Dr. Zenóbio Fonseca
Candidatos estão virando madre ou padre para convencer os cristãos.
Estamos vivendo um fenômeno eleitoral jamais visto numa eleição presidencial, onde os votos dos cristãos são disputados em todos os rincões do Brasil, e o motivo principal foi que uma “agenda de valores” tomou conta da pauta de discussão do rumo da nação.
Esse fato deve-se a melhoria do padrão de vida das pessoas carentes, onde a discussão principal era sobre condições basilares de sobrevivência, mas o amadurecimento da democracia tem gerado nos cidadãos a preocupação de discussões de valores inerentes á sua fé, que é guiada por princípios e dogmas, tal como aborto, ensino religioso ou “casamentos” de homossexuais.
Nesse caminho, acharam, como em outras eleições, que era possível ignorar a força numérica, eleitoral e demográfica da religião no Brasil, onde em sua grande maioria está estampado o vínculo cristão, e, em particular, a defesa da vida desde a concepção.
Daí, toda a gritaria na imprensa escrita e falada sobre o tema do aborto, pois nos últimos anos alguns grupos defendiam políticas públicas de descriminalização do aborto, ou seja, tornar o aborto (interrupção da gravidez) não punível pelo Estado, bem como instituir o chamado “direito de escolha” pelas mulheres, onde a mulher grávida poderia escolher livremente realizar o aborto e livrar-se do fruto do seu ventre.
Entretanto “esqueceram-se de combinar” com os cristãos que esse assunto não seria decisivo para eleger o próximo presidente.
O grande momento que estamos vivendo está fundamentado no princípio bíblico de conhecer a verdade e a verdade trazer libertação. As informações dos blogs e sites cristãos e vídeos temáticos postados no site YouTue inauguraram a “chamada onda crente” dos votos (e não onda verde como alguns afirmavam), onde os evangélicos descobriram a importância do voto consciente fundamentados em valores e dogmas de fé e cidadania. Tal fato fez a diferença, levando as eleições para o atual segundo turno de discussão.
Isso é tão cristalino que os atuais candidatos a presidente buscam os votos dos evangélicos e católicos, porque esse segmento está decidindo a eleição presidencial. O mais triste disso tudo é ver que tem candidato mudando de discurso tornando-se quase uma freira ou padre, para dizer que são cristãos desde que nasceram. De igual forma, alguns líderes seguem o mesmo caminho.
Uma coisa é certa: DEUS entrou nessas eleições presidenciais, ouviu a orações de muitos que não se curvaram ao sistema do poder temporal e os votos de cabresto estão com os dias contados dentro do segmento evangélico. Viva a informação e a autonomia do voto cristão.
Publicado no Jornal Unidade