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“Putin é cercado por pessoas demoníacas”, diz missionário que vive na Ucrânia

Após fugir para o interior e encontrar um local seguro, o missionário brasileiro fez uma transmissão ao vivo para dar detalhes sobre a invasão russa.
FONTE: GUIAME, CRIS BELONI
Missionário batista Anatoliy Shmilikhovskyy. (Foto: Captura de tela/Facebook Anatoliy Shmilikhovskyy)
Missionário batista Anatoliy Shmilikhovskyy. (Foto: Captura de tela/Facebook Anatoliy Shmilikhovskyy)

O missionário e pastor batista que vive na Ucrânia, Anatoliy Shmilikhovskyy, continua dando notícias sobre a guerra que acontece por lá e disse, no sábado (26), numa transmissão ao vivo em seu Facebook, que “as orações da Igreja fazem a diferença”.

“Eu trago notícias boas e ruins. A notícia boa é que estamos vivos e estamos bem”, disse e logo após começou a relatar sobre tudo o que os ucranianos estão enfrentando desde o início da invasão russa.

“Putin é cercado por pessoas demoníacas. Ao redor dele há shamãs, como costumamos chamar essas pessoas por aqui. Eles gostam muito de números”, disse.

“A guerra na Geórgia começou em 08.08.08 e na Ucrânia em 22.02.22. Para eles, isso significa muita coisa. Então, entendemos que para Mr. Putin é uma coisa espiritual. O que está no coração dele é algo espiritual”, revelou.

“Devemos batalhar com armas espirituais”

“Mas, nós crentes sabemos que, contra as armas espirituais do maligno, também devemos batalhar com armas espirituais. Por isso, a oração é um dos momentos mais poderosos”, explicou.

Ele contou que sua filha mais nova está orando pelo Putin. “Ela está pedindo para que o coração dele seja bom. Nós entendemos a oração da criança. Para nós, isso parece impossível, mas o que é impossível para Deus?”, questionou.

Sobre a guerra, Anatoliy disse que ninguém é preparado para isso no seminário. “Guerra é guerra e nós estamos numa guerra aqui, bem no meio da Europa. O exército ucraniano está batalhando e defendendo o seu país. A Ucrânia não ataca, a Ucrânia se defende”, disse ainda.

Sobre as mortes de soldados e civis

“Ouvimos uma informação oficial de que, somente hoje, o exército russo perdeu mil soldados. Por um lado, eu devo confessar que até fico contente, mas eu sei que mil famílias perderam seus filhos, mil mães terão sofrimento dentro de sua casa”, ponderou.

Há mortes também aqui na Ucrânia. Pela manhã, um míssil caiu num orfanato perto de Kiev, onde havia 50 crianças. Aí, eu acho que já passou de todos os limites”, disse ao se referir ao absurdo de colocar crianças em risco em meio à guerra.

“O nosso presidente Zelensky está pedindo à OTAN que nos dê cobertura contra os mísseis e eles estão decidindo ainda se vão ou não dar. Porque, se for uma batalha somente por terra, sem mísseis, a Ucrânia vai ganhar”, ele acredita.

“Nunca vi tantos ucranianos orando como agora”

“Às vezes, não entendemos por que Deus nos permite passar por esses momentos, mas, eu nunca vi tantos ucranianos orando como estão orando agora. Nunca vi na minha vida”, compartilhou.

Depois citou o apoio recebido do Brasil, Estados Unidos, Europa, Polônia, Alemanha, Chile, e muitos outros lugares. O missionário agradeceu e pediu para que todos continuem orando.

“Nós não queríamos falar de guerra e batalha, pois nosso papel é propagar o Reino de Deus”, lamentou, mas mostrou que esse é o contexto que a Igreja na Ucrânia está vivendo.

No momento em que gravou o vídeo, ele disse que estava num lugar seguro, no interior, após conseguir fugir da cidade de Lviv, uma das primeiras a ser atacada por soldados russos.

“A gente não quer mortes e não quer que o exército russo também sofra. A gente quer paz. Por favor, irmãos, orem por nós. Estamos vendo que quando a Igreja se mobiliza faz a diferença”, concluiu.

Assista:

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O que a Bíblia diz sobre a batalha de “Gogue e Magogue” e quando ela vai acontecer?

Escatologia — Fim dos Tempos.
FONTE: GUIAME, CRIS BELONI
Batalha final. (Foto: Flickr / Kmargo1)
Batalha final. (Foto: Flickr / Kmargo1)

“Quando terminarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. Seu número é como a areia do mar.” (Ap 20.7-8)

Sobre o nome Magogue

Magogue — biblicamente falando, era filho de Jafé e neto de Noé.

“Estes foram os filhos de Jafé: Gômer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tirás.” (Gênesis 10.2)

Seus descendentes se estabeleceram no extremo norte e, depois disso, o nome “Magogue” se tornou o nome daquela terra. Então, Magogue deu origem a um ou mais povos.

Gogue — foi um príncipe rebelde da terra de Magogue, que liderou um exército para atacar o povo de Deus.

Mas, no livro de Ezequiel, Gogue e Magogue são nomes “simbólicos” dados às nações que se rebelam contra Deus e são hostis ao seu povo. Veja o que diz a profecia:

“Veio a mim esta palavra do Senhor: Filho do homem, vire o rosto contra Gogue, da terra de Magogue, o príncipe maior de Meseque e de Tubal; profetize contra ele e diga: Assim diz o Soberano Senhor: Estou contra você, ó Gogue, príncipe maior de Meseque e de Tubal.” (Ezequiel 38.1-3)

“Quando Gogue atacar Israel, será despertado o meu furor…” (Ezequiel 38.18)

Perceba que existe uma conexão entre as profecias apresentadas nos livros de Ezequiel e Apocalipse. Lembrando que Ezequiel foi escrito por volta de 590 a.C. e Apocalipse, aproximadamente, em 95 d.C. Na estrutura dos textos apresentados há uma referência a uma guerra contra o povo de Israel.

Diáspora e a Lei do Retorno

Veja ainda que no capítulo 39 do livro de Ezequiel, diz que o povo de Israel viveu arrasado e espalhado por muitas nações, mas que se recupera das guerras e é reunido novamente.

“Então eles saberão que eu sou o Senhor, o seu Deus, pois, embora os tenha enviado para o exílio entre as nações, eu os reunirei em sua própria terra, sem deixar um único deles para trás.” (Ezequiel 39.28)

E o que vemos através da história? Que os judeus realmente estão retornando para Israel em número cada vez maior e por vários motivos: antissemitismo, crise econômica, ideologia religiosa, sionismo e, mais recentemente, pela pandemia por Covid-19.

Desde 2020, o processo de imigração de judeus acelerou muito. Segundo dados oficiais do Parlamento Israelense, só em maio de 2021 foram abertos cerca de 700 casos, contra 130 no mesmo mês de 2019. Isso porque qualquer judeu, assim como filhos ou netos, pode se beneficiar da “Lei do Retorno” e obter automaticamente a cidadania israelense. A ministra da Imigração, Pnina Tamano-Shata, previa a chegada de 90 mil judeus só em 2020.

Mais atualmente, com a invasão russa à Ucrânia, é de se esperar que mais judeus desembarquem em Israel, fugindo do caos e da violência por parte dos soldados russos.

Conforme o Correio Braziliense, cerca de 100 mil judeus vivem na Ucrânia hoje, de acordo com Yael Branovsky, porta-voz da Sociedade Internacional de Cristãos e Judeus em Jerusalém.

A pedido de Israel, cerca de 4 mil israelenses que vivem no país já se registraram na embaixada em Kiev desde o final de janeiro de 2022, segundo o porta-voz do ministério, Lior Haiat.

Paz em Israel

No tempo em que todo Israel estiver vivendo em paz, segurança e prosperidade em seu próprio território, então, conforme a profecia bíblica, será atacado numa batalha que a Bíblia chama de Gogue e Magogue.

Em seguida, haverá um grande terremoto e várias catástrofes naturais, acontecimentos vistos como “julgamentos de Deus”. O capítulo 39 de Ezequiel diz ainda que Israel sairá vencedor, que sua terra será purificada e que as nações verão a glória de Deus.

Gogue e Magogue: uma guerra real ou espiritual?

Possivelmente, uma coalizão — união entre nações que têm o mesmo objetivo. Trata-se de uma profecia que indica pessoas reais, já que por trás das nações existem governantes.

Batalha final. (Foto: Flickr / Kmargo1)

Logo, concluímos que não se trata apenas de um movimento espiritual maligno. No livro “Ezequiel — Introdução e Comentário” da Série Cultura Bíblica, página 218, o autor John Taylor comenta que “o nome é menos relevante do que aquilo que simboliza, a saber: o cabeça personificado das forças do mal que intentam a destruição do povo de Deus.

Na Bíblia de Estudo NVI, nos comentários da página 1432, diz que “a restauração futura de Israel como reino da casa de Davi, sofrerá resistência por parte de uma coligação maciça das potências mundiais, com o intuito de destruir o reino de Deus”.  Mas esse intento vai terminar com o triste cenário de “cadáveres espalhados pelos campos da terra prometida”.

Também é possível que o nome Gogue tenha sido utilizado para indicar os povos descendentes de Jafé. Vale a pena observar que Meseque e Tubal, citados na profecia, também foram filhos de Jafé.

Entre a simbologia e a literalidade

“Nos montes de Israel você cairá, você e todas as suas tropas e as nações que estiverem com você. Eu darei você como comida a todo tipo de ave que come carniça e aos animais do campo.” (Ezequiel 39.4)

Quando a Bíblia diz que “aves comem cadáveres” possivelmente está se referindo a pessoas de carne e osso, já que as aves não devoram espíritos. Então, possivelmente, Gogue e Magogue será uma guerra no mundo real.

“Naquele dia darei a Gogue um túmulo em Israel.” (Ezequiel 39.11)

Espíritos também não são enterrados. Então, a conclusão mais lógica é a de que não se trata apenas de criaturas espirituais. Mas, é claro, que por trás de todas essas nações haverá um líder espiritual, que é o próprio satanás.

Mas o povo de Deus sempre será protegido. Veja:

“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não está no pecado; aquele que nasceu de Deus protege, e o Maligno não o atinge. Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do Maligno.” (1 João 5.18-19)

É possível identificar as nações que se reunirão contra Israel?

Todo cuidado é pouco na interpretação das profecias apocalípticas. O professor Luiz Sayão alerta sobre as dificuldades de interpretar textos que são proféticos e apocalípticos ao mesmo tempo. Embora o cenário aponte para uma batalha física, há uma série de simbolismos presentes.

Talvez não seja adequado buscar as nações da antiguidade na geografia do Oriente Médio atual. Aliás, conforme Sayão “os povos que habitam aquela região, em grande parte, não são os povos da antiguidade”.

Ele cita como exemplo a Síria. “Os sírios de hoje são árabes, e os sírios de antigamente eram arameus”. O teólogo esclarece que as conexões geográficas não se encaixam nas profecias em questão, já que o cenário atual envolve povos diferenciados.

É possível identificar alguns lugares, mas não todos. Por exemplo, quando a Bíblia cita “Elão” se refere à região da antiga Pérsia, conhecida hoje por Irã. Assur, que era a capital da Assíria, é o atual Iraque.

Arã é Síria. Cuxe pode ser a terra da Etiópia, mas há outras alternativas dependendo do texto. Mizraim é Egito. Pute é a região da Líbia, mais ao lado ocidental. Gomer está na região da antiga Anatólia, mais para o lado do norte, e Magogue também. E Javã é uma expressão geral para a Grécia.

Mas perceba também que a Bíblia utiliza nomes de nações para representar a iniquidade e a corrupção humana de forma global. Egito, Babilônia e Império Romano, por exemplo, representam a mesma coisa. Esses nomes nem sempre são usados para falar das nações, especificamente, mas como modelo de impiedade.

Gogue pode ser uma referência ao Anticristo?

Quando a profecia usa o termo “Gogue e Magogue” ela parece indicar um grupo de governantes, mas também parece falar diretamente com uma pessoa, no singular. Isso faz com que muitos estudiosos cheguem à conclusão de que pode se tratar do Anticristo.

Daí, alguns estudiosos deste século apontam para a Rússia ou o Irã, por exemplo, e passam a sugerir nomes de nações que estarão envolvidas no conflito. O professor Luiz Sayão não aconselha esse tipo de interpretação e explica que Gogue e Magogue é uma referência às forças do mal que apoiam o Anticristo.

Então, apontar este ou aquele como a personificação do Anticristo não é viável, nem mesmo tentar indicar quais nações farão parte do ataque. Além disso, nem todos os teólogos concordam que a batalha será literal.

Invasão russa à Ucrânia

Com a invasão russa à Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, muitos estão se perguntando se é o prelúdio de uma Terceira Guerra Mundial. É o fim dos tempos? Depois disso virá a guerra de Gogue e Magogue? Não há como responder, mas provavelmente não.

Os judeus ainda não estão vivendo em paz em Israel e nem todos retornaram. Além disso, estamos diante de um conflito entre Rússia e Ucrânia. Não se sabe quando as nações se reunirão para atacar Israel.

Porém, há teólogos que acreditam que a Rússia é Magogue, usando como justificativa sua localização geográfica (ao norte) e associando o nome da nação com o antigo nome “Rosh”.

Conclusão

O termo Gogue e Magogue é utilizado na Bíblia para indicar que haverá uma batalha contra Israel. Esse exército inimigo será muito numeroso. Sabemos disso porque a profecia diz, metaforicamente: “como a areia do mar”.

Será formado por nações inimigas que estão espalhadas pelo mundo inteiro. Mas existe ainda uma pergunta bem difícil de responder: quando vai acontecer essa batalha? A profecia em Apocalipse diz “quando terminarem os mil anos”. A profecia em Ezequiel diz “em anos futuros, nos dias vindouros”.

Essa questão do milênio é, provavelmente, a que mais divide os teólogos em suas interpretações. “Mil anos” é um termo simbólico ou literal? Já está acontecendo ou é uma profecia para o futuro? O milênio vem antes ou depois da Grande Tribulação? Essas são perguntas que vamos abordar em breve.

E esse foi o estudo desta semana. Espero que tenha tirado a sua dúvida e também colaborado para o seu crescimento espiritual. Beijo no coração e até a próxima, se Deus quiser!

Por Cris Beloni, jornalista cristã, pesquisadora e escritora. Lidera o Movimento Bíblia Investigada e ajuda as pessoas no entendimento bíblico, na organização de ideias e na ativação de seus dons. Trabalha com missões transculturais, Igreja Perseguida, teorias científicas, escatologia e análise de textos bíblicos.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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Ucranianos se ajoelham para orar na praça da cidade, horas após ataque

O momento foi registrado pela CNN na principal praça de Kharkiv, horas após as explosões russas.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CNN
Pessoas se ajoelham para orar em Kharkiv, na Ucrânia. (Foto: CNN/Reprodução)
Pessoas se ajoelham para orar em Kharkiv, na Ucrânia. (Foto: CNN/Reprodução)

Um grupo de pessoas em Kharkiv, na Ucrânia, se ajoelhou na praça principal da cidade e orou após o anúncio do ataque da Rússia. O momento foi registrado por uma equipe de reportagem da CNN na manhã desta quinta-feira (24).

A cidade, também chamada de Carcóvia, fica a apenas 40 quilômetros da fronteira com a Rússia e foi onde algumas explosões ocorreram mais cedo. Os bombardeiros aconteceram depois que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar na Ucrânia.

No vídeo, registrado às 7h12 (horário da Ucrânia), um grupo de seis pessoas se reúne em um pequeno círculo. Um deles permanece de pé enquanto os outros se ajoelham perto um do outro. Trinta segundos depois, uma sétima pessoa se junta ao grupo e se ajoelha.

A correspondente da CNN, Clarissa Ward, que está em Kharkiv, disse que a cena “fala do desespero deste momento”.

“Um pequeno grupo de pessoas se reuniu na praça principal e estão ajoelhados e orando”, disse ela no vídeo. “Porque agora há realmente uma sensação de não ter ideia do que está por vir, o que está reservado para o povo da Ucrânia nas próximas horas e nos próximos dias. E está muito frio aqui.”

“E ver essas pessoas ajoelhadas numa pedra fria em oração é, sinceramente, é muito comovente, Don”, disse Ward ao âncora da CNN, Don Lemon. “E acho que isso mostra o estado dos ucranianos comuns aqui, que não fizeram absolutamente nada para merecer isso, que não têm problemas com a Rússia.”

Ataque da Rússia

As forças russas iniciaram um ataque em larga escala à Ucrânia na madrugada desta quinta-feira (24), com explosões na capital Kiev e outras cidades.

Líderes mundiais tentavam evitar a catástrofe com uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, em meio a alertas de que uma possível invasão poderia iniciar a maior guerra na Europa desde a Segunda Guerra Mundial em 1945.

Quando o ataque começou, em um discurso televisionado, o presidente russo, Vladimir Putin, alertou o Ocidente que qualquer tentativa de interferência “levaria a consequências que você nunca viu na história”.

O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que o mundo “responsabilizará a Rússia”. O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, condenou a ação da Rússia como uma violação do direito internacional e uma ameaça à segurança europeia.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, decretou a lei marcial, que consiste na implantação de leis e autoridades militares.

Moradores de Kiev foram ouvidos gritando nas ruas quando as primeiras explosões aconteceram. Na manhã desta quinta, um grande tráfego de carros passou a circular nas ruas, com cidadãos saindo da capital.