Paleontólogos descobrem menor e mais jovem tiranossauro

DO “NEW YORK TIMES”

Pesquisadores que trabalhavam no deserto de Gobi, na Mongólia, descobriram o esqueleto quase completo de um dinossauro da ordem dos tiranossauros que tinha menos de três anos quando morreu. Ele é o menor e mais jovem da espécie a ser localizado. O animal, chamado Tarbosaurus bataar, é o parente mais próximo do Tyrannosaurus rex.

Em vida, ele deve ter pesado menos de 32 quilos, frente às seis toneladas de um T. bataar adulto, segundo estudo publicado em “The Journal of Vertebrate Palentology”.

Os pesquisadores conseguiram determinar a idade pelo exame microscópico de um dos ossos da perna, que revelaram pausas periódicas no crescimento –como os anéis num tronco de árvore.

Museu de Ciências Naturais Hayashibaras via The New York Times

Tiranossauro _Tarbosaurus bataar_, parente próximo do _Tyrannosaurus rex_, devia ter menos de 32 kg em vida

Tiranossauro Tarbosaurus bataar, parente próximo do Tyrannosaurus rex, devia ter menos de 32 kg em vida

Dinossauros adultos da ordem dos tiranossauros possuem ossos do crânio extremamente fortes, especialmente os da mandíbula, capazes de aplicar forças muito intensas de torção e flexão.

Nos mais jovens, porém, os ossos do crânio são mais delicados, os dentes, mais finos, e a mandíbula, muito mais fraca. Isso sugere que o T. bataar jovem tinha mais chances de capturar sua presa usando a surpresa e a velocidade, em vez da força devastadora usada por seus pais.

Em outras palavras, o T. bataar alterava sua dieta conforme crescia, diferente de outros dinossauros predatórios.

“Esta é uma das imagens mais claras que temos desses dinossauros”, afirmou o professor de paleontologia da Universidade de Ohio e principal autor do estudo, Lawrence M. Witmer. “Ela nos dá a melhor visão das mudanças de estilos de vida desses animais enquanto eles cresciam.” Com informações obtidas junto ao site Gospel Prime.

Paleontólogos do Marrocos encontram fóssil de criatura estranha

26/05/2011 – 16h55

 

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DA FRANCE PRESSE

Um grupo de paleontólogos encontrou o fóssil de um predador marinho que teria vivido entre 488 milhões e 472 milhões de anos atrás.

A criatura _ Anomalocaris_ provavelmente usava os membros da frente, que tinham o formato de duas garras encurvadas, para capturar alimentos.

Ela também possuía o corpo segmentado e filamentos que devem ter servido como guelras na respiração.

A descoberta, feita por uma equipe de Marrocos liderada por Peter van Roy e Derek Briggs, leva os pesquisadores a acreditarem que animais marinhos do período Cambriano seriam maiores e sobreviveriam mais do que se pensava antes.

A pesquisa será publicada na edição de 26 de maio da "Nature" neste mês.

Eurekalert!/France Presse

Ilustração artística de criatura marinha; fósseis indicam que corpo segmentado deve ter ajudado-a a respirar

Ilustração artística de criatura marinha; fósseis indicam que corpo segmentado deve ter ajudado-a a respirar

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Estudos

Imagens reforçam tese de que cobras tinham patas no passado

Folha.com

Imagens tridimensionais de raios-X ultranítidas de um fóssil de 95 milhões de anos, encontrado no Líbano, lançaram luz sobre como as cobras evoluíram de lagartos com patas, anunciaram cientistas em um estudo publicado no “Jornal de Paleontologia de Vertebrados”, na quarta-feira.

O fóssil de Eupodophis desouensi, medindo 50 centímetros, revela uma pequena pata posterior presa à pélvis do animal. Ela estava enterrada debaixo de seu corpo e só se tornou visível graças à nova técnica.image

A descoberta reforça teorias segundo as quais as cobras teriam evoluído dos lagartos, até que finalmente perderam os membros totalmente, após terem sido bem-sucedidas em habitats onde rastejar ou deslizar lhes deu uma vantagem.

As novas imagens mostram que o E. desouensi, neste momento do período Cretáceo, estava no meio do caminho desta mudança.

A pata residual aparece dobrada em sua articulação, com vestígios de ossos do pé ou de dedos.

Chantal Argoud – 8.fev.2011/AFP

Perna da cobra fossilizada "Eupodophis desouensi"; imagens tridimensionais dão novos indícios de evolução

Perna da cobra fossilizada “Eupodophis desouensi”; imagens tridimensionais dão novos indícios de evolução

“Fósseis como este são a chave para compreendermos a origem das cobras porque eles mostram uma etapa intermediária do desenvolvimento” destes animais, explicou Alexandra Houssaye, paleobióloga do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS, na sigla em francês).

A imagem foi obtida mediante uma técnica denominada laminografia de síncrotron, que usa raios X de alta resolução para sondar abaixo da superfície e identificar detalhes de até alguns milionésimos de metros de comprimento.

Foi feita uma rotação de 360 graus no fóssil enquanto este foi escaneado, o que forneceu uma imagem tridimensional similar à popular tomografia computadorizada empregada em hospitais.

O E. desouensi foi descoberto há dez anos e causou comoção na época porque uma pequena pata traseira com apenas dois centímetros de comprimento foi encontrada na superfície do fóssil. Especialistas ponderaram, durante muito tempo, se uma segunda pata traseira poderia ser vista.

Não há vestígios de patas dianteiras, o que indica que estes membros já tinham sido eliminados, sob pressão da evolução.