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Batismo nas águas: o que é e para que serve?

Embora ninguém perca a salvação por não ter se batizado nas águas, fato é que a experiência do batismo está ordenada para todos os salvos.

A palavra batismo tem origem na palavra grega baptisma (“batismo”, substantivo) ou baptizo (“batizar”, verbo). Praticado no Novo Testamento por João (Mt 3.1-6), como demonstração pública de arrependimento e preparação para chegada do Reino de Deus; e praticado posteriormente pelos discípulos de Jesus (Jo 4.1-2), como uma forma de ingressar na comunidade cristã.

Criança pode ser batizada?

A Bíblia não oferece uma resposta objetiva e pontual sobre esta questão com aquela clareza que gostaríamos para resolver todo embate entre os cristãos ao longo dos séculos. Diante disso, a maioria das igrejas evangélicas batiza apenas pessoas que possam fazer uma consciente confissão de fé em Cristo, mas há igrejas que batizam até mesmo bebês, desde que sejam filhos de crentes (são chamadas igrejas “pedobatistas”). Fato é que não temos nenhum caso seguro de crianças sendo batizadas nas águas no Novo Testamento.

Batismo por imersão, aspersão ou efusão?

Os cristãos estão divididos sobre qual é a forma adequada e bíblica de se realizar o batismo: se por imersão (com a pessoa sendo totalmente mergulhada em águas), se por aspersão (com um pouco d’água sendo jogada sobre a pessoa) ou se por efusão (com água abundante derramada sobre a cabeça do batizando. Mas todos admitem que o elemento água deve estar presente obrigatoriamente, dado seu valor simbólico de purificação, tal qual fora utilizado na igreja primitiva.

Há ainda quem questione se o batismo deve ser feito em águas paradas (como num tanque ou piscina) ou em águas correntes de rios, como João Batista que batizava no rio Jordão. Mas esta é uma questão de menor relevância entre os protestantes, e para a qual a Bíblia não impõe nenhuma obrigação.

Por que em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo?

Embora alguns grupos cristãos batizem apenas “em nome de Jesus”, a fé cristã ortodoxa é trinitariana, ou seja, está firmada na crença da santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, e é sob a invocação da Trindade que o cristão deve ser batizado, conforme o próprio Jesus ensinou em Mateus 28.19.

Ademais, como ressalta o Dicionário Vine, “A expressão em Mt 28.19, ‘batizando-as em nome’ (cf. At 8.16), indicaria que a pessoa ‘batizada’ ficou estreitamente relacionada ou tornou-se propriedade daquele em cujo nome foi ‘batizada’”. Isso mesmo. Você não só professou fé na morte e ressurreição de Jesus, como pelo batismo declarou publicamente ser propriedade dele, devendo-lhe plena submissão!

Preciso mesmo me batizar nas águas?

Embora ninguém perca a salvação por não ter se batizado nas águas, fato é que a experiência do batismo está ordenada para todos os salvos.

As duas ordenanças cerimoniais que Cristo deixou para sua Igreja foram apenas estas: batizar nas águas (Mt 28.19) e cear em sua memória (Lc 22.19,20). Não há nenhum crente no Novo Testamento que não tenha desejado o batismo nas águas. Até mesmo Jesus, sendo Filho de Deus encarnado, julgou que devia batizar-se para cumprir toda a justiça de Deus (Mt 3.13-15). Então por que nós não nos batizaríamos também como ele? No batismo nos identificamos com a morte e ressurreição de Cristo, além de declararmos publicamente estarmos ligados ao Cristo vivo, ao Cristianismo histórico e à Igreja do Senhor, que é universal e espiritual, e que, independente da forma, celebra esse ritual cristão em todo mundo e em todas as épocas!

Se você ainda não foi batizado nas águas, mas crê em Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, e que ele é o bendito Filho de Deus, o que lhe impede de ser batizado? “É lícito que sejas batizado, se crês de todo o coração” (At 8.37). Não proteles. Procure seu pastor, fale de seu interesse em estreitar ainda mais sua ligação com Jesus Cristo, com a Igreja espiritual e universal (os salvos em toda terra), e também com sua igreja local. Coloque-se como um candidato ao batismo! Afinal, esta é a vontade de Deus, que todo aquele que crê, seja batizado (Mc 16.16).

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Psiquiatra admite possessão demoníaca

Maioria dos profissionais parece ter medo de admitir que isso existe, explica Richard Gallagher

Richard Gallagher
Richard Gallagher.

O psiquiatra americano Richard Gallagher, membro da Junta Americana de Psiquiatria e Neurologia e professor na Columbia University é um profissional renomado em sua área. Ele estuda relatos de possessão demoníaca há 25 anos e descobriu que, de fato, elas são reais.

Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, explicou que lida com essa questão “de um ponto de vista puramente científico”.

Acostumado a tratar com doenças mentais, sempre fica intrigado quando é “outra coisa”. “Há muitos outros psiquiatras e profissionais de saúde mental que fazem o que eu faço e que parecem ter medo de admitir [que a possessão existe]”, explica ele. “Como tive muitas experiências, estou disposto a falar, pois sinto essa obrigação”.

Gallagher explica que é católico praticante e, quando um padre o procurou cerca de 25 anos atrás para que ajudasse a determinar se uma mulher que alegava estar sendo atacada por “forças invisíveis” realmente sofria de alguma doença mental. O psiquiatra examinou a mulher e encontrou hematomas que apareceriam espontaneamente.

“Aquilo não poderia ser explicado com base em qualquer patologia médica ou psiquiátrica”, disse ele. “Ela estava completamente lúcida, nunca tinha visto um caso daquele antes.” Depois de uma longa entrevista, concluiu que ela, de fato, estava sendo atacada por um espírito maligno.

“Estava cético, mas o comportamento da mulher que se dizia bruxa superou tudo o que podia explicar com minha formação. Ela podia dar-se conta dos segredos de algumas pessoas, sabia como tinham morrido indivíduos que nunca conheceu, incluindo a minha mãe e seu caso mortal de câncer de ovário”, lembra Gallagher.

Além disso, seis pessoas lhe asseguraram que durante os exorcismos realizados a esta mulher, escutaram-na falar vários idiomas incluindo o latim, que era totalmente desconhecido para ela.

“Esta não era uma psicose; só consigo descrever como uma capacidade paranormal. Cheguei à conclusão de que estava possuída”, expressou.

Desde então ele passou a ver a questão da possessão de um modo diferente. Alguns casos tratados por ele, posteriormente entregues a um padre, incluem pessoas que demonstravam “uma força enorme ou inclusive o estranho fenômeno de levitação. Alguns possuíam ‘conhecimento oculto’ de todo tipo de coisas, como a forma em que parentes queridos de estranhos morreram, ou situações específicas de seu passado. Estas são habilidades que não se podem explicar, exceto pela capacidade psíquica ou sobrenatural”.

Na Igreja Católica, o exorcismo só pode ser realizado por um sacerdote capacitado e com a permissão da alta hierarquia.

Para os evangélicos, a libertação é relativamente comum, sobretudo nas igrejas “renovadas” e “pentecostais”.

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Caso de George Alves reacende debate sobre “falsos pastores”

Polícia o acusa de ter violentado e matado duas crianças e provocado incêndio para encobrir crime

George AlvesGeorge Alves e esposa em culto. (Foto: Reprodução / Facebook)

George Alves, que está preso, denunciado pela polícia por estuprar, agredir e queimar os meninos Joaquim de 3 anos (seu filho), e Kauã, 6 anos (seu enteado) fez a vida como cabeleireiro. Nos últimos anos era pastor da Igreja Batista Vida e Paz, na cidade de Linhares, Espírito Santo.

O caso chamou atenção mundial pela crueldade envolvida. No meio evangélico, está reacendendo o antigo debate sobre como uma pessoa se torna pastor sem ter, necessariamente, estudo formal de teologia e reconhecimento de alguma organização.

A prática não é incomum, mas para o pastor José Ernesto Spinola Contide, presidente de honra do Conselho Estadual de Igrejas evangélicas do Espírito Santo, é necessária uma reflexão.

“Sabemos que nossa Constituição assegura o livre exercício dos cultos religiosos e garante, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. O problema é: será que ao assegurar o livre exercício dos cultos religiosos, permite que qualquer pessoa abra uma porta, invente o nome de uma ‘igreja’ e se autodenomine pastor, bispo, apóstolo, ou sei lá o quê, para dirigir aquela igreja? A resposta, para mim, é não”, afirmou ele ao jornal Gazeta.

Contine insiste que ser pastor não é nem deveria ser visto como uma profissão. O experiente líder religioso faz uma crítica aberta a algumas igrejas que não possuem critérios claros.

“É irresponsável uma denominação que ordena alguém pastor com apenas seis meses de conversão. Já está passando da hora das diversas denominações serem mais criteriosas e conscientes na escolha de seus pastores.”

Ao mesmo tempo, ele defende que a Igreja Batista Vida e Paz deveria ser responsabilizada civil e criminalmente por ter ordenado George. “Ele é uma pessoa monstruosa e desqualificada para exercer qualquer cargo eclesiástico. A denominação assumiu o risco de ordenar uma pessoa despreparada para a função. Se ela fosse responsabilizada, assim como um hospital também é responsabilizado pelo erro de um médico, tenho certeza de que as denominações teriam mais cuidado em ordenar qualquer um para pastor”, avalia.

Já Oscar Domingos de Moura, que é pastor há 40 anos e hoje o presidente da Convenção Fraternal das Assembleias de Deus do Estado do Espírito Santo, reitera que são muito sérias acusações que o pastor George responde.

“A categoria está estarrecida. A pessoa que tem coragem de fazer isso com duas criancinhas não é gente, é monstro. Não é qualquer um que pode ser pastor. O George entrou na igreja para enganar. Na verdade, ele é um falso pastor”, sentencia.

Outro pastor que opina de modo semelhante é Geovanni Gomes Coelho, da igreja batista de Morada da Barra, em Vila Velha. Ele explica que conhece outros casos de pastores que cometeram crimes e isso sempre gera um desgaste na imagem de todos os líderes evangélicos.

“Esses criminosos costumam ter poder de persuasão. Já vi pessoas usando a função de pastor para praticar crimes. Usam da lábia e infelizmente é difícil detectar”, lamenta.

Apesar de todo o processo montado pela polícia, que fez perícia na casa incendiada e nas crianças mortas, George Alves alega inocência e nega todas as acusações. Com informações Gazeta