescentou que quando as autoridades levam a cabo uma campanha contra o grupo, toma medidas “contraproducentes” pois, como tal, acabam apenas “estimulando os [soldados] Mujahedeen” a lutar pelo verdadeiro Islã.
Desde que começou a perder força no Iraque e na Síria, os soldados do Estado Islâmico fortaleceram sua presença na África. A situação de instabilidade política no Egito pode ser um fator determinante para que os radicais muçulmanos retomem o controle do país.
A Irmandade Muçulmana, grupo simpatizante do EI, governava a nação até a queda do presidente Mohamed Morsi, em 2013. Destituído pelo exército, ele foi condenado à prisão perpétua enquanto a Irmandade Muçulmana foi proibida no país e reprimida pelo regime do atual presidente Abdel Fatah al-Sissi.
Há vários indícios que os jihadistas se aliaram com o Hamas, grupo palestino que domina a Faixa de Gaza, que faz fronteira com o norte do Egito. A retomada de poder em solo egípcio poderia resultar em uma escalada na violência no já conflitante Oriente Médio. Com informações das agências e do gospel prime