Evangélicos ampliaram a pressão sobre o Senado para pressionar os parlamentares a aprovar o nome de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal. Eles planejam dialogar com a esquerda e com os indecisos, mobilizando fiéis nos estados no dia da sabatina.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante, uma das principais lideranças evangélicas do Congresso e coordenador da campanha em prol de Mendonça no Senado, chegou a falar sobre uma “guerra santa”.
“Virou uma guerra santa, lamentavelmente, por causa desse longo período nunca existente na história de demora para uma sabatina. Currículo ele tem. No que ele é diferente? É o fato de ser evangélico. Por que Kássio Nunes demorou 15 dias e o André 4 meses?”, questionou Cavalcante.
Segundo o parlamentar, o mapa aponta que Mendonça teria entre 50 e 55 votos dos 81 senadores, ou seja, ele já está aprovado.
A maior dificuldade estaria nas maiores bancadas, MDB e PSD, no entanto, o deputado Cezinha de Madureira, outro coordenador da campanha, está trabalhando diretamente com o presidente do PSD, Gilberto Kassab para ajudar no levantamento de votos para Mendonca.
Há também previsões para haver ausências no dia da sabatina por motivos de saúde, segundo a CNN.
Aiatolá Ali Khamenei (Foto: Escritório do Líder Supremo do Irã/AP)
Entre os dias 10 e 11 de novembro, cinco cristãos iranianos foram convocados para começar a cumprir sentenças de prisão sendo as de Milad Gourdazi, Amin Khaki e Alirez Nourmohammadi de 3 anos e as Habib Heydari e Sasan Khosravi de um ano.
De acordo com ICC, um ano antes da convocação, agentes da inteligência invadiram as casas de Milad, Amin e Alirez, que estavam juntamente com outros convertidos, e confiscaram pertences pessoais e literatura cristã. Apesar de terem sido assediados neste dia, ninguém foi preso.
Eles foram acusados sob o código penal alterado artigo 500 por “propaganda que educa de forma contrária a santa religião do Islã”, receberam a pena máxima de cinco anos, que mais tarde foi reduzida para três anos. As autoridades ordenaram que começassem sua sentença imediatamente.
Desde sua primeira passagem na prisão de março de 2014 até 2015, Amin Khaki passou vários anos na prisão, e mais tarde ele cumpriu outra pena que durou desde dezembro de 2017 até o início de 2018, porém foi indiciado em novamente em março de 2019 por mais 14 meses, e agora enfrenta mais 3 anos por acusações semelhantes.
Em junho de 2020, Habib e Sasan foram presos em 2019 juntamente com parte da família de Sasan, todos condenados pelo Artigo 500 com sentenças variadas. Em fevereiro de 2021 eles haviam sido liberados em uma licença, porém foram chamados novamente para completar sua sentença.
Após 15 horas de julgamento no Tribunal do Júri de Niterói, os filhos da ex-deputada Flordelis Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cézar dos Santos de Souza foram condenados no início da manhã desta quarta (24) por envolvimento no assassinato do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.
Flávio, acusado de efetuar os disparos que mataram o pastor, foi condenado a 33 anos e dois meses de prisão por homicídio, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento falso e associação criminosa. Já Lucas, acusado de ter comprado a arma usada no crime, foi condenado a sete anos e seis meses de prisão por homicídio.
Durante a longa sessão, foram ouvidas oito testemunhas e Lucas, além das alegações do Ministério Público e de dois defensores públicos que representam os filhos de Flordelis. Flávio preferiu se manter em silêncio.
Como houve um desmembramento, a ex-deputada e outros oito réus estão sendo julgados em outro processo. Flordelis está presa desde o dia 13 de agosto, após perder o mandato. Os advogados que representam Flordelis acompanharam a sessão. Rodrigo Faucz, que faz parte de sua defesa, afirmou que nada do que se debatesse ali poderia envolver sua cliente, que, segundo ele, é inocente. “Estamos aguardando os recursos ao STJ, para que se faça justiça”, afirmou. As menções a Flordelis, no entanto, foram constantes ao longo do dia.
O pai de Anderson, Jorge Souza, também acompanhou a sessão. “Quero justiça, foi muita maldade, ganância. Isso aconteceu por causa de dinheiro”, afirmou.
Os filhos de Flordelis foram julgados por sete pessoas que foram sorteadas entre uma lista de 25 convocados. Os dois —que já estavam presos— chegaram algemados ao tribunal, mas a juíza Nearis dos Santos Arce, que presidiu o julgamento, permitiu que as algemas fossem retiradas minutos após o início da sessão.
Havia grande expectativa em relação ao depoimento de Flávio, que preferiu permanecer calado. Durante as investigações da polícia, ele chegou a confessar que atirou no padrasto. No ano passado, porém, voltou atrás e negou o envolvimento no crime.
Lucas, filho adotivo, é acusado de ter comprado a arma utilizada no crime. Ele afirmou que a ex-deputada teria citado a “primeira-dama e um ministro” numa carta em que pedia para que ele assumisse a autoria do crime. Em depoimento em abril deste ano na Comissão de Ética da Câmara, Flordelis negou que fosse amiga da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Lucas não especificou quem seria o “ministro” supostamente citado pela ex-deputada.
A carta, que teria sido entregue a Lucas dentro do presídio, nunca apareceu.
A primeira testemunha a ser ouvida foi a delegada Bárbara Lomba, que conduziu a primeira fase das investigações da polícia. Lomba afirmou que os filhos da ex-deputada eram “peças manobradas” e que, pelos depoimentos deles, era possível perceber que “não planejaram nada sozinhos. Lomba reforçou ainda que “houve a intenção de proteger um esquema” e que “os mais frágeis foram explorados”, ao se referir aos filhos da ex-deputada.
A delegada disse ainda que Flávio nunca citou uma ligação direta da ex-deputada no crime, “mas admitiu informalmente que pode ter sido usado por outras pessoas (próximas à ex-deputada)”. Ele também relatou, segundo Lomba, um suposto abuso do pastor contra duas filhas como o motivo do crime.
Ela contou ainda que uma carta escrita por Lucas Cézar, em que incriminava outras duas pessoas —Wagner Andrade Pimenta, conhecido como Misael, e Luan dos Santos—, foi redigida a pedido de Flordelis. O próprio Lucas já havia admitido em depoimento, em dezembro do ano passado, que o conteúdo da carta era falso.
O segundo depoimento foi do delegado Allan Duarte, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá, que assumiu as investigações após Bárbara Lomba deixar o caso. Ele também citou Flordelis ao afirmar que, de acordo com as investigações, a ex-deputada teria sido a responsável pela compra da arma utilizada no crime.
Misael deu o terceiro depoimento do dia. Também filho de Flordelis, ele afirmou por mais de uma vez que a ex-deputada foi a mandante do assassinato do marido. Em encontro após a morte de Anderson, Flordelis teria afirmado que “aqui não tem luto”, ao se referir a uma possível tristeza diante da morte de Anderson.
O filho de Flordelis, assim como sua mulher, Luana Rangel, quarta a depor, afirmaram que ela teria escrito num papel que jogou o celular de Anderson no mar após a morte dele, depois da polícia ter instalado escuta na casa.
Até as 23h desta terça, haviam sido ouvidos também Roberta Santos e Luan Santos, filhos de Flordelis; Daniel Pereira Solter, o motorista de aplicativo, que disse ter levado os filhos de Flordelis para comprar a arma usada no crime e Regiane Ramos, ex-patroa de Lucas que acusou Flordelis de ter pressionado o filho.