Universidade de Yale oferece um curso que ensina a ser feliz praticando gratidão, gentileza e intimidade. Ele já é o mais procurado nos 378 anos da instituição americana
APOSTILA Duas vezes por semana, o principal auditório da universidade lota de estudantes que querem viver melhor (Crédito: The New York Times)
MITOS E VERDADES Davi aprendeu nas aulas que ser gentil e grato pelas coisas boas da vida é mais importante do que ganhar muito dinheiro(Crédito:Divulgação)
As aulas ensinam que a felicidade tem menos a ver com circunstâncias da vida, como receber um bom salário, e mais com a prática cotidiana de ações que se mostraram cientificamente eficazes. Coisas como aumentar as conexões sociais, lembrar-se dos aspectos bons da sua vida, dormir oito horas por noite, meditar e se exercitar. “Não basta identificarmos o que nos faz felizes. É preciso praticar. Caso contrário, nada muda”, diz Laurie.
No curso, os alunos conhecem as alterações cerebrais promovidas pela sensação de bem-estar e de que maneira são processadas a partir de ações diárias. Com a consistência científica por trás dos dados, fica mais fácil aos frequentadores compreenderem de que maneira o comportamento influencia o funcionamento cerebral e vice-versa. “Entendi de que forma a cognição humana guia a maneira como nos sentimos”, afirma o paulistano Davi Lemos da Silva, 21 anos, matriculado nas faculdades de Ciências da Computação e de Psicologia. “Temos mitos em relação ao que achamos que nos fará felizes, como dinheiro, casamento. Na verdade, é a gentileza, gratidão, saúde, senso de comunidade, intimidade.”
MITOS E VERDADES João foi estimulado a aumentar as relações sociais e encontrou em Julia uma amiga (Crédito:Divulgação)
Lição de casa
Os alunos devem listar diariamente cinco coisas boas que aconteceram no dia. “Não deixo de fazer isso”, diz o português João Cardoso, 18 anos. Aluno de Astrofísica, ele aprendeu o quanto fazer novos amigos é importante. Seguindo as orientações das aulas, descobriu uma ótima companhia na colega Julia Sanderson, estudante de Economia. “Eu a conheci às cinco da manhã, na lavanderia. Tornou-se uma grande companheira”, diz.Com informações da Isto é independente