Categorias
católicos

Segredos sobre o papa Pio XII são revelados pelo Vaticano

O Vaticano abriu nesta segunda-feira, 2, os arquivos sobre o pontificado do papa Pio XII, acusado de se manter em silêncio durante o extermínio de 6 milhões de judeus no Holocausto, supostamente por ser um simpatizante do nazismo.

A partir de agora, os documentos, que se referem ao período do pontificado, de 1939 a 1958, estarão acessíveis a pesquisadores do mundo inteiro. A liberação ocorre um ano após o papa Francisco declarar que a “Igreja não tem medo da História”. A montanha de documentos se tornou acessível graças a um inventário elaborado por funcionários da Santa Sé durante 14 anos. Na mesma leva, também serão abertos, pela primeira vez, os arquivos do pós-guerra e da censura de escritores e padres inspirados pelo comunismo.

Os desafetos criticam Pio XII por nunca ter condenado publicamente a perseguição e o extermínio de judeus. Seus defensores dizem que bater de frente com a Alemanha colocaria em risco padres e freiras. Eles garantem que o papa incentivava discretamente que conventos e outras instituições católicas dessem abrigo aos perseguidos pelo nazismo.

“Agora, os historiadores poderão fazer um juízo histórico”, disse o bispo Sergio Pagano, diretor dos Arquivos Apostólicos do Vaticano. Segundo o bispo, os gestos de bondade de Pio XII “ofuscarão algumas pequenas sombras” de seu papado. A análise de milhões de páginas, no entanto, poderá levar anos.

Pio XII foi secretário de Estado do Vaticano no papado anterior, de Pio XI, e núncio apostólico na Alemanha – espécie de embaixador do Vaticano. Em 1933, ele negociou uma concordata entre a Igreja Católica e o governo alemão. Ele foi eleito papa seis meses antes do início da 2.ª Guerra. Na Santa Sé, ele manteve relações diplomáticas com o Terceiro Reich e nunca condenou a invasão nazista da Polônia, em 1.º de setembro de 1939.

Em sua biografia, o historiador britânico John Cornwell chama o pontífice de “papa de Hitler”, descrevendo Pio XII como “antissemita”, narcisista e determinado a “promover o poder do papado”. “Ele foi um peão de Hitler”, grifou Cornwell.

Em 2012, o Yad Vashem, o museu do Holocausto em Jerusalém, mudou a descrição de Pio XII em uma exposição sobre o papa de “não interveio” contra o extermínio de judeus para “não protestou publicamente”.

O novo texto reconheceu diferentes visões da posição do papa dizendo que o museu “aguarda com expectativa o dia em que os arquivos do Vaticano serão abertos aos pesquisadores para que se possa obter uma compreensão mais clara dos acontecimentos”. O dia, finalmente, chegou. Fonte: Associated Press.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Categorias
curiosidades Noticias

Após perder parcialmente a visão, modelo polonesa processa tatuador que pintou seus globos oculares

Por G1

Modelo polonesa perde parcialmente a visão após procedimento estético para tingir seus olhos de preto — Foto: Reprodução/Instagram/anoxi_cime

Modelo polonesa perde parcialmente a visão após procedimento estético para tingir seus olhos de preto — Foto: Reprodução/Instagram/anoxi_cime

Um tatuador pode enfrentar até três anos de prisão na Polônia por quase deixar cega uma modelo que desejava tingir os olhos de preto. Segundo o jornal “Polska”, Aleksandra Sadowska perdeu totalmente a visão do olho direito após um procedimento realizado em 2016.

A acusação sustenta que o tatuador – identificado como Piotr A. – deve ser responsabilizado por ter exposto a modelo ao risco. Ele é acusado de não ter tomado os cuidados necessários e de ter usado um pigmento não adequado para a tintura dos olhos.

“Tenho catarata e glaucoma”, disse Sadowska ao jornal polonês. “Perdi a visão no olho direito para sempre. Os médicos não conseguiram fazer voltar a enxergar, mas conseguiram reduzir a dor e a pressão que sentia nos olhos.”

Modelo polonesa perde parcialmente a visão após procedimento estético para tingir seus olhos de preto — Foto: Reprodução/Instagram/anoxi_cimeModelo polonesa perde parcialmente a visão após procedimento estético para tingir seus olhos de preto — Foto: Reprodução/Instagram/anoxi_cime

Modelo polonesa perde parcialmente a visão após procedimento estético para tingir seus olhos de preto — Foto: Reprodução/Instagram/anoxi_cime

A jovem de 25 anos contou que, logo após a tatuagem, disse ao profissional que não conseguia enxergar. Segundo ela, o tatuador havia dito que este era um sintoma comum para o tipo de procedimento e que passaria após o uso de compressas e analgésicos.

Mesmo depois de três cirurgias, a jovem segue sem enxergar do olho direito e têm o esquerdo bastante comprometido. A acusação pede, como reparação, que o tatuador pague 1,5 milhões de zlotis (cerca de R$ 1,71 milhões) à modelo.

O tatuador, que alega ser inocente, é sócio de um estúdio de tatuagens na capital polonesa.

Modelo polonesa perde parcialmente a visão após procedimento estético para tingir seus olhos de preto   — Foto: Reprodução/Instagram/anoxi_cimeModelo polonesa perde parcialmente a visão após procedimento estético para tingir seus olhos de preto   — Foto: Reprodução/Instagram/anoxi_cime

Modelo polonesa perde parcialmente a visão após procedimento estético para tingir seus olhos de preto — Foto: Reprodução/Instagram/anoxi_cime

 

Categorias
Cultos

Ministério Público denuncia falso pai de santo que abusou de mulheres

O homem de 31 anos foi preso em janeiro. Ele alegava estar incorporado pela entidade Exu Capitão Veludo para convencer as vítimas


(foto: Cristiano Gomes/CB/D.A Press)
(foto: Cristiano Gomes/CB/D.A Press)

Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o religioso acusado de abusar sexualmente de, ao menos, quatro mulheres, frequentadoras de um templo no Distrito Federal. Wilson Rodrigo Braga de Araújo, 31 anos, conhecido como Wil, Exu Capitão Veludo, Exu Veludo e Exu Padilha, responderá por aborto e violação sexual mediante fraude.

O homem era responsável pela Tenda Espírita Caboclo Carlos Légua, em Águas Lindas (GO), onde ele se apresentava como pai de santo. A denúncia foi feita pela Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Ceilândia. Entre janeiro de 2017 e novembro de 2019, Wilson teria convencido a vítima a manter relações sexuais com ele, alegando estar incorporado pela entidade Exu Capitão Veludo.

 

Ele dizia que, ao estar com ele, ela estaria protegida de um estupro. Na primeira vez que o homem usou o argumento, a jovem era menor de idade. Depois disso, ele esteve com ela em um motel de Taguatinga, e na residência dele, em Ceilândia. Em setembro do ano passado, a mulher descobriu uma gravidez e comunicou ao acusado que, no entanto, novamente dizendo estar incorporado, respondeu que ela teria duas opções: ter a criança e ser expulsa de casa, ou abortar.

Diante disso, ela concordou com a retirada do feto. Wilson então teria providenciado substâncias que provocaram intenso sangramento vaginal e o aborto.  

Lembre o caso

Wilson foi preso em 14 de janeiro, acusado de abusar sexualmente de, ao menos, quatro mulheres. O homem foi detido em Ceilândia durante a Operação Veludo, deflagrada também nesta terça.  Depois de a polícia divulgar que o acusado seria um líder religioso, a Coordenadora de Políticas de Promoção e Proteção da Diversidade Religiosa da Subsecretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Adna Santos, a Mãe Baiana, informou que ele não é uma liderança nem pai de santo. Em realidade, trata-se de um Iaô, termo usado para pessoas iniciadas no candomblé. “Ele se aproveitou do respeito que as pessoas têm pelos pais e mães de santo em Brasília para fazer o que fez.”

 

A Polícia Civil soube do caso por meio da mãe da menor. Ela começou a frequentar o terreiro procurando uma orientação espiritual para a filha. No local, conheceu o rapaz e passou a confiar nele, já que ele se dizia líder religioso daquele templo. Um dia, na casa da família, ele chamou a menina para ir até a residência dele, para que o trabalho espiritual fosse realizado com mais eficiência, pois lá haviam imagens de santos que ajudariam o processo.