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O presidente de um seminário na Ucrânia adverte que 400 igrejas batistas foram perdidas devido à guerra

Uma parte importante do trabalho de recuperação no país está focada na crise de liderança, especialmente nas áreas onde a maioria dos pastores foi deslocada. “O desafio é semelhante ao de Neemias”, dizem eles.
Até agora, um terço da população ucraniana deixou o país, incluindo líderes evangélicos e pastores.  / Malteser, Wikimedia Commons.,

Até agora, um terço da população ucraniana deixou o país, incluindo líderes evangélicos e pastores. / Malteser, Wikimedia Commons.

O efeito da guerra na Ucrânia também está devastando as igrejas do país. Conforme relatado pelo presidente do Seminário Teológico Batista Ucraniano (UBTS), Yaroslav Pyzh , um total de 400 igrejas batistas foram perdidas em todo o território.

 

 

“Desde que a guerra começou, seis meses atrás, perdemos cerca de 400 igrejas”, disse Pyzh à Baptist Press . O montante é ainda mais grave quando se leva em conta os dados fornecidos pela União Ucraniana da Igreja dos Cristãos Evangélicos Batistas, que indicavam que antes do início da guerra, em fevereiro, o país abrigava até 2.300 comunidades da denominação .

“O que mais abunda na comunidade agora é o medo e a desesperança. E os únicos que podem aliviar e trazer esperança aos desesperançados são os pastores, as igrejas e os cristãos”, salienta Pyzh.

O desafio é restaurar a liderança

De acordo com as Nações Unidas, um terço da população ucraniana fugiu do país desde o início da guerra. Entre os refugiados também estão muitos pastores e líderes evangélicos indígenas, que tiveram que deixar suas casas e suas igrejas. É o caso de Andrey Tischenko , pastor de uma igreja em Kharkov e refugiado na Polônia desde o início da invasão. “Achamos que quando for possível retornar à Ucrânia, poderemos nos encontrar em nosso local na cidade”, explicou ao Evangelical Focus em março.

Para o presidente do Seminário Teológico Batista Ucraniano, o desafio não é tanto a reconstrução das dependências da igreja, mas a restauração da liderança. “O verdadeiro desafio é semelhante ao de Neemias”, enfatiza Pyzh. “Não se trata apenas de reconstruir os muros de Jerusalém, mas a nação de Israel, para louvar a Deus. A mesma coisa acontece aqui, na Ucrânia”, comenta.

 

 

“O verdadeiro fardo é reconstruir a capacidade de liderança, porque se reconstruirmos os prédios, mas não tivermos pastores para liderar as igrejas, acho que não adiantará nada”, diz Pyzh. Portanto, diz o presidente do Seminário Teológico Batista Ucraniano, o “principal desafio no futuro, quando a guerra terminar, será preencher a lacuna de liderança que foi perdida”. “E quanto mais a guerra durar, maior será essa lacuna”, ressalta. “A igreja não são edifícios. São pessoas que saem daquele lugar e se mudam para os Estados Unidos, e pessoas que se mudam para a Alemanha, ou pessoas que se mudam para outros lugares. E com essas pessoas também se foram os líderes”, acrescenta.

Um exemplo de serviço

Apesar da ‘fuga’ forçada devido à guerra, grande parte da igreja na Ucrânia permaneceu no país, ajudando a população mais necessitada e auxiliando os mais afetados pelo conflito.

Exemplos como o da Igreja Batista de Bucha , após o massacre que a cidade experimentou quando foi ocupada pelo exército russo , destacaram a atividade contínua das comunidades cristãs evangélicas no país durante a guerra.

E, com a inflação disparando em 30%, qualquer ajuda é mais do que necessária na Ucrânia . Do Seminário Teológico Batista Ucraniano, em sua visão de começar a restaurar a liderança indígena, eles começaram a oferecer educação gratuita para seus alunos durante a guerra. 

Centros de atenção também foram estabelecidos a partir de igrejas e ministérios indígenas, que são apoiados por ajuda externa e coordenados com as autoridades locais. “A ideia básica dos centros de atendimento é fornecer uma plataforma para que as igrejas cooperem umas com as outras para servir à comunidade. Essa é a ideia básica. Não se trata apenas de responder às necessidades da guerra, mas de criar algo que possa permanecer na comunidade por muito tempo”, explica Pyzh.

Uma ação que também busca transmitir a visão esperançosa que a igreja mantém no país, apesar das circunstâncias. “O mesmo Deus que foi fiel no passado será fiel no futuro. Em meio a toda a luta que estamos passando agora, esperamos com grande esperança, sabendo que Deus está conosco”, disse Pyzh em um vídeo do seminário.

Publicado em: Foco Evangélico – Internacional – O presidente de um seminário na Ucrânia adverte que 400 igrejas batistas foram perdidas devido à guerra

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Papa Francisco é o primeiro líder católico a visitar uma igreja evangélica

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O papa Francisco tornou-se, nesta segunda-feira (28), o primeiro líder da Igreja Católica a fazer visita a uma igreja evangélica pentecostal, ramo do protestantismo que é considerado grande “competidor” dos católicos na disputa por novos fiéis no mundo.

Francisco viajou de helicóptero à cidade de Caserta, no sul da Itália, e foi à Igreja Evangélica da Reconciliação, cujo prédio ainda está em obras. O papa também se reuniu privadamente com o pastor evangélico Giovanni Traettino, amigo de longa data.

No sábado (26), o papa já tinha estado em Caserta para celebrar uma missa em honra à padroeira santa Ana, evento que reuniu aproximadamente 200 mil católicos.

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Papa é recebido pelo pastor evangélico Giovanni Traettino

Falando nesta segunda a cerca de 350 fiéis na igreja evangélica, o Pontífice pediu desculpas pela perseguição católica aos pentecostais durante o regime fascista na Itália (1922-1943), quando a prática de sua fé era proibida. “Entre os que perseguiam e denunciavam pentecostais, quase como se fossem pessoas loucas tentando destruir a raça [humana], havia também católicos”, discursou.

“Eu sou o pastor dos católicos e peço o seu perdão por aqueles irmãos e irmãs católicos que não compreenderam e foram tentados pelo Diabo”, acrescentou o papa.

Foi um encontro muito bonito, familiar, entre o Papa Francisco e o pastor amigo, reunido com a sua comunidade. Comovido, Traettino saudou o Papa em meio aos aplausos afetuosos dos presentes:

“Caríssimo Papa Francisco, meu amado irmão, é grande nossa alegria por esta sua visita: uma grande e inesperada graça, impensável até pouco tempo atrás. E poderá ver isso nos olhos das crianças e dos anciãos, dos jovens e das famílias. Nós lhe queremos bem! (aplausos) E deve saber de uma coisa: também entre nós, evangélicos, temos muito afeto por sua pessoa (aplausos) e muitos de nós, todos os dias, rezamos por sua pessoa. Ademais, é muito fácil lhe querer bem. Muitos de nós acreditam, inclusive, que sua eleição a Bispo de Roma tenha sido obra do Espírito Santo (aplausos).”

O Pastor Traettino – que em 1º de junho passado participara do encontro do Papa no Estádio Olímpico de Roma com a Renovação Carismática – recordou o esforço de Francisco ao ir pela segunda vez a Caserta e afirmou: “Com homens como o senhor há esperança para nós cristãos!”

Em seguida, falou da unidade da Igreja fundada em Jesus Cristo. Disse que o centro da nossa vida é estar na presença de Jesus e que a fé é um encontro pessoal com Ele.

Por sua vez, o Papa falou da diversidade que não é divisão e recordou quem é que faz a unidade na Igreja: “O Espírito Santo faz a diversidade na Igreja e essa diversidade é tão rica, muito bonita; mas, depois, o próprio Espírito Santo faz a unidade. E assim a Igreja é una na diversidade. E para usar uma palavra bela de um evangélico, que amo muito, uma diversidade reconciliada pelo Espírito Santo.”

A unidade – observou ainda – não é uniformidade, porque “o Espírito Santo faz duas coisas: faz a diversidade dos carismas, e depois faz a harmonia dos carismas”. O ecumenismo é justamente buscar que “essa diversidade seja mais harmonizada pelo Espírito Santo e se torne unidade”.

Em seguida, respondeu aos que ficaram surpresos pelo fato de o Papa ter ido visitar pentecostais. Na verdade, foi restituir a visita que lhe haviam feito em Buenos Aires, disse ele mesmo:

“Alguém estará surpreso: ‘O Papa foi visitar evangélicos!’ Foi encontrar irmãos! – respondeu (plausos). Porque, na verdade, foram eles que vieram por primeiro me encontrar em Buenos Aires. E isso é um testemunho. Vieram e se aproximaram. E assim começou esta amizade, esta proximidade entre os pastores de Buenos Aires. E hoje aqui. Agradeço muito a vocês, peço que rezem por mim, preciso muito… para que ao menos eu seja melhor. Obrigado! (aplausos).”

Estava presente no encontro na Igreja pentecostal em Caserta, o sacerdote jesuíta argentino Guillermo Ortiz, responsável pelos programas em língua espanhola da Rádio Vaticano. Eis o que nos disse estando ainda na cidade do sul da Itália:

“Este é um encontro muito particular, muito especial. O Pastor Traettino recebeu o Papa diante de todos, após ter estado com ele antes de participar da oração na Igreja da Reconciliação. O Papa Francisco esteve pessoalmente com o Pastor em sua casa, neste encontro privado; depois veio aqui e o pastor disse diante de todos que também os evangélicos querem muito bem ao Papa Francisco. Cerca de 200 pessoas, talvez até mais, aplaudiram e estando aqui na Igreja se vê realmente como querem bem ao Papa. O pastor falou de reconciliação, da importância de retomar o caminho na presença do Senhor, partindo novamente de Jesus. No início houve um aplauso pela presença do Papa e, logo depois, foi pedido um aplauso mais forte para Jesus…”

Trata-se, portanto, de um momento muito importante para o ecumenismo…

“Sim, no sentido que o Papa se aproxima de uma periferia. Este evento é aquilo que acontece nas periferias de nossas cidades, inclusive em Buenos Aires, na Argentina, na América Latina, onde há pessoas que se reúnem e com a Bíblia rezam; creem em Jesus e são cristãos honestos, não são daqueles que se aproveitam das pessoas para tirar dinheiro delas prometendo a felicidade. São pessoas que lendo o Evangelho encontraram Jesus e Cristo mudou suas vidas. Agora elas dão testemunho buscando ajudar os outros. O Pastor Traettino disse ter meditado muito sobre a Encarnação, porque o Papa, ao invés de enviar uma mensagem a seu irmão, veio encontrá-lo e também participou da oração em sua Igreja. O Papa disse que nos fará bem ir encontrar e tocar Cristo na carne porque se fez homem e agora se encontra nos irmãos; e nos fará bem tocar a carne de Cristo nos irmãos. É uma coisa muito concreta. Isso significa que estamos falando de cristianismo: um cristianismo verdadeiro, profundo, que vai além das diferenças que – disse o Papa – são do mesmo Espírito Santo, que como um poliedro faz a diversidade e a unidade na diversidade”, concluiu Pe. Ortiz. Com informações do site Franciscanos

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Pastor é morto com três tiros dentro de igreja no interior de SP

Fiéis disseram à polícia que dois homens chegaram em uma mota e atiraram contra o religioso de 65 anos

por Leiliane Roberta Lopes

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Pastor é morto com três tiros dentro de igreja no interior de SP
Pastor é morto com três tiros dentro de igreja no interior de SP

Um pastor evangélico foi assassinado na noite da última sexta-feira (28) na cidade de Piracicaba, interior de São Paulo, dentro da igreja.

Francisco de Assis Justino, 65 anos, foi morto por volta das 22h com três tiros, dois no tórax e um no abdômen. De acordo com a Agência Estadão Conteúdo dois homens encapuzados dispararam contra a vítima, mas antes chegaram a pedir para que os fiéis se afastassem.

Testemunhas disseram à Polícia que o culto já havia acabado, mas que algumas pessoas ainda estavam no templo quando os criminosos chegaram em um moto.

Após o crime os dois homens fugiram, mas nenhuma das testemunhas conseguiu anotar a placa e o modelo do veículo. O pastor Justino chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital dos Fornecedores de Cana.

A polícia tenta apurar o que teria motivado o crime e quem seriam os atiradores. Na igreja foram encontrados quatro projéteis de bala usados pelos criminosos para matarem o pastor.