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Jordânia e Israel disputam local de batismo de Jesus

RIO JORDÃO

 

A Jordânia quer acabar de uma vez por todas com o velho debate sobre o local onde Jesus foi batizado, e para isso não poupa esforços na defesa de que foi em um lugar a 40 quilômetros de Amã, na margem oriental do Rio Jordão. A campanha da Jordânia começou como reação aos “novos movimentos” que foram notados por parte de Israel para reivindicar que o batismo de Jesus ocorreu na margem ocidental do Jordão, isto é, na Cisjordânia ocupada.

“Falamos de um lugar sagrado que foi estabelecido e já é reconhecido pelo mundo cristão”, disse à Agência Efe o diretor do chamado “Local do Batismo na Jordânia”, Diaa Madani.

“A religião não deveria se misturar com a política e a geografia, nem desembocar em uma competição secular”, acrescentou.

O governo israelense abriu em 12 de julho o local onde considera que Jesus foi batizado, situado no território palestino da Cisjordânia, sob controle militar das tropas israelenses.

Esse ponto, denominado originalmente Igreja de Judith, foi renomeado por Israel como Igreja do Batismo, uma alteração que irritou as autoridades jordanianas e os líderes das igrejas no país árabe.

Madani disse que este movimento israelense esconde “conotações políticas” e vai contra as visitas que os papas João Paulo II, em 2000, e Bento XVI, em 2009, fizeram à Jordânia, como parte de suas excursões pela Terra Santa.

Além disso, o diretor acrescentou que seu país desenvolveu o Lugar do Batismo em 1997, após o acordo de paz com Israel, em 1994, firmado depois de 50 anos de hostilidades.

“Antes disso, era impossível que a Jordânia desse importância a este lugar histórico, porque estava situado em uma área militar fechada”, disse Madani.

Segundo alguns estudiosos, o ponto onde Jesus foi batizado é o terceiro santuário para o mundo cristão, ao lado da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, e da Basílica da Natividade, em Belém.

Entre as igrejas que já reconheceram o local na Jordânia estão a Anglicana, a Luterana, a Ortodoxa Copta do Egito e a Ortodoxa de Jerusalém.

“Na atualidade estão sendo construídas 13 igrejas e mosteiros, pertencentes a diferentes ramos do cristianismo, em uma área de 10 quilômetros quadrados no Lugar do Batismo”, disse Madani.

Além disso, explicou que Bento XVI, na sua visita realizada em 2009, colocou a primeira pedra para duas igrejas no local, uma da Igreja Católica Grega e outra da Igreja Católica Romana.

Os líderes eclesiásticos da Jordânia se somaram à campanha das autoridades e defendem com o mesmo fervor a autenticidade do Lugar do Batismo na margem oriental do Jordão, utilizando passagens bíblicas e depoimentos de historiadores.

“Estamos acostumados às provocações israelenses, seja na política ou no turismo”, disse à Efe Rifaat Bared, porta-voz da Igreja Católica em Amã.

O padre considerou que a argumentação israelense opõe-se a “fatos históricos definidos, textos bíblicos e escritos de viajantes peregrinos, como a espanhola Egeria”, do século IV.

“Além disso, foram descobertas várias igrejas em escavações nesta área”, acrescentou.

Este ponto de vista é compartilhado pelo padre Nabil Haddad, presidente do Centro de Pesquisa da Coexistência Interreligiosa, para quem o Lugar do Batismo é “o ponto real no qual Jesus foi batizado”.

“A Bíblia diz claramente que aconteceu em Betânia do Além Jordão, onde João Batista realizava seus batizados”, disse, enquanto reconheceu que não espera que o Vaticano divulgue algum comunicado a respeito para solucionar a polêmica.

De qualquer forma, afirmou confiar que a hierarquia católica continuará estimulando seus fiéis na Europa a visitar este lugar como um dos mais sagrados.

Bared também fez um apelo às autoridades jordanianas para reforçarem seus laços com organizações cristãs para tentar explicar “a falácia das alegações israelenses” e promover as viagens ao Lugar do Batismo.

Apesar dos esforços dos dois lados, tudo indica que o conflito sobre qual país presenciou o batismo de Jesus continuará sendo motivo de divergência durante muito tempo.

Fonte: EFE

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Petra: Conheça a cidade de pedra

Fonte: Yahoo.com
Por Fê Costta*   Wednesday February 9, 2011 07:56 am PST

Em meio ao deserto da Jordânia está Petra, eleita uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno. Fundada no século III a. C pelo antigo povo Nebateu, prosperou com a rota do comércio que interligava todo o oriente médio, construindo uma cidade totalmente escavada na rocha. Durante muito tempo ficou esquecida, mas voltou a ser redescoberta em fins do século XIX.

Petra é um lugar mágico, onde elementos naturais e sacros combinam entre si para criar uma incrível harmonia de formas e cores. A rocha é apresentada em seu mais perfeito esplendor, lapidada pelo homem e pelo vento ao longo de séculos, em nuances que vão do branco ao rosa.


Crédito: The roadtracker, do Yahoo! Repórter

Após o desfiladeiro de 2 km, também conhecido como Siq, está a cena mais clássica da cidade, o Tesouro, onde Indiana Jones gravou as cenas do filme A Última Cruzada. O Tesouro também é a obra melhor preservada em razão de não ter sofrido erosão durante todo este tempo. Suas colunas e cúpulas, com formas geométricas perfeitas funcionam como um calendário e mediam dias, meses e até as estações do ano. É impossível não se emocionar diante de tamanha arte, tão bem inserida naquele contexto natural esplêndido!

Ao longo do caminho, que pode ser feito também no lombo de um camelo, diversas outras construções vão surgindo, representadas por templos, palácios, mercados, moradias diversas e até um anfiteatro que comportava 4 mil espectadores. O grand finale fica por conta do Mosteiro Al-Deir, guardado no topo de uma colina, após a subida de 800 degraus. A melhor forma de chegar lá em cima é na companhia de um burrico, que sabiamente leva os turistas permeando o precipício. O esforço é compensado com a magnífica visão do deserto jordaniano.

Os Nebateus eram exímios arquitetos e além da minúcia nos detalhes decorativos, construíram também um sistema hidráulico responsável por irrigar toda a cidade. Tudo isso há 2300 anos atrás!


Crédito: ChrisYunker, do Yahoo! Repórter

Além das muralhas antigas, a nova Petra oferece infra-estrutura para o turista, com bons hotéis e restaurantes. O Hotel Petra Inn está na entrada do parque e é bem servido de bares e lojinhas na vizinhança.

Petra está próxima ao enigmático Mar Morto e também do deserto de Wadi Rum, onde foi filmado Lawrence das Arábias. O acesso até a cidade é feito por auto-estrada desde a capital Amã, há 230km e gasta aproximadamente 3,5 horas no trajeto.

Não existem vôos direto do Brasil para a Jordânia, porém com escala na Europa, África do Sul ou Dubai é possível chegar no país através das grandes companhias aéreas, com um custo de à partir de R$ 2.200. Brasileiros em visita a Jordânia precisam de visto, que pode ser retirado na chegada ao aeroporto internacional de Amã.

* Fê Costta é graduada em Turismo e já visitou mais de 40 países. Há três anos escreve suas aventuras no blog viaggio-mondo.com

mais fotos:

http://custom.yahoo.com/br-especiais-mundo-flickr/article/post/mundo_flickr/16/petra.html

Arqueologia:Templo com mais de 3 mil anos é descoberto na Jordânia

 

A localização de um templo moabita de 3 mil anos foi anunciada hoje pelo Departamento de Antiguidades jordaniano, que classificou a descoberta como uma das mais importantes da Idade do Ferro (que se estendeu de 1.500 a 27 a.C.). No templo de três andares e cuja construção acredita-se tenha ocorrido entre o período 1.200 e 600 a.C. foram encontradas mais de 300 peças. A análise indica que existe a possibilidade de a construção fazer parte de um centro político e religioso do reino de Moabe, como detalhou o diretor do departamento jordaniano, Ziad Saad. Em comunicado divulgado hoje, Saad sustenta que a descoberta foi feita no mês passado por uma equipe do Departamento de Antiguidades jordaniana e a universidade La Sierra, dos Estados Unidos.
Entre as peças destaque para uma estátua com cabeça de touro do deus moabita, além de recipientes, lâmpadas e altares de rituais religiosos. A descoberta ocorreu próximo à cidade de Dhiban, a 50 quilômetros ao sul de Amã. "A Idade de Ferro foi um grande e importante período histórico e político no qual reinos fortes alcançaram inúmeros avanços tecnológicos", disse o diretor do Departamento de Antiguidades.
Acredita-se que os moabitas eram tribos pertencentes aos cacaneus que se estabeleceram na margem do rio Jordão no século 14 a.C. Seu reino chegou ao fim com a invasão persa, por volta do século 7 a.C.