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Fim do foro ameaça 12 senadores e 36 deputados

Levantamento feito pelo ‘Estado’ mostra que 48 parlamentares com inquéritos no STF no âmbito da Operação Lava Jato ficariam sujeitos à nova regra
Adriana Ferraz, Ana Neira, Caio Sartori, Luiz Raatz e Paulo Beraldo, O Estado de S.Paulo
Estadão

Levantamento feito pelo Estado mostra que pelo menos 12 senadores e 36 deputados com inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal no âmbito da Operação Lava Jato ficariam sujeitos à perda do foro privilegiado, segundo a interpretação da nova regra em votação no Supremo. Isso porque a maioria dos casos envolve investigações de recebimento de propina, via caixa 2, para políticos que já exerciam mandatos no Congresso e tentavam a reeleição ou novo cargo no Executivo.

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É o caso, por exemplo, dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) e dos deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ), Cacá Leão (PP-BA) e Celso Russomanno (PRB-SP). Todos negam uso de caixa 2 e afirmam que as doações foram contabilizadas dentro da legislação eleitoral.

STFNo dia 31 de maio de 2017, o Supremo Tribunal Federal começou a decidir o alcance do foro privilegiado Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Especialistas alertam, no entanto, que a perda ou a manutenção do foro, para as autoridades, não deve ser automática. A decisão – mesmo que a nova regra seja confirmada nesta quarta-feira, 2, pelo plenário da Corte – deverá ser tomada caso a caso, de acordo com a interpretação dos magistrados sobre se o crime tem relação com o mandato do investigado. Para analistas, a definição de quando se dá essa relação pode levantar dúvidas e dificultar a aplicação da nova regra.

+++De olho no foro

Em seu voto, o relator da matéria, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o foro só deve ser observado nos casos de imputação de crimes cometidos no atual exercício do cargo e em razão dele. A tese, já seguida por outros sete ministros, deixa claro que um caso de agressão doméstica cometido por um parlamentar, por exemplo, não será mais julgado pelo Supremo, por não ter relação com o cargo. Mas não responde se um deputado em campanha pela reeleição suspeito de receber caixa 2 deve ter seu inquérito encaminhado à 1.ª instância.

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“Delimitar se o crime ocorreu no exercício do mandato não é difícil. O difícil é definir se ocorreu em razão do mandato. O parlamentar negociou e recebeu caixa 2 porque já estava no cargo? Essa foi a condição? Se esse foi o entendimento, então o caso continuará no STF. Mas cada juiz pode avaliar de uma maneira”, disse o mestre em Direito Público Ivar Hartmann, da FGV-Rio. Segundo estudo da instituição, apesar das dúvidas, só 5% das ações penais contra autoridades que tramitaram entre 2007 e 2016 ficariam na Corte.

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Clareza. Na visão de Fernanda de Almeida Carneiro, professora do Instituto de Direito Público de São Paulo, o voto de Barroso deixa claro as diferenças entre os casos que devem ficar e os que devem sair do Supremo, mesmo quando o crime foi de caixa 2. Segundo ela, a interpretação caso a caso não será difícil, apesar de necessária.

“Uma pessoa que tenha recebido repasse indevido antes de se tornar deputado ou deputada não tem prerrogativa de foro porque o crime está relacionado à expectativa de cargo e não à função em si, que ainda não era ocupada. Já no caso de um político que, no exercício do seu mandato, recebe dinheiro para se reeleger, aí sim há prerrogativa de foro”, afirmou, com base no voto de Barroso.

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Segundo Fernanda, o fim do foro é fundamental para “desafogar” os tribunais superiores, que não têm estrutura para julgar a quantidade atual de casos. “Na prática, o que acaba acontecendo é que pessoas com foro dificilmente são condenadas e os casos, em sua maioria, prescrevem. É uma sensação de impunidade muito forte.”

‘Limpa’. Assegurar essa “limpa” dos processos que congestionam o Supremo seria um avanço para a Justiça na avaliação do professor do curso de Direito Público da PUC-SP Eduardo Martines Júnior. “O STF gasta tempo demais analisando crimes que às vezes nem deveriam ser analisados ali.” O professor, no entanto, citou mais uma dificuldade de interpretação do voto de Barroso, desta vez relacionada à conexão de inquéritos.

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“Se estamos falando de alguém que cometeu crimes enquanto governador, deputado estadual e hoje é senador, por exemplo, que seja julgado pelo STF, conforme dita seu foro atual. Se a gente for pegar cada processo e ficar repartindo cada um para sua devida instância, a coisa não evolui.”

Ainda assim, ele apontou que tudo será um mistério até que a questão seja definida pelo STF. “Só teremos certeza quando o acórdão for publicado. Não dá para prever todos os casos, o tribunal não irá estabelecer todas as possibilidades.”Com informações do Estadão.

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Vice-presidente dos Gideões critica Daciolo: “por que não doou seu salário?”

Pastor Hueslen Santos disse que deputado constrangeu a liderança com suas palavras

Hueslen Santos e Reuel BernardinoHueslen Santos e Reuel Bernardino

Durante o encerramento dos 36º Congresso dos Gideões Missionários da Última Hora, em Camboriú (SC), o vice-presidente pastor Hueslen Santos decidiu dar publicamente uma resposta ao Cabo Daciolo, que teve uma participação polêmica no último sábado.

Quando recebeu oportunidade, o deputado federal e pré-candidato a presidente da república pelo PEN, entregou uma palavra para a organização do evento, dizendo que Deus não queria pastores que são maçons no púlpito.

Daciolo também afirmou que se o dinheiro das ofertas fosse dividido com os presentes, uma vez que muitas pessoas estariam sem dinheiro para se alimentar, Deus iria multiplicar o valor. No momento em que o deputado fez o desafio, o presidente dos Gideões Reuel Bernardino aceitou.

Porém, Hueslen disse que a fala do carioca constrangeu a ele e a Reuel. Citando os outros deputados estaduais e federais que passaram pelo Congresso, enfatizou que todos agiram com “respeito”, menos Daciolo.

Além de dizer que o deputado não deveria ter anunciado que estava em um propósito de jejum, pois “não é para tocar trombeta quando se jejua”, reclamou que ele não contribuía para a obra dos Gideões.

“Ele pediu que dividíssemos com a multidão o dinheiro arrecadado. Por que ele não dá o salário de deputado federal? Ele ganha dinheiro do povo! Por que não foi o primeiro a vir aqui e dizer: ‘Eu quero dar o meu salário de deputado’”, disparou Hueslen.

Deixou claro que Daciolo estaria tentando se “promover” e querer ensiná-los a fazer missões.

Anunciando que os Gideões enviam missionários para 44 países, o vice finalizou com um desabafo: “Eu lhe perdoo. O senhor [Daciolo] é convidado a vir aqui em 2019, 2020, 2050 se Jesus não voltar. Mas tenham temor quando citam o texto sagrado e usem o nome de Deus quando Deus não falou e não mandou dizer”. Logo após ele concluir, o público presente aplaudiu muito.

Assista:

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SÉRGIO MORO FEZ JOGADA DE MESTRE PARA QUE LULA SE ENTREGUE

NBO-Noticias do Brasil Online
    O juiz Sergio Moro foi um mestre, e fez jogada brilhante para Prender Lula antes de qualquer tentativa de golpe
 Ele escreveu no despacho:

“Relativamente ao condenado e ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, concedo-lhe, em atenção à dignidade cargo que ocupou, a oportunidade de apresentar-se voluntariamente à Polícia Federal em Curitiba ate’ as 17:00 do dia 06/042018, quando deverá
ser cumprido o mandado de prisão.”

“Vedada a utilização de algemas em qualquer hipótese.”

“Os detalhes da apresentação deverão ser combinados com a Defesa diretamente com o Delegado da Policia Federal Maurício Valeixo, também Superintendente da Policia Federal no Paraná.”

“Esclareça-se que, em razão da dignidade do cargo ocupado, foi previamente preparada uma sala reservada, espécie de Sala de Estado Maior, na própria Superintendência da Polícia Federal, para o início do cumprimento da pena, e na qual o ex-Presidente ficará separado dos demais presos, sem qualquer risco para a integridade moral ou física.”