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Divisão do Mar Vermelho é explicada por cientistas

    Utilizando modelagem computacional, cientistas recriam o cenário relatado na Bíblia  e descobrem que o evento seria possível  respeitando as leis da Física

– Atualizado em

Êxodo
A ilustração mostra como um rio pode ter se separado de uma lagoa costeira(Nicolle Rager Fuller/VEJA)
As simulações mostraram que um vento forte vindo do leste, soprando durante a madrugada, poderia ter “partido” as águas

A história bíblica da divisão do Mar Vermelho, registrada no livro do Êxodo, pode ter acontecido de verdade. Ou, pelo menos, poderia ter acontecido sem quebrar nenhuma lei da Física. Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos e da Universidade do Colorado mostraram como o movimento do vento descrito na Bíblia pode ter, de fato, afastado as águas e permitido a passagem de Moisés e o restante de seu povo. Simulações feitas em computador mostraram que ventos fortes vindos do leste, soprando durante toda a madrugada, poderiam ter “partido” as águas em uma região onde um afluente antigo do rio Nilo teria se fundido com uma lagoa costeira no Mar Mediterrâneo. Os ventos fortes teriam empurrado a água fazendo surgir uma passagem (veja o vídeo abaixo), permitindo que as pessoas atravessassem o local com segurança. Imediatamente após o cessar dos ventos, as águas teriam voltado ao normal. “As simulações combinam com o que aconteceu na história do Êxodo”, disse Carl Drews, chefe da pesquisa. “O vento empurra a água de acordo com as leis da Física, criando uma passagem segura com água dos dois lados, e então permite a volta da água abruptamente”. Mas os próprios pesquisadores duvidam que os hebreus conseguissem fazer a travessia pela passagem com ventos tão fortes, de 107 km/h, soprando contra. O estudo pretende mostrar um possível cenário para eventos que podem ter ocorrido há mais de 3.000 anos, embora alguns especialistas tenham dúvidas de que ele de fato tenha acontecido. A pesquisa foi baseada na reconstituição das localidades mais prováveis, levando-se em conta as transformações de relevo através do tempo. “As pessoas sempre se fascinaram com a história do Êxodo, questionando se ela vem de fatos históricos”, disse Drew. “O estudo mostra que a divisão de águas possui embasamento nas leis da Física”.

httpv://www.youtube.com/watch?v=XZqIZqDh1ns

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Ciência curiosidades

Cidade das nuvens: fenômeno celeste flagrado em vídeo causa especulações sobre fim do mundo

 Publicado por Tiago Chagas – gnoticias –  em 21 de outubro de 2015

 

Cidade das nuvens: fenômeno celeste flagrado em vídeo causa especulações sobre fim do mundoO aparecimento, no céu, de uma “cidade flutuante” fez moradores de uma região na China entrarem em desespero. O vídeo, publicado nas redes sociais, se tornou viral, e logo começaram as especulações sobre eventos que precedem o fim do mundo.

Moradores da província de Jiangxi e da cidade de Foshan, na China, flagraram o que se assemelhava com a silhueta do topo de arranha-céus, sobre nuvens. Abaixo da “cidade das nuvens” não haviam o que seriam os andares inferiores dos supostos prédios, além de que, nos locais onde o estranho fenômeno foi visto, não existiam prédios com aqueles portes.

Foi o suficiente para o desespero tomar conta de muitas pessoas, atônitas com o que viam, e também para o surgimento de diversas teorias, de acordo com informações do Telegraph.

No entanto, especialistas ouvidos afirmam que a hipótese mais provável para explicar o que aconteceu é a teoria da ilusão de ótica chamada Fata Morgana.

Segundo esse conceito, é possível que em dados momentos, quando uma camada superior da atmosfera é aquecida pelo sol, mas a camada inferior não atinge a mesma temperatura, a densidade muda, o que influencia na difusão da luz, fazendo com que os raios de luz solares sejam refratados, alterando seu ângulo.

Em outras palavras, é como se a luz atravessasse as camadas de atmosfera com diferentes temperaturas de maneira torta. Como o cérebro humano não processa a luz “torta”, o que se vê é a projeção de sombras dos locais onde a luz foi refratada por causa da diferença de calor.

Assista ao vídeo:httpv://www.youtube.com/watch?v=UoP1sh1WXm8

Nuvem do arrebatamento

Há um mês, outro fenômeno natural também foi apontado como indício do arrebatamento previsto n

A formação de uma nuvem multicolorida, influenciada pela refração da luz solar por gotículas de água e cristais de gelo, chamada pela ciência de “nuvem iridescente”, causou alvoroço na população local, e como não poderia deixar de ser nos dias atuais, invadiu as redes sociais com inúmeras teorias.

A repercussão foi tão intensa que emissoras de TV dos Estados Unidos noticiaram o fato e os comentários publicados em redes sociais, e o meteorologista Eladio Solano, que trabalha no Instituto Nacional de Meteorologia da Costa Rica, confirmou que tratava-se de uma “nuvem iridescente” e tranquilizou as pessoas com a explicação científica para o caso.

httpv://www.youtube.com/watch?v=UoP1sh1WXm8

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Ciência curiosidades Israel

Já há quem diga que Lua de Sangue deste mês anuncia fim do mundo

por DN.pt 02 setembro 2015

A "Lua de Sangue" de outubro, a segunda desta tétrade lunar
A “Lua de Sangue” de outubro, a segunda desta tétrade lunarFotografia © REUTERS/Lucy Nicholson

A 28 de setembro, pela quarta vez num ano, um eclipse lunar vai fazer com que a Lua fique vermelha. Há quem veja nisso o sinal de uma “hecatombe mundial”. E invocam a Bíblia para o justificar.

Na noite de 27 para 28 de setembro um eclipse lunar vai tingir a Lua de vermelho e há quem acredite que este é um sinal profético de que o fim do mundo está para breve.

Esta Lua de Sangue, como lhe chamam os leigos, é já a quarta a ocorrer no espaço de ano e meio, numa sequência que se manifestou a cada seis meses. O fenómeno registou-se pela primeira vez a 15 de abril de 2014, repetiu-se no dia 8 de outubro, voltou a ocorrer a 4 de abril deste ano, estando agora a quarta Lua de Sangue prevista para a madrugada de 28 de setembro, completando o que se chama uma tétrade lunar.

Para a maioria dos observadores do fenómeno, a Lua de Sangueé uma mera designação que descreve a coloração avermelhada que a Lua adquire durante o eclipse total. Coloração que ocorre porque os raios de Sol que iluminam o satélite, naquele momento, são filtrados pela atmosfera da Terra e atingem a sua superfície com menos luz azul e mais vermelha, explicam os astrofísicos. Mas para alguns pastores, sacerdotes e fiéis cristãos não restam dúvidas: o quarto e último eclipse da tétrade lunar cumpre as profecias bíblicas do Apocalipse.

Um dos que o diz é John C. Hagee, o pastor norte-americano que em 2013 publicou o livro Four Blood Moons: Something Is About to Change (Quatro Luas de Sangue: Algo Está Prestes a Mudar) e trata, precisamente, da tétrade lunar que agora termina. “A vinda das quatro luas de sangue aponta para uma hecatombe mundial que irá ocorrer entre abril de 2014 e outubro de 2015”, disse o autor à CNN.

Para apoiar as suas previsões, John C. Hagee invoca várias passagens bíblicas. Uma das citadas, que tem um impacto mais imediato, encontra-se no Antigo Testamento e diz: “E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue e fogo e colunas de fumo. O sol converter-se-á em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Joel 2: 30-31). Hagee relaciona ainda este fenómeno com o que se descreve no Livro do Apocalipse 6-12: “Na visão, quando o Cordeiro quebrou o sexto selo, deu-se um grande tremor de terra. O Sol tornou-se preto como um pano de luto e a Lua tornou-se vermelha como o sangue”.

A comunidade científica e os céticos, por sua vez, desmistificam as teorias de Hagee. Dizem que as tétrades lunares não apenas são um fenómeno perfeitamente explicado como são até previsíveis: só este século ocorrerão oito.

O site astronómico EarthSky.org acrescentou ainda que, desde o século I, já houve 62 tétrades e o mundo continua aqui. Além disso, elas têm um ciclo natural de ocorrência e são facilmente calculáveis.

Os críticos de John C. Hagee também desvalorizam a sua asserção de que esta tétrade é especialmente significativa por coincidir com duas importantes festividades judaicas: a Pessach (Páscoa) e a Festa dos Tabernáculos (que remete ao tempo vivido em tendas, durante a peregrinação pelo deserto). Uma vez que o calendário judaico se baseia nas fases da Lua, dizem, e que os eventos festivos decorrem, por norma, em dias e noites de lua cheia – quando também acontecem os eclipses – é natural que tal coincidência ocorra, afirmam.

Bob Seidensticker, autor do site de debate de temas cristãosPatheos.com, juntou uma nota de humor à discussão. Tendo em conta que três dos quatro recentes eclipses totais lunares não foram visíveis em Israel, perguntou: “De que serve, então, haver uma Lua de Sangue se o povo escolhido por Deus não a puder ver?”

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