Igreja Universal diz que terremoto no Nepal é cumprimento de profecias reveladas no Apocalipse
Em seu site oficial, a denominação do bispo Edir Macedo publicou um artigo em que atribui a tragédia natural do país ao cumprimento de profecias do Apocalipse. E os desencadeadores dessas profecias seriam questões ligadas à fé.
“Sinais de que o Fim dos Tempos já começou estão por toda parte, apesar de os incrédulos não admitirem. Uma série de acontecimentos ao redor do planeta não deixa dúvidas do que foi profetizado na Bíblia”, destaca o artigo.
Dentre os pontos destacados pela Igreja Universal está o crescente movimento em favor da união dos cristãos ao redor do mundo: “O Senhor Jesus deseja claramente que a Sua Igreja seja unida num só corpo (João 17.21). No entanto, isso é interpretado de forma errada, numa fachada de ecumenismo. Toda hora novas religiões, carregadas de tradição, distorcem a Bíblia, pregando uma unidade entre todas as crenças, com aquela velha história de ‘não importa no que você acredita, desde que tenha fé nisso’. O que o Senhor Jesus quis dizer é que sim, Sua Igreja deve ser unida, mas sob a certeza de que só por meio d’Ele a Salvação pode ser conseguida, com obediência plena e entrega verdadeira”, argumenta.
Novas religiões baseadas em sincretismo são apontadas pela denominação como uma das causas desencadeadoras das profecias do Apocalipse: “O chamado espiritualismo e o ocultismo têm crescido muito. Em vários países, vem sendo notado um estranho culto à ‘Santa Morte’, por exemplo, que mistura rituais de satanismo, feitiçaria e da Igreja Romana [Católica] – e já é a seita que mais cresce no mundo. E esse é só um exemplo das muitas falsas crenças e falsos profetas, sobre o que a Bíblia já alerta há milênios (Apocalipse 16.13-14)”, opina.
No entanto, a denominação ignora o próprio sincretismo religioso praticado por ela, que usa elementos sacros do judaísmo – tais quais a menorá, por exemplo – como itens de decoração em sua réplica do Templo de Salomão, em São Paulo.
Por fim, a Universal afirma que a perseguição religiosa dos extremistas muçulmanos é outro dos sinais que denotam o fim dos tempos: “Nunca aconteceram, em outras eras, tantos conflitos e guerras pelo planeta de uma só vez. Muitos deles dizem respeito a vários países ao mesmo tempo […] O Estado Islâmico mata cruelmente pessoas aos olhos de todo o planeta em vídeos veiculados pela internet, além de realizar hediondos atentados nas mais importantes cidades dos países que combatem o grupo terrorista”, conclui.