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Pastores criticam “Desafio do Charlie” e destacam que invocar espírito “não é brincadeira”

Publicado por Tiago Chagas – gnoticias.com.br – em 29 de maio de 2015 

Pastores criticam “Desafio do Charlie” e destacam que invocar espírito “não é brincadeira”O “Desafio do Charlie” se tornou um nas redes sociais, gerou uma febre de vídeos sobre a brincadeira e causou tumultos em escolas públicas Brasil afora, com relatos de possessões demoníacas coletivas.Pastores evangélicos antenados sobre o tema não demoraram a se posicionar a respeito do assunto e reprovaram a “brincadeira” de invocar espíritos.

A nova mania dos adolescentes consiste em invocar o espírito de um suposto fantasma, chamado Charlie, que supostamente responderia girando um lápis sobre uma folha em branco com as palavras “Sim” e “Não”.

Para o pastor da igreja Batista Vida e Paz, em Vila Velha, a invocação de espíritos não deve ser vista como uma brincadeira e muito menos praticada: “Não aconselho mesmo. O diabo parou de se esconder e está ativo em nossos dias. Não podemos permitir que brincadeiras aparentemente inofensivas sejam portas para algo ruim. É preciso vigiar e ficar atento”, afirmou à Folha Vitória.

O líder evangélico classifica a “brincadeira” como uma prática mística, o que é condenada pela Bíblia Sagrada: “A palavra de Deus é bem clara. Lá em Deuteronômio, o Senhor diz que quem pratica adivinhação, ou se dedica à magia, ou faz presságios, ou pratica feitiçaria e encantamentos, desagrada ao Senhor. Pessoas que consultam espíritos ou mortos, também desagradam. O Senhor tem repugnância por quem pratica essas coisas”, explicou.

Já o pastor Douglas Guimarães publicou um vídeo para enfatizar que “se você está fazendo essa brincadeira, você está dando lugar ao diabo”.

“Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo, pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais”, compartilhou Guimarães.

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Adolescente que teve morte cerebral declarada recobra consciência após receber oração

Publicado por Tiago Chagas – gnoticias.com.br – em 29 de maio de 2015 

Adolescente que teve morte cerebral declarada recobra consciência após receber oraçãoUma jovem que havia tido morte cerebral declarada pelos médicos em 2011 despertou após receber oração de um amigo de sua família.

Na noite do dia 11 de setembro de 2011, Taylor Hale saiu com os amigos após assistir a um jogo de futebol em Des Moines, Iowa (EUA). Depois de se divertirem, um dos amigos disse que precisava ir embora. À época, ela tinha 14 anos de idade, e subiu no capô do carro para impedi-lo.

O rapaz, que alegou não ter tido intenção de machucá-la, deu marcha à ré, e a adolescente caiu, batendo a cabeça contra a calçada, segundo informações do Des Moines Register.

Socorrida, Taylor foi submetida a um coma induzido que deveria ser de sete dias, mas no dia 17 de setembro, o sexto da internação, ela sofreu uma hemorragia cerebral descrita pelos médicos como “irreversível”.

Os pais, Stacey Hennigsen e Chuck Hale, ouviram que a lesão cerebral traumática havia causado um deslizamento parcial do cérebro do canal espinhal, o que seria um “ponto sem volta”.

Os médicos disseram que Taylor tinha sofrido morte cerebral e que eles deveriam preocupar-se com questões legais sobre doação de órgãos e funeral. A triste notícia se espalhou e um dos amigos da família, cristão, os visitou dizendo que havia sentido da parte de Deus que deveria visitar a adolescente no hospital para orar por ela.

Jeff Stickel, que atua como quiropraxista, ouviu dos pais de Taylor que ela estava inconsciente, e que não havia nada que pudesse ser feito. Stickel insistiu, perguntou se podia orar com a família pela adolescente, e eles concordaram. Ele então colocou a mão no pescoço da garota em coma e pediu a Deus que poupasse sua vida.

Horas depois, quando Stickel já havia partido, os médicos de Taylor a retiraram dos aparelhos que a mantinham viva, mas ao invés do leitor de batimentos parar de registrar pulso, eles viram que ela se mantinha tentando respirar por conta própria.

Diante disso, os médicos decidiram recolocá-la nos aparelhos, e passaram a notar sinais claros de evolução, com leituras de atividade cerebral, espasmos musculares e outras reações. Em menos de uma semana, a jovem já estava tentando falar.

“Foi a mão de Deus que trabalhou. Essa é a única coisa que pode explicar essa situação”, afirmou o pai de Taylor.

Nos meses seguintes, ela foi submetida a um longo e doloroso processo de recuperação, que em parte foi custeado pelos amigos da adolescente que criaram um fundo de contribuição.

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Jornalista homossexual vai à Igreja Universal atrás da cura gay: “Me senti um peixe na chapa quente”

 Publicado por Tiago Chagas – gnoticias.com.br – em 20 de maio de 2015
Jornalista homossexual vai à Igreja Universal atrás da cura gay: “Me senti um peixe na chapa quente”A chamada “cura gay” envolve polêmicas de todos os lados. Para quem é homossexual, o termo pode sugerir que existam pessoas que acreditam que são doentes. Para quem não é, o termo soa um menosprezo à inteligência alheia, pois sugere que aqueles que não concordam com a homossexualidade, assim pensam porque acreditam que é uma doença.

O jornalista Felippe Canale, do site Vice (voltado ao público gay) escreveu uma matéria sobre a chamada “cura gay”, e como forma de entender o que acontece nas igrejas neopentecostais, foi a uma reunião da Igreja Universal do Reino de Deus.

“Resolvi ir […] e averiguar se existe mesmo uma cura e quanto ela custa. Confesso que fiquei meio apreensivo. Eu já fiz matérias em que abordei prostitutas, garotos de programa e moradores de rua, mas nunca havia ficado tão tenso quanto naquela visita à igreja. Acabei bebendo umas doses de whisky para tentar relaxar”, escreveu Canale.

Ao chegar à igreja, disse ter pedido “proteção ao meu deus” e tentado entrar de maneira discreta: “As minhas tatuagens nos braços e na nuca, ou talvez o meu cabelo moicano, chamaram a atenção dos fiéis e, ao invés de me sentir um peixe fora d’água, me senti um peixe na chapa quente, sendo fritado por olhares que me diziam que eu não pertencia àquele lugar. Me sentei em uma fileira da frente, pois queria ser visto e poder avaliar melhor como as coisas funcionavam ali”, relatou.

A estratégia do jornalista era obter uma impressão mais próxima da realidade, sem se apresentar como repórter: “Eu estava decidido a falar com o pastor após o culto, só não sabia direito como faria isso sem que ele percebesse que eu estava ali em busca de uma reportagem”, contou. A oportunidade, segundo ele, surgiu no momento em que o pastor começou a pedir contribuições.

“Peguei a fila indiana que se formou e abri a carteira enquanto andava junto com outras pessoas. Só então percebi que tinha apenas uma nota de R$ 50,00 e mais nada. ‘Como sou estúpido’, pensei. Mas já era tarde, fiquei constrangido de voltar ao meu lugar sem mostrar o valor da minha fé. Ao colocar a nota em cima da Bíblia me senti um pouco mal, mas fui incentivado pelo pastor, que me olhou com um sorriso largo e fez um sinal de que queria falar comigo após o culto. Bingo! Consegui chamar a sua atenção sem precisar abordá-lo. De estúpido passei a me sentir sortudo! Pelo que vi, a maior contribuição do dia havia sido a minha e talvez isso tenha chamado a atenção dele”, afirmou o jornalista.

Na sequência da reportagem, Felippe Canale reproduz um diálogo em que ele finge intenções e o pastor, de acordo com a doutrina que prega, sugere ações:

“Após o culto e com a igreja quase vazia, eu subi no palco e recebi um aperto de mão acompanhado de uma voz suave:

– Você está aflito, não é mesmo? Eu percebi assim que você entrou por aquela porta. Como Jesus pode lhe ajudar?

– Padre, eu vim aqui…

– Não sou padre, sou pastor!

– Desculpe, é a primeira vez que eu venho e não sei direito…

– Não tem problema, estou aqui como um instrumento de Deus. Pelo seu hálito eu vejo que você tem problemas com o álcool, certo?

– Não, não tenho… Quer dizer, eu bebi um pouco antes de vir para cá, eu estava meio tenso.

– Fique tranquilo! Para tudo há uma solução e isso só depende da sua fé. Pode abrir o coração e dizer o que te aflige.

– Bom, eu vou ser direto. Eu tenho uma namorada, mas às vezes eu pratico a homossexualidade. E isso não deixa o meu pai feliz. Ele está muito doente, à beira da morte já, mas eu quero que ele morra sentindo orgulho de mim. Por isso eu procurei vocês. Eu tenho um irmão que usava cocaína e só conseguiu se curar na igreja. E eu acredito que Deus possa me curar também.

– O seu irmão frequenta a Universal de qual cidade? Você sabe o nome do pastor?

– Não sei o nome do pastor, mas sei que é no interior de São Paulo, ele mora lá. Posso perguntar pra ele…

– Entendo. Bom, você veio ao lugar certo. O homossexualismo é condenado pela Bíblia e não é um comportamento digno de quem tem Jesus no coração. Às vezes o diabo vem na forma de um amigo que te leva para o mau caminho, aí você se sente culpado e desconta no álcool. Mas se você realmente está disposto a entregar a sua vida para Jesus…

– Eu estou sim, vou fazer tudo que for necessário. Eu só preciso saber se realmente é possível deixar de ser gay. O senhor conhece alguém que já tenha se curado?

– Ninguém nasce gay, a pessoa passa a ser gay quando o diabo encosta na vida dela. Ser gay é anormal, ninguém é feliz dessa forma, porque sempre há o sentimento de culpa. Se fosse algo normal, todo mundo seria gay e não haveria mais famílias. É exatamente por isso que você se sente tão culpado, bebe e tem nojo do seu comportamento. Estou certo?

– Sim.

– Eu vejo nos seus olhos que você tem fé e Jesus vai tocar o seu coração através da oração que vou fazer para você. Se levante, por favor.

Foi aí que o pastor colocou as duas mãos na minha cabeça e começou a mexê-la de um lado para o outro, me causando um pouco de tontura. Fiquei meio constrangido, pois ainda havia algumas pessoas na igreja e ele gritava enquanto orava: ‘Jesus tem poder, Jesus é mais forte e eu ordeno que o diabo saia do seu corpo. Queima, capeta! Queima, pomba-gira! Queima, Iemanjá! Queima, demônio do homossexualismo! Esta alma é de Jesus e você não pode nada contra nós!’ […] Senti vontade de chorar, tanto que fiz isso na frente do pastor e de quem estava em volta. Ele perguntou se eu me sentia melhor após a oração e eu falei que sim, inclusive, que estava chorando de felicidade e alívio”, relatou o repórter.

Talvez esse diálogo explique porque a sociedade construiu o estereótipo de que acreditar que a homossexualidade é pecado seja o mesmo que odiar o homossexual. Talvez seja necessário um ajuste do discurso e da prática àquilo que o Evangelho sugere, de verdade.