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Cármen Lúcia do STF assina carta pró-aborto durante reunião da esquerda

“Qual o sentido de uma ministra do STF se reunir no apartamento da ex-petista Marta Suplicy para debater política?”, questionou um deputado federal.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE GAZETA DO POVO
Ministra Cármen Lúcia participou de reunião organizada por Marta Suplicy, em 28 de janeiro de 2022. (Foto: Captura de tela/YouTube Brasil Mulheres)
Ministra Cármen Lúcia participou de reunião organizada por Marta Suplicy, em 28 de janeiro de 2022. (Foto: Captura de tela/YouTube Brasil Mulheres)

Durante uma reunião com lideranças femininas de esquerda, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinou um manifesto que, entre outras coisas, visa facilitar o acesso ao aborto no Brasil.

Na reunião, que ocorreu no dia 28 de janeiro, a ministra disse que considera o documento “primordial e imprescindível” para a manutenção e expansão dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, conforme notícia da Folha de S. Paulo.

Vale destacar que o termo “direitos sexuais e reprodutivos” substitui o nome “aborto e também é uma forma de “suavizar” a ação que é considerada pelos ativistas pró-vida como “uma violência contra a vida ainda dentro do útero”.

O problema no uso do termo “direitos sexuais e reprodutivos”

Lenise Garcia, professora aposentada do Instituto de Biologia da Universidade de Brasília (​UnB) e presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto, explica que a expressão “direitos sexuais e reprodutivos das mulheres” começou a ser usada em conferências da Organização das Nações Unidas sobre a mulher na década de 1990.

“Naquelas conferências, ainda muita gente foi enganada por essa expressão. Acabaram aprovando documentos em que elas constavam sem se dar conta, exatamente, do que estava sendo colocado”, explicou.

“É evidente que isso é um eufemismo para se referir, principalmente, ao aborto”, ela acrescentou, conforme o Gazeta do Povo.

Para Lenise, o fato de a carta não ter usado a palavra “aborto” não quer dizer que o tema tenha sido ignorado. “Agora sai este documento com os tais ‘direitos sexuais e reprodutivos’, que, na verdade, não enganam mais ninguém. É simplesmente um modo talvez menos evidente e menos agressivo de se fazer a referência ao aborto”, disse ainda.

Reunião exclusivista

Na reunião em que a carta foi aprovada, em dado momento, segundo a Folha, uma das signatárias afirmou, sob aplausos das outras participantes: “A gente vive um momento no Brasil em que a gente não pode falar sobre o aborto, e isso é um grande problema. A gente precisa falar sobre os nossos direitos reprodutivos”.

O nome do documento assinado por Cármen Lúcia é “Carta Aberta Brasil Mulheres”, e o grupo se vende como um defensor da “agenda da equidade de gênero e dos direitos humanos”.

O slogan do grupo é “Juntas pela democracia” e o site descreve as signatárias como “representativas de vários segmentos e setores da sociedade”. Apesar da fachada democrática, porém, como observou o Gazeta do Povo, a uniformidade ideológica das apoiadoras é evidente.

“Há, entre os nomes, notórias defensoras da legalização do aborto, de ideias feministas radicais, da ideologia de gênero, além de algumas lideranças de esquerda do PT, do PSOL e do Movimento dos Sem-Teto. Há também algumas personalidades de uma esquerda mais moderada, como a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), mas nenhuma representante do conservadorismo ou da direita”, como observa ainda a reportagem do Gazeta do Povo.

Sobre a reunião e a carta aberta

Além da ministra Cármen Lúcia, figuras famosas da esquerda política, como Gleisi Hoffmann e Marta Suplicy, também assinaram a carta.

Após a divulgação de sua participação no encontro, Cármen Lúcia recebeu críticas de algumas personalidades da direita, que viram em seu envolvimento no grupo uma ameaça à sua imparcialidade como magistrada.

O deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS) questionou em seu perfil do Twitter: “Qual o sentido de uma ministra do STF se reunir no apartamento da ex-petista Marta Suplicy com mais 30 mulheres para debater política?”.

“O certo não é uma posição de neutralidade, ainda mais a anfitriã sendo uma esquerdista carimbada? A ministra deve respeitar a liturgia do cargo”, ele observou.

O manifesto dirigido à nação brasileira como um conteúdo democrático, como se descreve, pede em primeiro lugar “que não se aceite o retrocesso nas leis que garantem os direitos das mulheres”.

Além disso, destaca o desejo pela “universalização da educação infantil” e a construção de um programa nacional de incentivo à formação de novas gerações de atletas femininas “cis e trans” em diversas modalidades.

A carta trata ainda da questão do racismo, defendendo a “ampliação de políticas de ações afirmativas étnico-raciais reparatórias”. A ideologia de gênero também está presente no manifesto.

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SP: Mulher vai abortar, recebe Bíblia, e PSOL pede explicação

Sâmia Bomfim pediu informações a respeito das medidas tomadas pela administração do hospital frente ao caso

Paulo Moura
Distribuição de Bíblia em hospital virou alvo de reclamação do PSOL Foto: Reprodução/Redes Sociais

A singela doação de uma Bíblia para uma mulher que estava na fila do Hospital Pérola Byington, no Centro de São Paulo, prestes a realizar um exame de ultrassom como parte de um procedimento de aborto, revoltou uma deputada federal do PSOL, que pediu explicações ao local pela doação, classificada por ela como “grave”.

Em um ofício enviado ao hospital, a parlamentar Sâmia Bomfim (PSOL-SP) questionou se procede a afirmação feita por uma paciente do local e, em caso afirmativo, solicita informações a respeito das medidas tomadas pela administração do hospital frente ao caso.

A paciente em questão, que ficou grávida após ser vítima de violência sexual cometida pelo próprio marido, contou que funcionárias uniformizadas do hospital teriam passado pelo local de espera para ultrassom distribuindo absorventes e, na sequência, exemplares da Bíblia. Em entrevista, a mulher disse não gostar de Bíblias, mas afirmou que chegou a pensar que poderia “ser um sinal”.

– Nem cheguei a abrir porque não gosto […] Eu não me senti bem, achei contraditório, isso até confunde porque fui criada por uma família religiosa e quando recebi pensei que poderia ser um sinal, mas sei que o Deus que acredito não é contra isso – afirmou, em entrevista ao portal G1.

O diretor do Hospital Pérola Byington, Luiz Henrique Gebrim, disse que a distribuição de Bíblias aconteceu sem que a administração da unidade soubesse. De acordo com o gestor da instituição médica, a entrega do material dentro do local foi suspensa.

– Nós tínhamos uma equipe que fazia humanização de forma voluntária, são senhoras da sociedade que queriam ajudar principalmente pacientes de câncer. É um kit que a gente recebe e algumas colocaram Bíblia também, mas não pode distribuir qualquer material gráfico dentro do hospital, já suspendemos – disse.

Gebrim destacou, porém, que o fato é relativamente comum e que diversos locais, como hotéis, tem Bíblias em seus quartos. O gestor do hospital ainda ressaltou que a entrega da Bíblia não foi algo feito à força e que “ninguém obrigou ninguém” a ler.

[As voluntárias] inadvertidamente acharam que eram pacientes de câncer, até porque 95% das pacientes que agendam exame conosco são de câncer […] Mas a gente está acostumado a chegar a hotel e ter Bíblia. Ninguém obrigou ninguém a receber e ler o assunto – completou.

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Vídeo viral do TikTok mostra meninas adolescentes comemorando, rindo durante um aborto

PÁGINA ATUAL:US 
Um cartaz paira sobre uma clínica da Planned Parenthood em 18 de maio de 2018, em Chicago, Illinois. Imagens de Scott Olson / Getty

Um vídeo do TikTok que se tornou viral nas mídias sociais mostra duas adolescentes entrando em uma Planned Parenthood, uma das quais parece comemorativa quando ela está prestes a sofrer um aborto.

vídeo mostra uma garota chamada Ashley que mostra seu estômago enquanto o cinegrafista realiza o teste de gravidez positivo de Ashley. O vídeo é intitulado “Hora do aborto! Tome 2 ”, o que implica que este é seu segundo aborto.

As duas garotas são vistas se aproximando e depois dentro de uma instalação de Planned Parenthood em Pasadena, Califórnia, e Ashley está dançando. Outro casal também está na clínica, mas claramente infeliz por estar lá.

“Há dois modos de aborto”: o vídeo é legendado, contrastando Ashley dançando com o casal sombrio. O vídeo termina mostrando uma imagem de ultra-som do feto de Ashley, presumivelmente momentos antes do procedimento de aborto, enquanto ela ri junto com a amiga que a filma.

O vídeo do TikTok recebeu centenas de milhares de curtidas e milhares de comentários e foi visto milhões de vezes.

Comentando o vídeo, Lila Rose, fundadora da equipe de investigação pró-vida Live Action, ficou horrorizada.

“Nossa capacidade de ser cruel é interminável. Quando a sociedade celebra o aborto, devemos nos surpreender ao ver esse tipo de crueldade? Meu coração se parte por esse bebê indefeso, morto diante das câmeras, sua jovem mãe brincando sobre isso. E isso quebra para ela.” , que viverá com isso a vida toda “, twittou Rose na quinta-feira.

O Federalist informou na quinta-feira que o TikTok havia barrado o Live Action por supostamente violar suas regras de usuário. O vídeo comemorando o aborto foi permitido, apesar de violar várias diretrizes, como “conteúdo violento, imagens de morte e humanos desmembrados”, observou Rose.

Os defensores dos direitos ao aborto, nos últimos anos, fizeram um esforço conjunto para destigmatizar a prática do aborto, apresentando-a como normal. Grupos de advocacia costumam usar a hashtag #ShoutYourAbortion.

Na Convenção Nacional Democrata de 2016, Ilyse Hogue, presidente da NARAL Pro-Choice America, proclamou  aplausos por ter feito um aborto e o apresentou como uma decisão nobre.

O Business Insider observou no sábado que o aborto é um assunto consideravelmente popular para o conteúdo no TikTok “, com vídeos sob as tags #abortion e #prolife acumulando mais de 70 milhões de visualizações cada, provavelmente porque a plataforma oferece uma ampla variedade de maneiras que os usuários podem comentar suas opiniões sobre o assunto “.

“Alguns vídeos têm opiniões igualmente engraçadas sobre as adolescentes que vão à Planned Parenthood para os procedimentos. Uma é definida como um dos sons populares da plataforma que começa com a buzina antes que o áudio possa ser ouvido dizendo ‘uma criança … não’.”

Lançado em 2017, o TikTok é um serviço de rede social de compartilhamento de vídeos que pertence à ByteDance, uma empresa chinesa fundada em 2012 e é usada para fazer breves vídeos de comédia e talento, geralmente envolvendo sincronização labial.