Nas urnas aparece o símbolo do profeta Jonas que, segundo a Bíblia, ficou três dias no estômago de um peixe até ser cuspido na praia.
Nas urnas aparece o símbolo do profeta Jonas que, segundo a Bíblia, ficou três dias no estômago de um peixe até ser cuspido na praia. É um símbolo da ressurreição.
Em todo mundo, a Sexta-Feira da Paixão é um dia de reflexão, de orações. Na Terra Santa, é dia também de polêmica, porque dois arqueólogos acabam de fazer uma revelação. Eles acreditam ter encontrado a tumba onde estariam enterrados os primeiros cristãos.
Flores crescem no jardim. No local, não há templos nem altares, apenas edifícios de um bairro de classe média em Jerusalém, mas um mistério ronda esse lugar. O cineasta canadense Simcha Jacobovici e o professor James Tabor, chefe do Departamento de Estudos Religiosos, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, acreditam ter encontrado lá uma série de urnas mortuárias com os primeiros sinais sobre a ressurreição de Cristo.
As tumbas foram encontradas três metros abaixo do solo em 1981, durante a construção de edifícios nesse terreno. Mas as autoridades israelenses colocaram um lacre de concreto para que ninguém entre lá embaixo, porque na religião judaica é considerado falta de respeito mexer em uma tumba que ainda tem restos mortais dentro dela.
Eles contam que usaram câmeras e robôs para filmar as sepulturas e dizem que a somente 60 metros das tumbas aparecem os nomes de Jesus filho de José e de Maria, descobertas 30 anos atrás. E agora encontraram outra, contendendo várias urnas e revelações surpreendentes.
Nas urnas aparece o símbolo do profeta Jonas que, segundo a Bíblia, ficou três dias no estômago de um peixe até ser cuspido na praia. É um símbolo da ressurreição.
Para a maioria das igrejas cristãs, Jesus foi enterrado no lugar onde há 1.700 anos existe a Basílica do Santo Sepulcro. Igrejas evangélicas acreditam que Jesus pode ter sido enterrado no lugar conhecido como o Jardim da Tumba, em Jerusalém Oriental.
Mas os pesquisadores desconfiam que a história pode ter sido diferente. “Em uma urna estão os nomes de Jesus filho de José e Maria. Na outra ao lado, está o sinal de Jonas. Então, acho que a conexão é muito forte. Não temos registro de judeus usando o sinal de Jonas e celebrando a ressurreição dos mortos”, diz o professor Tabor, para quem a descoberta indica que Jesus pode ter sido enterrado ali.
A tese é contestada por outros arqueólogos e especialistas. Uma mulher, que mora na vizinhança, diz que em Israel todos estão acostumados as polêmicas sobre arqueologia. “Podemos dizer que essa questão não foi resolvida ainda. Aliás, como quase tudo por aqui”, brinca.