Elas ficam localizadas nas aldeias cristãs na Planície de Nínive, sendo que em torno de 700 dessas habitações estão totalmente destruídas.
O Estado Islâmico tem espalhado o terror em muitos países, e não é diferente no Iraque. Já são aproximadamente 12 mil casas danificadas pelo grupo. Elas ficam localizadas nas aldeias cristãs na Planície de Nínive, sendo que em torno de 700 dessas habitações estão totalmente destruídas. Estas informações foram obtidas por meio de um estudo realizado pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), em pesquisa com refugiados iraquianos.
De acordo com a AIS, 57% dos entrevistados relataram que as suas propriedades foram saqueadas, e 22% garantiram que as suas casas foram destruídas. 25% dos cristãos entrevistados tiveram seus documentos de identificação roubados pelos jihadistas.
Na pesquisa, ficou constatado que 41% dos refugiados desejam voltar para suas casas assim que for possível, contra 46% que não afirmaram essa certeza, mas avaliarão tal possibilidade.
No momento, estima-se que cerca de 90 mil cristãos provenientes da Planície de Nínive, expulsos desde agosto de 2014, estão vivendo na cidade de Erbil, Curdistão Iraquiano. A fundação AIS fornece apoio total com ajuda humanitária a cerca de 12 mil famílias.
A AIS informou, em comunicado enviado à Renascença, que está se colocando a disposição na reconstrução de aldeias e povoados da Planície, para que então, os cristãos possam regressar aos seus lares de origem.
Após a ofensiva do EI em toda região à volta da cidade de Mossul, incluindo a Planície de Nínive no Verão de 2014, os militantes do grupo terrorista estão agora prestes a serem derrotados pelas forças armadas do Iraque naquela cidade. Os territórios tradicionalmente cristãos da região estão assim novamente livres, mas muitos cristãos têm receio de retornar às suas casas ou, então, não retornam pois suas casas estão destruídas.
Guerra une cristãos de denominações distintas
No final de outubro de 2016, na região de Mosul, destruída pela guerra, cristãos se reuniram para orar enquanto foguetes continuavam a cair. Com o Estado Islâmico a menos de 100 km de distância, eles louvaram, choraram e adoraram a Deus. Pessoas de várias denominações – católicos, ortodoxos e evangélicos – deixaram as diferenças de lado para se unir num clamor pela paz.
O grupo foi liderado por uma equipe da Burn 24-7, missão norte-americana conhecida pelo ministério de intercessão. Liderados por Seun Feucht e sua esposa Kate, eles enviam equipes para várias partes do mundo que compartilham o amor de Jesus através do louvor. O nome remete ao compromisso de “queimar” [burn] diante do altar sem parar “24-7” [24 horas por dia/ 7 dias por semana].
A missionária Kelsie, que trabalha com a Burn 24-7 no Curdistão explica: “Nossa paixão é chamar cristãos de diferentes origens e denominações, para se unirem e passarem tempo juntos, adorando e exaltando Deus em sua cidade”. Ao mesmo tempo, “temos equipes saindo para evangelizar, compartilhar o amor de Jesus e orar pela cura dos doentes”, disse ela ao Christian Today.