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O doce veneno da Serpente

 

Imagem do avatarPor Wanderley D Aparecida :

 

O doce veneno da Serpente

Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E a serpente disse à mulher: Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E a mulher disse à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis
para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que do fruto comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereiscomo Deus, sabendo o bem e o mal. E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. (Gênesis 3:1-6).

O que lemos neste texto é o quanto o homem não se importa com o que Deus tem para falar, pois acredita na primeira palavra contrária ao que Deus disse.
Deus disse que de tudo poderiam comer com exceção da árvore na árvore que estava no meio do jardim, (Gênesis 3:2-3). Já imaginaram a quantidade de frutos que poderiam comer, quantas árvores havia para desfrutar ? Mas mesmo assim preferiram desobedecer a Deus e dar pouco importância as Suas palavras, ou melhor, dizendo, nenhuma importância, pois aos ouvidos da mulher, as palavras da serpente foram mais “doces”, pareciam ser mais “verdade”.

É muito triste vermos que no mundo em que vivemos hoje, muitas pessoas agem da mesma forma, Deus está o tempo todo falando, porém parece que as palavras da serpente são mais doces, mais atraentes, e dão mais prazer.

E o que Deus estava querendo ensinar para o homem com a ordem de não comerem da árvore, era a obediência, e o homem desobedeceu, pois na verdade não acreditou nas palavras de Deus que morreriam.

Satanás, a serpente, anda sempre ao nosso redor, e nos mostra coisas muito atrativas, e muitas vezes não percebemos que Deus está nos dizendo, “da árvore que está no meio do jardim não comereis”, e acabamos comendo. A serpente tem nos enganado com suas mentiras e temos acreditado, está nos levando para a morte, mas continuamos acreditando no que ela diz. Deus disse que morreríamos e não acreditamos, mas a serpente diz que não vamos morrer, e acreditamos no que ela diz. Doce engano !

Desde a queda do homem no jardim do Éden, Deus tem procurado trazer o homem de volta a Sua comunhão, mas parece
que o homem tem preferido o doce veneno da serpente, tem se alegrado mais com as coisas que o mundo pode oferecer. E esquecido que “Deus disse que tudo quanto fizera era muito bom”, (Gênesis 1:31), só Deus tem o melhor para nossas vidas, pois Ele nos criou, nos formou a Sua imagem e semelhança, e no que temos transformado essa imagem e semelhança ?

Temos deixado Deus triste com nossas atitudes mesquinhas e soberbas. Queremos ensinar a Deus o que é pecado e o que não é.

Pecado é pecado e sempre vai ser. Podemos criar fórmulas, inventar situações, querer que pessoas acreditem naquilo que acreditamos, mais nada disso muda o que Deus pensa sobre o pecado. Pecado é pecado, e sempre será.
Algumas pessoas tentam usar versículos bíblicos, dizendo que foram escritos numa linguagem ultrapassada e que devemos atualiza-los para linguagem atual, eu creio que isso é importante, porém isso não muda o texto, o que está escrito continua ali.

Há alguns dias li sobre uma missionária que era homossexual e se converteu ao evangelho, por muito tempo testemunhou sobre seu pecado e que Deus a havia “curado”, porém voltou ao homossexualismo e agora alega que não é mais pecado, e que o importante é anunciarmos a palavra de Deus. O que vejo aqui é que não importa o pecado que eu cometo, Deus tem que me aceitar dessa forma, Ele é quem tem que mudar e não eu. Mas a Bíblia ensina que Deus aceita o pecador como ele está, porém mostra as formas de ele se transformar. Deus quer que nós mudemos nossas atitudes, para que possamos ter novamente comunhão com Ele, se permanecermos no pecado será impossível termos comunhão com Deus. Ele realmente aceita o pecador, porém detesta o pecado, “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem tapado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades, (pecados), fazem separação entre você e Deus; e os seus pecados encobrem você do rosto de Deus, para que não vos ouça, (Isaias 59:1-2). O que Isaías quer dizer aqui é que se há pecado, você pode fazer até piruetas, mas Deus não te vê nem te ouvi.

Não importa qual seja o seu pecado, (e quando falamos de pecado logo pensamos em pecados grandes), porém para Deus não importa se seja homossexualismo ou a uma mentira, para Deus tem o mesmo peso, é tudo pecado, e o que Ele quer é que você entenda que Ele separou uma árvore no meio do jardim, para que você não toque. O diabo tem as suas artimanhas para mostrar a você a “doçura” do pecado, mas Deus quer que você não dê ouvido a serpente, pois no começo o pecado pode parecer doce, mas o seu fim é a morte, “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”, (Romanos 6:23), só Deus pode lhe dar vida eterna.

Para isso é preciso que as pessoas conheçam a palavra de Deus, pois muitas pessoas não conhecem a palavra de Deus, e as que conhecem não obedecem, dessa forma é impossível que haja um amadurecimento.

Que você possa entender o que Deus tem de melhor para sua vida, e deixar de ouvir o que a serpente tem a dizer.

Que Deus o abençoe.

Pastor Wanderley

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O pecado trouxe terríveis distorções em nossa capacidade de crer em Deus

LIDERANÇA

MEDO

 

Por: Rodolfo G. Montosa

Quando o povo de Israel saiu do Egito, ainda tinha marcas profundas dessa terrível experiência passada na terra opressora. O tempo da escravidão trouxe muita insegurança/medo, pois era evidente a fragilidade do povo diante dos poderes e gigantes que os dominavam. A autoestima tinha sido destruída, a confiança despedaçada, a incerteza cresceu num tanto que fez sombra em tudo o que passaram a ver na caminhada. No episódio do envio dos 12 espias (Números 13), somente dois tiveram a confiança que Deus os livraria de todas as barreiras (versículo 30). Os outros 10 afirmaram que o povo daquela terra era mais forte do que nós (versículo 31), aos nossos próprios olhos nos sentíamos tão pequenos!

A formação do medo em nossos corações aconteceu para muito além de nossas histórias pessoais. É fácil perceber que, desde crianças, temos muitos medos diferentes: medo de perder a mãe (ansiedade de separação), medo do desconhecido (angústia do estranho), medo de um objeto deixar de existir (permanência do objeto), medo de animais, medo de ruídos, do escuro, dos monstros, fantasmas, ladrões, dentre uma lista interminável. Pela Bíblia, o medo entrou no coração da humanidade logo após o ato de desobediência, quando Adão e Eva esconderam-se por medo (Gênesis 3.10). De fato, o pecado trouxe terríveis distorções em nossa capacidade de crer e descansar em Deus pelo simples fato de termos nos tornado indignos de confiança. A afetação da alma distorceu nossa visão de confiança no Senhor, nossa capacidade de ter esperança, causando desesperança, ou melhor, desespero. Assim é como os 10 espias estavam em profundo desespero.

A sustentação do medo passou a ser multiplicada pela influência da sociedade, pois o povo começou a reclamar (versículo 30), e também pela influência da mídia, pois espalharam notícias falsas (versículo 32). Criou-se um verdadeiro clima de pânico, levando todo o povo a crer que estavam destinados à morte. Cairiam novamente nas garras de um novo tirano. Perderiam seus sonhos, bens, família, liberdade. O medo é multiplicado pelos comentários sem fim. Pais ministram insegurança a seus filhos. Líderes apavorados provocam reações descontroladas nos liderados. A conta foi covarde: dez pessoas espalhando desconfiança contra dois tentando transmitir segurança. O terror se instala. Daí por diante é só choro, angústia e grande perturbação.

A libertação do medo veio somente sobre as vidas de Josué e Calebe porque não se concentraram como eram aos seus próprios olhos ou aos olhos do inimigo. Fixaram sua atenção no que eram aos olhos de Deus. Não precisaram se sentir pequenos: eles eram pequenos! Mas tinham um grande Deus que tinha feito a firme promessa de que daria a terra prometida. Isso bastou para seus corações se encherem de confiança.

O medo é saudável até o ponto de nos manter alertas e defensivos. Mas quando o medo nos domina, torna-se cruel. Ele paralisa, gera angústia, rouba o sono, tira a paz, traz transtornos de ansiedade, produz pânico, leva ao terror, provoca aversão ou conduz à hostilidade. De fato vivemos uma sociedade com muito medo. Alguns estudiosos já catalogaram mais de 400 diferentes tipos de fobias. Na Bíblia, a palavra medo aparece 563 vezes e terror aparece 116 vezes, indicando que o assunto não é um problema dos dias de hoje, mas que sempre esteve presente na história da natureza humana.

Onde há medo não há confiança, segurança, alegria, fé. Pela Bíblia, não precisamos temer a morte(Salmo 23.4), nem pessoas (Salmo 27.1; 56.4, 11), nem sequer más notícias (Salmo 112.7), pois se o Senhor é por nós, quem será contra nós? (Romanos 8.31) Mas o que verdadeiramente lança fora o medo de nossos corações é conhecer o perfeito amor de Jesus (1 João 4.18). Para arrancar o medo de dentro de nossos corações precisamos perceber o grande amor de Cristo. Isso nos basta!

Qual é o seu medo? O que tira seu sono? Para você o Senhor diz: não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel (Isaías 41.10). Ele está presente. Ele é nosso Deus. Ele faz coisas poderosas a nosso favor. Por isso podemos dizer: nada temerei!

Data: 9/9/2011 08:51:32

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O ÓDIO DO PECADO.

Por Leandro Borges

“Ainda que desçam ao mais profundo abismo, a minha mão os tirará de lá; se subirem ao céu, de lá os farei descer. Se se esconderem no cimo do Carmelo, de lá buscá-los-ei e de lá os tirarei; e, se dos meus olhos se ocultarem no fundo do mar, de lá darei ordem à serpente, e ela os morderá. Se forem para o cativeiro diante de seus inimigos, ali darei ordem à espada, e ela os matará; porei os olhos sobre eles, para o mal e não para o bem. Porque o Senhor, o SENHOR dos Exércitos, é o que toca a terra, e ela se derrete, e todos os que habitam nela se enlutarão; ela subirá toda como o Nilo e abaixará como o rio do Egito. Deus é o que edifica as suas câmaras no céu e a sua abóbada fundou na terra; é o que chama as águas do mar e as derrama sobre a terra, SENHOR é o seu nome. Eis que os olhos do SENHOR Deus estão contra este reino pecador, e eu o destruirei de sobre a face da terra; mas não destruirei de todo a casa de Jacó, diz o SENHOR. Porque eis que darei ordens e sacudirei a casa de Israel entre todas as nações, assim como se sacode trigo no crivo, sem que caia na terra um só grão.Todos os pecadores do meu povo morrerão à espada, os quais dizem: O mal não nos alcançará, nem nos encontrará”. (Amós cap.9 vers.2,3,4,5,6,8,9,10).

Podemos aceitar que existe um sentido genérico do amor de Deus. Ele demonstra e fala de amor ao mundo, à humanidade, à sua criação. Como calvinista, não tenho nenhuma dificuldade em aceitar isso. Temos que entender, porém, que no sentido salvífico (a salvação eterna da perdição e condenação do pecado) o amor de Deus é derramado exclusivamente sobre o seu povo e, individualmente, sobre os que ele eficazmente chama para si. Sobre aqueles que responderão, ao chamado eficaz, abraçando a Cristo como único e suficiente Salvador.

A frase "Deus odeia o pecado, mas ama ao pecador", entretanto, por mais que seja proferida e repetida, é uma forma simplista de expressar uma situação complexa, pois realmente é impossível separar o pecado do pecador, como se o pecado fosse uma entidade com vida independente, que apenas se utiliza do corpo e da mente do praticante.
Observe que (Tiago cap.1 versa.12,13,14,15), nos ensina que o pecado é gerado dentro das pessoas, partindo da própria concupiscência, externando sua prática em um relacionamento "simbiótico" (de dependência mútua) com o praticante. Sem barreiras e controles, enfim, sem a redenção, leva à morte. Observem bem:“Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam. Ninguém, ao ser tentado diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”.

O pecado é algo odioso em suas manifestações. Estas são verificáveis nas pessoas, pecadoras, sem as quais ele é indescritível e amorfo.
Em (Romanos cap.9) a Bíblia fala do "aborrecimento" (ódio) de Deus contra Esaú, contrastando com o amor derramado sobre Jacó. Mas a Palavra de Deus expressa em outras ocasiões (além desse caso específico, de Esaú e Jacó) o ódio ("aborrecimento") de Deus a pecadores. Isso ocorre, porque ele é tanto JUSTIÇA como AMOR.
Por exemplo: Em (Salmos cap.11 vers.5), lemos: "O Senhor prova o justo e o ímpio; a sua alma odeia ao que ama a violência". Veja que ele não odeia somente a violência (inexistente, sem o praticante), mas "ao que ama a violência" – uma pessoa, o pecador.

Em (Provérbios cap.6. vers.16,17,18), lemos sobre sete coisas que o senhor abomina (odeia): olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contenda entre irmãos. Quando lemos essa descrição das "coisas" que o Senhor odeia, vemos que elas não são especificamente "coisas", mas são pessoas que realizam certas ações; a descrição é a de pessoas que Deus abomina. Isso fica bem claro nas duas últimas "coisas" – uma pessoa, ou outra, que é: "testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos".
Não resta dúvida, portanto, que pelo menos nessas instâncias específicas Deus odeia pecadores. Consequentemente, isso deve nos fazer cautelosos de dar uma declaração genérica e abrangente de que ele não odeia pecadores, pois esse ensinamento não pode ser atribuído, dessa maneira, à Bíblia e carece de inúmeras qualificações.

QUE DEUS TE ABENÇOE…