A Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro decidiu suspender uma mostra ofensiva contra os católicos que trazia a Virgem Maria nau e com órgão masculino, além da inscrição: “Deus acima de tudo, gozando acima de todos”.
Denunciada pelo deputado estadual Márcio Gualberto, do PSL, a “exposição” recebeu muitas críticas por ser mais um caso de vilipêndio contra objetivo de culto.
Os autores são alunos e formandos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que incluem mais de 50 pessoas que foram convidadas para exporem obras e realizarem performances.
Segundo Gualberto, ele recebeu uma denúncia anônima sobre a exposição que classificou como uma “agressão desnecessária, injustificada e gratuita”.
“É uma agressão desnecessária, injustificada e gratuita. O autor foi muito infeliz. Peço a Deus que toque o coração e o faça compreender que não produziu uma obra de arte”, disse o parlamentar.
A prefeitura do Rio emitiu nota reafirmando “seu compromisso com o respeito constitucional à liberdade religiosa e a todas as crenças” e anunciando a suspensão da exibição do material.
A Câmara de Vereadores do Rio aprovou, ontem, terça-feira (2/4), a abertura do processo de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (PRB), Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus.
Fernando Lyra Reys, fiscal da Secretaria de Fazenda é quem denunciou o prefeito pelo crime de responsabilidade por ter renovado contratos de mobiliários urbanos em dezembro de 2018.
Jorge Felippe (MDB), se declarou impedido, por ser o primeiro a sucedê-lo, caso o pedido seja aprovado.
Após a publicação da admissibilidade no Diário Oficial, Marcelo Crivella terá 10 dias para apresentar sua defesa e a comissão formada terá até 90 dias para apresentar um relatório.
Para ser aprovado, o relatório é necessário o voto de dois terços dos vereadores.
Crivella e Magno Malta saem em defesa do líder da ADVEC
“Em nome de Deus: não recebi dinheiro de bandido”
A Operação Timóteo, deflagrada nesta sexta-feira (16) pela Polícia Federal recebeu esse nome como menção direta ao texto bíblico de 1 Timóteo 1:10: “pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé”. Seu principal personagem acabou sendo o pastor Silas Malafaia.
A acusação contra ele é que o líder religioso teria emprestado as contas bancárias de sua instituição para ajudar a ocultar dinheiro de um esquema de corrupção envolvendo royalties advindos de exploração mineral
O pastor se apresentou na sede da Polícia Federal em São Paulo, durante a tarde e prestou depoimento por cerca de uma hora e meia. Ele declarou à imprensa presente no local: “Eu sei separar o que é para mim e o que é para a minha entidade. Eu orei por esse cara [o doador] em 2011, eu oro por muita gente. Eu recebo muitas ofertas, não é só dele não. E declaro no imposto de renda.”
Na saída, voltou a ressaltar que não é “laranja de bandido” e não sabe nada sobre mineração. Deixou claro ainda que irá devolver o dinheiro, caso seja comprovada a origem ilícita e a Justiça determinar assim.
Explicando que “Isso é uma safadeza, é uma molecagem. Estou desafiando a provar que eu estou envolvido com esses canalhas. Meta eles na cadeia. Sou a favor da Lava Jato, sou a favor de uma Justiça forte, mas não para isso”.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o pastor Silas enfatizou que ele vem se posicionando contra o sistema judiciário brasileiro.
Crivella e Magno Malta
Ao longo do dia, várias personalidades declararam seu apoio a Malafaia, dizendo acreditar na sua inocência e que ele foi envolvido na situação.
O senador Marcelo Crivella (PRB/RJ), que no passado teve problemas pessoais com o pastor Malafaia, mas ultimamente tinha nele um aliado político, divulgou um vídeo sobre a prisão, onde afirma que “A Polícia cometeu uma injustiça contra um homem de bem que foi vítima de bandidos… Ele é inocente”. Acrescentou que o episódio é mais uma demonstração de preconceito contra os evangélicos.
O senador Magno Malta (PR/ES) também gravou um depoimento, postado nas redes sociais. Disse que a postura de Malafaia mostra que o pastor é inocente. Lembrando que conhece bem o pastor e que estranha o fato de o advogado preso acaba não sendo mencionado. Finalizou dizendo ter certeza que “no final, tudo isso será esclarecido”.
Entenda o esquema
Quem doou o dinheiro a Malafaia foi o advogado Jader Alberto Pazinato, membro da igreja Embaixada do Reino de Deus, em Balneário Camboriú, SC. O líder da igreja, Michel Abud, diz que conhece bem Pazinato e sua família há mais de 15 anos.
A sede da Embaixada foi alvo de busca e apreensão na manhã desta sexta pela PF. O objetivo era investigar depósitos na conta da igreja feitos por Pazinato. A Operação Timóteo tem provas que escritórios de advocacia fechavam contratos fraudulentos com as prefeituras para o pagamento de royalties de mineração.
O grupo criminoso ficava com 20% do dinheiro arrecadado. O escritório de advocacia Jader Alberto Pazinato Advogados pagou ao esquema cerca de R$ 61 milhões. Ele e mais 15 pessoas foram presas em 11 estados e no Distrito Federal.
A investigação mostra que o esquema funcionava há pelo menos oito anos, tendo desviado R$ 66 milhões. Com informações obtidas no site Gospel Prime.