A política no Brasil é algo nojento. Tem que ter estômago e muita resiliência para lidar com aqueles que são a definição singular do Ministro da Economia Paulo Guedes: “piratas privados, burocratas corruptos e criaturas do pântano político que se associaram contra o povo brasileiro.”
E o Presidente da Câmara dos Deputados é a exata expressão do que temos de mais promíscuo e sórdido no cenário político brasileiro.
Fico me perguntando: como o eleitor fluminense teve a audácia de reelegê-lo?
Já não é de agora que Maia brinca de atrapalhar o país fingindo que ajuda – como disse Guilherme Fiuza. Ele usa da técnica de “bater no espantalho”, que é quando a pessoa tenta desconstruir a outra com base em argumentos ou fatos distorcidos – algo típico de pessoas com um sério desvio de caráter.
Rodrigo Maia diz que Jair Bolsonaro está “brincando de presidir o Brasil”, quando é ele quem está brincando de presidir a Câmara.
A questão é que representantes da velha política estão a todo o vapor tocando os trabalhos no Legislativo. “Pra quê trabalhar pela aprovação do texto da Nova Previdência se o meu interesse próprio escuso não poderá ser atendido ao fim do processo?”. É mais ou menos assim que funciona a mentalidade deste tipo de político, que deve ter sido criado em laboratório.
Maia quer que o Governo articule politicamente para que a Reforma seja votada e aprovada. Só que o Governo já lhe entregou o texto muito bem redigido da Reforma Previdenciária e que, de certa forma, está apenas dando sequência num processo que começou em 2017 quando ainda éramos governados por outro político profissional, Michel Temer, e que nos anais da casa legislativa possui registros vastos de amplas discussões que foram travadas em torno do assunto.
Ou seja, ele quer que a coisa protele ainda mais, em vez de avançar devido ao seu próprio trabalho que é justamente negociar com os partidos e promover os debates e a votação do texto.
Seus ataques infantis ao presidente mostram apenas uma coisa: que o problema não é a falta de articulação política por parte do Bolsonaro. O problema é a sua falta de vontade política para andar com a votação que aprovará o texto da Reforma.
Só que, no Brasil, o político viciado em poder e privilégios não trabalha para o povo. No Brasil, a maioria dos políticos trabalha para os seus próprios interesses. Se eles não lucrarem, não teremos aprovação de nada que venha modernizar, desburocratizar e tornar as leis instrumentos de justiça social.
E sabe quem mais é sacrificado financeiramente e em outros níveis no cenário previdenciário atual? Os mais pobres! Logo, procure saber quem está tentando ‘ganhar tempo’ dando alfinetadas na TV ou quem está fazendo discurso contra a reforma na Câmara e perceba quem são os verdadeiros lobos e sanguessugas desta nação.
Sejamos francos, caro deputado: seu problema não é com a falta de ‘articulação política’ por parte do presidente da república. Seu problema é com o povo brasileiro mesmo.