Irã diz que Israel cruzou “linhas vermelhas” e ameaça: “Não vão ter paz”

Iranianos afirmam que Israel está se aproximando de sua destruição

por Leiliane Roberta Lopes

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Um representante do alto escalão do governo iraniano afirmou aos Estados Unidos que Israel será retaliado por causa da morte de um general iraniano que foi morto na Síria.

A agência Isna afirma que a declaração foi dada na terça-feira (27) por conta dos ataques realizados na semana passada. “Nesta mensagem aos norte-americanos, dissemos que o regime sionista cruzou nossas linhas vermelhas”, afirmou o vice-chanceler iraniano, Hossein Amir Abdollahian.

“Dissemos aos norte-americanos que os líderes do regime sionista devem esperar pelas consequências de seus atos”.

O general iraniano morto era Mohammed Allahdadi que estava em um comboio do Hezbollah perto das Colinas de Golã quando Israel atacou. Além do iraniano, o filho de um ex-líder militar do Hezbollah, Imad Moughniyeh, também morreu.

O ataque aumentou a tensão entre os países e até o general-brigadeiro Mohammad Reza Naghdi, fez ameaças dizendo que Israel está próximo de sua destruição.

“Os sionistas devem saber que estão se aproximando de sua destruição. Eles devem estar completamente preparados porque não vão mais ter paz”, disse ele segundo a agência de notícias Isna.

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Igrejas cristãs brasileiras estão entre as 45 atacadas no Níger

Pelo menos cinco pessoas morreram neste sábado (17) no país.
Protestos eram contra as charges publicadas pelo jornal ‘Charlie Hebdo’.

Do G1, em São Paulo

Manifestantes participam de protesto contra o 'Charlie Hebdo' na capital do Níger, Niamey, neste sábado (Foto: Boureima Hama/AFP)
Manifestantes participam de protesto contra o ‘Charlie Hebdo’ na capital do Níger, Niamey, neste sábado (Foto: Boureima Hama/AFP)

Igrejas cristãs brasileiras estão entre as 45 instituições incendiadas no sábado em Niamey, capital do Níger, durante as manifestações contra as charges que mostram o profeta Maomé publicadas pela revista satírica francesa ‘Charlie Hebdo’.

Duas casas da Igreja Presbiteriana Viva foram incendiadas, segundo confirmou a sede da igreja no Brasil, e os 30 pastores estão bem. Segundo a assessoria de imprensa da Viva, militantes estavam tentando entrar na instituição de sexta-feira.

No total, ’45 igrejas, cinco hotéis, 36 bares, um orfanato e uma escola cristã foram saqueados antes de serem incendiados’, disse Adily Toro, porta-voz da polícia, em uma coletiva de imprensa, segundo noticiou a agência France presse. Um balanço anterior havia informado sete igrejas destruídas.

Nas manifestações morreram cinco pessoas e 128 ficaram feridas, acrescentou o porta-voz, que informou sobre 189 detidos.

Entre os feridos figuram 94 membros das forças de segurança e 34 manifestantes, e entre os detidos há dois menores, indicou Toro.

‘A bandeira francesa foi queimada durante esta manifestação contra a Charlie Hebdo em Niamey’, acrescentou o porta-voz.

As manifestações de sábado e domingo em Niamey, onde foram vistos cartazes do Boko Haram, foram similares em Zinder, a segunda cidade do país, explicou o porta-voz.

No domingo, 300 pessoas, respondendo a uma convocação da oposição, protestaram na capital, apesar da proibição do governo.

O governador de Niamey, Hamidou Garba, anunciou no domingo a detenção de 90 pessoas. Segundo a imprensa local, entre os detidos há líderes opositores.

Nas manifestações contra a Charlie Hebdo na sexta-feira em Zinder morreram cinco pessoas e 45 ficaram feridas, e o centro cultural frango-nigerino da cidade foi incendiado, assim como várias igrejas.

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EI promete “quebrar cruzes e escravizar mulheres”

Grupo jihadista faz ameaças contra papa e Obama

por Jarbas Aragão – gospelprime –

Um vídeo de 42 minutos postado esta semana na internet traz uma ameaça clara do Estado Islâmico (EI) aos cristãos, em especial os católicos. “Vamos quebrar suas cruzes, escravizar suas mulheres com a permissão de Alá, o Altíssimo”, assegura a gravação. Originalmente em árabe, foi traduzida para diversos idiomas por Abu Mohammad al Adnani, porta-voz do grupo extremista.

Após diferentes países terem se unido numa coalizão militar contra o grupo que atua principalmente no Iraque e na Síria, o apelo do EI é para seus simpatizantes espalhados pelo mundo. Eles pedem que seus seguidores matem “de qualquer forma” cidadãos norte-americanos, europeus e de países que desejam o fim dos terroristas muçulmanos. Dizem ainda que as nações pagarão um ‘alto preço’ pelos ataques.

Adnani pede que os muçulmanos espalhados pelo globo “ataquem os soldados e as tropas dos tawaghit (os que excedem os limites fixados por Alá). Incluindo seus policiais, agentes de segurança e inteligência e seus agentes traidores… Se puder, mate um infiel americano ou europeu, especialmente franceses, australianos, canadenses ou qualquer um que promova a guerra infiel, incluindo todos que aderiram à coalizão contra o Estado Islâmico. Mais uma vez confiaremos em Alá e mataremos de qualquer maneira que for possível”, enfatizou.

“Quebre a cabeça deles com uma pedra, ou mate-os com uma faca, ou atropele-os com seu carro, ou derrube-os de um lugar alto, ou sufoque-os, ou envenene-os… você pode destruir tanto seu sangue quanto sua riqueza”, ensina o líder do EI.

A ameaça tem como alvo claro a Itália e o Vaticano, pois o vídeo menciona que “Roma será conquistada”. O papa já foi apontado como um possível alvo de atentados do EI. Chama ainda o presidente Obama de “mula dos judeus” e anuncia sua morte para breve, zombando da decisão dos EUA de bombardear o EI no Iraque e na Síria. Finaliza anunciando que “estamos em uma nova era, uma era onde os muçulmanos, seus soldados [do EI], e seus filhos são líderes, não escravos”.

Recentemente, os Estados Unidos anunciaram que mais de 50 países fariam parte da aliança internacional contra o EI, que reúne cerca de 30.000 soldados e que lutam para estabelecer um califado islâmico.

O vídeo teve grande repercussão na mídia europeia e americana, pois surge num momento em que fontes do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) registra a fuga de cerca de 130 mil cidadãos sírios, especialmente curdos, fugindo para a Turquia. As tropas jihadistas estão a 5km da fronteira entre Síria e Turquia, e ameaçam uma invasão.