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Galinha foge ao ser oferecida em sacrifício a vulcão

 

16/08/2011 – 09h52

DE SÃO PAULO

Uma galinha provocou uma cena cômica durante um ritual de sacrifício no Monte Bromo, em Java, na Indonésia.

Moradores locais tentaram oferecê-la aos deuses, mas a galinha fugiu.

Adoradores costumam fazer sacrifícios de animais e deixar oferendas da crateria vulcânica do Monte Bromo, para pedir por segurança, prosperidade e também fecundidade. Mas Giselda não quis saber e agora é livre.

Dwi Oblo/Reuters

Galinha foge ao ser oferecida em sacrifício

Galinha foge ao ser oferecida em sacrifício

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Paleontólogos desvendam criatura associada ao Monstro do Lago Ness

 

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE

Fama de monstro, coração de mãe. Em síntese, esse é o retrato que uma dupla de paleontólogos traçou ao analisar um fóssil único: o de uma fêmea de plesiossauro grávida, com 80 milhões de anos.

A reputação dos plesiossauros anda manchada desde que esses répteis marinhos da Era dos Dinossauros foram associados ao célebre Monstro do Lago Ness, na Escócia. Faz quase um século que quem acredita na existência do bicho aposta que se trata de uma espécie sobrevivente de plesiossauro.

Dino-robô anda em ruas de Sydney para promover semana da ciência

Foto - monstro do Lago Ness

Ninguém nunca provou que Nessie (como o monstro é conhecido) existe mesmo, mas o fóssil estudado pelo argentino Luis Chiappe, do Museu de História Natural de Los Angeles, e Frank O’Keefe, da Universidade Marshall (EUA), mostra que o bicho estava mais para uma baleia do que para um lagarto quando o assunto era ter bebês.

S. Abramowicz/Dinosaur Institute

Ilustração artística do plesiossauro com seu filhote; fóssil encontrado em 1987 só foi estudado agora

Ilustração artística do plesiossauro com seu filhote; fóssil encontrado em 1987 só foi estudado agora

Até hoje, ninguém tinha muita certeza sobre o método reprodutivo adotado pelos plesiossauros. É verdade que os mares da época em que ele viveu estavam cheios de répteis que não botavam ovos e davam à luz seus filhotes dentro d’água, mas faltavam dados diretos sobre os bichos no registro fóssil.

DO BAÚ

Chiappe e O’Keefe mudaram isso ao resgatar da gaveta um esqueleto descoberto em 1987, no Estado americano do Kansas, mas nunca estudado. O exemplar de Polycotylus latippinus, que teria medido cinco metros quando vivo, estava misturado a uma estranha maçaroca de ossos menores e mais delicados.

Ocorre que esses ossos estavam posicionados "por dentro" do esqueleto principal. Embora a anatomia deles deixe claro que se trata da mesma espécie do bicho maior, o fóssil mais modesto está cheio de cartilagens e possui proporções do corpo que são típicas de um feto.

De quebra, não há sinais de que tenha sido devorado pelo grandalhão, o que faz com que a hipótese de gravidez seja a mais provável. Mais importante ainda, o bebê é grandalhão.

Ele e a mãe morreram antes do fim da gestação, mas os paleontólogos calculam que ele teria alcançado entre 35% e 50% do comprimento da genitora se tivesse nascido.

Essa proporção é fora de série mesmo entre os répteis aquáticos da Era dos Dinos. Mas bate com o que se vê entre bichos como orcas e outros mamíferos aquáticos de grande porte, por exemplo.

Dar à luz bebês grandalhões costuma ser uma estratégia evolutiva típica de espécies que investem muita energia nos filhos, cuidam muito deles mesmo depois do nascimento e formam grupos sociais grandes e estáveis.

Por isso mesmo, o estudo, que está na revista especializada "Science", aposta que o estilo de vida dos plesiossauros (ao menos no caso da espécie estudada) era surpreendentemente parecido com o de baleias, golfinhos "e outros mamíferos marinhos altamente sociais".

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Pai que descobriu filho ao socorrer vítimas de atropelamento vira símbolo de paz

 

Atualizado em  12 de agosto, 2011 – 07:11 (Brasília) 10:11 GMT

Tariq Jahan Foto: PA

Tariq Jahan pediu paz e união após morte de filho

Um pai que descobriu o próprio filho ao socorrer vítimas de um atropelamento em meio aos distúrbios desta semana na cidade de Birmingham se transformou em herói na Grã-Bretanha.

Enquanto centenas de jovens muçulmanos e siques juravam vingança pela morte de Haroon Jahan e outros dois homens, Tariq Jahan fez um apelo por calma e pela união das diferentes comunidades. Seu discurso foi visto como decisivo na diminuição das tensões raciais na cidade.

"A intervenção que ele conseguiu fazer, que foi uma das mais fortes, generosas e visionárias que eu já vi, em um momento de absoluta dor e devastação, eu acredito que foi uma intervenção decisiva para que Birmingham não sofresse tensão e violência entre comunidades", disse o comandante da polícia Chris Sims.

Atropelamento

Na terça-feira, Haroon Jahan, de 21 anos, Shazad Ali, de 30 anos, e Abdul Musavir, de 31, foram atropelados por um carro em alta velocidade. Segundo os relatos de Tariq Jahan, todos os moradores estavam nas ruas, tentando proteger a comunidade de saqueadores, depois que um clube e um posto de gasolina foram destruídos durante as revoltas.

Vítimas de atropelamento

Haroon Jahan, Shazad Ali e Abdul Musavir morreram ao tentar proteger comunidade

Ele contou que ouviu um barulho e viu três pessoas no chão.

"Meu instinto foi ajudar as três pessoas. Eu não sabia quem elas eram ou se estavam feridas. Eu estava ajudando o primeiro rapaz e alguém veio e me disse que meu filho estava deitado atrás de mim. Eu comecei a fazer massagem cardíaca no meu próprio filho, meu rosto estava coberto de sangue, minhas mãos, cobertas de sangue", contou ele.

"O homem que o matou dirigiu na direção de um grupo de pessoas e matou três rapazes. Por quê? Qual é a razão de se fazer isso?"

"Eu não culpo o governo, eu não culpo a polícia, eu não culpo ninguém", disse ele.

"Eu perdi meu filho. Negros, asiáticos, brancos, nós todos vivemos na mesma comunidade. Por que temos que matar uns aos outros? Por que estamos fazendo isso? Dê um passo à frente se você quer perder seu filho. Caso contrário, fique calmo e vá para casa. Por favor."

Elogios

Depois do discurso que teve repercussão nacional, em entrevista ao jornalThe Times, Jahan disse que não sente ódio e falou de perdão.

"Eu não sei se sou modelo ou herói. Eu sou um pai. Tudo o que quero é que haja paz para que eu e minha família possamos rezar pelo meu filho."

Na quinta-feira, um homem de 32 anos que havia sido preso por suspeita de assassinato foi libertado sob fiança. Outro homem de 26 anos e dois rapazes, de 16 e 17 anos, também foram presos em conexão com a morte dos três homens em Birmingham.

Vítimas

Foto: AFP

O estudante Asyraf Haziq foi roubado quando estava ferido

Um estudante da Malásia que foi roubado após ser atacado e ferido por saqueadores na segunda-feira também disse sentir pena dos homens que o atacaram e disse que havia crianças de escola primária entre eles.

O caso de Asyraf Haziq ficou conhecido depois que um vídeo foi publicado no YouTube, mostrando rapazes que fingiam ajudá-lo e acabavam roubando coisas de dentro de sua mochila.

Um homem de 68 anos que estava em coma após ser espancado enquanto tentava apagar um incêndio provocado por saqueadores morreu devido a seus ferimentos, em Londres.

Esta foi a quinta morte ligada às revoltas, depois do atropelamento dos três homens em Birmingham e da morte de um homem a tiros no sul de Londres.

Tumultos

Ao todo, mais de 1,5 mil pessoas foram presas por causa da violência nas ruas da Grã-Bretanha esta semana, mil delas em Londres.

Tribunais têm funcionado durante a madrugada para julgar os indiciados e muitos infratores vêm recebendo sentenças mais duras que o normal, após críticas da polícia e de políticos.

Em um desses casos, um homem foi condenado a seis meses na prisão por ter roubado uma caixa de água de R$ 8.