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Expulsão de menina cristã por blasfêmia alarma paquistaneses

PAQUISTÃO

 

     Cristãos anglo-paquistaneses expressaram desalento pela expulsão de uma menina cristã de uma escola, sob alegações de blasfêmia.

     Faryal Bhatti foi acusada de blasfêmia por funcionários da Escola de Ensino Médio para Meninas Sir Syed, na colônia de Fábricas de Material Bélico (POF), em Havelian, perto de Abbottabad.

     A acusação foi feita após ela ter escrito erradamente uma palavra durante um teste sobre um poema de louvor ao Profeta Maomé.

     Ela teria sido surrada pela professora por causa do erro, antes de a escola ter decidido expulsá-la.

     Muçulmanos da região fizeram uma manifestação exigindo que Faryal fosse acusada criminalmente. Durante as orações de sexta-feira, dia 23/09, imãs disseram que toda a sua família deveria ser punida.

     A decisão de expulsá-la foi tomada após uma reunião dos funcionários da escola com a menina e sua mãe, em que Faryal se desculpou e tentou explicar que tinha sido um simples erro de ortografia.

     Wilson Chowdhry, diretor da Associação Cristã Anglo-Paquistanesa, disse que este não foi um incidente isolado e que os cristãos nas escolas do Paquistão são forçados a assistir às aulas islâmicas e suportam pressão para se converter ou participar dos cultos islâmicos.

     Ele disse que a expulsão de Faryal “demonstra que, muito frequentemente, há pouca diferença entre os estabelecimentos de educação ‘convencionais’ e ‘extremistas’ no Paquistão”.

     Ele criticou a decisão do governo britânico em continuar investindo milhões de libras no sistema de educação do Paquistão, que, “rotineira e sistematicamente, discrimina e oprime as crianças de minorias religiosas, aumentando efetivamente as práticas islâmicas extremistas”.

     O Centro de Assistência Jurídica, Auxílio e Assentamento, que provê apoio jurídico aos cristãos perseguidos no Paquistão, também condenou as reivindicações de blasfêmia contra Faryal.

     Seu coordenador no Reino Unido, Nasir Saeed, disse: “O erro de ortografia cometido por Faryal foi uma questão de acrescentar um ponto a uma palavra. Apenas um simples ponto a tornou uma criminosa e mudou sua vida.

     “Contudo, esta é outra demonstração de quão desenfreadamente as leis de blasfêmia do Paquistão estão sendo usadas com abuso para perseguir os cristãos”.

Data: 5/10/2011
Fonte: Portas Abertas

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Sobe para 10 número de mortos em atentado no sudoeste do Paquistão

 

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Subiu para 10 o número de mortos após a explosão de uma bomba na entrada de uma mesquita na cidade paquistanesa de Quetta durante a festa de Eid ul-Fitr, que marca o fim do Ramadã.

A bomba, colocada em um automóvel estacionado em frente à mesquita, explodiu quando os fiéis saíam do centro religioso após participarem das orações do Aid, segundo fontes mencionadas pela emissora paquistanesa Express.

Citado por essa emissora, o secretário de Interior do Paquistão, Nasibulá Bazai, não descartou a hipótese de se tratar de um atentado suicida e acrescentou que vários especialistas das forças de segurança estão investigando o caso.

Naseer Ahmed /Reuters

Homens tentam apagar fogo em veículo após explosão de bomba em Quetta, no Paquistão; ao menos 10 morreram

Homens tentam apagar fogo em veículo após explosão de bomba em Quetta, no Paquistão; 10 morreram

A explosão destruiu mais de dez veículos e várias casas nas imediações.

Os feridos foram levados a diferentes hospitais, nos quais foi declarado estado de emergência, enquanto a polícia isolou a área.

Segundo a Express TV, a mesquita está situada na zona de Murriabad, habitada sobretudo por membros da seita islâmica xiita, minoritária no Paquistão e alvo de ataques por parte dos talibãs e de outros grupos radicais do credo majoritário, o sunita.

Após a explosão, os líderes da comunidade xiita na região anunciaram luto de sete dias para condenar o ataque, e grupos de fiéis se juntaram na zona e levantaram a voz contra o governo paquistanês.

O atentado foi condenado pelo primeiro-ministro do Paquistão, Yousuf Raza Gilani, que enviou em comunicado suas condolências às famílias das vítimas e pediu às autoridades uma ação decidida para atender os feridos da melhor forma possível.

Quetta, capital da conflituosa província paquistanesa do Baluchistão, é cenário frequente de atentados terroristas e da ação de organizações étnicas.

O Baluchistão é a província mais extensa do país asiático e, embora conte com reservas de recursos naturais, é também a mais despovoada e empobrecida.

Há décadas agem na província vários grupos nacionalistas armados que buscam a independência do Paquistão e uma maior autonomia para a região. Há ainda membros de facções talebans com alvos no vizinho Afeganistão.

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Cristã é forçada a conversão e casamento muçulmano no Paquistão

PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA

 

Farah Hatim, 24 anos, moradora de Rahim Yar Khan, uma cidade no sul de Punjab, no Paquistão, foi supostamente sequestrada em 8 de maio de 2011 por muçulmanos e seus irmãos, que a forçaram a se converter ao islamismo e depois a se casar com um muçulmano.

Agora, uma organização paquistanesa de direitos humanos condenou o ato e exigiu que alguém tomasse alguma atitude, pois classificaram isso como uma “violação dos direitos humanos.”

A Comissão de Justiça e Paz está conduzindo o caso e, desde que tomou essa ação, houve reclamações de que a polícia estava ameaçando a família de Hatim e também o juiz da sessão, Khawaja Mir, que decidiu transferir o processo para o Supremo Tribunal, por ser uma questão muito delicada.

Durante o depoimento de Farah Hatim, o juiz perguntou se ela havia sido sequestrada e forçada a se casar com um muçulmano. Segundo uma testemunha, Hatim ficou alguns segundos em silêncio, chorou e respondeu que ela foi por livre e espontânea vontade.

Após a audiência, Farah teve permissão de ficar por alguns momentos com sua família, e mais tarde, o irmão dela disse: “Estou muito chocado com o que Farah disse no tribunal. Ela está sofrendo ameaças e agora todas as nossas esperanças se foram; esperávamos que ela voltasse para nós. Por que temos que enfrentar isso? Porque somos cristãos.”

De acordo com uma porta-voz da Comissão de Justiça e Paz, Farah tornou-se vítima de uma rede de prostituição. Seu ‘marido’ tentou forçá-la a se prostituir, enquanto ela era uma estudante na Zaid Sheikh Medical College, mas ela não aceitou.

“Por isso, ele decidiu se vingar. A decisão de Farah de não dizer a verdade é porque provavelmente ela está grávida e seria morta se tentasse voltar para casa. Mesmo se tivesse tomado a atitude correta e dito a verdade, seria rejeitada pela sociedade, pois foi sequestrada e estuprada. O medo da rejeição é outra razão possível.”

De acordo com o porta-voz, “milhares de meninas cristãs são sequestradas e forçadas a se casar no Paquistão. Estamos tentando lutar contra essa chaga que é o sequestro e esses casamentos forçados.”

O irmão mais velho de Farah disse, com lágrimas nos olhos: “Nós não queremos que isso aconteça com as outras meninas. Nós perdemos a nossa irmã e sabemos como ela se sente. A dor é inexplicável. Estamos insistindo porque somos minoria e exigimos que o governo não abandone as minorias. “

Data: 2/8/2011 08:15:00
Fonte: Portas Abertas