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Papa propõe que famílias ricas apadrinhem as pobres

 

Famílias de países ricos devem apadrinhar as de países pobres, diz.
Papa Bento XVI também falou sobre divorciados, que não podem comungar.

Do G1, com agências internacionais

O Papa Bento XVI propôs neste sábado (2), diante de 350 mil pessoas reunidas em um parque de Milão, que famílias de países ricos apadrinhem famílias de países pobres.

Lembrando que já existem apadrinhamentos em nível cultural entre cidades, Bento XVI propôs, sob aplausos, a ampliação desse sistema, para ajudar famílias em dificuldades nos países pobres.

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Durante o encontro mundial das famílias, o Papa sugeriu que "uma família da França, Alemanha ou Itália assuma a responsabilidade de ajudar" uma família necessitada.

Em meio ao ambiente festivo, regado a músicas populares, o pontífice respondeu a perguntas dos fiéis sobre a sociedade e família, como a da psicoterapeuta brasileira Maria Marta Araújo, que citou o caso dos divorciados que voltam a se casar e não têm o direito de comungar.

O Papa Bento XVI durante evento em Milão neste sábado (2) em que defendeu que famílias de países ricos apadrinhem famílias de países pobres (Foto: AP)O Papa Bento XVI durante evento em Milão neste sábado (2) em que defendeu que famílias de países ricos apadrinhem famílias de países pobres (Foto: Reuters)

"Muitas dessas pessoas que se casam novamente gostariam de se aproximar da Igreja, mas os sacramentos lhes são negados. Elas se sentem excluídas, afetadas por um julgamento irrevogável. Que palavras e sinais de esperança lhes podem ser dados?", perguntou a brasileira.

O Papa respondeu que as paróquias devem ajudar esses casais, e que eles "são amados, não estão de fora, são aceitos e vivem plenamente na Igreja. Eles podem se alimentar espiritualmente da eucaristia, estando presentes à comunhão."

"Os divorciados que voltam a se casar podem oferecer seu sofrimento a modo de dom à Igreja", acrescentou o pontífice.
Bento XVI defendeu ainda o descanso dominical, cada vez menos respeitado nos países ocidentais: "Defendamos a liberdade do homem defendendo o dia do Senhor."

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Papa fala pela primeira vez sobre escândalo

 

O papa Bento 16 falou pela primeira vez sobre o vazamento de documentos confidenciais do Vaticano e disse que a cobertura da imprensa sobre o escândalo não corresponde aos fatos.

Em declarações feitas ao fim de sua audiência semanal com peregrinos em Roma, o papa disse que as informações divulgadas por alguns veículos de comunicação haviam amplificado hipóteses infundadas e foram além dos fatos, criando uma imagem do Vaticano que não corresponde à realidade.

Bento 16 também manifestou confiança em seus colaboradores mais próximos. Os documentos vazados sugerem episódios de corrupção e lutas internas de poder nas altas esferas do Vaticano.

O mordomo do papa, Paolo Gabriele, foi preso acusado de conexão com o caso. As autoridades prosseguem com investigações em busca de outros possíveis culpados.

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Retirada ação que envolvia Papa em caso de pedofilia nos EUA

 

DA FRANCE-PRESSE

Uma ação contra o Papa e o Vaticano apresentada em 2010 por uma suposta vítima de um sacerdote foi retirada, anunciou o advogado da parte querelante nesta segunda-feira.

A ação foi apresentada em abril de 2010 em um tribunal federal de Wisconsin (norte) por uma suposta vítima do sacerdote Lawrence Murphy, acusado de ter abusado sexualmente de mais de 200 crianças em uma instituição para crianças surdas de Wisconsin nos anos 1950.

O advogado da parte querelante, Jeffrey Anderson, explicou que a retirada da ação de seu cliente ocorreu depois de uma decisão judicial na semana anterior segundo a qual os demandantes ainda poderiam solicitar recompensa por perdas e danos do arcebispado de Milwaukee (Wisconsin).

"Segundo nossa experiência, adquirida por outros casos similares, a rota da Justiça que passa por Roma é longa e árdua, e por isso pode durar decênios", declarou o advogado.

Ao se referir à decisão judicial da semana anterior, o advogado julgou que "o caminho da Justiça e da cura para os sobreviventes (seu cliente) se torna muito mais curto" graças a essa sentença.

No mês anterior à apresentação da ação em 2010, Anderson divulgou documentos que afirmavam que o papa Bento 16 estava a par, em 1996, quando era cardeal, dos abusos cometidos por Murphy, e que não fez nada.

O advogado do Vaticano, por sua vez, Jeffrey Lena, reagiu à retirada da ação afirmando que isso deveria ter ocorrido há tempos e criticou Anderson, ao afirmar que ele teria enganado as pessoas ao acusar a Igreja e esconder as provas da pedofilia para se proteger.