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Ateísmo, um caso de polícia

folha.com

POR RAFAEL GARCIA

Grupo de militantes ateus faz campanha perto de comício republicano em Washington (Foto: Rafael Garcia)

UM DOS FENÔMENOS mais curiosos envolvendo religião aqui nos EUA, algo que não se observa no mesmo grau no Brasil, é o preconceito que grande porcentagem da população religiosa nutre contra os ateus. Pesquisas de opinião indicam que 55% dos eleitores cristãos não votariam em alguém de seu partido que não acreditasse em Deus. Mais da metade dos americanos também não gostaria que seus filhos se casassem com pessoas atéias.

Supor que quem não crê em Deus carece de moralidade não é uma invenção nova, mas a polarização ideológica do país parece estar exacerbando isso. O ateísmo militante, uma prática que também é menos comum no Brasil, parece ser a reação de um grupo de pessoas que vêm se sentindo acuadas. Quem não professa nenhuma fé religiosa acaba tendo que ir para a rua e fazer campanha para ser respeitado, como o grupo da associação de ateus da foto acima, que flagrei nas proximidades de um comício republicano alguns meses atrás.

Acredito que o preconceito contra ateus seja um problema menor no Brasil, um país que já reelegeu Fernando Henrique Cardoso, candidato que em eleições anteriores se recusara a declarar sua crença (ou falta de). Nas duas eleições que venceu, contou com a decência de seu adversário Lula, que não apelou para acusações religiosas durante a campanha. Não imagino isso acontecendo aqui nos EUA, onde a desconfiança de cristãos contra ateus é até maior do que contra outras religiões.

Na tentativa de entender a raiz desse preconceito na América do Norte, uma dupla de psicólogos fez um curioso experimento em Vancouver, no Canadá. (OK. O Canadá não é os EUA, mas o país possui uma pequena amostragem da cultura conservadora que os cientistas estavam estudando.)

Ara Norenzayan e Will Gervais, da Universidade da Columbia Britânica, supõem que o preconceito contra os ateus surge da crença de que quem não teme a punição divina tende a agir de maneira egoísta e inconsequente. “Há muito tempo os ateus são alvo de desconfiança, em parte porque eles não acreditam que um Deus vigilante e julgador monitora seu comportamento”, dizem os pesquisadores.

O experimento dos cientistas consistiu em dividir um grupo de pessoas que se declaravam cristãs em dois e exibir diferentes vídeos para cada um deles, antes de submetê-los a um questionário. Um dos grupos assistiu a um filme genérico sobre turismo em Vancouver, e o outro assistiu a um vídeo do chefe de polícia da cidade relatando a eficiência da corporação.

Esse segundo vídeo, segundo os psicólogos, servia como uma mensagem subliminar para lembrar às pessoas de que a vigilância da autoridade policial também ajuda a fazer com que as pessoas andem na linha. Em outras palavras, o filme reforçava a idéia de que os ateus não temem a punição de Deus, mas devem temer a punição do Estado contra atitudes que prejudiquem outras pessoas.

Após a exibição dos filmes, os voluntários respondiam a um questionário para dizer o quanto desconfiavam do comportamento de diversos grupos minoritários, incluindo ateus, gays, judeus e muçulmanos. O resultado foi o esperado pelos psicólogos: aqueles que tinham assistido ao vídeo do chefe de polícia eram menos inclinados a declarar a falta de confiança nos ateus.

“Lembretes sobre a autoridade secular podem, então, reduzir a desconfiança dos teístas contra os ateus”, escreveram os psicólogos. “Tanto os governos quanto os deuses podem encorajar o comportamento pró-social.”

Um dado curioso do estudo de Norenzayan e Gervais é que o preconceito contras judeus, muçulmanos e, sobretudo, contra os gays, não se atenuava após os vídeos. Isso reforça a interpretação dos autores sobre os resultados, pois a orientação sexual das pessoas não está sob controle do Estado.

O LADO IRÔNICO do clima de animosidade entre ateus e teístas é que ele está deixando o ateísmo militante quase tão chato quanto o fanatismo religioso. Minha cartunista preferida, Alexandra Moraes, ilustrou isso na série “o pintinho”

Achei o estudo interessante, mas não sei o quanto pode ser útil para combater esse preconceito nos Estados Unidos. Como ateu, acho incômodo pensar que uma pessoa só depositaria sua confiança em mim se eu estiver sob vigilância da polícia. Sei que não são todos os religiosos que pensam dessa maneira estúpida, mas é triste pensar que muitos ainda têm essa mentalidade retrógrada.

Pessoalmente, tenho impressão que o fanatismo religioso ignora um mecanismo psicológico muito mais fundamental. Quando fazemos mal a alguém, há algo que faz com que nos sintamos mal.

Nós, ateus, sentimos culpa, remorso, tanto quanto qualquer outra pessoa deveria sentir. E deixar alguém feliz faz com que nos sintamos bem. Será que o preconceito contra o ateísmo diminuiria se os teístas fossem lembrados disso?

PS. O inigualável Roberto Takata corrigiu um erro que cometi no primeiro parágrafo. A rejeição contra políticos ateus no Brasil na verdade é pior que nos EUA, atingindo 59%.

27-5-16-a 006

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.
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CAIO FÁBIO: GONDIM SE PERDE NA FÉ

Foto - Ricardo Gondim e CAio FabioLíder ataca textos de Ricardo Gondim sobre tsunami no Japão

Por: redação Creio

     As declarações do pastor Ricardo Gondim sobre o terremoto que devastou o Japão no dia 11 de março chamaram a atenção de Caio Fábio. Caio resolveu se manifestar sobre o texto ‘Será que Deus está mesmo no controle’, onde entende-se que Gondim tira a responsabilidade de Deus sobre o controle do mundo.

     Foi através da internet que Caio Fábio teve acesso às mensagens que o pastor da Igreja Betesda andou divulgando pelo twitter. Caio Fábio expressou seus ânimos e sentimentos no programa de TV, lembrando aos telespectadores que conheceu Gondim quando ele era “ultra pentecostal” e que ao longo do tempo foi mudando de atitudes e acabou se perdendo no caminho.

     “Eu acho que o Ricardo Gondim se perdeu. O Ricardo é um cara bipolar, eu o conheci pregando, dançando e com o mesmo moralismo do Jimmy Swaggart“, diz Caio Fábio no programa da Vem & Vê TV.

     Caio Fábio lembrou também de um texto publicado por Gondim logo após o Tsunami que matou mais de 200 mil pessoas na Indonésia, texto qual defendia a teologia relacional e do processo. “Ele (Ricardo) escreveu um texto patético, onde a própria consciência de Deus se desenvolve junto com a consciência humana”.

     O líder do ministério Caminho da Graça lembra que há algum tempo atrás, em um evento chamado “Teologando”, que aconteceu em São Paulo, Gondim chamou Rubem Alves de “meu herói”. “Um cara que chama um bundão como o Rubens Alves de meu herói está danado, virou um papel higiênico do pensamento e da fé”, disse Caio Fábio.

     O pastor se justifica dizendo que em um programa do Jô Soares, Rubem Alves diz que a fé fazia parte do passado. “Esse é o herói de Ricardo Gondim”, ironiza.

     Fazendo uma comparação nos textos que Gondim vem escrevendo,  o polêmico Caio Fábio, sem papas na língua diz que para de ler para não se decepcionar, já que Gondim perdeu a fé. “Um cara assim perdeu a fé e precisa ter de fato um encontro com o Rei dos Reis”.

     O apresentador do Vem & Vê pergunta como será que o pastor da Betesda lê o livro de apocalipse para dizer que Deus não está no controle do mundo e lamenta que ele tenha caído no humanismo. “Ele ficou um cara entregue aos pensamentos da secularidade, que raciocina com pensamentos de categoria grega sobre Deus. Ele precisa se dar conta que vai chegar uma hora em que ele vai ter a cara esfregada no chão da vida”, diz Caio Fábio.

     “Não falta uma gota de água na casa dele, mas ele está mais angustiado do que os japoneses a respeito de Deus”, fala Caio Fábio que acabada ofendendo Gondim. “Você é um bundão fazendo desperdício da fé”.

     Ainda sem poupar ofensas e xingamentos Caio Fabio continua afirmando que o Gondim não tem profundidade nas palavras. “Você pensa que pensa, mas você é raso como uma praia sem água. Você está com o coração amargurado, enrijecido e escrevendo textinhos que cultuam estética, que acha que pela beleza do dizer Deus se inserirá no seu falar”, conclui Caio Fábio.

     Ouça o áudio completo da participação de Caio Fábio no programa de TV.
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Ciência Estudos

Billy Graham: Procurar tratamento para depressão não significa falta de fé.

O evangelista Billy Graham respondeu um questionamento de um internauta do Christian Post sobre a depressão

Billy Graham

Por Rodrigo Ribeiro Rodrigues

08/05/2010 05:57h

Muitas acreditam que a depressão está ligada a falta de fé, porém um dos maiores evangelistas que já surgiu, Billy Graham, discorda dessa tese. Confira a resposta dada a um internauta do Christian Post.

Internauta: Eu não entendo o que está acontecendo com minha esposa. Ela parece ter perdido toda a alegria de viver, e em alguns dias ela quase não consegue sair da cama. O médico diz que ela precisa de um medicamento antidepressivo, mas alguns amigos dizem que nós só precisamos de mais fé. Ela quer que eu tome a decisão, mas eu não sei o que fazer. – K.S.

Billy Graham: Eu sou grato por sua preocupação com sua esposa, e eu espero que você faça tudo que puder para ajudá-la. Afinal, se você estivesse em sua posição, eu tenho certeza que iria pedir para ela te ajudar – assim como ela está pedindo a você. A Bíblia diz aos maridos, “Cada um de vocês … ame a sua esposa como a si mesmo” (Efésios 5:33).

Eu não sou um psicólogo ou psiquiatra, é claro, mas sua esposa certamente parece estar sofrendo de depressão (como diz seu médico). Às vezes, a depressão tem uma causa espiritual, o Rei David, por exemplo, estava deprimido depois que ele secretamente cometeu adultério – e sua depressão não passou até que ele confessou o seu pecado e buscou o perdão de Deus (veja Salmo 32).

Mas a depressão muitas vezes tem outras causas, como desequilíbrios bioquímicos em nossos corpos. Seu médico, aparentemente suspeita que é esse o caso com sua esposa. Nossos cérebros são incrivelmente complexos, e quando algo sai do equilíbrio pode afetar nossa maneira de pensar e olhar para o mundo. Muitas vezes isso pode ser corrigido com medicação adequada.

Isso significa que você estaria deixando Deus de fora do processo, ou olhando para a medicina, ao invés de buscar em Deus uma solução? Não, você não deve pensar dessa maneira. Ao contrário disso, se o medicamento funciona, enxergue-o como forma de Deus responder as suas orações – e o agradeça por isso. Entretanto, constantemente assegure a sua esposa de seu amor – e do amor de Cristo, também.

Billy Graham, norte-americano nascido em 7 de Novembro de 1918 em Charlotte, Carolina do Norte. Foi conselheiro espiritual de vários presidentes americanos. Foi ainda o mais proeminente membro da “Convenção Batista Sulista dos EUA”.

Graham já pregou pessoalmente para mais pessoas do que qualquer pregador da história ao redor do mundo. De acordo com a sua equipe, a partir de 1993, mais de 2,5 milhões de pessoas tinham “Um passo à frente em suas cruzadas para aceitar Jesus Cristo como seu Salvador pessoal”. A partir de 2008, a audiência Graham’s lifetime, incluindo rádio e televisão, superou 2,2 bilhões.

Adaptação/ Tradução: OGalileO
Com informações de Christian Post/ Enciclopédia Livre

06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.