O Esoterismo Fazendo História
“O Brasil está sendo chamado para tornar-se líder do mundo, reavivando a cultura. E isto é tão certo quanto Paris ter sido a herdeira de Atenas e de Roma. Assim o decidirá a Era de Aquário”
Yves Christiaen, escritor francês
Este texto, revisado, atualizado e adaptado a este livro, baseia-se na conferência O Quinto Império e a Ciência Universal, que proferi na Casa de Portugal de São Paulo, em 18 de maio de 1997, no seminário que organizamos para trazer estes dados ao público paulistano. A linguagem usada é coloquial e faz um resumo simplificado e despretensioso do que tratei nos capítulos subsequentes deste livro.
Senhoras e senhores:
Talvez nem todos conheçam a profecia do Quinto Império. Por isso, vou explicá-la.
Há cerca de 2.500 anos, quando o povo judeu estava subjugado e cativo na Babilônia, o imperador babilônico Nabucodonosor teve um sonho que o impressionou.
Viu uma estátua imensa, com a cabeça de ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e os quadris de bronze, as pernas de ferro e os pés em parte de ferro, em parte de barro. Uma pedra, não lapidada por mão humana, feriu a estátua nos pés e a esmigalhou. O vento levou todas as suas migalhas. A pedra que atingiu a estátua tornou-se uma grande montanha que envolveu toda a Terra.
Os quinto-imperialistas (como Fernando Pessoa, Padre Vieira e outros) creem na previsão do abade italiano Gioachino di Fiori: assim como houve uma “dispensação” de Deus-Pai ao gênero humano (por meio de Moisés e dos profetas), outra do Filho (por Cristo e os apóstolos), haverá uma dispensação do Espírito Santo, que se derramará sobre todos os povos e pessoas, inaugurando o Quinto Império, os “mil anos de felicidade” antes do Juízo Final. (1)
Para haver essa dispensação, o Espírito Divino contaria com o trabalho de seres humanos: por exemplo, as duas testemunhas do Apocalipse, representadas no selo dos Templários como dois cavaleiros montados juntos no mesmo cavalo, ou o “Pastor de Almas” que Dante Alighieri apresenta em sua Divina Comédia. Mostram eles a necessidade de haver um ou mais seres humanos inspirados por Deus que façam o trabalho de organizar as bases dessa nova sociedade de paz.
O grande problema é que, nestes dois mil anos, todos os que tentaram organizar o “Reino de Deus” na Terra, na verdade quiseram fazer o reino de poder deles próprios – e por isso até hoje a humanidade está fragmentada em disputas, guerras fratricidas, pobreza e sofrimento.
Por exemplo, a partir da interpretação de que os quatro impérios já teriam passado, a Inglaterra passou a se considerar o Quinto Império, causando estranheza em Fernando Pessoa, que não via nesse país o nível de espiritualidade exigido; além disso, a Grã-Bretanha está em profunda decadência, pois o império britânico já praticamente se desfez e o norte-americano está em franco desmoronamento.
(Texto do livro HISTÓRIA SECRETA DO BRASIL – Vº IMPÉRIO : O MILÊNIO UNIVERSAL de Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco)