Líderes das maiores religiões do mundo se reconciliam
Nunca houve na história um papa tão amigo do Islã, afirma especialista
por Jarbas Aragão – gospelprime
Nesta segunda (23), o papa Francisco recebeu no Vaticano o imã Ahmed el-Tayeb, da Mesquita de al-Azhar, em Cairo. Ele é um dos principais líderes do ramo sunita, que reúne cerca de 85% dos seguidores do islamismo. O encontro histórico marcou a retomada oficial da relação entre católicos e muçulmanos.
Desde 2011, quando o papa Bento 16 fez declarações negativas sobre a fé islâmica, as relações dos líderes sunitas com a Igreja Católica foram cortadas. O que resultou no rompimento foi uma crítica ao ataque que matou 21 pessoas em uma igreja cristã copta em Alexandria. O antecessor de Francisco afirmou que havia “uma estratégia de violência que coloca os cristãos como alvo”.
A partir do momento em que assumiu o pontificado, Francisco vem estimulando a proximidade das duas maiores religiões do mundo. Ele enviou uma carta para el-Tayeb assim que assumiu o papado. Agora, isso ficou oficializado. Ao receber Ahmed no Palácio Apostólico, afirmou: “O encontro é a mensagem”. A conversa durou cerca de meia hora. Depois, ambos posaram para a imprensa e se cumprimentaram com beijos e abraços.
De acordo com o que foi divulgado pelo porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, os temas abordados foram o diálogo inter-religioso entre o cristianismo e o islamismo. O pontífice ressaltou ao imã “a necessidade de que os líderes e os fiéis das duas maiores religiões do mundo mostrem compromisso comum para a paz no mundo”.
A questão do extremismo religioso e “as dificuldades enfrentadas pelos cristãos no contexto dos conflitos e tensões no Oriente Médio e sua proteção”, afirmou o comunicado oficial. Nem uma palavra foi dita sobre o Estado Islâmico, que se baseia grandemente na interpretação sunita do Alcorão.
John L. Allen, um especialista em catolicismo, afirmou que nunca houve na história um papa “tão amigo do islã”. Desde que se tornou papa, Francisco tem defendido uma agenda ecumênica e já visitou a Autoridade Palestina e 4 nações de maioria muçulmana: Jordânia, Turquia, Albânia e Sarajevo. Além disso, vem defendendo a entrada de imigrantes muçulmanos na Europa, situação impensável para os pontífices medievais.
Para Allen, também é significativa declaração do líder máximo dos católicos semana passada: “A ideia de conquista é inerente à alma do Islã, é verdade. Mas isso poderia ser visto como a mesma ideia de conquista presente no fim do Evangelho de Mateus, onde Jesus envia seus discípulos a todas as nações”. A comparação entre jihad e a Grande Comissão é algo inédito, vinda de um papa. Com informações de Washington Post e Breit Bart
Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do sitePrimeira Igreja Virtual do Brasile da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.
Armênios e Ortodoxos gregos se unem para reformar o “túmulo de Jesus”
“túmulo de Jesus”
A constante briga entre padres e monges armênios com os ortodoxos gregos no santuário da tumba onde Jesus fora sepultado, na Velha Jerusalém, considerando o risco de desabamento unem ambos rivais para restaurar o local.
A reforma tem um custo estimado em US 3,4 milhões e o início das obras está previsto o mês de junho, logo após as comemorações da Páscoa ortodoxa. Armênios e Ortodoxos cada um vai arcar com 1/3 do custo da obra e um banco grego vai ofertar 50 mil euros e em troca quer o nome da empresa estampado no maquinário, uma série de alterações será realizada na estrutura local, incluindo a obrigação de limpar e remontar o local e o santuário..
As constantes brigas entre armênios e ortodoxos causaram os problemas que hoje existem no imóvel.Esses grupos cristãos por muito tempo viveram trocando socos e pontapés.
Ao perceberem que o santuário corria riscos os grupos resolveram agir, mesmo porque a polícia israelense interditou o local e impediu a entrada dos turistas e peregrinos. As autoridades israelenses obrigou-os a reformarem o espaço ou o mesmo continuaria fechado para as visitas e cerimônias..
Essa reforma consistirá em remover a gaiola de ferro que os governantes britânicos de Jerusalém construíram em 1947; retirar as lajes, a concha de mármore construída em 1810, durante o domínio otomano de Jerusalém; e encontrar os restos do santuário dos cruzados do século 12, que está por baixo do atual santuário . Esse santuário não é a tumba que os protestantes visitam quando viajam à Israel. Com informações Uol e gospel prime.
Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento,referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasile da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., é autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.
Costuma-se dizer que religião e ciência não devem se misturar, posto que a primeira repousaria sobre a fé a segunda sobre a razão. Entretanto, ao vislumbrar um fogo que se acende magicamente, toma todo um local sagrado para, por fim, repousar sobre uma vela — sendo incapaz de queimar a pele ou as vestimentas do seu portador, conforme relatos —, é realmente difícil não colocar os dois universos conflitantes frente a frente.
A liturgia
O referido acontecimento é uma das liturgias mais antigas da tradição ortodoxa, sendo considerado o milagre mais constante no mundo (desde 1106, embora existam referências mais antigas). Em evento televisionado para diversos países — como Geórgia, Grécia, Ucrânia, Romênia, Bielo-Rússia, Bulgária, Chipre, Líbano, Egito etc. —, o patriarca grego ortodoxo inicia uma procissão solene ao redor do Santo Sepulcro, local onde, segundo a tradição cristã, Jesus Cristo foi sepultado.
Juntamente com outros membros do clero, o homem santo da Igreja Católica Ortodoxa marcha por três vezes ao redor do local entoando hinos. Em seguida, ele é despido de suas roupas religiosas e examinado por autoridades israelenses, entrando no sepulcro. É ali que ele recitará orações tremendamente antigas, até que o local seja preenchido pelo que normalmente é descrito como uma “misteriosa luz azul surgida do nada”.
Postados na parte externa do Santo Sepulcro, fiéis celebram e se acotovelam com velas nas mãos, esperando pelo momento em que o patriarca deixará a tumba, trazendo consigo uma vela acesa pelo próprio fogo da “sarça ardente do Monte Sinai” — o qual, depois de serpentear pelas paredes do Sepulcro, acaba por estacionar sobre 33 velas amarradas juntas pelo clérigo —, simbolizando a idade de Cristo quando foi crucificado.
Eis o evento, conforme descrito por Diodoro de Jerusalém, patriarca da Igreja Ortodoxa de Jerusalém entre 1981 e 2000:
“Eu passei pela escuridão até a câmara interna e caí de joelhos. Lá, eu recitei algumas orações que nos foram passadas através dos séculos e, tendo-as dito, esperei. Algumas vezes, por alguns minutos, mas normalmente o milagre acontece imediatamente após eu ter recitado as orações. Do centro da pedra na qual Jesus esteve deitado, uma luz indescritível aparece. Ela geralmente tem um tom azulado, mas a cor pode mudar e tomar diversas outros padrões.
“Ela não pode ser descrita em termos humanos. A luz sai da pedra como uma bruma que sobe de um lago, quase como se a pedra estivesse coberta por uma nuvem úmida, mas de luz. Esta luz se comporta de maneira diferente a cada ano. Algumas vezes, ela cobre apenas a pedra, enquanto em outras ela ilumina o sepulcro todo, de forma que as pessoas que estão do lado de fora do túmulo e olham para dentro deles o virão cheio de luz.”
No que se refere à propriedade de ser “fria”, ele relata:
“A luz não queima. Eu jamais queimei a minha barba nos dezesseis anos que eu fui patriarca em Jerusalém e recebi o Fogo Sagrado. A luz é de uma consistência diferente do fogo normal que queima numa lâmpada de óleo.
“A certo ponto, a luz sobe e forma uma coluna na qual o fogo é de uma natureza diferente, de tal forma que eu sou capaz de acender as minhas velas nele. Quando eu termino de receber a chama desta forma em minhas velas, eu saio e entrego o fogo primeiro para o patriarca armênio e depois para o copta. Depois, para todos os presentes na igreja.”
Uma vez que o patriarca tenha deixado o sepulcro com a chama sagrada, esta será então distribuída para todos os locais. Além disso, a chama é também “depositada” em uma lamparina, a qual será conduzida por voo especialmente fretado até a Catedral de Cristo Salvador de Moscou, na Rússia. Dali a chama é ainda remetida a diversas dioceses ortodoxas espalhadas pelo mundo.
Dispositivos antifraude
A fim de garantir a legitimidade da experiência sobrenatural do fogo sagrado do Santo Sepulcro, há diversos protocolos que precisam ser cumpridos previamente. Durante a Sexta-Feira Santa, após o Ofício das Exéquias de Cristo, autoridades israelenses e representantes de outras igrejas se dirigem ao sepulcro, a fim de conduzir uma investigação minuciosa do local.
Após apagar todas as lamparinas da igreja e garantir que não haja fontes de foto possíveis no local, os membros da comitiva terminam por lacrar o Santo Sepulcro, imprimindo cada um o seu timbre sobre a cera. Esta será rompida apenas no momento imediatamente anterior à entrada do patriarca ortodoxo no recinto.
Milagre com data e hora certas
Embora não propriamente sirva como garantia, há ainda uma peculiaridade comumente levantada por defensores do suposto milagre. Ao que parece, o Fogo Sagrado é absolutamente preciso no que se refere ao dia em que deve “baixar” até o Santo Sepulcro.
De fato, conta-se que a mudança no calendário introduzida pelo patriarca grego de Jerusalém na virada de 1969 para 1970 — por conta de uma revisão pedida pelo Concílio Mundial das Igrejas —, por alterar cronologia, terminou por comprometer o aparecimento do Fogo Sagrado. Isso fez com que a medida fosse imediatamente revogada e, no ano subsequente, o fogo, então, tornaria a reaparecer no Santo Sepulcro.
Denúncias ao longo dos séculos
É claro que a natureza milagrosa/mágica do fogo do Santo Sepulcro não poderia deixar de suscitar desconfianças em muita gente, sendo a principal suspeita a de um sortilégio qualquer lançado para ludibriar os fiéis, que seriam conduzidos por interesses seculares e por um simples passe de mágica. E essa “pulga atrás da orelha” é até muito mais antiga do que se poderia imaginar.
De fato, o cronista inglês Gautier Vinisauf, o Sultão Saladino, liderando os sarracenos na tomada de Jerusalém em 1192, quis então presenciar o famoso milagre. “Em sua chegada, o fogo sagrado desceu repentinamente, e os assistentes ficaram profundamente emocionados; os sarracenos disseram que o fogo que eles viram descer fora produzido por meios fraudulentos”, relatou Vinisauf.
O sultão Saladino, um dos mais célebres críticos do Fogo Sagrado
Ele continua: “Saladino, querendo expor o impostor, apagou a lamparina que o fogo celeste acendera, mas, uma vez feito isso, a lamparina imediatamente reacendeu. Ele a apagou uma segunda vez, e uma terceira, mas ela reacendeu sozinha. Então, o Sultão, confundido, chorou, dizendo, em tom profético: ‘Sim, morrerei ou perderei Jerusalém’”.
A possível “secularidade” do evento também foi ressaltada pelo historiador inglês Edward Gibbon: “Essa fraude piedosa, divisada pela primeira vez durante o século nono, foi devotamente acarinhada pelos cruzados latinos, e é anualmente repetida pelo clericato grego, armênio e pelas seitas coptas [cristãos egípcios], os quais se impõem aos espectadores crédulos para seus próprios benefícios e de seus tiranos”.
Velas de fósforo branco
Mas o sultão Saladino não foi o único e, possivelmente, talvez não tenha sido também o mais cuidadoso dos questionadores da legitimidade do fenômeno pascoal ortodoxo. Uma aposta cética um tanto mais científica foi levada à TV em 2005, em transmissão ao vivo, pelo historiador Michael Kalopoulos.
Supostamente recriando o evento, Kaloupoulos fez com que três velas acendessem espontaneamente após aproximadamente 20 minutos. Ocorre que o material havia sido mergulhado em fósforo branco, de forma que a reação era natural e esperada, por conta das propriedades e do contato com o ar.
“Se o fósforo for dissolvido num solvente orgânico apropriado, a autoignição é atrasada até o ponto que o solvente tenha se evaporado completamente”, relatou o historiador. “Repetidos experimentos mostraram que a ignição pode ser atrasada por meia-hora ou mais, dependendo da densidade da solução e do solvente empregado.”
Kalopoulos afirma ainda que semelhante artifício era utilizado pelos magos caldeus já no século V a.C., e também pelos gregos antigos. O processo, de acordo com ele, era exatamente o mesmo de que se vale até hoje o patriarca da Igreja Ortodoxa de Jerusalém.
Plasma de baixa temperatura
Mas há ainda uma peculiaridade do Fogo Sagrado que também é comumente sujeitada a hipóteses científicas. Conforme mencionado anteriormente, consta que a chama espontânea do Santo Sepulcro é incapaz de queimar a pele ou as roupas, pelo menos durante algum tempo.
Nesse sentido, uma medição feita sutilmente pelo físico russo Andrey Volkov em uma das liturgias oferece uma explicação possível. “Um aparelho fixado para registro de espectro eletromagnético detectou um estranho impulso com longo comprimento de onda dentro do templo”, explicou ele ao site Pravda.
Lâmpada de plasma.
“Esse impulso não foi mais detectado desde então”, ele afirma. “Havia algum tipo de descarga elétrica. Não se sabe se houve a descarga de um raio ou se havia problemas com algum equipamento de TV no local.”
Entretanto, embora não possam ser vistos hoje (sobretudo por conta dos flashes utilizados por dezenas de fotógrafos), o evento foi originalmente associado a energias que desciam pelas paredes. Segundo Volkov, essas energia não tem nada a ver com a chama propriamente dita. Antes, seria uma manifestação do chamado “plasma de baixa temperatura”.
Em outras palavras, o dito fogo inicial “que não queima” não passaria de partículas ionizadas pela presença de um campo elétrico — semelhante ao que acontece durante o fenômeno conhecido como fogo-de-santelmo.
Uma fraude consciente?
Em se tratando de uma possível fraude, independentemente dos métodos empregados, há quem garanta que o engodo é bem conhecido pela Igreja Ortodoxa desde sempre. O cético russo Igor Dobrokhotov compartilha dessa opinião, alegando que trechos do diário do bispo Porphyrius (1804 — 1885) deixavam claro que o clericato de Jerusalém não ignorava a natureza fraudulenta do Fogo Sagrado.
Pancadaria “sagrada”
Mesmo sendo um evento solene, a aparição do Fogo Sagrado, eventualmente, traz também consigo o aparecimento do também muito conhecido “espírito de porco”. De fato, há vários relatos de atos violentos que tomaram a Basílica do Santo Sepulcro em mais de uma ocasião.
“O Milagre do Fogo Sagrado”, de William Holman Hunt
Em 1856, o cônsul britânico James Finn afirma ter presenciado um combate generalizado entre peregrinos gregos e armênios — ambos os lados armados com pedras e paus previamente escondidos no local. Como resultado, o paxá (governante durante o Império Otomano) precisou ser escoltado por soldados armados. Retirada figura ilustre, os soldados teriam, então, voltado para combater ambos os lados com baionetas.
Há também um relato do viajante inglês Robert Curzon. De acordo com ele, durante a liturgia conduzida no dia 3 de maio de 1834, um pânico generalizado tomou conta da igreja lotada, resultando na morte de mais de 400 pessoas. Na ocasião, o paxá Ibrahim teria escapado unicamente porque seus guardas pessoais abriram caminho a espadadas através da multidão. com informações transcritas do site mega curioso