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Difícil ser profeta em sua própria terra, diz Marina Silva no Jornal Nacional

Candidata do PSB à Presidência deu entrevista ao vivo no Jornal Nacional.

por Michael Caceres – gospelprime

Difícil ser profeta em sua própria terra, diz Marina Silva no Jornal Nacional
Difícil ser profeta em sua própria terra, diz Marina Silva

Marina Silva, candidata do Partido Socialista Brasileiro (PSB) ao Palácio do Planalto, participou nesta quarta-feira (27) da série de entrevistas com os principais candidatos à Presidência da República promovida pelo Jornal Nacional.
Escolhida pelo PSB para ocupar o lugar de Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo, Marina foi à última entrevistada da série e respondeu perguntas feitas pelos apresentadores William Bonner e Patrícia Poeta.
Bonner iniciou a entrevista questionando Marina sobre a contratação do avião que havia sido usado por Eduardo Campos e que teria sido feito de forma irregular, conforme a imprensa tem divulgado. O apresentador questionou se a presidenciável procurou saber algo a respeito do avião, ou se confiou “cegamente” na palavra dos aliados.
Segundo Marina, o avião havia sido emprestado por um empresário e que ela não teria como saber de qualquer irregularidade na aquisição da aeronave por parte dos responsáveis pela prestação do serviço.
A exemplo da entrevista com outros candidatos, William Bonner tentou criar uma linha polêmica e mostrar uma contradição entre o uso do avião e a postura da candidata do PSB. Mas Marina Silva mostrou-se firme e deixou muito claro sua posição em relação ao uso da aeronave.
“Nós tínhamos, William, uma informação de que era um empréstimo, que seria feito um ressarcimento, num prazo legal, que pode ser feito, segundo a própria Justiça Eleitoral, até o encerramento da campanha”, disse Marina.
William Bonner lembrou que quando os políticos são confrontados ou cobrados por alguma irregularidade costumam dizer que não sabiam, e questionou se ao usar o mesmo discurso a candidata não estaria tendo o mesmo comportamento destes políticos, que ela afirma ser da velha política.
“Este é um discurso muito, muito comum aqui no Brasil. E é o discurso que a senhora está usando neste momento. Eu lhe pergunto: em que esse seu comportamento difere do comportamento que a senhora combate tanto da tal velha política?”, questionou Bonner.
Marina respondeu o questionamento afirmando que utiliza o discurso para todas as situações, inclusive quando envolve algum adversário, e que deseja que as investigações aconteçam, pois tem um compromisso com a verdade.
Ao ser questionada sobre uma suposta falta de rigor em relação à compra irregular da aeronave por parte dos empresários que fizeram o empréstimo ao partido, Marina afirmou que não usa de “dois pesos e duas medidas” e que o mesmo rigor que exige por parte dos adversários exigirá nas investigações envolvendo o avião.
Marina também foi questionada sobre a sua baixa popularidade no Acre, seu estado de origem, durante a corrida presidencial de 2010. Marina afirmou que contrariou muitos interesses naquele estado e citou um provérbio como argumento.
“Há um provérbio que diz: ‘é muito difícil ser profeta em sua própria terra’, pois temos que confrontar os interesses. Contrariei muitos interesses no Acre ao lado de Chico Mendes, índios e seringueiros”, disse a candidata.
A apresentadora Patrícia Poeta insistiu na pergunta e lembrou que o berço político dos candidatos é geralmente onde eles conseguem uma certa vantagem. “Isso pode ser uma enorme vantagem para um candidato ou não. No seu caso não foi. Não seria como se os acreanos estivessem dizendo uma variação daquele velho ditado: ‘Quem não a conhece que vote na senhora’?”, questionou Patrícia.
Em resposta a pergunta a candidata afirmou que Patrícia Poeta a conhecia direito e que foi eleita senadora sem ser filha de nenhum político tradicional ou empresário e que não contou com ajuda em TV ou rádio para fazer sua campanha.
“Eu não sou filha de político tradicional, não sou filha de nenhum empresário, porque, no meu estado, até a minha eleição, para ser senador da República, era preciso ser filho de ex-governador, era preciso ser filho de alguém que tivesse, de preferência, um jornal, uma TV e uma rádio para falar bem de si mesmo e falar mal daqueles que ficavam defendendo a Justiça”, disse.
Patrícia então questionou se a candidata estaria culpando seus conterrâneos pela baixa popularidade no estado. Marina disse: “Não é culpa dos acreanos, é culpa das circunstâncias”. Em sequência disse: “Cheguei a ficar quatro anos sem andar no meu estado. Eu não podia trocar o futuro das futuras gerações pelas próximas eleições. Preferi pagar o preço de perder os votos”.
William Bonner questionou a candidata sobre a chapa, afirmando que o vice, Beto Albuquerque, discorda dela em relação às pesquisas com células tronco e os transgênicos. Marina foi enfática ao afirmar que apesar das diferenças, existe convergências entre os dois e que mesmo com as diferenças em algumas opiniões, ela saberia trabalhar com elas.
“Nós somos diferentes, mas a nova política sabe trabalhar na diversidade. Há uma lenda de que eu sou contra os transgênicos, mas eu defendia a coexistência: áreas com transgênicos e áreas livres de transgênicos. Infelizmente, no Congresso, não passou a proposta de coexistência e o Beto votou na que avançou”, disse Marina.
Por fim, Marina apresentou suas propostas de campanha e afirmou que a política precisa ser renovada e prometeu que se for eleita não vai se preocupar em buscar uma nova eleição, mas fará as mudanças necessárias para melhorar o país.
Assista:httpv://www.youtube.com/watch?v=Xky4LcuzKrA

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Dawkins: ‘La fe de creyentes moderados legitima violencia religiosa’

Ateísmo

Dawkins: ‘La fe de creyentes moderados legitima violencia religiosa’

Ricjard Dawkins, en una imagen reciente. / AP
El profesor explica que creyó en Dios en su adolescencia. Otros ateos le critican por su lenguaje agresivo contra los creyentes.

20 DE AGOSTO DE 2014, EDIMBURGO

Richard Dawkins cree que los cristianos o musulmanes sinceros son en parte culpables por la violencia extremista en el mundo. El autor de “El espejismo de Dios” y líder más visible del llamado ‘Nuevo Ateísmo’, presentó en la Feria de Libro de Edimburgo (Escocia) sus memorias. 

“De alguna forma, gente religiosa moderada, cristianos o musulmanes amables, hacen que el mundo sea un lugar seguro para los extremistas”, dijo Dawkins. Personas que en occidente viven su fe de forma pacífica dan “legitimidad” a terroristas suicidas, cree.

Según el científico, una de las causas de la violencia sectaria es la fe que se aprende en casa desde la infancia. “Como que los [musulmanes o cristianos] moderados son tan amables, todos crecemos con la idea de que hay algo bueno en la fe religiosa. Que hay algo bueno en educar a los niños en una fe”.

Creer en Dios, opinó, es “creer en algo sin evidencias y sin necesidad de justificar lo que crees”. “Simplemente se espera que digan ‘oh, esto es mi fe, lo creo, no puedes cuestionarlo y no puedes preguntarme por qué creo en ello”.

Dawkins argumentó: “Una vez que esto es una razón legítima para creer algo, entonces es como si dieras licencia a los extremistas que dicen: ‘mi fe es que debo ser un terrorista suicida o se espera de mí que haga estallar edificios… es mi fe y no puedes cuestionarlo’”.

EL DAWKINS NIÑO TAMBIÉN BUSCÓ A DIOS
En la misma intervención, Dawkins explicó que siendo niño tuvo un genuino interés espiritual.

El actual polemista ateo creció en una familia anglicana, asistió a una escuela de la Iglesia de Inglaterra e incluso hizo el rito de la confirmación. A los 13 años, Richard oraba ante el altar de una iglesia y tenía interés en saber más sobre los ángeles.

Durante un tiempo, explica, “oré vigorosamente cada noche”. Pero “Dios nunca se comunicó conmigo, por alguna razón”.

Añadía: “Supongo que en aquel entonces la razón residual principal por la que yo era religioso era que estaba impresionado por la complejidad de la vida y tenía la sensación de que debía haber un diseñador”. Un tiempo después, llegaría a la conclusión de que el Darwinismo era una “explicación mucho superior”.

UN “CRISTIANO SECULAR” Y “ENFADADO” CON DIOS
Dawkins dice considerarse ahora un “cristiano secular” o una persona “culturalmente anglicana”.

En una entrevista anterior en la Universidad de Connecticut (EEUU), Dawkins explicaba: “Creo en la verdad, me conmueve la belleza de la vida”. Sin embargo, reconocía también que está “enfadado” con Dios y con aquellos que creen en Él.

POLÉMICAS RECIENTES MOLESTAN A OTROS ATEOS
Su actitud agresiva ha llevado a que Dawkins, de 73 años, haya sido muy criticado en los últimos años. Mensajes agrios contra cristianos y musulmanes en su Twitter,  como este , y su llamado a que se “ridiculice” a las personas que tienen una fe, le han llevado a ser corregido frecuentemente incluso por parte de otros ateos.

“Habiendo crecido después de que Dawkins hiciera la transición de elogiado comunicador científico a hombre mayor que le grita a las nubes, se me hace difícil entender por qué hay gente que sigue escuchando lo que dice”, escribía Eleanor Robertson,  columnista del diario The Guardian .

Martin Robbins, en un  artículo de The New Statesman , opinaba en el mismo sentido: “Dawkins sigue siendo una fuerza ponderosa en el ateísmo en estos momentos. Pero cada vez más a menudo sus declaraciones públicas recuerdan a la de un hombre desesperado por atencióny relevancia en medio de una comunidad [el ateísmo] que está madurando”.

Tom Chivers, en The Telegraph también reconocía que pese a admirar a Dawkins, era importante que se tranquilizara .

SORBO, SORPRENDIDO POR AGRESIVIDAD ATEA
 Precisamente sobre el nuevo ateísmo hablaba recientemente también el actor Kevin Sorbo, que en la película “God’s not dead” (Dios no está muerto) interpreta a un profesor universitario ateo , un personaje que recuerda a Richard Dawkins.

“Soy cristiano y tuve que interpretar a un ateo. Veo el enfado de estas personas [los ateos] en televisión y me digo: ‘¿wow, cómo alguien se enfada tanto con algo en lo que no cree?’”, explicaba Sorbo en una entrevista con el canal Access Hollywood.

“Es interesante que la gente dice que los estudiantes [en EEUU] no son perseguidos por su fe, pero la realidad es que sí ocurre. ¿Cuál es el problema? Vive y deja vivir. Si eres ateo, pues bien. Si eres agnóstico, podemos hablar”, añadía el actor.

Sobre la lucha de los grupos ateos y humanistas por eliminar celebraciones cristianas del calendario, uno de los temas de debate en EEUU, Soro añadía: “Es gracioso como consiguen que se retiren pesebres navideños porque eso les ofende, pero están ofendiéndose por algo en lo que no creen. Lo que ofende al 90 por ciento del país es que quiten pesebres navideños, pero aparentemente la mayoría ya no tiene una voz en este país [EEUU], así que… ¿qué le vamos a hacer?”.

La película “God’s not dead”, que trata de la lucha de un alumno cristiano por defender su fe ante un profesor ateo, consiguió recaudar 62 millones de dólares en taquillas de cine de EEUU (el coste de producción de la película fue sólo 2 millones).

Fuentes: The Guardian, The Telegraph, Christian Post, Christian Today, The New Statesman

Editado por: Protestante Digital 2014

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Marina Silva é candidata e já muda quadro eleitoral

Brasil poderá ter primeiro presidente evangélico

por Jarbas Aragão

  • gospelprime

 

Marina Silva é candidata e já muda quadro eleitoral
Marina Silva é candidata e já muda quadro eleitoral

O nome de Marina Silva foi confirmado neste sábado pela direção do PSB, restando agora a definição de quem será o(a) candidato(a) a vice.

Com isso, o Brasil terá oficialmente dois evangélicos postulando o cargo de presidente. Neste caso, tanto Everaldo Pereira (PSC) quanto Marina (PSB) são ligados à Assembleia de Deus, maior denominação do país. Ambos possuem reconhecimento institucional, ele é pastor e ela, missionária.

Ainda é cedo para dizer como isso será decisivo na corrida eleitoral deste ano, mas provoca uma mudança clara. Desde o início de 2014 as pesquisas indicavam a reeleição de Dilma, indo para o segundo turno com Aécio. Uma das últimas pesquisas divulgadas antes do acidente que matou Eduardo Campos indicavam a petista com 38%, o tucano com 23% e Campos com apenas 9%.

Mas segundo a revista Veja, o PSB já encomendou uma pesquisa telefônica com 30.000 pessoas. O resultado retoma o cenário do ano passado, Dilma Rousseff está em primeiro lugar, mas Marina surge em segundo, um pouco à frente de Aécio Neves. Seria um empate técnico, considerando-se a margem de erro. Num provável segundo turno, Marina ganharia de Dilma, embora também haja empate técnico.

O eleitorado evangélico seria suficiente para eleger um presidente? Segundo analistas, sim. Mas retoma-se a antiga questão: “Evangélico vota em evangélico?”

Consultado pelo UOL, o historiador Marco Antônio Villa, entre outros especialistas não acreditam nisso. “Acho que há uma avaliação exagerada desse apoio. É natural que os pastores afirmem ter enorme influência, afinal, querem que seu apoio político seja recompensado. Acredito que esse eleitorado tenha uma relativa independência”, explica Villa. “A representatividade dos evangélicos nas assembleias legislativas e na Câmara é muito menor do que o número de fiéis existentes no país”.

Para o historiador de religiões Leandro Seawright Alonso, “Existe uma tendência de os fiéis seguirem seus pastores em alguns setores. A escuta dos pastores pentecostais na periferia, por exemplo, é mais ampliada”. Mesmo assim, “ainda não há um voto evangélico em nível nacional que seja decisivo para as eleições presidenciais”. Com ou sem o apoio de todos os evangélicos, Marina volta a ter chances reais de se tornar a primeira presidente evangélica do Brasil desde a redemocratização.

Alguns políticos já se manifestaram sobre essa mudança de cenário que se desenha na corrida eleitoral. O senador Magno Malta(PR-ES) declarou a revista Época: “Nós já tínhamos gente dentro do segmento evangélico que estava com Eduardo (Campos) por causa de Marina. Isso certamente deve aumentar se ela for candidata… Ela rouba votos de Dilma, mas não de Aécio, que tem um eleitor cativo. Mas Aécio agora terá problemas para chegar ao segundo turno”.

Aliado do pastor Everaldo, Malta vê algumas restrições do segmento evangélico a Marina: “Existe uma série de questões importantes para os evangélicos sobre as quais ela não se posicionou abertamente”. Em 2010, Marina perdeu apoio de lideranças importantes como o pastor Silas Malafaia, que a acusou de “estar em cima do muro”, pois não se posicionou contra leis que segundo ele “ferem os princípios bíblicos”.

Quatro anos depois, Everaldo conseguiu o apoio de muitos líderes evangélicos influentes, mas tem apenas 3% das intenções de voto nas pesquisas.

Com o início da propaganda eleitoral gratuita na televisão, é provável que Dilma seja confrontada pelos adversários sobre sua posição contrária às chamadas “pauta religiosas”, prevê Villa. Entre elas estão aborto, casamento gay, legalização das drogas e defesa da família tradicional.