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TOCAR SHOFAR NA IGREJA, O QUE E ISSO?

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Pr. Luiz Fernando

Replico esta postagem por entender que continua o processo judaizante da igreja. Aquilo que Paulo combateu adentrou na igreja pela porta da frente e somente descaracteriza o Evangelho.

Depois que vi este vídeo não posso deixar de tecer alguns comentários. Sugiro que você veja este vídeo duas vezes e depois acompanhe os comentários abaixo.
O que está acontecendo com a igreja é algo estarrecedor. Existe uma prática consciente de abandonar o Novo Testamento como norma para o cristão e um abraçar exacerbado em adotar práticas vétero-testamentárias como normas para os dias atuais. Os batistas têm como princípio distintivo doutrinário que o livro de norma prática para o cristão é o Novo Testamento. Somente o Novo Testamento é a lei para o cristão. Isso não nega a inspiração ou proveito do Antigo Testamento, nem que o Novo Testamento é um desenvolvimento do Antigo. Afirma, sem dúvida, que o Antigo Testamento, como um sistema típico, educativo e transitório, foi cumprido por Cristo, e como norma legal e caminho de vida foi cravado na cruz de Cristo e assim tirado do meio. O princípio ensina que não devemos recorrer ao Antigo Testamento para encontrar lei cristã ou instituições cristãs. Não é ali que encontramos a verdadeira idéia de igreja cristã, nem de seus oficiais, nem de suas ordenanças ou sacramentos, nem de seu culto, nem de sua missão, nem de seus rituais e nem de seu sacerdócio.
Um exemplo clássico disso é que em muitas igrejas na consagração ao ministério pastoral pratica-se a unção com óleo. Isso deve ser para fazer referência ao ato de ungir com óleo o sacerdote no Antigo Testamento. No Novo Testamento a consagração ao ministério pastoral não é praticada com unção com óleo como símbolo do Espírito Santo. Mas em algumas denominações o erro continua.
Aplicando-se o princípio distintivo dos batistas ao vídeo acima podemos perguntar: Por que tocar shofar na igreja e em seus cultos? Qual a lógica de se criar uma escola para ensino dessa prática? Somente há uma resposta, são práticas estranhas ao Novo Testamento.
Os irmãos que aparecem no vídeo afirmaram algumas coisas e creio que não houve dolo da parte deles e até creio na sinceridade de suas intenções, mas um total desconhecimento de teologia e Bíblia. Gostaria de ponderar algumas afirmações feitas:
1a – Ao participar de um ato profético e ouvir o toque do shofar sentiu que era chamado por Deus.
Em primeiro lugar ato profético não é encontrado no Novo Testamento. Até hoje ninguém definiu teologicamente ato profético. Creio ser uma interpretação ou modismo ou introdução de uma linguagem chula no meio cristão. Se ato profético é fazer algo aqui na terra que será realizado no céu é no mínimo uma coisa infantil, para não dizer desprovida de intelectualidade. Pois bem, alguém ouvir outro tocar shofar e se sentir chamado é algo puramente subjetivo, emocional e não pode ser base para nada. Antes de qualquer coisa não existe chamado para se tocar shofar no Novo Testamento. Se o Novo Testamento é o princípio regulador para o cristão então este chamado é igual a nada. O senso que Deus falou conosco deve ser provado no crisol da Palavra, mas como isso levaria a uma grande frustração por parte daqueles que se sentem chamados, então se despreza a Palavra e firma-se nos sentimentos. Esse comportamento é puramente uma manifestação de carnalidade e expressão da pós-modernidade.

2a – O jovem disse que depois de aprender a tocar o shofar ele passou ter mais comunhão com Deus e as pessoas são tocadas pelo som do mesmo.

Isso é atribuir poderes miraculosos a um chifre de carneiro. Cheira a animismo. O desejo por maior comunhão com Deus não se dá através de sons de instrumentos, mas pelo simples fato que amamos a Deus e querermos Sua companhia. Se o motivador é tocar shofar então podemos dizer que outros sons também motivam. Um chifre de carneiro tem tal poder assim? Só porque alguém consagrou tal shofar ele agora passou a ser especial e ungido a tal ponto de mudar comportamentos e influenciar pessoas? Isso é muita infantilidade. Isso é desprovido de racionalidade e base bíblica. Mas essa onda judaizante que entrou na igreja está causando estragos irreparáveis. Pessoas serem tocadas pelo som do shofar é atrair atenção para si. É querer ser especial demais dentre muitos. Pelo que venho estudando a mais de 25 anos em teologia, Bíblia e história da igreja nada igual foi vivido pelos cristãos antes.

3a – O pastor afirmou que nós sabemos, através de textos bíblicos, que a igreja primitiva usava o shofar em batalha espiritual.

De qual Novo Testamento o pastor tirou tal afirmação? É uma afirmação no mínimo desleixada ou feita a esmo que induz ao erro. Nunca li isso no Novo Testamento. Possuo várias versões da Bíblia e nunca vi nada igual. Nunca soube pela história da igreja que isso foi utilizado pela mesma como meio de aproximação de Deus. Arma de Batalha espiritual? Isso é acrescentar ao texto sagrado o que ele não contém. As únicas armas que Paulo menciona no Novo Testamento estão em Ef. 6:13-20 que transcrevo abaixo:
“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; 15 E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; 16 Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
17 Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; 18 Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, 19 E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,
20 Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar”.
Não encontrei o shofar como arma de batalha espiritual, você encontrou?

4a – O pastor afirmou que o toque do shofar aponta para o Messias, que lembra a igreja que Ele está voltando e o toque do shofar anima a igreja.

Todo tipo no Antigo Testamento apontava para o antítipo que era Cristo. Mas como diz o autor de Hebreus esses tipos eram sombras do que havia de vir e quando Cristo veio os tipos perderam os significados, pois, já temos o verdadeiro e as sombras passaram. Então o pastor cometeu um erro elementar de não saber Bíblia. Mas como um pastor pode deixar de conhecer a Bíblia, sendo ela seu principal instrumento de trabalho? Acredito que deva ser mais um daqueles pastores consagrados que nunca se assentaram em um banco de faculdade ou seminário livre de boa procedência para estudar teologia. Se esse for o caso fico a me perguntar: De quem é a culpa? Da igreja que irresponsavelmente consagrou tal pessoa ou da pessoa que ambicionando status aceita tal irresponsabilidade? No fundo os dois são os culpados. Ambos negligenciaram os princípios da Palavra.
Afirmar que o toque do shofar lembra à igreja que Cristo está voltando é no mínimo brincadeira de mau gosto. Onde está isso na Bíblia? E agora falo da Bíblia toda e não somente do Novo Testamento. Afirmar que isso anima a igreja soa a criancice. O que deveria animar a igreja é a pregação vigorosa da Palavra de Deus. Deveria ser uma exposição do texto bíblico com preparo em pesquisas, oração e unção do Espírito Santo e nunca o som de chifre de carneiro. Tal afirmação enjoa e enoja qualquer pessoa de intelectualidade mediana.

5a – A repórter afirma que através de uma revelação de Deus nasceu a escola de shofar Brit.

Alguém disse que Deus falou e isso vira verdade. A questão que fica sem resposta é que o pastor disse que Deus não havia falado com ele, mas sua esposa volta de uma viagem a Israel e lhe traz uma revelação. Pergunto: “Quem é o cabeça nessa relação?” É a mulher que ensina o homem ou deveria ser o contrário, segundo Paulo? Mesmo que minha mulher trouxesse uma nova revelação para mim eu deveria provar isso à luz da Bíblia. Mas parece que o pastor aceitou tal revelação acriticamente. Isso é jogar no lixo toda forma de racionalidade em nome de uma espiritualidade doentia e mesmo evidencia a fraqueza e inadimplência de tal pastor diante da vida. Desde quando a mulher de pastor tem palavra autoritativa final na vida de pastor ou quem quer que seja? Ridículo!
Daí nascer uma escola para ensinar tocar shofar só mesmo acreditando em Papai Noel.

6a – O pastor afirma que conhecendo o shofar o chamado se evidencia.

Sempre entendi que quando existe um chamado de Deus ele parte de Deus e nunca de coisas materiais. Mas como os tempos mudaram e Deus deve ter mudado também seu modo de agir.

Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus

Cabe a cada um de nós nos posicionarmos contra tais comportamentos e afirmações, mesmo que sejamos taxados de bitolados e retrógrados. Nosso eterno compromisso é com a Palavra e somente com Ela. Nada disso que está neste vídeo deve nos motivar, mas nos levar a rejeitar tais ensinos como erráticos e heréticos. Os resultados desses ensinos são: Cristãos alienados, sentimentais e pouco racionais, igreja sempre menina e nunca madura, espiritualidade doentia e adoecedora e ridicularização por parte do mundo.

Soli Deo Glória.

Luiz Fernando R. de Souza

27-5-16-a 006

 

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

 

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Antissemitismo nos Pampas: segundo pesquisa, quase metade dos argentinos jamais casaria com judeus

 

Níveis de antissemitismo são elevados no país que tem a maior comunidade judaica da América Latina (e a sétima no mundo). Acima, a sinagoga central de Buenos Aires, na Plaza Lavalle, quase ao lado do Teatro Colón e na diagonal da Corte Suprema de Justiça.

Uma pesquisa elaborada pela Delegação das Associações Israelitas Argentinas (DAIA), a Liga Anti-difamação e o Instituto Gino Germani da Universidade de Buenos Aires revelou a presença de um forte antissemitismo na Argentina, país que conta com a maior comunidade judaica da América Latina e a sétima em todo o mundo. Segundo o relatório “Atitudes perante os judeus na Argentina”, apresentado oficialmente ontem (terça-feira), persiste a existência ostensiva dos estereótipos e preconceitos sobre a comunidade judaica. Um dos pontos que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi a proporção de 45% dos argentinos que sustentam que não se casariam jamais com uma judeu.

Além disso, a pesquisa revelou que ainda é persistente a milenar acusação de que os judeus são os “responsáveis pela morte de Cristo” (23%). Outros 49% afirmam que os judeus “falam demais sobre o Holocausto”.

Outros 29% dos pesquisados sustentam que não morariam jamais em um bairro com forte presença judaica. Buenos Aires possui vários bairros com presença histórica de judeus, entre os quais Villa Crespo, Balvanera (informalmente conhecido como “Once”) e Abasto (onde reside a maior parte dos ortodoxos).

A capital argentina possui a maior concentração judaica do país, com 244 mil integrantes da comunidade, isto é, 8% da população total portenha. No total, a comunidade judaica Argentina, a maior da América Latina, contaria com 300 mil integrantes, embora cálculos extraoficiais elevem o número para 500 mil.

Tal como na Europa da Idade Média (e recentemente também), um quarto dos argentinos culpam judeus da morte de Cristo, segundo pesquisa que apura níveis de antissemitismo. Acima, “Liberem Barrabás”. Ilustração do volume 9 de “The Bible and its Story Taught by One Thousand Picture Lessons”, publicado em 1910 nos EUA.

PESQUISA, POLÍTICA, DINHEIRO E “ARGENTINIDADE” – Até 1994, ano em que foi reformada, a Constituição Nacional argentina impedia que um presidente pudesse tomar posse caso não fosse “católico apostólico romano”. Diversas províncias também tinham a mesma restrição para seus governadores. Desta forma, os integrantes da comunidade judaica estavam limitados em suas carreiras políticas e deviam resignar-se às carreiras de parlamentares e ministros. Mas, apesar das mudanças legislativas duas décadas atrás, a pesquisa mostra que 39% dos entrevistados consideram “negativa” a presença de judeus na política argentina.

A pesquisa da DAIA e da Universidade de Buenos Aires sustenta que persistem estereótipos que datam da Idade Média que vinculam a comunidade judaica com a usura, já que 80% dos argentinos consideram que a principal prioridade dos judeus é “ganhar dinheiro”. O relatório também sustenta que do total de pesquisados, 53% acreditam que os judeus são mais leais a Israel do que à Argentina.

O presidente da DAIA, Aldo Donzis, resumiu os preconceitos contra judeus: “é ignorância”. Segundo Donzis “ninguém teria objeções se um argentino tem vínculos fortes com a Espanha. Mas, não permitem que um argentino judeu possa ter laços com Israel”.

A pesquisa também mostra que 14% dos entrevistados consideram que os judeus, embora nascidos na Argentina, “não são argentinos”.

Quipás e bombachas: Os “Gauchos Judíos”. A presenta judaica nos pampas das provincias de Entre Rios, Santa Fe e Buenos Aires foi grande no final do século XIX e XX. O assunto gerou vários livros e um filme. Acima, capa do disco com a trilha sonora do filme. E, nada melhor para mostrar a fusão de duas culturas do que o dueto Falú-Moguilevsky, aqui.

Segundo o vice-presidente da DAIA, Angel Schindel, “a Argentina, que tem a maior comunidade judaica da América Latina talvez seja o país de toda a região no qual o antissemitismo é o mais virulento”. Schindel ressaltou que “o antissemitismo é camuflado. Não é exibido de forma aberta. Mas, está encapsulado na população. As situações de antissemitismo com os judeus argentinos cresceram durante a Guerra do Líbano e o ataque de Israel à Faixa de Gaza como represália pela atividade do Hamas. Por este motivo, qualquer situação externa rapidamente é o estopim desse antissemitismo”.

Evita Perón e o generalíssimo Francisco Franco: ela na Argentina, ele na Espanha. Ambos ajudaram os criminosos de guerra nazistas que fugiam.

ARGENTINA FOI REFÚGIO DE CRIMINOSOS DE GUERRA NAZISTAS

Em 1918 Buenos Aires foi o cenário do primeiro e último “Pogrom”, realizado em terras latino-americanas. Na ocasião, 179 judeus, a maioria de origem russo, foram massacrados por grupos nacionalistas de extrema direita nos bairros de Once e Villa Crespo, segundo denunciou na época o embaixador dos EUA. Durante os anos 1930, o partido nazista argentino, o maior da América Latina, realizava sem qualquer tipo de restrição, manifestações na via pública.

Após o final da Segunda Guerra Mundial a Argentina foi um dos refúgios favoritos dos criminosos de guerra nazistas que escapavam da Justiça na Europa. Diversas estimativas indicam que mais de 300 responsáveis do genocídio nos países ocupados pela Alemanha – entre os quais Adolf Eichmann e Josef Mengele (que viveram escondidos com pseudônimos) e Erich Priebke (que nunca mudou seu nome) – entraram no país graças às facilidades concedidas pelo presidente Juan Domingo Perón.

O líder dos ustashas (fascistas croatas) Ante Pavelic, acusado de genocídio de sérvios, transformou-se em conselheiro de segurança de Perón.

A própria Argentina teve presença no gabinete do Terceiro Reich por intermédio do portenho Ricardo Walter Oscar Darré, um especialista no cruzamento de vacas, que além de ser um dos principais teóricos da doutrina do “Blut und Boden” (Sangue e Solo) – origem das leis raciais da Alemanha nazista – foi ministro da Agricultura de Hitler.

O portenho Darré, um especialista em cruzamento de vacas, co-autor das leis raciais do Terceiro Reich.

O antissemitismo também foi marcante durante a ditadura militar argentina (1976-83), já que os prisioneiros políticos judeus foram alvo de torturas mais ferozes que aquelas aplicadas aos não-judeus.

O regime vivia assolado pela paranóia do “Plano Andinia”, uma mirabolante suposta conquista “sionista” da Patagônia, onde Israel instalaria “kibutz” socialistas.

A comunidade judaica nos anos 70 era de 290 mil pessoas, equivalente a 1,2% da população total. No entanto, o número de judeus mortos pela Ditadura é de 2.000 pessoas, o que os transforma em 6,33% dos desaparecidos.

Além de tudo isto, a comunidade judaica argentina também foi o alvo dos dois maiores atentados terroristas realizados na região. O primeiro deles, em 1992, destruiu a Embaixadade Israel, matando 30 pessoas e ferindo outras 200. Em 1994, um carro bomba arrasou a sede da associação beneficente judaica AMIA, provocando a morte de 85 pessoase ferindo e mutilando outras 300. Em ambos casos existem fortes suspeitas sobre uma “conexão argentina”, supostamente composta por integrantes de grupos de extrema direita como os militares “cara-pintadas”.

Dois judeus Made in Argentina:

Daniel Barenboim, com a Filarmônica de Berlim, rege “Tico tico no fubá”, do brasileiro Zequinha de Abreu. Aqui.

E Martha Argerich, tocando o Noturno n.1 de Frederic Chopin. Aqui.

hirschfeldfarrago3PERFIL: Ariel Palacios fez o Master de Jornalismo do jornal El País (Madri) em 1993. Desde 1995 é o correspondente de O Estado de S.Paulo em Buenos Aires. Além da Argentina, também cobre o Uruguai, Paraguai e Chile. Ele foi correspondente da rádio CBN (1996-1997) e da rádio Eldorado (1997-2005). Ariel também é correspondente do canal de notícias Globo News desde 1996.

Em 2009 “Os Hermanos recebeu o prêmio de melhor blog do Estadão (prêmio compartilhado com o blogueiro Gustavo Chacra).

 blog1vinhetalendonewsstand4 …E leia os supimpas blogs dos correspondentes internacionais do Estadão:

Gustavo Chacra (Nova York)

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Israelense, Israelita, Judeus e Povo de Deus

 israelHá uma grande confusão sobre os 4 termos que dão nome a este texto. Temos que fazer distinções, não só entre o atual Estado de Israel e o Israel histórico-bíblico, mas, principalmente, com o Povo de Deus.

Não devemos nos iludir: israelenses (cidadão de Israel, nação constituída em 1948) e os israelitas de outrora (povo descendente de Abrão; filhos das 12 tribos, os filhos de Jaco; povo da Judéia, até 70 d.c; também conhecido como hebreus) não são, exatamente, o mesmo povo.

Já o termo judeu, entretanto, refere-se a quem segue o judaísmo, religião cognata às práticas cerimoniais (preservadas, desenvolvidas ou contaminadas) depois do exílio babilônico. Essas práticas estão associadas à observação de princípios e conceitos descritos, abstraídos ou relativos ao que hoje chamamos V.T. Assim pode existir, israelenses cristãos, ateus, budistas, etc., mas – a rigor – não existe judeu cristão. E, é lógico, que hoje, nesse sentido, não existe israelita, e que nenhum desses grupos (étnico, cultural ou religioso) é, necessariamente, povo de Deus.

A Bíblia esclarece que ‘israelita’, ou ‘descendente de Abraão’ é aquele que pela fé confia em Deus, quem nós chamamos de eleito! E não quem é nascido na “Terra Santa” ou mesmo que é descende dos semitas.

É óbvia a existência de elementos comuns entre judaísmo e cristianismo, sendo que, ambos, são ‘derivados’ das leituras do V.T. (falando de modo filosófico e/ou antropológico), e mais, foi nesse nicho cultural/social/religioso (judaísmo) que Deus por fim se revelou completamente (Hb 1;1). Mas existem diferenças profundas, que não podem ser ignoradas, ou facilmente reconciliadas, sem que haja um abandono da fé.

Os Judeus se fecham para a Verdade (Cristo) e nisso se fecham para o Deus de Abraão, Isaac e Jacó: não ouvindo Moises, ou Davi e nem entendendo os profetas Isaias, Jeremias ou Daniel, ignoram a clara e inconfundível voz de Deus! De fato, não crer em Cristo é não obedecer a YAHWEH uma vez que as Escrituras (Tanakh) são claras quanto o senhorio de Jesus. Também é importante acrescentar que durante os 400 anos entre o fim desse exílio e advento de Cristo, período da afirmação do judaísmo (como cultura, religião e etnia), Deus se calou. E que há um claro repúdio de Jesus por essa tradição.

De maneira ainda mais firme e incisiva que as outras religiões, o status religioso judaico deve ser condenado (como religião). O judaísmo com seu sistema de fé (baseado na velha aliança) está distantes de Cristo, e por ser ofensivo, cruel e repulsivo a todo o Cristão sincero, pois mantêm os símbolos que apontavam para o superior sacrifício de Cristo, acaba por satirizar, diminuir ou zombar da morte substitutiva do nosso salvador, Jesus Cristo, o único nome em que há salvação!

Entretanto devo acrescentar que todas as religiões (pejorativo) – inclusive o cristianismo – são condenáveis. Com quanto tentam comprar as boas dádivas da divindade (seja com boas ações, penitências, relicários, devoção, obediência, liturgias, ou feitiçarias) mesmo que declarem (no caso estrito do cristianismo) a dependência de Cristo para a salvação, não é o que se vê (ou ouve-se) nos púlpitos. Mas é preciso esclarecer que esse tratamento (condenação) é para a religião e não tem (necessariamente) nada com o religioso (adepto). Esse deve ser alvo do nosso amor.

Somente Cristo salva!

Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram?

Por Esli Soares

06-06-16 013

 Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.