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Como é a religião satanista?

Diferentemente do que se imagina, essa crença não estimula a adoração a Satã. O foco é no indivíduo: ele é “seu próprio deus” e “seu próprio demônio”

SUGESTÃO PC Siqueira

ORIGEM PAGÃ

Assim como outras religiões, há várias vertentes com diferentes versões do satanismo. A mais tradicional é a Igreja de Satã, criada em 30 de abril de 1966, por Anton LaVey, autor da Bíblia Satânica. A data marca o início do equinócio (momento do ano em que dia e noite têm a mesma duração) da primavera.

SEM MAGIA NEGRA

Anton LaVey (1930-1997) foi músico, fotógrafo forense e estudioso do ocultismo. De sua avó do Leste Europeu, herdou o interesse por magia negra e superstições. Mas esse aspecto quase não existe na Igreja de Satã – ele diz que a fundou por iniciativa própria, sem invocar nenhum espírito ou demônio.

100% ATEU

Satanistas não acreditam em Deus. Mas também não creem no Diabo, como seria de se imaginar. Ele é considerado uma invenção do cristianismo. O foco da crença é no indivíduo: cada um é “seu próprio deus” e “seu próprio demônio”. A melhor coisa a se fazer é aproveitar a vida ao máximo, sem a típica culpa comum em muitas outras religiões.

SEM CHORO NEM VELA

Apesar de ser uma igreja, não há rituais – nada de casamento, missa ou batismo. Aliás, satanistas não acreditam em batismos de crianças porque elas ainda não possuem livre arbítrio para escolher a religião que querem seguir. Para se converter à Igreja, basta ler os livros básicos, como a Bíblia Satânica, e concordar com as regras. O sigilo de Baphomet (o pentagrama de ponta-cabeça, que aparece na ilustra acima) não tem valor ritualístico, mas está presente na sede da Igreja de Satã.

VOCÊ QUER? VOCÊ PODE

O satanismo não estimula a “maldade”. Mas coloca a liberdade pessoal e a busca pelo prazer acima de tudo. O praticante deve tratar os outros como eles o tratam: gentileza gera gentileza, mas se rolar maldade ele pode revidar na mesma moeda. Além disso, a Bíblia Satânica incentiva a busca pela sabedoria: o indivíduo deve estudar sempre, ampliar os horizontes, conhecer ideias diferentes, para não ficar preso em ilusões.

MANUAL DE INSTRUÇÕES

Bíblia Satânica não é considerada sagrada, como a Bíblia é para os cristãos e a Torá para os judeus. É só um texto com as orientações e os mandamentos dessa filosofia de vida. Ela está dividida em Livro de SatãLivro de LúciferLivro de Belial e Livro de Leviatã. Cada um aborda um assunto, como amor, ódio, sexo, crenças e regras de vida.

SATANIVER

Não há feriados oficiais. Já que o foco da fé é no indivíduo, a data mais importante é o aniversário do praticante. Ele também pode adotar festas de outras religiões (como o Natal), se assim quiser. Outras datas especiais são ligadas à natureza: muitos satanistas celebram os equinócios, os solstícios (momento do ano com o período diurno mais longo) e o Halloween (cuja origem está ligada à época das colheitas).

 

Os nove mandamentos

1. Satã é indulgência, e não abstinência

2. Satã representa a existência vital e não idealizações espirituais

3. Satã representa a sabedoria pura e não o autoengano hipócrita

4. Satã representa a bondade com quem merece e não com os ingratos

5. Satã representa vingança em vez de oferecer a outra face

6. Satã representa responsabilidade para os responsáveis em vez da preocupação com os vampiros psíquicos

7. Satã representa o homem como apenas um animal (às vezes melhor, às vezes pior que aqueles que andam nas quatro patas), que, por causa de seu “desenvolvimento espiritual e intelectual”, se tornou o mais perverso de todos

8. Satã representa todos os chamados pecados, já que todos eles levam a recompensas mentais, emocionais ou físicas

9. Satã tem sido o melhor amigo que a Igreja [cristã] já teve, porque a manteve funcionando todos estes anos

Os nove pecados

1. Estupidez

2. Pretensiosidade

3. Solipsismo (a crença de que não existe nada além da experiência individual)

4. Autoengano

5. Conformidade extrema

6. Falta de perspectiva

7. Esquecer as manipulações do passado

8. Orgulho contraprodutivo

9. Falta de estética

CONSULTORIA Cidadão Jared McGhee, agente da Igreja de Satã

FONTES Site Church of Satan; livros The Secret Life of a Satanist: The Authorized Biography of Anton Szandor LaVey, de Blanche Barton, e Children of Lucifer: The Origins of Modern Religious Satanism, de Ruben van Lui

  Fonte: Super interessante
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Curandeiros sacrificam crianças e ONG cristã busca ajudar comunidade

Trabalho da instituição é resgatar crianças sequestradas para sacrifícios e apoiar as famílias das vítimas

Crianças africanas. (Photo by Jeff Ackley on Unsplash)

Um pastor de Uganda recentemente emitiu um pedido internacional de ajuda. Falando diante do parlamento da Austrália, Peter Sewakiryanga fez um sinal vermelho para o aumento dos sacrifícios de crianças em seu país.

O pedido de socorro pede que autoridades internacionais interfiram na questão, pois o governo diz não ter financiamento para abordar adequadamente o assunto, segundo informações da ABC News da Austrália.

Sewakiryanga se recorda de um caso onde três crianças foram sacrificadas pelos curandeiros. “Eu vi, com meus próprios olhos, três crianças que foram sacrificadas da mesma família”, disse ele ao Counterpoint do RN.

A dor da mãe que perdeu seus filhos ficou marcada em sua memória nos últimos 15 anos. Ainda que sejam comuns os sacrifícios com cabras e galinhas, alguns feiticeiros declaram que o trabalho fica “mais poderoso” quando se usa sangue de criança.

“Os feiticeiros acreditam que quando você sacrifica uma criança, obtém riqueza, obtém proteção, obtém algum tipo de bênção”, diz ele ao explicar os motivos que levam as pessoas até esses curandeiros.

“É uma forma de desespero que as pessoas têm por causa da pobreza e da doença.”

As crianças são sequestradas e levadas para serem sacrificadas. “Eles cortam as partes do corpo e, na maioria das vezes, os traços faciais – podem ser orelhas, podem ser olhos expostos, nariz, línguas e, mais frequentemente, os genitais são cortados para as práticas”, revela o pastor.

Uganda garante a liberdade religiosa, mas o pastor pede ajuda internacional de instituições de direitos humanos para garantir a vida dessas crianças que são usadas nesses rituais.

O Kyampisi Childcare Ministries (KCM), instituição de caridade que visa acabar com o sacrifício de crianças, apoia as vítimas da brutal prática e processa os transgressores.

“O trabalho que fazemos é resgatar as crianças que estão quase nas mãos daqueles que provavelmente vão machucá-las. Para aqueles que foram mortos, vamos trabalhar com a polícia para encontrar os feiticeiros e nos certificar de que eles sejam levados ao tribunal por justiça”, declara Sewakiryanga.

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O avanço do Evangelho e a perseguição contra os cristãos

Dados revelam que houve um aumento acentuado nas restrições impostas por governos à religião.

O avanço do Evangelho e a perseguição contra os cristãos

Cristão de braços abertos diante da cruz (Foto: The Digital Artist)

À medida que o Evangelho avança mundo afora, alcançando os mais longínquos lugarejos e sendo ouvido por povos de todas as raças e línguas, mais explícita se torna a perseguição contra os cristãos.

Entendo que isso pareça controverso, mas é exatamente isso que acontece: quanto mais avançam no anúncio da mensagem de Cristo, maior se torna o ódio contra os que levam as Boas Novas. E posso afirmar, que em todo o mundo, não existe comunidade mais perseguida que a Igreja.

Alguns ainda insistem em negar a existência de uma intolerância colossal contra nós, cristãos, mas trata-se de algo inegável. Ao longo da história humana nenhum povo sofreu tanto como os seguidores do cristianismo.

Pra quem reputa a narrativa como teoria da conspiração, vale lembrar como morreram os discípulos de Cristo, que em quase sua totalidade foram vítimas de martírio. Pedro, por exemplo, que era um dos mais chegados do Mestre, foi morto crucificado de cabeça para baixo.

Filosofias, ideologias, doutrinas políticas e religiosas estão entre as motivações para prender, torturar e matar os cristãos. A intolerância contra o povo da cruz é perceptível a qualquer pessoa.

Somente nas mãos de regimes totalitários comunistas foram mortos mais de 15 milhões, com o objetivo de cumprir o ideal de Lênin, que era de “extirpar o cristianismo da face da Terra”. Mas esse objetivo não será alcançado.

Richard Wurmbrand, um pastor e escritor evangélico romeno, fundador da Missão A Voz dos Mártires, denunciou em sua obra “Marx and Satan” (Bartlesville, Oklahoma, The Voice of the Martyrs, 1986), a visão satanista de Karl Marx para a implantação do Comunismo.

Segundo estudo divulgado pela Pew Rearch Center, as pressões governamentais e sociais contra prática religiosas aumentaram, principalmente contra cristãos. Os dados são referentes ao período entre 2007 e 2017.

Os dados revelam que houve um aumento acentuado nas restrições impostas por governos à religião, o que inclui “leis, políticas e ações de funcionários do Estado que restringem crenças e práticas religiosas”.

A pesquisa corresponde ao alerta feito pela Portas Abertas, organização que há anos vem denunciando o aumento da intolerância religiosa contra os cristãos, alertando para o número crescente dos casos de restrições, assédio, violência e outras ações.

Países de maioria muçulmana são os que causam maior preocupação, o que faz do Oriente Médio e Norte da África os lugares onde a pressão contra este grupo religioso está em evidência.

Mas na Europa e África Subsaariana a intolerância cresce a cada dia, o que acende o sinal de alerta sobre como a missão nestes lugares deve ser intensificada. Atualmente há 73 países com altos níveis de perseguição contra cristãos.

A Portas Abertas aponta que existem mais de 245 milhões de cristãos perseguidos hoje no mundo. A Lista Mundial da Perseguição avalia o tema em 150 países, classificando os lugares onde as restrições são maiores.

E todo esse ódio foi predito por Jesus, que disse: “E, por causa do meu Nome, sereis odiados de todos.” (Mateus 10.22). Alertando que “lançarão mão de vós, e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões, e conduzindo-vos à presença de reis e presidentes” (Lucas 21.12).

Mas o que até então era negligenciado por autoridades mundiais, agora vem sendo denunciado pelos Estados Unidos e seus aliados, como Brasil e Israel. Os cristãos perseguidos ganham voz.