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Padaria do português dá pão de graça a pessoas necessitadas e viraliza

Foto: Marta Braghetto de Souza – reprodução / Facebook

Uma padaria de Pirajuí, em São Paulo, fez uma boa ação que está viralizando no Twitter: está dando pão de graça a pessoas necessitadas.

A “Padaria do Português”, como é conhecida, colocou no último no fim de semana uma cesta com pães na porta com um cartaz dizendo: “Pra você que hoje não tem condições de comprar o seu pão de cada dia, pode ser servir a vontade. Tenha um excelente dia. Jesus te ama. Mateus 6:11”.

A foto mostrando a boa ação – tirada e postada no Facebook de uma moradora da cidade, chamada Marta Braghetto de Souza – viralizou depois que foi para o Twitter de @marceloindaniel e foi retuitada nesta segunda, 21, no perfil do padre Fabio de Melo. Foram mais de 18 mil curtidas e 3,5 mil compartilhamentos.

“Que lindeza! O amor ao próximo é a semente que germina sem fazer alarde. É assim que crescem as florestas. Sem que percebamos a força que está sob a terra. A solidariedade é uma linguagem que todo mundo entende”, escreveu o padre.

O curioso é que o dono da padaria, José Carlos Quintino, de 45 anos, é evangélico  Mas ele disse em entrevista ao SoNoticiaBoa que nessa  hora religião não importa.

”O importante é o amor ao próximo. Deus é maior”, lembra.

Desde o fim de semana, pelo menos 50 pessoas têm passado na padaria por dia para pegar os pãezinhos gratuitamente.

Corente do bem

Após a iniciativa, várias pessoas começaram a procurar a padaria para colaborar e participar de alguma forma para que a boa ação continue.

“Uma cliente doou 20 reais para comprar farinha”, contou Tatiane Carolina Quintino, de 23, filha de José Carlos.

Ela, o pai e a pastora dele tiveram a ideia de doar depois que uma pessoa foi até a padaria e pediu um pãozinho, porque estava com fome.

A família, que já doa os pães que sobram no fim do dia para uma casa de repouso, deu o pãozinho ao homem e decidiu ampliar a boa ação.

O cartaz que viralizou nas redes sociais foi escrito por Tatiane com ajuda do pai.

José Carlos e Tatiane – Foto: arquivo pessoal

 

José Carlos disse ao SoNoticiaBoa que a oferta de pãezinhos vai continuar.

“Não é só pra hoje, não. Vai ser pra sempre!”, prometeu.

”Quando a gente começa a doar parece que o saco de farinha não acaba. Passa uma semana, você vai contar e parece que tem a mesma quantidade”, falou José Carlos.

Ele espera que essa multiplicação se repita por aí.

”Que mais padarias copiem em outras cidades, tenham bom senso. Não é todo mundo que tem dinheiro para comprar o pão de cada dia”, lembrou o comerciante.

José Carlos e Tatiane – Foto: arquivo pessoal

Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa

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Estudos

Especialistas falam sobre os riscos do açúcar para obesidade e diabetes

04/05/2011 10h36 – Atualizado em 04/05/2011 16h01

Endocrinologista Maria Lúcia Giannella foi a convidada desta quarta (4).
Consultor Alfredo Halpern também tirou dúvidas sobre a substância.

Do G1, em São Paulo

O açúcar não está presente apenas em doces, frutas e refrigerantes, mas também em alimentos salgados como pães e massas, que se transformam em glicose dentro do organismo. A diferença entre eles está na velocidade com que caem na corrente sanguínea: o doce leva poucos segundos, enquanto as moléculas dos demais podem demorar até uma hora para serem quebradas.

Em excesso, o açúcar pode provocar obesidade e diabetes tipo 2, doenças que são facilmente evitadas, com atividade física e reeducação alimentar. Para falar sobre os perigos dessa substância de alto poder calórico e sobre como prevenir a diabetes, estiveram no Bem Estar desta quarta-feira (4) os endocrinologistas Maria Lúcia Giannella e Alfredo Halpern, que também é consultor do programa. Segundo os médicos, a gordura abdominal predispõe a doenças metabólicas.

Tomar uma bola de sorvete é o mesmo que comer uma colher e meia de sopa de açúcar. Veja abaixo quanto há em outros alimentos:

Arte Bem Estar açúcar (Foto: Arte / G1)

Apesar dos riscos, o açúcar não é apenas um vilão: a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que ele responda por 10% do consumo total de calorias diárias. Em colheres de sopa, a quantidade não deve passar de quatro, o equivalente a 50 gramas.

Por dia, um indivíduo deve ingerir de 45% a 65% das calorias sob a forma de fibras e carboidratos complexos (batata, arroz, pães e massas), 10% de açúcares livres (de mesa, refrigerantes, sucos artificiais, doces e guloseimas), de 10% a 15% de proteínas (leites, derivados e carnes) e de 15% a 30% de gorduras. Produtos diet não contêm açúcar, enquanto os light apresentam quantidade reduzida de calorias e podem ser adoçados.

O Bem Estar mostrou, ainda, a incrível história da mulher que há dez anos toma 12 litros de refrigerante por dia e não é gorda, mas sofre de pressão alta (20 por 11 sem medicação e 16 por 8 com). Antigamente, a funcionária pública Vera Lúcia Fernandes, de 56 anos, bebia 16 litros. E também é fumante.

Só com o refrigerante, Vera Lúcia consome 1,2 quilo de açúcar por dia, 8,6 quilos por semana, 37 quilos por mês e 451 quilos por ano – quase meia tonelada. Além disso, a bebida apresenta uma alta concentração de sódio. Por mês, a funcionária pública gasta R$ 430 com refrigerante, e R$ 5.280 por ano. O vício, que causa abstinência, tremedeiras e já a fez procurar terapia, não atinge só ela, mas o filho e o neto de 7 anos, que começou a receber a bebida com 3 meses de vida.

Muitos não abusam do açúcar no refrigerante, mas no café. Foi o que mostrou o repórter Renato Biazzi. Sem se dar conta, as pessoas adoçam o cafezinho durante o expediente e perdem a conta. Ao longo do dia, são vários copinhos. Quem toma cinco cafés, por exemplo, chega a consumir de 10 a 12 colheres de açúcar.

O caminho do açúcar
Quando os alimentos passam pelo intestino, onde a glicose é absorvida, há um sinal para que o pâncreas produza insulina, hormônio responsável por fazer com que a glicose que chegou à corrente sanguínea entre nas células e nos músculos do corpo, que usam o açúcar como fonte de energia.

Quem ingere mais glicose que o necessário acaba armazenando a substância sob a forma de gordura. A insulina também faz com que a glicose entre nas células do tecido adiposo, por isso o excesso desse hormônio acarreta ganho de peso.

Já na falta da insulina, que ocorre em diabéticos, a glicose não consegue entrar nas células e fica na corrente sanguínea, não se transformando em energia. Isso causa a hiperglicemia, ou seja, alto índice de açúcar no sangue – que também pode estar presente na urina.

Tipos de diabetes
Na diabetes tipo 1, um processo imunológico destrói as células que fabricam insulina. Em geral, a doença se manifesta na infância ou adolescência, e o pacientes precisam tomar insulina pelo resto da vida.

O tipo 2 é o mais comum. Na maioria das vezes, está associado à obesidade ou à presença de gordura abdominal. Costuma aparecer depois dos 45 anos de idade. O tratamento é feito com remédios, exercícios físicos e dieta.

A diabetes pode ser, ainda, gestacional, que aparece apenas durante a gravidez, ou decorrente do uso de medicamentos e pancreatite crônica.

Quem é diabético deve contar todos os dias a quantidade de açúcar que consome. Também precisa controlar o açúcar contido nas frutas.

Os sinais de alerta para a doença são: ter o problema na família, excesso de peso, vida sedentária, mais de 40 anos, pressão, colesterol e triglicérides altos, usar corticoides e anticoncepcionais e, no caso das mulheres, ter tido filhos com mais de 4 quilos, abortos ou natimortos.

Entre os sintomas da diabetes tipo 2, estão infecções frequentes, alterações visuais, dificuldade de cicatrização de feridas, formigamento dos pés e furúnculos.

Açúcar refinado e adoçante
O açúcar refinado não é necessário na alimentação porque existem outras fontes mais saudáveis. O ideal é optar pelos tipos mascavo ou orgânico. Apesar disso, eles custam mais caro e adoçam menos.

Já o adoçante é uma substância doce, mas o corpo não ganha energia com esse produto químico. Alguns estudos revelam efeitos colaterais do excesso de adoçante, como retenção de líquido e obesidade.