Netanyahu convoca judeus franceses a migrarem para Israel

O premier israelense esteve na França participando da marcha antiterror

por Leiliane Roberta Lopes – gospelprime

 

Netanyahu convoca judeus franceses a migrarem para Israel
Netanyahu convoca judeus franceses a migrarem para Israel

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, esteve em Paris participando da marcha contra os atentados que aconteceram na capital francesa na semana passada.

Os quatro judeus que foram mortos na mercearia kosher serão enterrados em Jerusalém e o premier aproveitou o momento de tensão para convidar os judeus franceses para migrarem para Israel.

“Todo judeu que estiver querendo fazer a aliá será recebido com braços e corações abertos”, disse Netanyahu durante seu discurso ao lado do presidente francês, François Hollande.

A França é o país com a maior comunidade judaica da Europa tendo 550 mil judeus, em 2014 7.000 emigraram para Israel, mais que o dobro de 2013 quando 3.300 judeus deixaram a França. Em 2012 foram apenas 1.900.

O governo francês entende que os judeus estão em perigo, tanto que as sinagogas tiveram a proteção reforçada, assim como escolas e outros locais judaicos do país. No sábado (10) a Grande Sinagoga de Paris foi fechada, essa foi a primeira vez que os judeus não puderam realizar o shabat no espaço desde a Segunda Guerra. Com informações O Globo.

Israel fez “declaração de guerra”, afirma presidente palestino

Disputa pelo Monte do Templo se agrava

por Jarbas Aragão

  • gospelprime

 

Israel fez “declaração de guerra”, afirma presidente palestino
Israel fez “declaração de guerra”, afirma presidente palestino

A polícia israelense fez nesta quinta-feira o que está sendo descrito como um movimento sem precedentes para fechar Monte do Templo de Jerusalém aos fiéis de todas as religiões. Seu acesso está fechado por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após o Rabino Yehuda Glick, influente líder judeu, ser alvejado 3 vezes na noite de quarta (29) enquanto se dirigia para fazer suas orações no local mais sagrado do judaísmo.

Após investigação, a polícia antiterror foi fazer uma busca do principal acusado de ter disparado, Moataz Hijazi, 32 anos. Ele atirou contra os policiais e, durante o revide, foi morto. Hijazi era ligado ao grupo Jihad islâmica e cumpriu 11 anos de sentença numa prisão israelense acusado de terrorismo. Várias agências de notícias israelenses informaram que os palestinos em Jerusalém soltaram fogos de artifício, dançaram nas ruas e distribuíram doces para celebrar o atentado.

Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, que foi acusado de incitar a violência em Jerusalém, classificou o fechamento do terceiro local mais sagrado do islamismo de uma “declaração de guerra”. Duas semanas atrás, Abbas fez um discurso afirmando que os palestinos deviam usar “todos os meios” necessários para evitar que os judeus pudessem chegar até o Monte do Templo. “Esta é a nossa Aqsa [mesquita do Monte do Templo] … e eles não têm o direito de entrar e profaná-la”.

Quem acompanha a situação de Israel, reconhece que nas últimas semanas aumentou o clima de violência na cidade santa. Foram mortos três judeus, incluindo um bebê de colo. Muitos estão comparando os eventos recentes a uma nova “intifada”, ou levante palestino. Acredita-se que é o clima mais tenso na cidade desde 2000.

Alguns movimentos nacionalistas judeus pedem que o primeiro-ministro Benjamin use um “punho de ferro” para reprimir a violência palestina em Jerusalém. Maja Kocijancic, porta-voz do serviço diplomático comunitário da União Europeia, afirmou: “A UE está muito preocupada com a situação. Incentivamos as partes a fazer todo o possível para atenuar as tensões”.

Insistiu ainda que as negociações devem ser retomadas para se chegar a uma solução, com dois Estados independentes. Os palestinos querem que Jerusalém seja dividida e a porção Oriental seja sua capital.

Políticos israelenses de direita convocaram uma marcha até o Monte do Templo, em resposta ao tiroteio. Glick está no hospital se recuperando. Ele sempre defendeu que a violência não era o caminho para o conflito judeu-palestino e que o Monte do Templo representa “a profecia de Isaías, que todas as nações abandonarão as suas espadas, e que a partir daqui sairia uma mensagem para o fim das guerras”, disse ao site The Blaze.

A disputa pelo Monte

O Monte do Templo é uma área que está no centro da disputa árabe-israelense.  Desde a independência de Israel, o local, chamado pelos muçulmanos de “Esplanada das Mesquitas” é  administrado pelo Waqf, organização islâmica ligada ao governo da Jordânia. Sua segurança é de responsabilidade da polícia israelense.

Judeus foram autorizados a entrar no complexo, mas a lei israelense proíbe que eles façam orações ou realizem rituais religiosos no lugar. O grupo de Glick quer mudar isso.

Para os judeus o local é sagrado por que foi naquele monte, chamado de Moría pela Bíblia, onde Deus pediu que Abraão levasse seu filho Isaque para ser sacrificado. Os muçulmanos afirmam que, na verdade, Ismael é quem seria sacrificado.

tabela monte do templo Israel fez declaração de guerra, afirma presidente palestino

O local foi escolhido séculos mais tarde pelo rei Davi para construir o santuário que serviria de casa para o objeto mais sagrado do judaísmo, a Arca da Aliança.  Porém, foi Salomão quem construiu o Templo, que passou a ser o centro de culto judeu. Profanado e destruído por Nabucodonosor II em 587 a.C., foi reconstruído no final do exílio babilônico.

Ampliado séculos depois pelo governador romano Herodes, o Grande, voltou a ser destruído no ano 70 d.C pelo exército romano. Restou apenas o muro de sustentação ocidental, conhecido como Muro das Lamentações.  Segundo as escrituras judaicas, ali deverá ser erguido o terceiro e último Templo, que servirá para anunciar o Messias.

Terceiro lugar mais sagrado do islamismo, segundo a tradição teria sido ali que Maomé ascendeu aos céus.  Hoje estão construídas no local a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, edificadas no século VII, quando o Império Bizantino dominava Israel. Com informações de The Blaze e BBC.

Importante descoberta arqueológica achada em Jerusalém

Inscrição em latim é a mais importante das últimas décadas

por Jarbas Aragão

  • gospelprime

 

Importante descoberta arqueológica achada em Jerusalém
Importante descoberta arqueológica achada em Jerusalém

A história de Israel é um verdadeiro quebra-cabeças. De tempos em tempos descobertas arqueológicas confirmam relatos que antes faziam parte apenas dos relatos tradicionais judaicos e careciam de uma comprovação material.

Esta semana, uma grande pedra de mármore em forma de arco, com um texto em latim foi revelada ao mundo. A gravação traz o nome do imperador Adriano e tem quase dois mil anos. Descoberta meses atrás, foi apresentada hoje no Museu Arqueológico Rockfeller e segundo a Autoridade de Antiguidades de Israel é uma das mais importantes inscrições encontradas em Jerusalém.

Cerca de dois milênios depois, a peça foi achada durante escavações ao norte do Portão de Damasco. Riva Avner e Roie Greenwald, que comandaram a expedição, contam que ela fazia parte da cobertura de uma cisterna profunda. A doutora Avner explica que: “Na antiguidade, assim como hoje acontece, era costume reciclarem-se materiais de construção. Essa pedra com uma inscrição oficial evidentemente foi removida do seu lugar original e usada com o propósito de construir a cisterna. Além disso, para ligar a pedra à tampa, uma parte do fundo foi serrada em forma de círculo.”

O fragmento faz parte de uma peça de dimensões maiores, cujo lado esquerdo foi descoberto no século XIX e se encontra no Museu de Estudo Bíblico Franciscano. As inscrições foram lidas e traduzidas por Avner Hecker e Hannah Cotton, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Para Hecker, “apenas um pequeno número de antigas inscrições oficiais latinas foram descobertas em escavações arqueológicas em todo o país, em Jerusalém de modo especial. Não há dúvidas de que esta é uma das mais importantes”.

A data da peça arqueológica é uma confirmação importante do relato histórico sobre a presença da décima legião romana em Jerusalém no período entre as duas revoltas judaicas contra Roma. Foi durante o reinado de Adriano que Roma alcançou a maior extensão territorial de sua história.

Segundo os historiadores, Adriano visitou Jerusalém no ano 129 ou 130. Para os arqueólogos a inscrição original foi feita na fachada de um arco do triunfo no norte da cidade. Registros judaicos dão conta que nessa época estavam em vigor os chamados “decretos adriânicos”, que impunham a perseguição e a conversão forçada de judeus.

Nesse período, o imperador deu a Jerusalém o status de “colônia”. Com isso, seus cidadãos passaram a ser considerados romanos. Mas isso trazia consigo a adoração dos seus deuses e o nome da cidade foi mudado para Aelia Capitolina e a província da Judeia passou a chamar-se Syria Palaestina, numa tentativa de aniquilar sua identidade.

Esse possivelmente foi o estopim para a chamada revolta liderada por Simão Bar Kokbha poucos anos depois, que resultou na morte de centenas de milhares de judeus. Com informações Fox News e Huffington Post