Os eventos acontecem em estádios e reúnem mais público que os jogos de futebol
por Leiliane Roberta Lopes-gospelprime-
Se por aqui os eventos que promovem cura lotam praças e estádios, na Polônia o que tem atraído a população são os exorcismos em massas.
Segundo a Agência Globo, esses eventos atraem mais pessoas que os jogos de futebol que acontecem nos mesmos espaços. Prova disso foi a multidão que esteve recentemente no Estádio Nacional de Varsóvia para acompanhar uma sessão de exorcismo em massa.
Para o Grzegorz Bacik, assistente de exorcismo na Cracóvia, as pessoas estão em busca de libertação porque estão sendo vítimas do demônio. “As pessoas começaram a procurar mais o exorcismo porque são mais vítimas do demônio”, disse ele.
Cada diocese tem em média três exorcistas e o assunto é tão explorado na Europa que há três anos tem mantido uma publicação que fala apenas sobre isso, a revista “Exorcismo” que entrevistou Bacik.
Na edição deste mês, a publicação mensal entrevistou o padre Andrej Kowalcyk, exorcista na cidade portuária de Gdansk, que ele usa o terço – e aconselha o uso desse objeto – como uma “arma” não apenas para expulsar demônios, mas contra partidos políticos que “foram tomados por satã”.
A Igreja Católica reconheceu, através do Papa Francisco, o trabalho da Associação Mundial do Exorcismo e essa atitude estimulou as igrejas da Europa a ampliarem seus programas de libertação.
No Estádio de Varsóvia mais de 58 mil pessoas participaram do evento “Jesus no estádio” que contou com a participação do especialista em demonologia John Baptist Bashobora, de Uganda, que realizou uma série de rituais de exorcismo durante o evento.
Não só na Polônia, mas em outros países da Europa a demanda por exorcismo tem crescido, alguns afirmam que isso é consequência do baixo oferecimento de tratamentos psiquiátricos.
“As pessoas acham que a culpa é do demônio porque é mais fácil culpar satã do que enfrentar os problemas”, diz a socióloga Maria Zoltkowska. Um estudo alemão divulgado recentemente mostra que 38% dos europeus sofrem algum tipo de distúrbio mental e que apenas um terço deles têm acesso a tratamentos. Com informações Gazeta do Povo