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“PT pratica preconceito religioso boçal contra a fé de Marina Silva”, escreve jornalista

Avatar de Tiago ChagasPublicado por Tiago Chagas em 5 de setembro de 2014

“PT pratica preconceito religioso boçal contra a fé de Marina Silva”, escreve jornalistaO jornalista Reinaldo Azevedo criticou o que chamou de “preconceito religioso boçal” que a campanha petista e parte da imprensa tem praticado contra a candidatura de Marina Silva (PSB).

Num artigo publicado em sua coluna no site da revista Veja, Azevedo afirmou que é correto propor o debate na campanha, e confrontar a ex-senadora com seu passado e suas propostas atuais, e que a própria Marina deve lidar com isso da melhor maneira possível.

“Marina tem de aprender a ser confrontada. Afinal, a vida pública é distinta da militância numa ONG, em que todos partilham do mesmo propósito. É forçoso lidar com o contraditório”, escreveu Azevedo.

O texto do jornalista reforça que é obrigação dos demais candidatos expor os pontos que acham frágeis ou incongruentes nas propostas do programa de governo do PSB: “Dilma e Aécio têm o dever de confrontar Marina, porque não é menos verdade que Marina os confronta, dizendo por que tem de ser ela, não eles, a assumir a Presidência da República em 2015”, ponderou.

Porém, o jornalista – que é católico praticante – afirmou ser uma “baixaria” os questionamentos e ataques feitos a Marina por ela ser uma evangélica, membro da Assembleia de Deus Plano Piloto, em Brasília (DF).

Em sua conclusão, o jornalista – que é um notório crítico do governo petista – diz que os militantes do Partido dos Trabalhdores dizem combater o preconceito usando outro pensamento simplista e pejorativo: “Tenta-se fazer blague com ela [Marina}, ridicularizá-la, porque leria a Bíblia antes de tomar decisões. Se ela lesse bula de remédio, seria melhor? E se lesse os Diários de Che Guevara ou alguma obra sobre budismo? Aí poderia ser incensada ou por esquerdistas ou por cultores de orientalismos? Qual será o paradigma do PT? Combater o suposto preconceito contra gays com o preconceito contra evangélicos?”, questionou.

Conversão de Marina Silva ao Evangelho, há quase 20 anos, aconteceu após sentenças de morte; Assista ao testemunho

Avatar de Tiago ChagasPublicado por Tiago Chagas em 5 de setembro de 2014
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Conversão de Marina Silva ao Evangelho, há quase 20 anos, aconteceu após sentenças de morte; Assista ao testemunho

Marina Silva é evangélica desde 1995, quando era senadora e na aflição da busca pela cura para seus problemas de saúde, aceitou a Jesus Cristo como único Salvador. Porém, na campanha eleitoral deste ano, o assunto se tornou arma de especulação e promoção de preconceito nas mãos de seus adversários políticos, que cogitam a possibilidade de a candidata à presidência ser uma “fundamentalista” religiosa.

Em um vídeo gravado em 2010, quando disputou a presidência da República pela primeira vez, abrigada pelo Partido Verde (PV), Marina contou o testemunho de sua conversão num culto, e detalhou os momentos difíceis enfrentados por conta de sua saúde fragilizada.

Na infância paupérrima no seringal Bagaço, em Breu Velho, no Acre, Marina esteve exposta por diversas vezes à malária, leishmaniose, hepatite e também sofreu com a contaminação por metais pesados, como o mercúrio, por exemplo.

Adolescente, cogitou tornar-se freira, mas enveredou pela militância política sob a tutela de Chico Mendes e foi eleita senadora pelo PT em 1994, assumindo o posto em 1995. Nesse ano, coberta pelo plano de saúde do Senado, fez tratamentos caríssimos no exterior, com médicos do Chile e dos Estados Unidos. Porém, nada surtia efeito e seu corpo ficava cada vez mais debilitado.

Em seu testemunho, Marina diz que sua visão e orientação espacial estavam prejudicadas, assim como fígado e outros órgãos. Para conseguir comer, seguia uma dieta rigorosa e fazia refeições de hora em hora.

No Brasil, após receber “a terceira sentença de morte”, a então senadora acreana ouviu de um médico que ela “precisava de um milagre”. A afirmação a deixou “irritada e constrangida”, mas aceitou a oferta de conversar com o, à época, jovem pastor André Salles, da Assembleia de Deus.

Marina conta que inicialmente achou que Salles fosse um charlatão, mas o pastor disse a ela ter dons espirituais, como revelação e línguas, e descreveu pessoas à sua volta, o que a levou a crer que algo verdadeiro estava acontecendo. Convidada a aceitar Jesus, Marina concordou e as mudanças começaram pelo seu modo de ser.

Em 1997, dois anos após se converter, ela ainda sofria com os mesmos problemas de saúde, e em durante um momento de oração pelos enfermos num culto, lembrou da sigla DMSA, que descreve um remédio experimental que havia sido apresentado a ela nos Estados Unidos. Encorajada pela revelação, Marina aceitou tomar três doses da droga e a partir de então, sua saúde foi restaurada.

httpv://www.youtube.com/watch?v=FbNT-F7UHzw

“Dilma e o PT estão acendendo uma vela para satanás e outra para Deus, e acham que pastor é otário”, diz Silas Malafaia

Avatar de Tiago ChagasPublicado por Tiago Chagas em 3 de setembro de 2014

“Dilma e o PT estão acendendo uma vela para satanás e outra para Deus, e acham que pastor é otário”, diz Silas MalafaiaO pastor Silas Malafaia resolveu se engajar de forma ainda mais agressiva contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e o governo da presidente Dilma Rousseff. Numa entrevista, afirmou que ambos “acham que pastor é otário e evangélico é idiota”.

Malafaia confirmou ao jornal O Globo que irá apoiar Marina Silva num eventual segundo turno, caso a candidata do PSB não “levar logo agora”, numa alusão à possibilidade de o crescimento da presidenciável continuar no atual ritmo e fazê-la vencer a disputa ainda no primeiro turno.

“Se duvidar, nem vai para o segundo turno. Marina leva logo agora. Quem for contra a Dilma, eu também sou. Sou amigo do Everaldo há 30 anos, sou um homem de palavra, meu voto é dele. Mas quem deve ir para o segundo turno é Marina. Por isso, meu voto é dela em outro momento”, disse Malafaia, explicando que mantém seu voto no candidato do PSC neste primeiro turno.

Sobre o capítulo voltado ao movimento LGBT no programa de governo de Marina Silva, Silas Malafaia se apressou em dizer que, embora não esteja satisfeito completamente com as mudanças, o episódio serviu para demonstrar a inflexibilidade dos ativistas gays.

“Veja quem são os incoerentes. O programa da Marina não contempla tudo que acredito. Só porque eles fizeram uma correção, os ativistas gays falaram que não vão apoiar. Eles que são intransigentes. Ideologicamente, tudo o que ativismo gay for a favor, eu sou contra. Quem é que trouxe o debate? Chamem Aécio, Dilma e Marina e eu desafio que eles tenham lido seus programas inteiramente. Delegaram para suas equipes. O PSB-LGBT ficou responsável por essa parte e exageraram. Aí, provavelmente, voltaram para discussão do grupo e foi modificado. Ainda assim, os direitos para os gays lá [no programa de Marina] ainda estão grandes e eu não concordo com eles. O programa dela não tem nenhuma linha do pensamento cristão, mas tem dez para os gays. Os intolerantes são eles. Quem não quer dialogar são eles [ativistas gays]”, disse o pastor.

Silas Malafaia comentou ainda a iniciativa do governo de, só agora, apoiar a aprovação da Lei Geral das Religiões, que estende às igrejas evangélicas e demais entidades religiosas os benefícios que a legislação brasileira já garante à Igreja Católica. Para o pastor, Dilma e o PT estão agindo de forma impulsiva para tentar evitar perder as eleições.

Questionado se teria se tornado uma “figura central” nas eleições, o pastor disse que se coloca como porta-voz do pensamento da maioria da população: “Não sou falso humilde e nem penso que sou ‘o cara’. Minhas opiniões são as mesmas que grande parte da população, mas isso não quer dizer que eu a represento. Cerca de 25% a 27% da população é evangélica, segundo dados do IBGE de 2010. Os católicos praticantes, que nestes temas que defendo pensam iguais a nós, são mais de 20%. Já deu a maioria. Marina não é minha candidata. É candidata do povo. Eu interpreto o pensamento dessa maioria”, concluiu.