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“Em 2017, os judeus ganharam a batalha pelo Monte do Templo”, comemoram ativistas

Muitos rabinos não proíbem mais que judeus subam ao local

         “Os judeus ganharam a batalha pelo Monte do Templo”

No ano passado, um número recorde de judeus subiu ao local mais sagrado de sua fé, o Monte do Templo. Para alguns dos ativistas pela construção de um Terceiro Templo, isso é até mais significativo que a vitória de Israel na Guerra de 1967, quando unificaram Jerusalém, retomando a porção Oriental das mãos da Jordânia.

Para esses judeus, o próximo passo seria a retomada da oração no Monte do Templo, algo que deve ser decidido dentro de algumas semanas, quando será comunicado o resultado de um processo judicial. Atualmente é proibida toda manifestação religiosa não muçulmana.

Yera’eh, uma organização que promove a subida ao Monte Moriá – ou Monte do Templo, como é mais conhecido – afirma que, em 2017, 25.628 judeus estiveram ali. Isso é quase 60% a mais que os 14.626 que subiram em 2016. Em 2014 e 2015, o número não passou de 11.000 a cada ano. Em 2009, quando a contagem foi feita pela primeira vez, apenas 5.658 judeus visitaram o alto do Monte.

Elisha Sanderman, representante da Yera’eh, acredita que isso é algo a ser comemorado. “Cinquenta anos atrás, os paraquedistas das Forças de Defesa de Israel reconquistaram o local durante a guerra e anunciaram: ‘O Monte do Templo está em nossas mãos’, mas isso nunca se materializou em plenitude”, lembra Sanderman. “Atualmente, a nação está expressando sua conexão com nosso local mais sagrado e podemos dizer com toda sinceridade: ‘O Monte do Templo está em nossas mãos’”.

Segundo as estatísticas do governo israelense, mais de 300 mil cristãos visitam o Monte anualmente. Incluído neste número estão os judeus que não se identificam como judeus. As autoridades desestimulam a subida, pois o acordo de paz assinado no final da Guerra dos Seis Dias, em 1967, deixou o controle nas mãos do Waqf, autoridade islâmica ligada ao rei da Jordânia.

Asaf Fried, porta-voz do Movimento Unidos Pelo Templo, concordou que o ano passado pode ter marcado um passo importante no processo que levará ao Terceiro Templo.

“A guerra pelo Monte do Templo finalmente acabou”, acredita Fried. “Agora, precisamos de mais judeus subindo ao Monte do Templo, e todos precisamos dedicar-se muito mais às questões espirituais, pois o próximo passo é a vinda do Templo”.

Ele cita dois motivos para essa mudança drástica. “Houve um poderoso despertamento espiritual entre os judeus de todas as linhas em relação ao Monte do Templo”, destaca. “Isso é igualmente verdade entre os rabinos. Antigamente, parecia ser um consenso entre os rabinos influentes que a subida ao Monte do Templo devia ser proibida. Na semana passada, o rabino Eliezer Melamed, um especialista de renome mundial na lei da Torá, declarou que era permitido”.

“O outro motivo é que as questões de segurança melhoraram muito. Em 2014, subi com meus filhos em um grupo de 15 pessoas. Centenas de árabes correram até nós, gritando ‘Allahu Akhbar’ e nos amaldiçoando. Mesmo que a polícia nos acompanhasse, era insustentável. Tanto os judeus quanto os cristãos eram tratados com agressividade”.

“Agora, o local está mais quieto”, destaca Fried. “Quem vai até lá tem a capacidade de meditar sobre o significado do lugar”.

O Movimento Unidos Pelo Templo, liderado por Yaakov Hayman, conseguiu levar até a Suprema Corte do país um processo pedindo que os judeus possam visitar livremente o local, sem precisarem do acompanhamento da polícia ou dos guardas do Waqf. O veredito deve sair até o final de janeiro.

Hayman lembra que a situação mudou muito após a chegada de Trump ao poder. “Quando nós iniciamos o processo junto à Suprema Corte, no ano passado, o presidente Obama apoiava a resolução do Conselho de Segurança da ONU condenando a presença israelense em Jerusalém”.

“Agora, a questão política é totalmente diferente. O presidente Trump acaba de declarar que Jerusalém é a capital de Israel. Isso tem uma enorme influência sobre o que acontecerá no Monte do Templo. O palco está sendo totalmente definido para as coisas que estão por vir”, comemora Hayman.

O rabino Hillel Weiss, porta-voz do Sinédrio e chefe da organização Templo em Sião é mais cauteloso em sua avaliação. “Este é um fenômeno maravilhoso e abençoado, mas precisamos fatos mais concretos para que isso tenha um significado duradouro”, disse Weiss. “Precisamos ter liberdade de fazermos orações, tanto individualmente como em grupos. E a possibilidade de carregarmos para lá pergaminhos da Torá. Isto é o que trará de volta o serviço do Templo”.

Ele repete a tradição milenar ao encerrar dizendo: “O Monte do Templo é o centro do mundo. Quando ocorrem mudanças significativas aqui, logo as mudanças aparecem em todo o mundo”. Com informações de Breaking Israel News

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Grupos terroristas palestinos decretam guerra pelo Monte do Templo

Mais de uma centena ficaram feridos em confrontos com a polícia

     Terroristas palestinos decretam guerra pelo Monte do Templo

Já dura três semanas a “crise do Monte do Templo”, que reabriu velhos debates sobre a quem pertence o monte Moriá, no centro da Cidade Velha de Jerusalém.

O local já abrigou duas versões do Templo, o original, erguido por Salomão e o que foi remodelado por Herodes e estava de pé nos dias de Jesus.

Durante a ocupação do Império Otomano sobre Israel, no local foram construídas duas mesquitas, Al-Aksa e o chamado Domo da Rocha, com seu teto coberto de ouro.

Para os muçulmanos, o local se chama “Esplanada das Mesquitas”. Segundo as decisões recentes da UNESCO, pertence apenas a eles e não tem nenhuma ligação com os judeus.

Mesmo após o governo de Israel ceder à pressão e retirar os detectores de metal e as câmeras, instalados após os atentados ocorridos no local do dia 14, os conflitos dos islâmicos com as forças de defesa israelenses continuaram nesta quinta-feira (27). Foi divulgado que o embate deixou pelo menos 115 muçulmanos e 10 policiais israelenses feridos após os confrontos.

Segundo o site judeu Ynet News, os palestinos lançaram pedras contra os policiais e declaravam “guerra” ao domínio de Israel sobre o local, considerado o terceiro mais sagrado no Islã.

Enquanto as tensões continuam a aumentar, líderes dos grupos terroristas Hamas e Fatah conclamavam por mais um ‘dia de fúria’ na entrada do Monte do Templo.  “Se as coisas não se acalmarem, isso pode acabar em um grave desastre”, disseram manifestantes.

Os conflitos tiveram repercussão internacional, que fizeram o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, conclamar os muçulmanos de todo o mundo a “proteger” Jerusalém do controle de Israel.

Omar Qaswani, chefe da Mesquita Al-Aqsa, que fica no alto no Monte, reiterou reclamou que “as forças de segurança israelenses estão oprimindo os adoradores muçulmanos”.

Atendendo a convocação dos líderes religiosos, dezenas de milhares de seguidores de Maomé  chegaram para orar no entorno do local.  Em meio aos confrontos, jovens subiram ao telhado da mesquita Al-Aqsa e acenaram bandeiras palestinas. Muitos atiravam pedras e garrafas contra os policiais.

O Mufti de Jerusalém, Muhammad Hussein, convocou os muçulmanos que vivem em Israel a irem para a oração no Monte do Templo nesta sexta-feira, dia sagrado para sua religião.

Mesquita de Al-Aqsa
Esplanada das Mesquitas 

Cronologia dos conflitos

14/07

Três árabes-israelenses matam dois policiais israelenses na Cidade Velha de Jerusalém, antes de serem perseguidos e mortos na Esplanada das Mesquitas. Israel garante que as armas usadas no ataque tinham sido escondidas na Esplanada. Por essa razão, tomou a decisão excepcional de fechar por dois dias o acesso ao terceiro local mais sagrado do Islã. Essa decisão irritou os palestinos e a Jordânia, guardiã dos locais sagrados em Jerusalém.

Dia 15

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decide instalar detectores de metal nas entradas da Esplanada e anuncia a sua reabertura para o dia seguinte.

Dia 16

A Esplanada das Mesquitas é reaberta ao público, mas os muçulmanos se recusam a entrar no local em razão das novas medidas de segurança. Em protesto, centenas de pessoas realizam suas orações do lado de fora.

Dia 20

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se junta aos líderes palestinos para pedir a Israel a retirada dos detectores de metal.

Dia 21

Dia da grande oração islâmica semanal, a polícia israelense proíbe os homens com menos de 50 anos de entrar na Cidade Velha. Centenas de pessoas participam da oração perto da entrada da Cidade Velha.

Os confrontos passam a ser diários entre palestinos e as forças de segurança israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. Em dois dias, cinco palestinos são mortos nos confrontos entre manifestantes e as forças de segurança israelenses. Três israelenses são mortos por um palestino em uma colônia israelense na Cisjordânia.

Dia 25

À noite, depois de intensa pressão da comunidade internacional, que teme uma escalada, o governo israelense decide parar de usar os detectores de metal nas entradas da Esplanada. Ele indica que vai substituir esse sistema por “uma inspeção de segurança com base em tecnologias avançadas e outros meios”. Os detectores de metal são removidos. As autoridades muçulmanas mantêm o boicote ao local santo.

Uma fonte do governo jordaniano relata um “acordo” sobre a Esplanada das Mesquita entre Jordânia e Israel, o que permitiu o retorno a Israel de um diplomata acusado de matar dois jordanianos após ser atacado na Embaixada de Israel no dia 23.

O presidente palestino, Mahmud Abbas, anuncia a paralisação da cooperação com Israel. Confrontos entre manifestantes palestinos e forças israelenses acontecem perto da Cidade Velha de Jerusalém, que deixam 13 palestinos feridos. O presidente Erdogan pede aos muçulmanos de todo o mundo que “visitem” e “protejam” Jerusalém.

Dia 27

A polícia israelense anuncia a retirada dos últimos elementos do novo dispositivo de segurança. Grades e andaimes, onde estavam instaladas câmeras de vigilância, são removidos nas primeiras horas pelas autoridades israelenses. Os palestinos decidem encerrar o boicote e milhares de fiéis muçulmanos entram na Esplanada para a oração da tarde. A Jordânia saúda a decisão israelense como “um passo para o apaziguamento.”Com informações do Gospel Prime

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Líderes Islâmicos pedem que muçulmanos se unam para “tomar” Jerusalém

Lideranças religiosas e políticas querem união de islâmicos

      Líderes: muçulmanos se unam para “tomar” Jerusalém

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu nesta terça-feira (25) aos muçulmanos de todo o mundo que “visitem” e “protejam” Jerusalém do controle de Israel.

Em meio aos conflitos dos últimos dias, o governo israelense cedeu às pressões e retirou os detectores de metal da entrada do Monte do Templo, o que foi visto como um sinal de fraqueza.

Erdogan convocou os fiéis islâmicos a irem para Jerusalém e visitem a mesquita de Al-Aqsa, que fica no alto do Monte, sendo o terceiro lugar mais sagrado do Islã. “Sob o pretexto de lutar contra o terrorismo, trata-se de uma tentativa de roubar a mesquita Al-Aqsa dos muçulmanos”, afirmou o líder turco.

“Israel tomou um caminho perigoso. Ao ocupar a mesquita de Al-Aqsa, Israel ultrapassou os limites”, afirmou Erdogan, acrescentando que a Turquia reconhece tanto a Palestina como nação, cuja capital é Jerusalém oriental, mas que Israel tem sua capital em Tel Aviv.

Insistiu ainda que “Quanto mais defendemos a Al-Aqsa, mais feroz será a resistência. Se os soldados israelenses estão sujando a Al-Aqsa com suas botas, é por que nós não conseguimos defendê-la decentemente. Defendamos a Palestina assim como defendemos Meca e Medina”.

 Para o presidente turco, os problemas da “Palestina” começaram com a queda do Império Turco Otomano, que dominou Jerusalém entre 1517 e 1917.

  Reação de Israel

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Emmanuel Nahshon, respondeu a Erdogan, dizendo que o discurso do presidente turco era “delirante” e “distorcido”.

“Os dias do Império Otomano acabaram”, continuou Nahshon.

“A capital do povo judeu era, é e sempre será Jerusalém. Ao contrário do domínio passado, nesta cidade o governo está comprometido com sua segurança, liberdade, liberdade de culto e respeito aos direitos de todas as minorias”.

A provocação de Erdogan foi interpretada por especialistas como parte de uma batalha entre líderes muçulmanos pela influência em Jerusalém e o Monte do Templo. Ele vem fazendo esse tipo de ameaça de invasão repetidas vezes nos últimos anos.

Outras ameaças

Nesses dias, os acessos da Cidade Velha de Jerusalém foram tomados por palestinos, que acusam Israel de tentar expandir seu controle sobre o seu local sagrado. Em sinal de protesto, além das orações nas ruas, muitos islâmicos entraram em confronto com a polícia, lançando pedras e coquetéis molotov.

Ikrema Sabri, líder do Comitê Supremo Islâmico de Jerusalém afirmou que a situação ainda está longe de ser resolvida, reiterando que os muçulmanos devem ter o acesso garantido à Esplanada das Mesquitas e não devem ceder às exigências israelenses.

O filho do falecido rei da Arábia Saudita, Fahd Bin Abdulaziz, usou as redes sociais para criticar Israel e convocar os muçulmanos para se “solidarizarem” com a situação. Ele escreveu: “Todo muçulmano é obrigado a apoiar nossos irmãos na Palestina e a Mesquita Sagrada de Al-Aqsa, cada um da maneira como pude. Ó nação de Maomé, mostre-lhes quem você é. Negligenciar Al-Aqsa seria uma desgraça e Allah nos responsabilizará.”

Em outra mensagem, conclamou: “Ó nação de Maomé e Allah, a terceira mesquita é prisioneira da ocupação criminosa. Vamos lutar, queremos ser vitoriosos e salvá-la”.

Um dos discursos mais incisivos foi do sheik Yusuf al-Qaradawi, um dos principais líderes do segmento sunita do islamismo e um dos mais influentes líderes do grupo político-religioso Irmandade Islâmica, presente em muitos países. Nascido no Catar, ele é presidente da União Mundial de Sábios Islâmicos.

“É preciso dizer claramente que esta é uma campanha islâmica, já que Al-Quds [nome islâmicos para Jerusalém] não é apenas uma questão palestina ou árabe. Al-Quds é o interesse de toda nação islâmica, desde o oeste até o leste”, escreveu Qaradawi, que tem laços com o Hamas, principal grupo palestino opositor de Israel. Com informações do Gospel Prime