A dançarina se apegou à religião após perder o posto de Globeleza que ocupou por quase 15 anos
por Leiliane Roberta Lopes – gospelprime
Através da Bíblia, me apaixonei por Jesus, diz Valéria Valenssa
Valéria Valenssa não é mais a Globeleza desde 2005 quando foi substituída na Globo, mas mesmo assim ainda é lembrada durante o período de Carnaval. Sua saída da emissora carioca gerou grande tristeza para a modelo que se apegou à religião para enfrentar a depressão.
“Sabe quando você conhece alguém e quer sair com a pessoa o tempo todo? Foi assim. Através da palavra da Bíblia, me apaixonei por esse Jesus”, disse ela em entrevista.
Valenssa vai lançar um livro contando sua história, inclusive a forma como foi dispensada do posto que ocupou por mais de uma década.
“Eles disseram assim: ‘Valéria, queremos te dispensar porque o Brasil tem muitas mulheres bonitas. Vamos te substituir’”, relembra ela que é casada com o designer alemão Hans Donner, que ainda trabalha na Globo.
Aos 43 anos Valéria não sente vontade de voltar a desfilar no Carnaval. “Pendurei as sandálias”, disse ela que durante o feriado viaja e não assiste os desfiles pela TV. “É bom manter a saudade”.
A trajetória da dançarina será contada no livro “Valéria Valenssa. Uma Vida de Sonhos” que será lançado pela Editora Tinta Negra no dia 10 de fevereiro, obra assinada pelas jornalistas Laura Bergallo e Josiane Duarte.Com informações Folha de SP
Após o choque o veículo foi arrastado por uns 50 metros pelo trem
por Leiliane Roberta Lopes – gospelprime.com
Pastor sai ileso ao ter carro arrastado por trem
Na madrugada da segunda-feira (12) um acidente surpreendeu os moradores de Brumado, no sudoeste da Bahia, quando um carro foi atingido por um trem na Vila Catiboaba e o motorista saiu ileso.
No volante estava o pastor evangélico João Cláudio Souza que não é da região e não conhecia a existência de uma linha férrea na rua.
“Sou novo na Bahia, moro em São Timoteio, distrito de Livramento de Nossa Senhora. Estava voltando de Rio do Antônio e, como era noite e não tem nenhuma placa indicando linha férrea, entrei para fazer a rotatória e o trem me pegou”, disse o homem.
A polícia esteve no local e o pastor ainda gravou um vídeo glorificando a Deus pelo livramento, após a colisão o veículo foi arrastado por mais de 50 metros e o condutor teve apenas um arranhão no dedo direito.
“Foi muito rápido. No momento do acidente, só ouvi o barulho da batida e a lataria do carro veio para cima de mim. Foi aí que eu clamei pelo senhor Jesus e o trem parou. Por glória de Deus estou intacto, só cortei o dedo. Tive um grande livramento do senhor”, afirma.
O trem transportava 36 vagões que estavam vazios, a Ferrovia Centro-Atlântica é a responsável pela administração do transporte e afirmou que o local estava sinalizado pedindo a parada obrigatória dos veículos.
Ainda segundo a empresa o “maquinista do trem executou todos os procedimentos recomendados ao aproximar do cruzamento, acionando a buzina e os faróis da locomotiva para alertar sobre a passagem da composição”.
O maquinista avistou o carro na linha, mas não teve tempo suficiente para parar. “Ao avistar o carro na linha férrea, o profissional acionou os freios de emergência, mas não houve tempo hábil para parar. Devido ao seu peso, após acionamento dos freios, um trem pode percorrer até um quilômetro antes de parar completamente”, disse a empresa.
Na volta à Terra, enfrentei alcoolismo e depressão. Sou espiritual, mas não sou mais a mesma pessoa que fez uma cerimônia religiosa em solo lunar para agradecer pelo sucesso da missão Apolo 11
EM DEPOIMENTO A TIAGO MALI –
Revista Época
Lua, 20 de julho de 1969
Três meses antes de embarcar rumo à Lua, ocorreu-me uma ideia. Pensei que, se realmente pousássemos lá, havia uma chance razoável de não conseguirmos voltar à Terra em segurança. O que aquilo representava para a humanidade, o grande passo tecnológico, como descreveu Neil (Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua), estava claro. Mas senti que, se chegássemos lá, faltaria também fazer algo simbólico para que mostrássemos quanto éramos gratos por ter atingido o objetivo. Tinha de ser um símbolo que pudesse ser compreendido por todo mundo. Fiquei um tempo pensando. Cheguei à conclusão de que a comunhão poderia ser esse símbolo de gratidão, que seria reconhecido por católicos, protestantes e, de alguma forma, também por judeus.
Fui criado numa escola religiosa. Frequentava os cultos de uma congregação presbiteriana, a religião de meus pais. Me envolvi com a igreja e fazia leituras nos cultos de domingo de diferentes passagens daBíblia. Tornei-me um presbítero na Igreja Presbiteriana Webster, no Texas. O pastor era um bom amigo. O filho dele e o meu costumavam jogar futebol (americano) juntos. Ficamos um bom tempo pensando no símbolo ideal até chegar à ideia da comunhão. Faltava saber se era permitido que eu administrasse a cerimônia. O pastor me ajudou a arranjar uma permissão da congregação para que eu pudesse conduzir um rito privado fora da Terra e me arrumou um pequeno cálice, o vinho e o pão (o cálice ainda é guardado na Igreja Presbiteriana Webster, onde os fiéis celebram, todos os anos, o “domingo da comunhão lunar”). Levei os objetos para a nave em minha cota de pertences pessoais. E, claro, avisei a agência espacial que pretendia comungar lá em cima.
A Nasa me instruiu a não anunciar a comunhão pela transmissão do rádio no momento em que pousasse na Lua. Isso, eu sabia, poderia acarretar problemas para eles. Numa missão anterior, a Apolo 8, o governo já fora bastante criticado após um dos astronautas ter lido o livro de Gênesis na véspera do Natal de 1968. A Nasa não queria mais ser acusada de misturar ciência e religião.
Depois de pousarmos no solo lunar, ainda dentro do módulo, desliguei meu rádio (antes, pedi que cada um que ouvia a transmissão agradecesse, de sua forma particular, pelos sucessos da missão nas horas anteriores). Li, naquele momento, citações da Bíblia. Peguei, de um plástico, o pequeno cálice, e, de um recipiente, o vinho. Com um sexto da gravidade da Terra, o vinho se comportava de maneira diferente. Foi lentamente fazendo círculos dentro da taça. Fiz assim o ritual de comunhão para mim, com Neil me observando.
Na volta, poucos sabiam do ocorrido. Apenas gente da igreja e a Nasa. Demorei mais de um ano para descrever publicamente o que acontecera lá. À medida que o tempo passou, uma série de reveses me levou ao alcoolismo e à depressão. (Um ano antes da viagem épica, a mãe de Aldrin se suicidara. Logo depois de ele voltar à Terra, terminou um casamento de 21 anos, depois ingressou em outro matrimônio, que acabou rapidamente. Aldrin já afirmou que esses acontecimentos, somados a um retorno infeliz ao trabalho numa escola de pilotos, o levaram ao alcoolismo.) Minha recuperação da depressão me aproximou de gente que tinha uma visão mais aberta sobre divindades ou sobre um poder superior, sem categorizar uma religião específica. Pensar dessa forma sobre um ser superior ajuda na recuperação, porque remove o pensamento egoísta que impele ao álcool para lidar com os problemas cotidianos. Se, antes, era muito ligado a uma igreja, passei a enxergar a religiosidade de uma maneira mais ampla.
Esse entendimento se juntou à leitura que comecei a fazer de cientistas, como Albert Einstein e Stephen Hawking. A maneira como eles descreveram a formação do Universo e a evolução da vida até aqui nos leva a entender a espiritualidade de uma forma mais universal, sem recorrer à clássica divisão de religiões. Sou um homem da ciência, mas me considero hoje uma pessoa espiritual, sem me filiar a nenhuma religião específica. Tenho um entendimento que abarca essas tradições, mais no sentido de aceitar uma divindade universal. Depois de voltar da Lua, fui bastante requisitado e viajei para muitos lugares. Conheci muitas outras filosofias, li muitas outras coisas que me deram um outro entendimento do mundo. Hoje, não sou mais o mesmo homem que decidiu que a melhor forma de mostrarmos gratidão pelo sucesso da missão era organizar uma comunhão ainda em solo lunar. Minha espiritualidade mudou.