PSC se alia a comunistas nos estados e contraria seu discurso no Congresso Nacional

Nas eleições, partido se afasta das bandeiras que o tornaram conhecido

 

psc-e-pcdob Pastor Everaldo (PSC) e Flávio Dino (PCdoB).
Em época de eleições é comum o sentimento de “vale tudo”, mas não deixa de chamar atenção o quanto o Partido Social Cristão (PSC) se afasta das bandeiras que o tornaram conhecido.
Enquanto Jair Bolsonaro (PSC/RJ) e Marco Feliciano (PSC/SP) brigam em Brasília contra grupos comunistas e a favor da família, seu partido faz coligação com comunistas em alguns estados e lança candidatos que são quase a antítese de seus expoentes.

É o caso de Edivânia Matias Goes. Embora esse seja seu nome de batismo, a candidata a vereança de Fortaleza prefere usar na urna Debora Soft, alcunha usado desde os tempos que trabalhava como stripper na capital do Ceará. Seu lema de campanha é “Vote com Prazer”, o mesmo de 2004, quando foi eleita com 11.590 votos, a oitava mais votada daquele pleito.

Após o fracasso da última eleição municipal, quando conseguiu apenas 365 votos, Debora tentou uma vaga como deputada estadual, mas obteve míseros 41 votos. Mais de uma década depois de sua primeira campanha, ela reedita o slogan “vote com prazer”. De várias maneiras, a candidata do PSC (Partido Social Cristão) contraria a imagem que a sigla defende em nível nacional.

Embora não fale muito sobre suas propostas, aposta como estratégia de campanha o humor e no apelo ao voto “sem preconceito”. Embora hoje ocupe um cargo de confiança na administração pública, ainda utiliza a fama adquirida em seu trabalho nas noites de Fortaleza. Quando lembra do tempo que exercia mandato, afirma que só lamenta não ter podido fazer um striptease na Câmara e disse ter sofrido preconceito.

Preconceito é algo que o deputado federal pastor Takayma não tem. Presidente do PSC do Paraná, ele costurou uma aliança com o Partido Comunista do Brasil para lançarem juntos Ney Leprevost (PSD) a prefeito de Curitiba. O nome da coligação, onde o vice é do PSC, é sugestiva: “Corrente do Bem”.

É bom lembrar que no site do PCdoB há várias manifestações em favor da ideologia de gênero e contra o que classifica de “ameaças à democracia” e aponta os responsáveis: “grupos religiosos na política”.

Ou seja, antítese do que poderia se esperar de uma união com o partido que ficou conhecido por sua luta contra essa ideologia. Além dos discursos contra a ideologia de gênero, é de Eduardo Bolsonaro (PSC/SP) o projeto de lei 5358, que criminaliza a apologia ao comunismo. Se aprovado, forçaria o fim do PCdoB.

Partido contraria seu líder na Câmara

A improvável aliança política de PSC e PCdoB ocorre em várias outras cidades pelo Brasil. Mas nenhuma é mais emblemática que em São Luiz. No estado governado por Flavio Dino (PCdoB), Edivaldo Holanda (PDT) é o candidato da majoritária e o comunista Julio Pinheiro é seu vice.

A coligação reúne 12 partidos, incluindo o PRB (ligado à Universal) e o PT, outra sigla que tem histórico de desavenças com líderes cristãos.

Se no Maranhão andam agora de mãos dadas, até maio PSC e PCdoB travavam uma luta monumental nos corredores da Câmara dos Deputados, em Brasília. O líder dos cristãos na casa, Marco Feliciano, havia conseguido as assinaturas necessárias para a instauração da CPI da União Nacional dos Estudantes (UNE), que investigaria denúncias de mal-uso do dinheiro público repassado para aquela instituição.

Ocorre que há mais de duas décadas a UNE está nas mãos do PCdoB. Sem interesse de prestar contas publicamente, o partido comunista usou da influência que Flavio Dino tem sobre o deputado Waldir Maranhão (PP/MA), que atuava como presidente da Câmara após o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

Conseguiu fazer com que Maranhão adiasse por três vezes a instalação da comissão até, finalmente, arquivá-la em julho. Na mesma época, Dino e Maranhão viajaram juntos para Brasília num avião da Força Aérea Brasileira, onde articularam como seria feita a tentativa de anulação do impeachment de Dilma Rousseff.

As lideranças do PCdoB sempre disseram que Bolsonaro e Feliciano representam o atraso para o país. Flávio Dino classificou Jair Bolsonaro e Marco Feliciano como aberrações da política brasileira, mas tudo isso agora foi esquecido.

Holanda pode banir Alcorão e fechar todas as mesquitas do país

Geert Wilders

A liberal Holanda, onde a droga é legalizada e a prostituição reconhecida como profissão, quer encabeçar um movimento contrário a islamização da Europa. Geert Wilders, líder do Partido para a Liberdade (PVV), é o favorito nas pesquisas para ser o novo primeiro-ministro. As eleições serão em março de 2017.

No manifesto assinado pelo seu partido, ele defende o fim da islamização da Holanda. Isso inclui o fechamento de todas as mesquitas e escolas muçulmanas, além da proibição do Alcorão. Também quer o banimento do uso do véu em público e o fim da entrada de imigrantes e refugiados de nações islâmicas no Holanda. Tudo isso ocorreria ao mesmo tempo em que abandonaria a União Europeia.

País já proíbe vestimentas muçulmanas

Curiosamente, Wilders e suas ideias têm recebido cada vez mais apoio no país, apesar de não serem politicamente corretas. As eleições holandesas serão em março do ano que vem. O PVV lidera em todas as pesquisas de opinião e se aproveita da incapacidade do atual governo de controlar a crise migratória.

O atual primeiro-ministro Mark Rutte vem seguindo a “cartilha” da União Europeia e defende que o país receba mais refugiados.

Os analistas políticos acreditam que, mesmo que ganhe as eleições, Wilders terá dificuldades de conseguir eleger a maioria no Parlamento para governar. Com isso, se tornam difíceis as chances de cumprir integralmente suas promessas. O principal aspecto de sua campanha é um referendo nacional para decidir se os holandeses querem ficar ou sair da EU, a exemplo do que aconteceu no Reino Unido.

O Parlamento holandês já aprovou a proibição do uso de qualquer vestimenta que cubra totalmente o rosto em lugares públicos. Isso inclui vestimentas islâmicas como o niqab e a burca.

Esta foi uma das primeiras vitórias de Geert Wilders em sua cruzada anti-Islã, que começou em 2011, muito antes da crise migratória que afeta a Europa. Na ocasião, ele justificou que tal medida protegeria “a personalidade e os bons costumes da vida pública na Holanda”.

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Atletas cristãos foram impedidos de participar da Olimpíada no Rio

Delegação do Egito usou critérios religiosos para escolher atletas denuncia ONG

 

 

jogadora-de-volei-do-egito Atletas cristãos foram impedidos de participar de Olimpíada
A ONG egípcia Coptic Solidarity está fazendo uma grave denúncia de perseguição religiosa.
A delegação do Egito não permitiu que atletas cristãos participassem da Olimpíada no Rio de Janeiro. Uma queixa formal já foi registrada junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Futebol (FIFA), contudo nenhuma providência foi tomada.
Segundo a organização, atletas não muçulmanos são impedidos de participar de competições esportivas tanto dentro quanto fora do país. Isso inclui membros da seleção de futebol.
A minoria copta é o ramo mais numeroso do cristianismo no Egito. Eles são cerca de 10% da população de 90 milhões. Dentre a delegação olímpica de 122 atletas, nenhum era copta.

Essa prática foi reportada também em Londres, quatro anos atrás. Há pelo menos 10 atletas que teriam condições de participar do maior evento esportivo do planeta, caso os critérios fossem apenas técnicos. “Eles passaram em todas as fases de seleção, mas os atletas [cristãos] foram excluídos de competições tanto nacional quanto internacional com base apenas em sua confissão religiosa”, diz o comunicado da Coptic Solidarity.

O COI nunca se manifestou nem impôs penas ao Egito. Curiosamente, as imagens das jogadoras do vôlei de praia totalmente cobertas, seguindo a lei islâmica, viraram um símbolo de ‘diversidade’.

Segundo a Coptic Solidarity: “a intolerância religiosa nos esportes é algo muito difundido no Egito, e acaba minando o significado do espírito esportivo.

A atitude vergonhosa do judoca egípcio Islam El Shehaby, que se recusou a cumprimentar seu adversário israelita nos Jogos Olímpicos de 2016, foi vista e condenada pelo mundo todo. Mesmo assim, o Egito comemora o fato como uma espécie de vitória religiosa”. Com informações de Gospel Prime e Christian Today

 

Ângelo D. Medrado,

autor deste site é Bacharel em Teologia com Doutorado em Novo Testamento.06-06-16 013