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Nobel de Física ‘está convencido’ de que existe vida extraterrestre

29/09/2010 14h46 – Atualizado em 29/09/2010 14h55

 

Frank Wilczek ponderou que ‘uma coisa é a vida e outra é a vida inteligente’.
Organismos seriam similares às bactérias extremófilas que há na Terra.

Agencia

Contra missão a Marte: 'A tecnologia da qual dispomos atualmente para enviar pessoas ao espaço é muito perigosa e muito cara'Contra missão a Marte: ‘A tecnologia da qual dispomos atualmente para enviar pessoas ao espaço é muito perigosa e muito cara’ (Foto: Marc Buehler/Flickr – Creative Commons, a-nc 2.0 genérico)

O Prêmio Nobel de Física de 2004, o americano Frank Wilczek, se mostrou nesta quarta-feira (29) convencido da existência de vida extraterrestre, "provavelmente", inclusive em nosso próprio sistema solar.

Em entrevista concedida à Agência Efe, Wilczek cogitou a possibilidade de que planetas como Marte, e talvez alguns satélites de Saturno, abriguem formas de vida, que seriam parecidas às bactérias extremófilas que habitam em condições ambientais extremas em alguns ambientes da Terra.

O Prêmio Nobel, que participa de um evento científico realizado em San Sebastián, no norte da Espanha, explicou que há tantos planetas e estrelas no universo que fica difícil "considerar que só um, a Terra, tenha vida".

De qualquer maneira, ele lembrou que "uma coisa é a vida e outra é a vida inteligente", uma qualidade que "requer muito tempo e uma série de condições" específicas. Segundo ele, haver todos esses ingredientes ao mesmo tempo "é difícil".

Wilczek não é favorável a organizar, no momento, missões tripuladas por humanos a Marte, já que "a tecnologia da qual dispomos atualmente para enviar pessoas ao espaço é muito perigosa e muito cara".

Por esse motivo, ele considera que até se pode enviar astronautas ao espaço, mas que seria melhor destinar o dinheiro "a outro tipo de coisas que têm mais prioridade".

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Planeta similar à Terra é descoberto e tem potencial para conter vida

 

Detecção foi feita por equipe de astrônomos norte-americanos.
Astro está localizado a 20 anos-luz de distância do Sol.

Do G1, com agências internacionais

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Um astro com apenas três vezes a massa da Terra foi detectado a 20 anos-luz, orbitando uma estrela da constelação de Libra conhecida como Gliese 581, uma anã vermelha. Astrônomos da Universidade da Califórnia e da Carnegie Institution de Washington afirmam que o planeta é o primeiro a apresentar potencial real para conter vida.

A descoberta foi divulgada nesta quarta-feira (29) pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos. O astro, chamado Gliese 581g, fica em uma região na qual os astrônomos julgam que um planeta pode apresentar água líquida para formar oceanos, rios e lagos. No local, a distância da estrela permitiria um ambiente com clima ameno, nem tão frio, nem tão quente.

Terra similarA ilustração mostra um formato possível para o exoplaneta que orbita a estrela Gliese 581, a apenas 20 anos-luz de distância da Terra. (Crédito: AP / Zina Deretsky / National Foundation of Science)

A órbita do planeta ao redor da estrela Gliese 581 dura pouco mais de um mês terrestre, com as possíveis estações de ano durando apenas dias.

Não é o primeiro planeta a ser descoberto na "zona habitável" da estrela. Em 2007, um outro exoplaneta, localizado próximo a mesma estrela, foi catalogado, também com potencial para ser conter vida.