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Descoberta arqueológica reforça relato bíblico sobre Templo de Salomão

10/10/2014 – 14:08

Depósito de ossos de animais foi encontrado em Jerusalém

por Jarbas Aragão

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Descoberta arqueológica reforça relato bíblico sobre Templo de Salomão
Descoberta reforça relato bíblico sobre Templo de Salomão

Há séculos que os judeus tentam provar a existência do Templo de Salomão em Jerusalém. Para os cientistas, não há provas fora dos relatos do Antigo Testamento. Para os muçulmanos, que hoje controlam o local onde antes ficava o Templo, isso comprova que é apenas um “mito” judeu.

De fato, não existem provas arqueológicas suficientes para comprovar a existência de um rei chamado Salomão. Contudo, a revista científica Journal of Archaeological Science pode ajudar a mudar isso.

Alguns anos atrás, arqueólogos desenterraram um enorme aterro, nos arredores da antiga cidade murada de Jerusalém. Os processos de datação comprovam que são do início do reinado de Herodes, em 37 a.C., e da Grande Revolta, no ano 66.

Embora a maioria dos antigos depósitos de lixo da cidade tenham ossos de animais, foram encontrados nesta uma quantidade extraordinariamente grande para uma sociedade agrícola, disse um dos responsáveis pelo achado, Gideon Hartman, da Universidade de Connecticut.

“A carne não era consumida diariamente. Era algo obviamente guardado para eventos especiais”, disse Hartman ao site LiveScience. Além disso, a maioria dos animais eram jovens, sugerindo que foram criados para serem sacrificados.

A equipe de Hartman investigou cerca de 160 ossos de ovinos e caprinos encontrados no local com outras amostras de ossos da lixeira da cidade. Através de uma análise dos isótopos de nitrogênio e carbono no material, é possível comprovar que vieram de diferentes locais, pois tinham alimentações distintas.

O estudo descobriu que muitos desses animais vieram de regiões desérticas a centenas de quilômetros de Jerusalém, como Arábia e Transjordânia.  Tal informação é condizente com os relatos bíblicos das festas judaicas que ocorriam no Templo e atraíam judeus de todas as partes do Oriente Médio.

Essa descoberta reforça a noção de que Jerusalém era um centro de peregrinação constante.   “Durante a época do segundo templo existiam grandes quantidades de judeus ricos que viviam longe da terra de Israel”, disse Hartman. Essas pessoas sentiam-se obrigadas pela religião a sacrificar animais, algo que só poderia ser feito em Jerusalém.

Há diversos registros históricos mostrando que Jerusalém era uma metrópole, mas que carecia de recursos econômicos naturais.  Segundo o Talmude, antigo texto religioso judaico, o coração econômico da cidade era o Templo Sagrado, onde os animais eram sacrificados a Deus.

Multidões vinham para as festas na capital do reino. Algumas passagens do texto falam sobre sacerdotes andando em um “rio de sangue” desses animais, que ia até os joelhos. Existe relatos de 1,2 milhão de animais sendo abatidos em um único dia. O antigo historiador judeu Flávio Josefo também descreve uma enorme operação de abate. Ainda assim, os historiadores sempre questionaram se essas descrições eram reais ou apenas hipérboles religiosas.

Nos últimos anos, uma série de achados arqueológicos tem confirmado muitos dos relatos bíblicos.

Em abril, uma das pesquisas arqueológicas mais importantes de Israel revelou as ruínas da chamada “Cidade da Primavera”. O local, famoso quando Davi e seu filho Salomão eram reis de Israel, foi construída para salvar e proteger a água da cidade dos inimigos que tentavam dominá-la.

Agora, a descoberta desses ossos de animais é mais uma que fortalece entre os judeus a ideia de reconstrução do templo de Salomão, um antigo sonho dos ortodoxos. Ela é fortalecida toda vez que se mostra que os relatos bíblicos sobre ele são verdadeiros.

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Pastor chama arca do Templo de Salomão de “Arca da Ganância”

O objeto folheado a ouro teve uma entrada triunfal durante a cerimônia de inauguração do Templo de Salomão

por Leiliane Roberta Lopes

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Pastor chama arca do Templo de Salomão de “Arca da Ganância”
Pastor chama arca do Templo de Salomão de “Arca da Ganância”

O Templo de Salomão tem diversos símbolos judaicos, tanto dentro como fora do templo. Durante a inauguração, que aconteceu no dia 31 de julho, o símbolo de maior representatividade teve uma entrada triunfal.

A Arca da Aliança foi levada por seis homens vestidos de brancos e chamados de sacerdotes, que são bispos da Igreja Universal do Reino de Deus. Eles carregaram o objeto de ouro da igreja que a IURD mantém no bairro do Brás há mais de 20 anos até o templo novo, caminhando sob um tapete vermelho.

O pastor presbiteriano Leandro Lima comentou sobre o símbolo criticando o uso da Arca da Aliança e chamando a arca da Igreja Universal de a “Arca da Ganância”. “O objeto era o mais sagrado do antigo templo de Israel, representava a presença de Deus na Velha Aliança”, lembrou.

“Com a primeira destruição do templo no século 6 a.C., a arca se perdeu, talvez tenha sido levada para Babilônia e derretida. Só o Indiana Jones no cinema conseguiu encontrá-la”, ironizou o reverendo.

Para Lima o templo e os símbolos dele possuem apenas uma intenção: mercadológica. “Se chamei o templo do Macedo de ‘aberração’, preciso chamar essa arca de ‘abominação’ (Is 44.19). Sim, pois trata-se de um objeto da mais pura e terrível idolatria”, disse.

Um dos problemas encontrados pelo pastor é que as pessoas sem discernimento acreditarão que encontrarão ali o milagre e tem mais: “o grande problema é justamente abandonar o verdadeiro Cristo por objetos feitos por mãos”.

Leandro Lima falou também de Jeremias 3.16 que fala que o povo não se lembraria mais da Arca da Aliança, que não sentirão falta dela e quem farão outra.

Reverendo foi criticado por falar contra o Templo de Salomão

Dias antes de postar este texto sobre a Arca da Aliança, o pastor Leandro Lima escreveu em seu Facebook sobre o Templo de Salomão, afirmando que a obra é uma aberração no quesito teológico por recriar um templo que Deus queria destruído.

Sua postagem teve grande repercussão na rede social e ele recebeu muitas críticas, internautas que frequentam a Igreja Universal do Reino de Deus chegaram a dizer que o reverendo presbiteriano estava com inveja e que não poderia falar contra uma igreja para não ‘escandalizar’.

“Sobre ‘inveja’ não vou perder tempo respondendo. Sobre ‘escândalo’, creio que a acusação está invertida. Não sou eu quem está escandalizando os incrédulos. Segundo a Escritura, os desvios do verdadeiro Evangelho é que são ‘escândalos’”, respondeu o reverendo.

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Jean Wyllys usa a Bíblia para criticar Templo de Salomão

O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ), assumidamente homossexual e conhecido pela sua luta pela causa LGBT, está envolvido em uma verdadeira “batalha religiosa” nas redes sociais.

Ele postou críticas sobre a inauguração do maior espaço religioso do Brasil, o Templo de Salomão, construído pela Igreja Universal do Reino de Deus. Usando seu perfil do Facebook, escreveu: “Lendo atentamente esta matéria, só me veio, à mente, as palavras (sic) de Jesus, segundo o Evangelho de Mateus, que ouvi lá nos meus tempos de Pastoral da Juventude do meio popular: Está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração’; mas vocês estão fazendo dela um ‘covil de ladrões’” (Mateus, 21, 13)”.

Em poucas horas foram mais de 10 mil curtidas e cerca de dois mil compartilhamentos.  Como podia ser esperado, muitos concordavam e apoiavam a manifestação de Wyllys. Contudo, esse tipo de comentário gerou muitas críticas e até ameaças ao deputado. Várias pessoas que são evangélicas não gostaram do teor da postagem e reclamaram.

Em várias ocasiões, a assessoria do deputado redigiu respostas, que foram ríspidas ou carregadas de ironia. Uma delas dizia “Está incomodado com as palavras de Jesus? Vai chamar Jesus de ‘acéfalo dos infernos’?”, outra rebatia: “a palavra ladrão é usada por Jesus, segundo o evangelho. Jesus é um sujo falando do mal lavado?”.

Mais de uma pessoa manifestou-se dizendo que o deputado deveria ler mais a Bíblia, pois além de recriminar os vendilhões do templo, também condena a homossexualidade