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Igrejas pequenas se juntam à megaigrejas para não fecharem as portas

Cenário religioso americano mudou rapidamente nas últimas décadas

Forest Hill Church. (Foto: Divulgação)

Nos últimos anos, muitas igrejas norte-americanas viram seu número de membros cair tanto que estavam sendo forçadas a fechar suas portas.

Dois bons exemplos são a Igreja Presbiteriana Johnston Memorial e a Igreja Presbiteriana Reformada Ebenezer, localizadas em Charlotte, Carolina do Norte. Segundo explica Stacey Martin, da Forest Hill Church, megaigreja que acabou “absorvendo” ambas.

O declínio no número de pessoas nos cultos devem-se a diferentes fatores. A população da área está envelhecendo rapidamente e as novas gerações não mantiveram o hábito de frequentar cultos semanais.

“Ambas estavam com frequências em queda e vendo seus membros envelhecerem. Perceberam então que não eram eficazes em alcançar ou representar as comunidades ao seu redor”, explica Martin ao The Christian Post.

“A demografia mudou, e as lideranças dessas igrejas perceberam que não tinham a habilidade de serem ágeis o suficiente para responder às mudanças.”

A liderança da Forest Hill tinha amigos nas duas igrejas vizinhas que estavam “morrendo” e foram contatados para comprar as duas propriedades e torná-las parte de sua “rede”, no sistema de vários campus adotada pela megaigreja.

“A Forest Hill foi convidada devido ao reconhecimento de que nossa abordagem ao ministério era bíblica, eficaz e livre de algumas das tradições que muitas denominações mantém”, continuou Martin, que chama a anexação desses dois templos de “parceria”.

A Johnston Memorial e a Ebenezer tornaram-se “campus” da Forest Hill, que chegou a seis locais de culto em sua rede.

 Uma tendência crescente

O caso dessas presbiterianas do sul dos EUA não é uma história rara, mas uma solução cada vez mais procurada para pequenas igrejas prestes a fechar.

Ron Edmondson, líder da Rede Leadership (Liderança), organização que oferece recursos estratégicos para líderes de igrejas, classifica essa fusão de igrejas de “uma tendência crescente”.

“Cerca de 42% das igrejas que possuem mais de um campus foi através de fusões. Essa fusão tipicamente ocorre quando uma igreja que está em declínio se funde com outra igreja evangélica, muitas vezes não denominacional”, disse Edmondson.

Uma pesquisa recente indica que as igrejas “não denominacionais” são hoje 21% de todas as igrejas evangélicas norte-americanas.

Warren Bird, do Conselho Evangélico de Responsabilidade Financeira, escreveu em parceria com Jim Tomberlin o livro “Melhor Juntos: Fazendo as fusões dares certo”. Segundo ele, “essas fusões estão ocorrendo entre igrejas de todos os tamanhos e tipos… Refletindo uma tendência crescente em que antigos templos deixem de lado seu DNA e geram uma maior sinergia, causando um impacto regional mais forte.”

O livro reproduz um levantamento que mostra como 80% das igrejas do país estavam em declínio ou estagnadas, enquanto os outros 20 por cento que estão crescendo “têm uma necessidade desesperada de espaço”.

“Podemos fazer melhor juntos do que separados e assim estamos revitalizando a Igreja como um todo”, acrescentaram.

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Pastores de mega-igrejas oferecem conselhos sobre pregar melhor os sermões

PorLillian Kwon | Christian Post Reporter tradutor Amanda Gigliotti

 

Como pregadores, particularmente pastores de mega-igrejas, preparam sermões cada semana? De onde eles tiram suas idéias? Será que eles nunca ficam nervosos? E como eles lidam com críticas e elogios?

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    (Foto: Preaching Rockets via The Christian Post)

    Perry Noble (direita), pastor da NewSpring Church na Carolina do Sul, fala sobre como pregar melhor sermões, Março 2012.

Essas são algumas das perguntas que um grupo de conhecidos pastores responderam durante um webcast quinta-feira que foi projetado para ajudar os pastores de todo o país pregar sermões melhores.

De acordo com Casey Graham, fundador do PreachingRocket.com, o que levou o evento, 90 por cento das pessoas sem igreja escolhem uma igreja baseada no pastor ou pregação. E 92 por cento das pessoas voltam a uma igreja por causa de um sermão.

Com isso, o evento preachbettersermons.com foi lançado para proporcionar insights sobre a forma como alguns dos pastores mais influentes do país fazem o que fazem para fornecer à comunidade, no mundo solitário de preparação e pregação de sermões.

Idéias e preparação de sermões

O Pastor da Igreja NewSpring, Perry Noble, aconselhou os milhares de pastores a assistir on-line para começar com a Palavra de Deus e não com um vídeo VH1 ou música popular.

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“Deixe que o texto, a Bíblia dirija o sermão. Não diga que eu vi um vídeo no canal VH1 e eu quero fazer um sermão em torno disso”, exortou pastor da mega igreja da Carolina do Sul. “A Palavra de Deus tem de estar onde ele começa. Eu estou tão apaixonado por isso.”

Noble, cuja igreja está se preparando para lançar o seu oitavo campus, disse que quase todas as ideias que ele tem pregado durante os últimos cinco anos, saiu de seu tempo silencioso. Ele deixou claro, no entanto, que seu tempo de silêncio com o Senhor não é tempo de preparação de sermão.

“Mas enquanto eu estou lendo a Bíblia para tentar o meu melhor para ouvir a voz de Deus, se alguma coisa aparece na minha mente, eu o escrevo”, explicou.

“Um pregador prega melhor quando ele prega a partir do que flui de seu coração. Eu realmente quero tentar o meu melhor para comunicar a idéia do que Deus colocou em meu coração “.

Ele já tem pensamentos suficientes escritos dos quais ele pode criar sermões para o próximo ano e meio, disse ele.

Para Charles Stanley, que vem pregando há 55 anos, suas idéias vêm de perguntar “Qual é a necessidade das pessoas que vão ouvir?”

O pastor veterano, cujos sermões são transmitidos em todo o mundo através do In Touch Ministries, desenvolveu um pequeno dito em que alguns, incluindo seu filho Andy Stanley, cita: “Enquanto um pregador tenha a mensagem como uma carga, ele não está pronto para pregar”.

“Eu percebi que eu precisava ter no meu ombro – espiritualmente – o peso do que Deus tem em mente. O que Ele quer realizar nesta mensagem … estou pregando para um impacto, não para impressionar ninguém, mas apenas o impacto. Eu quero ver a sua mudança de vida”, explicou.

Essencialmente, a sensação de um pastor deve ter é: “eu devo pregar esta mensagem, eu tenho que pregar isso, eu não posso esperar para pregá-la”, descreveu.

Enquanto Stanley normalmente começa a preparar seu sermão uma semana antes e garante que é a única coisa em sua mente entre sábado e domingo, Noble gosta de planejar com muita antecedência – por vários meses.

Com seus sermões constituídos não só de pregação, mas também de vídeos, ilustrações e outros elementos, Noble gosta de dar tempo de preparação para a sua equipe Creative.

“Uma das coisas que eu descobri sobre pregação é … pregação é relativamente fácil se tudo o que tenho a fazer é ler um texto e aplicá-lo. Mas hoje … há tantos elementos criativos em torno disso”, disse ele durante o webcast ” Preach Better Sermons”.

“Nós todos servimos uns aos outros. A maneira que eu sirvo à nossa equipe de Creative, equipe de louvor, e equipe de Video, é tentando o meu melhor para planejar o mais cedo possível … Então todo mundo pode dar o seu melhor esforço possível. Eles não servem a mim, servimos uns aos outros.”

Andy Stanley, pastor principal da Igreja da Comunidade North Point em Alpharetta, Georgia, também escolhe preparar os seus sermões com mais de uma semana de antecedência.

“Eu não posso viver dessa maneira”, disse ele sobre preparativos de última hora.

Os pastores de megaigrejas ficam nervosos?

Quando se trata de parar-se na frente de milhares de pessoas em um grande palco a cada semana, Stanley de North Point não acredita que os nervos devem estar em jogo.

“Quando um pregador ou professor está nervoso, é algo com eles mesmos”, afirmou. “Eu não posso estar preocupado comigo … e me preocupar com eles. Eu vou andar por aí preocupado com esse grupo … ou comigo. Não pode ser ambos.”

“Se você está nervoso … você não está realmente pronto”, frisou.

Ao invés de avaliar o sucesso baseado em quão bem a congregação aplica o que é pregado, o pastor que está preocupado e nervoso até baseando sucesso em quão bem ele ou ela fez, Stanley observou.

“Não não suba lá para que você possa sentir se você fez um bom trabalho … não se enfoque no material”, ele aconselhou. “Ande por aí com essa pessoa em mente.”

Essa pessoa pode ser um adolescente que está tentando dar a uma igreja uma última chance, ou (para Stanley) um homem de meia-idade que foi arrastado para a igreja por sua esposa.

“Certifique-se que se trate deles e não de você”, exortou.

O mais velho Stanley, Charles, também disse que nunca fica nervoso na manhã de domingo. Em vez disso, ele está mais animado para pregar o que Deus quer lhe dizer.

Lide com críticas

Citando o pastor de Seattle, Mark Driscoll, Noble disse que os pastores têm muitos inimigos, fãs e amigos, então, muito poucos.

“Ele disse que você tem pessoas que pensam que você é pior do que você realmente é, [aqueles que pensam] que você é melhor do que você realmente é, e algumas pessoas que lhe dirão a verdade.”

Noble opta por não ouvir os “inimigos”.

Ele também não ouve os “fãs” – que sempre dizem ao pastor “excelente trabalho”.

Em vez disso, ele ouve os amigos – que amam a Jesus em primeiro lugar, a igreja em segundo e em terceiro, o pastor.

“Eles estão dispostos a falar a verdade para você, então … em última análise, vão edificar a igreja”, observou.

Outros oradores presentes no webcast incluíram Louie Giglio do movimento Passion, Judd Wilhite da Central Christian Church, em Las Vegas, Dan Cathy, presidente e COO da Chick-fil-A, Pastor Vanable H. Moody II de The Worship Center Christian Church em Birmingham, Alabama.

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.