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Lua pode conter tanta água quanto a Terra, revela estudo

26/05/2011 – 16h17

DA FRANCE PRESSE

A Lua poderia ter muito mais água do que o imaginado, talvez tanta quanto a Terra, uma descoberta que lança dúvidas sobre a formação do satélite, revela um estudo divulgado esta quinta-feira nos Estados Unidos.

Durante muito tempo acreditou-se que a Lua fosse um local seco e poeirento até que, há poucos anos, descobriu-se água pela primeira vez.

Agora, cientistas das universidades Case Western Reserve e Brown acreditam que no interior da Lua haja cem vezes mais água do que se pensava inicialmente.

France Presse

Amostra retirada da Lua; cientistas acreditam que interior da Lua haja cem vezes mais água do que se pensava

Amostra retirada da Lua; cientistas acreditam que interior da Lua haja cem vezes mais água do que se pensava

As descobertas foram feitas com o uso de um instrumento de precisão, chamado NanoSIMS 50L –um microanalisador de íons– para examinar o magma lunar ou pequenas quantidades de rocha derretida, coletada pela Apolo 17, a última missão americana à Lua, em 1972.

“Estas amostras são a melhor janela que temos para [calcular] a quantidade de água no interior da Lua”, disse James Van Orman, coautor do estudo e professor de ciências geológicas do Case Western.

“O interior parece ser bastante similar no interior da Terra, razão pela qual sabemos sobre a abundância de água”, acrescentou.

As descobertas foram publicadas na edição de 26 de maio da “Science Express”.

A mesma equipe publicou um trabalho na “Nature” em 2008, descrevendo a primeira evidência da presença de água nos cristais vulcânicos trazidos pelas missões Apolo.

“O essencial é que em 2008 dissemos que o conteúdo primitivo de água no magma lunar deveria ser similar à água contida na lava proveniente da drenagem do manto superior da Terra”, disse outro coautor do estudo, Alberto Saal. “Agora, provamos que este é o caso”, acrescentou.

Enquanto as descobertas corroboram a teoria longamente sustentada de que a Lua e a Terra têm origens comuns, também lançam dúvidas sobre a crença de que a Lua pode ter se formado após um desprendimento da Terra, perdendo boa parte de sua umidade neste processo de alta temperatura.

Segundo esta teoria, de “enorme impacto” nos anos 1970, a Lua se formou depois que o nosso planeta colidiu com uma rocha espacial ou planeta 4,5 bilhões de anos atrás.

“Esta nova pesquisa revela que aspectos desta teoria devem ser reavaliados”, destacou o estudo.

As descobertas também levantam interrogações sobre as teorias que afirmam que o gelo encontrado nas crateras dos polos lunares pode ser resultante do impacto de meteoros, sugerindo que parte do mesmo pode ter provindo da erupção de magmas lunares.

A Nasa (agência espacial americana) anunciou, em 2009, que duas naves enviadas à Lua para colidir com a superfície do satélite descobriram pela primeira vez água congelada, uma revelação considerada um enorme passo adiante na exploração espacial.

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Ciência Estudos

Explorar centro da Terra já é viável

Em artigo na ”Nature”, cientistas europeus afirmam que tecnologia desenvolvida pela indústria petrolífera permite perfurar crosta até o manto

Giovanna Montemurro – estadão.com.br

SÃO PAULO – É possível fazer uma viagem ao centro da Terra ou, ao menos, ao seu início. É o que afirma um grupo de cientistas em artigo publicado na revista Nature. Segundo eles, as tecnologias existentes já são suficientes para perfurar a crosta terrestre até a camada inferior, o manto – que representa 68% da massa da Terra e permanece inexplorado. O objetivo é entender melhor a estrutura da Terra, a ocorrência de terremotos e aprimorar a exploração mineral.

Os cientistas propõem, na prática, a retomada da primeira expedição para perfuração científica no oceano, que ocorreu há 50 anos, em abril de 1961, chamada Projeto Mohole. Embora não tenha sido bem-sucedida em seu objetivo de atravessar toda a camada rochosa que forma a crosta, essa expedição conseguiu, com os dois quilômetros perfurados a partir do subsolo em alto-mar, desenvolver a tecnologia que hoje ajuda as petrolíferas a explorarem campos de petróleo como o da camada de pré-sal de Tupi, na Bacia de Santos.

Segundo Benoit Ildefonse, da Universidade de Montpellier II, da França, um dos autores do artigo juntamente com Damon Teagle, da Universidade de Southampton, da Grã-Bretanha, “graças às companhias de petróleo, agora temos a tecnologia para perfurar a distância necessária para chegar ao manto”.

O objetivo agora é ultrapassar o marco de 2.111m – máximo que já se conseguiu chegar até hoje – e perfurar os seis quilômetros necessários para atravessar toda a crosta em seu ponto mais fino, abrindo um buraco de 40 centímetros que poderá ficar aberto por muitos anos.

O melhor ponto de escavação deve ter a menor espessura de crosta possível. No entanto, nesses pontos com a chamada “alta taxa de espalhamento” a crosta ainda está muito quente, pois sua formação é recente, o que dificulta a perfuração. Dessa forma, de acordo com Ildefonse, eles conseguiram limitar as possíveis locações a três áreas – costa do Havaí, da Baixa Califórnia e da Costa Rica, todas no Pacífico -, onde a espessura é a mais fina possível e a temperatura da placa, suficientemente fria.

Compreensão. “Com essa análise direta a partir dos resultados da perfuração, nós poderemos calibrar nossos dados indiretos e saber exatamente onde está o limite crosta/manto, fabricando um melhor modelo de Terra”, afirma Ricardo Trindade, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). “É justo dizer que em muitos aspectos conhecemos mais sobre espaço do que sobre o nosso próprio planeta.”

Segundo Ildefonse, saber mais sobre o manto poderá ser valioso para a compreensão dos terremotos, momento de convergência das placas tectônicas, formação das placas no oceano e sua participação no ciclo químico do planeta – incluindo o ciclo do carbono.

George Sand, do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), afirma que a “pesquisa terá um impacto enorme sobre a exploração mineral”. Segundo ele, a perfuração poderá encontrar novas jazidas, além de ajudar na tecnologia de exploração.

No entanto, mesmo com a avançada tecnologia petrolífera que levou ao desenvolvimento do navio Chikyu, que será usado para a perfuração, ainda assim serão necessários pelo menos 10 anos de pesquisas antes do início dos trabalhos. Isso porque parte da tecnologia terá de ser adaptada para a enorme pressão e temperatura que os aparelhos encontrarão em maiores profundidades.

Além disso é necessário garantir o financiamento. “Dependemos muito da vontade política pois a quantidade de dinheiro necessária para esse projeto é muito grande”, diz Ildefonse, lembrando que o Brasil já fez parte dos países que financiaram o projeto durante a década de 1980.

Entenda: Petrolíferas chegam a 12 km

As empresas petrolíferas já conseguem perfurar enormes profundidades para chegar às reservas de óleo e gás. Segundo Kazuo Nishimoto, do Departamento de Arquitetura Naval e Engenharia Oceanográfica da USP, a perfuração mais profunda desse tipo foi de 12km.

No entanto, esse tipo de perfuração é diferente daquela que o Projeto Mohole pretende fazer. Isso porque, embora escavem grandes distâncias, as companhias estão perfurando apenas sedimentos, que têm menor resistência e baixas temperaturas, apresentando um menor desafio técnico para os equipamentos de perfuração. Essa maior camada de sedimentos é característica das regiões costeiras e de alguns outros pontos do relevo oceânico.

Além disso, as companhias de petróleo perfuram a uma profundidade do chamado espelho d’água de cerca de 2km. As regiões que o Projeto Mohole pretende explorar estão a 4km de profundidade, aumentando a pressão sobre o equipamento de escavação e gerando a necessidade de tubulações mais longas e resistentes que ainda não foram desenvolvidos, segundo Ildefonse.

Sendo assim, o projeto busca regiões específicas onde o acúmulo de sedimentos é menor e a crosta mais fina, perfurando praticamente apenas o chamado embasamento, rocha dura que forma a crosta. Nesta camada, o mais longe que já se conseguiu perfurar foram 2.111 m.

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Planeta similar à Terra é descoberto e tem potencial para conter vida

 

Detecção foi feita por equipe de astrônomos norte-americanos.
Astro está localizado a 20 anos-luz de distância do Sol.

Do G1, com agências internacionais

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Um astro com apenas três vezes a massa da Terra foi detectado a 20 anos-luz, orbitando uma estrela da constelação de Libra conhecida como Gliese 581, uma anã vermelha. Astrônomos da Universidade da Califórnia e da Carnegie Institution de Washington afirmam que o planeta é o primeiro a apresentar potencial real para conter vida.

A descoberta foi divulgada nesta quarta-feira (29) pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos. O astro, chamado Gliese 581g, fica em uma região na qual os astrônomos julgam que um planeta pode apresentar água líquida para formar oceanos, rios e lagos. No local, a distância da estrela permitiria um ambiente com clima ameno, nem tão frio, nem tão quente.

Terra similarA ilustração mostra um formato possível para o exoplaneta que orbita a estrela Gliese 581, a apenas 20 anos-luz de distância da Terra. (Crédito: AP / Zina Deretsky / National Foundation of Science)

A órbita do planeta ao redor da estrela Gliese 581 dura pouco mais de um mês terrestre, com as possíveis estações de ano durando apenas dias.

Não é o primeiro planeta a ser descoberto na "zona habitável" da estrela. Em 2007, um outro exoplaneta, localizado próximo a mesma estrela, foi catalogado, também com potencial para ser conter vida.