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RAMADÃ : Jogador de futebol é demitido por não respeitar jejum no Irã

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O craque do futebol iraniano Ali Karimi, de 31 anos, foi demitido por seu clube por não ter respeitado o jejum muçulmano durante o Ramadã, que começou na quinta-feira passada e dura um mês, anunciou o Steel Azin FC.

O clube informa em um comunicado que "se viu obrigado a dispensar um de seus jogadores, Ali Karimi, porque ele se mostrou desobediente e não jejuou desde o início do Ramadã".

Karimi, que já foi jogador do Bayern de Munique e chegou a ser chamado por alguns de "Maradona asiático", "insultou membros da Federação Iraniana de Futebol e um dirigente do clube, que o questionaram sobre o episódio", acrescenta o comunicado do Steel Azin.

A demissão do jogador aconteceu depois de Karimi ter criticado o diretor do Steel Azin FC e ex-comandante da Guarda Revolucionária, Mustafah Ajorlou, e a maneira como administra o clube.

A agência oficial Irna destacou, no entanto, que o proprietário do clube, Hossein Hedayati, não teria sido avisado sobre a demissão do jogador e não concordaria com a decisão.

Data: 16/8/2010 08:30:31
Fonte: AFP

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Israel tem capacidade para atacar o Irã diz vice-primeiro-ministro

Guila Flint

De Tel Aviv para a BBC Brasil

Moshe Yaalon (arquivo)

Yaalon também é ministro para Assuntos Estratégicos de Israel

O vice-primeiro-ministro de Israel, Moshe Yaalon, afirmou nesta segunda-feira que, em caso de guerra, a Força Aérea israelense tem capacidade para atacar um país distante como o Irã.

Yaalon, que também é ministro para Assuntos Estratégicos, fez o pronunciamento, considerado sem precedentes, durante uma conferência sobre os desafios da Força Aérea israelense nas próximas décadas.

“Não há dúvida de que a capacidade tecnológica (da Força Aérea israelense) melhorou nos últimos anos, aumentando a distância e as possibilidades de fornecimento de combustível (no ar)”, afirmou Yaalon. “A tecnologia gerou uma melhora dramática da exatidão, do armamento e da capacidade de inteligência.”

“Podemos utilizar essa capacidade (da Força Aérea) na guerra contra o terror em Gaza, na guerra contra os foguetes no Líbano, na guerra contra o Exército sírio e também na guerra contra um país distante como o Irã.”

Essa foi a primeira vez que Yaalon utilizou o termo “guerra” no contexto do Irã.

Obama

Líderes israelenses já mencionaram anteriormente a possibilidade de um ataque ao Irã, mas nunca em uma linguagem tão direta.

O primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, afirmou que o Irã estaria se preparando para cometer um “segundo Holocausto” e disse que “deve-se usar de todos os meios para impedir que isso aconteça”.

O ministro da Defesa, Ehud Barak, já disse que “não descarta nenhuma opção para impedir que o Irã tenha armamentos nucleares”, e o chefe do Estado Maior, general Gabi Ashkenazi, mencionou a capacidade da Força Aérea de atacar “alvos distantes”.

Yaalon, que já foi chefe do Estado-Maior do Exército de Israel e é um dos ministros do “gabinete dos sete” – o fórum de ministros considerado mais importante do governo israelense –, chegou a declarar que Israel de fato “já se encontra em um confronto militar com o Irã”, mencionando o conflito de Israel com o Hamas e o Hezbollah, organizações que Israel considera “extensões” do Irã.

Os pronunciamentos sobre a possibilidade de que Israel venha a atacar o Irã levaram o presidente americano, Barack Obama, a enviar emissários especiais para convencer o governo israelense de que o caminho para impedir o desenvolvimento de um projeto nuclear iraniano para fins militares seria por intermédio de sanções.

Entre os emissários de Obama que vieram a Israel especialmente para dissuadir o governo de tomar o caminho militar, os principais foram o chefe da CIA, Leon Panetta, e o chefe das Forças Armadas americanas, Mike Mullen.