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ABALANDO O INFERNO.

 

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Por Leandro Borges

“Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e força; é ele quem muda os tempos e as horas, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz”. (Daniel cap.2 vers.20,21,22).

Quando o livro de Daniel foi escrito, Israel estava sob cativeiro na Babilônia. Na altura do capítulo 6, após uma longa vida no ministério, Daniel tinha oitenta anos de idade. O piedoso profeta pregador havia sobrevivido a dois reis babilônicos, Nabucodonozor e seu filho Belsazar. Agora Daniel servia sob o rei Dario.

Em todos seus muitos anos de ministério, Daniel sempre foi um homem de oração. E agora, idoso, ele não pensava em parar. As escrituras não trazem menção de Daniel estar esgotado ou desencorajado. Nada diz de ele ter um pé de meia ou uma casa de campo, onde poderia passar seus anos dourados sem nenhuma responsabilidade. Pelo contrário, Daniel estava só começando. As escrituras mostram que mesmo chegando aos oitenta, as suas orações sacudiam o inferno, enfurecendo o diabo.

Por essa época, o rei Dario havia promovido Daniel ao posto mais elevado daquela terra. Daniel agora era um dos membros de um triunvirato, e governava sobre os príncipes e governadores de cerca de 120 províncias. A Bíblia até diz que Dario favorecia Daniel em relação aos outros dois co-presidentes. Ele nomeou Daniel encarregado de formar uma política de governo, instruindo os demais membros de seu escalão e os intelectuais: “…Daniel se destinguiu destes presidentes…e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino”. (Daniel cap.6 vers.3).

Obviamente, Daniel era um profeta atarefado. Ninguém poderia desempenhar tantas funções sem ser terrivelmente ocupado. Fico só imaginando os tipos de pressão colocados sobre este ministro, com sua programação e reuniões que gastavam tanto tempo .

Contudo nada afastava Daniel da sua hora de oração. A oração continuava sendo sua principal ocupação, e tinha prioridade sobre todas as demais questões. Em resumo, Daniel nunca estava ocupado demais para orar. Três vezes por dia ele dava uma saída de suas obrigações, de suas apreensões, das coisas que exigiam sua atenção como líder, para gastar tempo com o Senhor.

Daniel não tinha de consultar outros líderes “de sucesso” para aprender como cumprir o seu chamado. Não tinha de assistir cursos para aprender como ministrar às multidões sob seu cuidado. Daniel recebia toda sabedoria, orientação, mensagens e profecias enquanto estava ajoelhado.

Não é errado crer que Daniel é um exemplo para nós da importância de ter um ministério de oração nos tempos de crise. Vemos isso em seus primeiros anos, sob o governo de Nabucodonozor. Certa época, o rei teve um sonho perturbador que o deixou desnorteado, confuso e assombrado. Ele suplicou que seus videntes que lhe explicassem o sonho, mas ninguém conseguiu.

Isso enfureceu Nabucodonozor, e ele disse à corte: “Vocês só me trazem palavras tolas e vazias; ficam enrolando, tentando ganhar tempo. Mas quero a verdade. Quero respostas aos meus anseios mais profundos.” Finalmente, decretou que todos os videntes fossem mortos – os astrólogos, os feiticeiros, os mágicos, até os “sábios”, incluindo o jovem Daniel e seus três piedosos companheiros.

Quando Daniel soube da sentença de morte, fez uma reunião com os três amigos. Você pode ter certeza de que a reunião não foi para “congraçamento”, ou estudar opções, ou motivar os outros judeus a trazerem planos de sobrevivência. Não, Daniel e os jovens hebreus sabiam que teriam ouvir diretamente do Senhor. Então se ajoelharam, e clamaram por Sua misericórdia e revelação.

Como realmente é incrível a préce que Daniel ofereceu a Deus: “Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e força; é ele quem muda os tempos e as horas, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz” (Daniel cap.2 vers.20,21,22).

Nesta época, a igreja do Velho Testamento tinha chegado à sua pior fase. O povo de Deus tinha perdido o cântico, o louvor fora silenciado, e agora estava sendo espiritualmente arrastado pela correnteza. A tremenda prosperidade de Babilônia tinha se agarrado ao coração de muitos. E certamente Satanás se alegrava com a situação de Israel. E então, para piorar, motivou Nabucodonozor a lançar a sentença de morte contra Daniel.

Agora todos israelitas sob cativeiro estavam olhando para Daniel. O futuro deles dependia da relação dele com Deus. E ficavam pensando: “Será que Deus ainda fala com as pessoas ??? Será que alguém é capaz de fazer a leitura dos tempos e saber o que está acontecendo ??? Quem pode discernir os segredos do Senhor ???”

Daniel sabia exatamente o que estava ocorrendo. E poderia ter agido de inúmeras maneiras. Ele poderia ter organizado uma grande marcha à capital para pedir justiça aos judeus. Mas veja, o mundo e o inferno não se impressionam com multidões, números, demonstrações. E nem são impactados por mega-igrejas com seus edifícios majestosos e um enorme ról de membros. Não se agitam por causa de jovens ministros brilhantes e letrados que fazem pesquisa perguntando: “Que tópicos você gostaria que evitemos nos sermões ??? Como devemos lhe acomodar, para que você venha à igreja ???”

Não – a única maneira de impactar este mundo é através de uma palavra que revele o pecado e exponha o coração. O mundo necessita ouvir a verdade pura do Espírito Santo, que golpeie os espertos e responda ao clamor do coração em dúvida.

Creio que o rei Nabucodonozor é o retrato da humanidade moderna, que clama o seguinte: (“Tenho poder e influência; tenho todo os bens materiais que poderia desejar – mas mesmo assim, não possuo paz. Faço perguntas, e preciso de respostas. E vocês, que dizem falar por Deus – ou seja, intelectuais, os partidários do ritualismo, até as pessoas do povo – se vocês não conseguirem responder ao clamor do meu coração, então não têm o direito de existirem. Não há propósito para vocês; são inúteis para a sociedade.”)

OS PROBLEMAS SE OPÕEM Á TODA PESSOA QUE ORA.

Toda pessoa que ora sofre o açoite do inferno. E Satanás vai fazer tudo que puder para calar suas préces. Daniel já tinha provado a eficiência de sua oração sob Nabucodonozor e Belsazar. Agora, no reinado de Dario, Satanás inicia uma grande conspiração para calar as orações de Daniel. As orações do profeta tinham sacudido tanto o inferno, e o diabo ficou tão enfurecido, que organizou o governo inteiro da Babilônia contra ele.

É importante lembrar que, Daniel tinha sido colocado acima de todos os outros líderes do país; e esses políticos viam em Daniel sabedoria, respeito e uma preferência que os deixava com inveja. E agora então, conspiram contra ele: “Então os presidentes e os sátrapas procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino, mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma, porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa”. (Daniel cap.6 vers.4).

Daniel era inculpável, então os líderes da Babilônia não conseguiam lhe pegar em nenhum pecado. Finalmente concluíram que a única maneira de chegar ao profeta seria através do caminhar que ele tinha com Deus. Disseram: “Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus” ( Daniel cap.6 vers.5). Quisera Deus que isso pudesse ser dito sobre nós hoje em dia. Não é mesmo ???

Esses líderes sabiam que Daniel orava em direção a Jerusalém três vezes por dia. E atribuíam a preferência de que desfrutava às orações. Então executaram um plano para acabar com a oração. Como ??? Provavelmente ficaram tentando ocupar o tempo de Daniel com atividades. Os co-presidentes procuravam lhe envolver em negócios importantes, do governo, para que não tivesse tempo de orar.

Tentar ocupar o tempo com atividades é um dos principais artifícios que Satanás usa contra todos os crentes. E é uma conspiração que prevalece especialmente no meio dos pastores. Se você perguntar a um pastor por que ele não ora, ele provavelmente dirá que não tem tempo. As obrigações de pastor lhe consomem tanto, que ele tem de usar todo o tempo que sobra para preparar os sermões.

A maioria dos cristãos cai na mesma tentação. Dizem: “O meu tempo é muito curto para eu orar. O trabalho me consome todo o tempo”. Até as donas de casa afirmam: “Não tenho um minuto no dia para orar. Quando eu consigo vestir as crianças, deixar a casa limpa e preparar as refeições, o tempo acabou.”

O filósofo e teólogo dinamarquês Soren Kierkegaard, se referiu às ocupações do cristão como sendo um narcótico. Ele observa que elas levam à uma propensão à dualidade mental. Ele diz que à medida que as pessoas se aprofundam em suas ocupações e negócios, o amor delas pela verdade é relegado ao esquecimento. Aí, com os estímulos intensos de suas atividades e a progressiva necessidade de tempo, torna-se impossível para elas entenderem o perigo em que entraram. Elas possuem o espelho da palavra de Deus, mas não conseguem se aquietar o tempo suficiente para verem o que ela reflete.

Acho que a pessoa ocupada que raramente ora, está pior do que aquela que tem uma doença grave. Por que ??? Porque progressivamente ela se adapta à situação. E com o tempo, ora cada vez menos e se torna cada vez menos consciente de Deus. Até que suas convicções se esvanecem, e as perde totalmente.

Daniel sabia que não conseguiria ficar um dia sem orar. Então continuou orando, mesmo seus colegas lhe jogando mais atribuições. Você conhece a história – finalmente conseguiram um decreto determinando a suspensão de toda oração por trinta dias. Era uma lei dirigida unicamente a Daniel. Porém, mesmo então, Daniel não suspendeu suas orações que abalavam o inferno – e acabou na cova dos leões.

Pode-se imaginar o que teria motivado Daniel a orar com tanta intensidade. O que o levou a continuar orando, mesmo com um decreto de morte dirigido contra sua cabeça ??? Por que este homem de oitenta anos iria continuar derramando o coração junto ao Senhor com tanto fervor, quando o resto da igreja não buscava mais a Deus ???

Pense no enorme esforço que Daniel teve de fazer para se dedicar à oração. Afinal de contas, ele morava na Nova York do seu tempo: na enorme, majestosa e rica Babilônia. E vivia num tempo de apatia espiritual – de bebedeiras, de busca de prazeres e de ganância no meio do povo de Deus. Além disso, era um líder atarefado com distrações por todos os lados.

  A oração não é algo que venha naturalmente à pessoa alguma, inclusive a Daniel. Um horário disciplinado para oração é fácil de começar, mas difícil de continuar. Tanto a nossa carne quanto o diabo conspiram contra ela. Então, como nos tornamos homens de oração ???

Nos Períodos de Declínio Espiritual e de Julgamento Iminente, Deus Busca Certo Tipo de Homens de Oração.

Em (Jeremias cap.5), Deus pede: “Dai voltas às ruas de Jerusalém…buscai pelas suas praças. Se achardes alguém que pratique a justiça e busque a verdade, eu perdoarei a esta cidade” (Jeremias cap.5 vers.1). O Senhor estava dizendo basicamente: “Terei misericórdia, se encontrar pelo menos uma pessoa que me busque”.

Deus havia abençoado e protegido totalmente este povo. Mesmo assim, continuavam passando todos os limites da moralidade, cometendo adultério e relacionando-se com meretrizes. Além disso, não sofriam mais com o pecado, e rejeitavam a correção. Então Deus procurou pelo menos um homem de oração, de coração quebrantado, para que este intercedesse – mas não conseguiu achar nenhum.

(Ezequiel cap.23) descreve uma tragédia semelhante. Os profetas e os sacerdotes de Israel tinham se transformado em lobos vorazes. Enriqueciam às custas dos humildes inocentes, e roubavam dos pobres e das viúvas. Profanavam a santidade de Deus, não vendo nenhuma diferença entre o puro e o impuro. Fechavam os olhos para o pecado, e pregavam mentiras declarando de maneira falsa: “Assim diz o Senhor.”

Deus em vão implora que pelo menos um homem se posicione contra isso: “Busquei entre eles um homem que levantasse o muro, e se pusesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse, mas a ninguém achei”. (Ezequiel cap.22 vers.30).

Contudo, durante o cativeiro na Babilônia Deus encontrou este homem em Daniel. E hoje, mais do que nunca na história, Deus está procurando o mesmo tipo de homens e mulheres piedosos. Ele busca servos fiéis que queiram “levantar o muro” e se “pôr na brecha”, coisas que só podem ser conseguidas com oração.

Como Daniel, essa pessoa será encontrada com a palavra de Deus na mão. Quando o Espírito Santo veio sobre Daniel, o profeta estava lendo o livro de Jeremias. Foi aí que o Espírito revelou que o tempo da libertação de Israel tinha chegado. Diante desta revelação, Daniel foi levado à oração: “Dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e rogos, com jejum, pano de saco e cinza. Orei ao Senhor meu Deus” (Daniel cap.9 vers.3,4).

O Espírito de Deus está procurando pelas nações do país, pelos escritórios dos pastores, em busca dos que se aprofundam com diligência na palavra. Servos deste tipo não estão simplesmente procurando conhecimento bíblico; estão em busca do poder espiritual, da mortificação do pecado, da verdade que liberta. Eles vêem claramente o que está acontecendo pela terra, pois identificam isso a partir da palavra de Deus. Uma vez o Senhor tendo encontrado tais pessoas, Ele as abençoa com um espírito de oração.

O Servo de Oração Enxerga a Situação da Igreja – E Se Identifica Com a Culpa.

Daniel certamente ficou entusiasmado quando entendeu que havia chegado a hora de Deus restaurar o Seu povo. Mesmo assim, quando viu a situação espiritual de Israel, o profeta se consternou. O povo estava se saciando com os pecados de Babilônia – buscando prazeres e prosperidade, afastando-se dos padrões morais que antes abraçavam.

Daniel sabia que o povo de Deus não estava preparado para receber Sua restauração. Ainda assim, será que o profeta ficou fustigando seus compatriotas por causa do pecado? Não – Daniel se identificou com a decadência moral que o cercava. Ele declara: “pecamos e cometemos iniquidade… a nós pertence a confusão do rosto…porque pecamos contra ti” (Daniel cap.9 vers.5 e 8).

Creio que o mesmo sucede com a igreja de Jesus Cristo dos dias de hoje. Muitos não estão em condições de responder ao desejo que Deus tem de realizar uma grande obra de reavivamento em nós. Tal como Israel, ficamos contaminados pelos pecados de nossa sociedade corrupta.

Veja isso: Na Califórnia, uma lei torna obrigatório que a escola primária ensine que o homossexualismo é um estilo de vida alternativo permitido. A bebedeira se disseminou das faculdades para os cursos de segundo e de primeiro grau. E a internet se transformou numa super-estrada para a pornografia.

Em resumo, vivemos numa Babilônia moderna. E tragicamente, os cristãos adotaram o estilo cheio de pecado da sociedade.

Por exemplo: Hoje em dia muitas esposas de cristãos estão dizem o seguinte: “Eu sentia meu esposo se afastando de mim, e não sabia o porquê. Aí abri a porta do seu escritório e o peguei olhando com lascívia a pornografia da internet.”

Os jovens em particular são presa fácil para a sedução de Satanás. Multidões de jovens cristãos estão baixando downloads de arquivos de músicas perniciosas. Músicas de cantores assassinos; músicas falando de matar policiais; músicas falando de morte, suicídio, e de todo tipo de promiscuidade sexual. Funk, samba, pagode, rap, rock, póp, reggae, musicas românticas, etc…

Deus deseja intensamente abençoar o Seu povo nestes dias – contudo se nossas mentes estão poluídas pelo espírito deste mundo, não estaremos em condições de recebermos Suas bênçãos.

Daniel fez uma declaração forte: “todo aquele mal nos sobreveio: apesar disso, não suplicamos à face do Senhor nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniquidades, e para nos aplicarmos à tua verdade. Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós”. (Daniel cap.9 vers.13,14).

Daniel estava dizendo: “Vimos a degradação da nossa terra. E vimos nossos pastores buscando seus próprios interesses; toda a sociedade correndo para a destruição. Mesmo assim, não nos voltamos para a oração. Se pelo menos orássemos, Deus nos teria tirado do pecado. Ele inclusive ficou aguardando nossa reação, fazendo promessas gloriosas para nos libertar. Mas nós não demos tempo para Ele. Pelo contrário, fomos nos desviando cada vez mais dEle, nos saciando nos pecados da sociedade ímpia. É por isso que Seu julgamento caiu sobre nós.”

A verdadeira oração que sacode o inferno, é aquela oração que vem do servo fiel e aplicado, que vê seu país e sua igreja caindo cada vez mais no pecado. Ele se dobra sobre os joelhos, chorando, e dizendo: (“Senhor, não quero ser parte do que está acontecendo. Permita que eu seja um exemplo do Teu poder salvador no meio deste século corrupto. Não importa se ninguém mais ora. Eu vou orar.”)

Daniel conclui dizendo: “estando eu…ainda falando na oração, o homem Gabriel…me instruiu, e me disse: Daniel, agora vim para fazer-te entender o sentido…és muito amado” (Daniel cap.9 vers.21-23).

Onde está o povo de oração na casa de Deus hoje ??? Onde estão os pastores fiéis que buscam o Senhor dia e noite ??? São esses que receberão a instrução e o entendimento, porque são muito amados.

Tal como Daniel, esses servos se identificam com os pecados da nação e da igreja, e o confessam. E clamam, em humildade: “Ó Senhor, mostre onde me desviei, onde sou achado em falta. E me ajude a enfrentar e a tratar disso. Custe o que custar, Deus, faça com que eu continue ajoelhado. Desejo ardentemente Te ver restaurando Tua igreja.”

“Depois destas coisas, ouvi no céu uma como grande voz de numerosa multidão, dizendo: A Salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus, porquanto verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos. Então, ouvi uma como voz de numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso”. (Apocalipse cap.19 vers.1,2,6).

QUE DEUS TE ABENÇOE…

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Existem super crentes?

 

Imagem do avatarPor josicleyton fiuza (perfil no G+ Social) em 20 de junho de 2011

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Existem super crentes?

Durante muito tempo eu andei observando o comportamento de determinados crentes que levam a principio uma vida santa. Mas vendo de perto, tive a certeza que essas pessoas colocam obstáculos achando que estão fazendo isso para Deus. Mal sabem que estão na verdade sendo prejudicados espiritualmente por não conhecer de fato as escrituras, e a graça de Deus. Paulo sempre falou em suas cartas as igrejas, que o reino de Deus não é a comida que se come ou o que se veste ou o que se toca e sim, a Salvação pela fé em Jesus Cristo. No período da lei era necessário cumpri-la toda e alguém fez isso? Não! Foi preciso que Deus pelo seu amor, mandou seu filho único para primeiro cumprir a lei por toda a humanidade e depois entrega-lo a morte de cruz por nós. Então por que o homem insiste em colocar cargas pesadas nas vestes, nos cabelos, na comida (com exceção do sangue e comida oferecida a ídolos) para o crente cumprir e eles mesmos não a cumprem? Pelo simples fato de aprisionar as ovelhas ao seu comando autoritário ou por não conhecer de fato as escrituras (Mt 22:29). Nesse estudo de maneira nenhuma passar a idéia de se voltar contra a igreja A ou B, mas sim que venha evitar esse tipo de ensinamento que gera desunião e meninice dentro de nossas igrejas. Mike Murdoc, um pastor americano disse “Quando Deus fez o homem ele o colocou como dominador dos animais e plantas na terra, menos dominador sobre outro homem”. Que esse estudo venha ser instrumento de edificação em sua vida com Cristo e que saiba aproveitar a liberdade cristã sem fazer péssimo uso dela.

Introdução

No século XXI a igreja do Senhor Jesus vem passando por um processo em que muitas doutrinas absurdas vêm entrando com sapatinho de lã para gerar contenda e divisão no meio do povo de Deus. Isso não é de agora, pois já tinha nos tempos de Jesus com os fariseus, que eram homens religiosos que seguiam a lei de Moisés ao pé da letra (pelo menos na frente dos sacerdotes). Jesus advertia aos discípulos sobre o ensinamento hipócrita deles. Nos dias de hoje não é diferente. Muitos crentes hoje em dia têm um comportamento “santo demais” que são chamados de “santarrões”. Esse comportamento às vezes é conseqüência de uma doutrina errônea que ao invés preparar o crente para a caminhada ao céu de uma forma saudável, Cria nele um caráter de separação extrema entre os demais irmãos e os instrui a ver pecado em coisas que nem a palavra de Deus fala. Já houve casos de novos convertidos deixarem os caminhos do Senhor, graças à falta de sabedoria dessas pessoas. Em uma determinada igreja, uma jovem nova convertida estava no banco de uma igreja assistindo a um culto e no final uma senhora dessas que é “santa demais”, chegou para essa jovem e disse: “pega esse pano pra fazer o restante da saia”. Resultado: nunca mais ela voltou pra igreja. Jesus mesmo fala que é melhor colocar uma pedra amarrada em nosso pescoço e jogar no mar, do que prejudicar a caminhada de um Cristão. Se fosse feito um levantamento do por que muitas pessoas se desviaram do caminho, muitos vão dizer que foi por causa da acepção de alguns “falsos irmãos” que se intrometeram no processo de crescimento espiritual colocando costumes criados por homens que são inexistentes nas Escrituras Sagradas para os gentios (não judeus) e até costumes de outras décadas, incompatíveis com os dias de hoje (Oséias 4:6).

Características dos chamados “Super crentes” e o que eles pregam.

• São doutrinados a falar que só a sua denominação é a verdadeira e as outras vão para o inferno.

Refutação: A bíblia fala que o povo de Deus deve viver em união (Sl 133:1) e placa de igreja não salva ninguém e Deus não é propriedade de denominação e sim o crente tem que ser propriedade de Deus, pois no dia do arrebatamento só existirão duas igrejas: uma que vai e a outra que fica. Esse negócio de dizer que só igreja tal salva, é muito a cara de seitas que existem por aí. O que salva não é a denominação e nem seu líder e sim, Jesus Cristo.

• Falam que jamais pecaram ou pecam.

Refutação: O texto básico em I João 1:10 já fala por si. Se eles não pecam por que não foram pro céu ainda? O crente vive em luta constante entre carne e espírito assim como esta no livro de Gálatas 5:1-24 e Romanos 7: 14-25. Certa vez eu estive em uma igreja que hoje está com outro nome e vi um pregador que falava que não tinha pecado nem na ponta da unha. Só de ele ter falado isso já pecou. Foi uma hora e dez minutos de tamanha heresia e o camarada chegou até dizer que era o dracula (até que ponto chega à ignorância humana)

• Ensinam que certos hinos não devem ser louvados devido à vida de alguns cantores que os cantam e também que certos ritimos foram criados pelo inimigo.

Refutação: A bíblia nos ensina a olhar para as coisas do céu. Muitos hinos são edificantes e inspiradores como os dos hinários e os de adoração. Agora, se o cantor não vive o que louva em um momento da vida dele, o que canta ou prega não vai deixar de ser verdade. Se for Assim, ninguém mais vai louvar na igreja não é? E no caso dos ritimos? Nosso país tem uma variação de ritimos como forró, musica baiana, Reggae, MPB, pagode e entre outros. Já ouvi falar que quem criou esses gêneros foi satanás. Ora vejam só! A bíblia fala que todas as coisas foram criadas por Deus e para Deus. Satanás não tem nada (a não ser a mentira. João 8:44) e nem criou nada. Tudo foi criado para louvar a Deus. Exemplos os africanos louvam a Deus com ritimos tribais e tambores, os japoneses usam instrumentos orientais e os brasileiros usam os variados ritimos para louvar a Deus.
• Não são obrigados a cumprir determinados deveres do estado que é: servir as forças armadas, voto, formação acadêmica (principalmente direito) e pagamentos de impostos.

Refutação: Em romanos 13:1 e 2 mostra que todos os crentes estão sujeitos a autoridades superiores (presidentes, governadores, deputados, vereadores juízes e pastores), pois todas elas foram Deus quem determinou. Devemos sim cumprir nosso dever como cidadão em tudo, principalmente pra dar bom testemunho para aqueles que não têm Cristo. A bíblia mostra isso quando um fariseu interroga Jesus se é certo pagar imposto a Cesar e ele respondeu: “Daí a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”. Com relação ao magistrado, ele só mete medo em quem faz o mal e não pra quem faz o bem (versículo 13) tem muitos defensores públicos que são crentes. Paulo advertiu a igreja de Roma principalmente na questão do pagamento de impostos, já que por achar que a igreja era separada do estado, não tinham o dever de pagar imposto, mas, Paulo ensinou que como cidadãos deveriam pagar os impostos, assim como nos dias de hoje.

• Eles só cumprimentam crentes de sua igreja e as outras só “oi tudo bom?” Como se fossem incrédulos.

Refutação: É costume dos crentes saudar uns aos outros com a paz do Senhor que vêm do hebraico, “Shalom Adonai”, outros com a graça e paz (cumprimento bíblico usado por Paulo e usado pelos batistas renovados). Aqui estou me referindo a um desses super crentes em que só saúdam somente os dele e os outros são tratados como incrédulos (pessoas que não crêem em Jesus) A bíblia é enfática quando diz que se você saudar com a paz e a pessoa não responder, a paz volta para si (aqui se refere a paz interior). (Mt 10:13) E sem contar que é falta de educação e pecado, pois está fazendo acepção de pessoas. (At 10:34,35; Tg 2:2)

Exemplo: Vem uma crente de uma determinada igreja com bíblia, harpa e tudo, mas há uma diferença no vestuário e em seu caminho vem um desses super crentes que “arrotam” santidade e a vê com indiferença e nem se quer cumprimenta ou diz somente um seco “oi”. Infelizmente até dentro de nossas igrejas existem os tais. Mas o que a bíblia ensina? Romanos 14:10 diz: “por tanto por que você que come verduras e legumes condena o seu irmão? E você que come de tudo despreza o seu irmão? Pois todos nós estaremos diante de Deus para ser julgados por ele”.

Observação: Os tradicionais (batistas e presbiterianos) não usam a saudação “paz do Senhor” e nem “graça e paz”, devido ao costume tradicional, mas mesmo assim quando um crente pentecostal o saúda com a paz do Senhor ele não deixa de responder também com a paz mostrando educação e respeito. Afinal de contas todos nós servimos ao mesmo Deus e fomos lavados pelo mesmo sangue.

• Pregam em não utilizar escovas, pranchas, fazer sobrancelhas ou depilações (no caso as mulheres) dizendo que é vaidade! Usa o texto de I Timóteo 2:9 e I Pedro 3:3 como argumento. E no caso de maquiagem e adornos? Eles usam Isaias 03 como argumento

Refutação: O texto de I Timóteo falava das mulheres ricas daquela época que usavam roupas, jóias e penteados caros para humilhar as irmãs mais simples da igreja e Paulo falou para que essas “dondocas” daquela época não se vestirem daquela maneira para não causar constrangimento e brigas. A bíblia mostra que devemos cuidar bem do nosso corpo, pois ele é templo e morada do Espírito Santo. Em provérbios fala que a mulher virtuosa é a coroa de seu marido! Qual a esposa que não quer ficar bonita para o marido? Ou para si? A mulher que não se cuida me desculpe não tem homem que queira. Muitas das “santarronas” e legalistas usam o texto de I Pedro 3:3 para abolir tais praticas e preferem ser comparados a um “flufi” ou primo “itti” da família Adams. Observe que Pedro falava para a mulher não colocar o exterior acima do interior e não excluir o exterior como os “super santos” falam. Se for assim a mulher teria que: Não usar penteado frisado, não usar adorno e chamar o marido de “senhor” qual é a esposa que faz isso? Nem a esposa do maior legalista no mundo faz. E no caso de maquiagem, A bíblia menciona a maquiagem em II Reis 9:30 quando Jezabel (aquela coisa ruim mesmo!) pintava os olhos e esperava Jeu e em seguida seria morta e em Gênesis 24: 22 Rebeca recebeu jóias do empregado de Abraão. Nos tempos bíblicos as mulheres egípcias, assírias e hebréias, pintavam as unhas com hena e pintava os olhos. A maquiagem é usada mais pelas ocidentais (batom, sombra, lápis e etc.) e ao usar o texto de Isaias 03 como argumento, tem que ver o contexto e o fato narrado. Deus estava condenando as mulheres não pelo o que usavam e sim como foi comprado todas aqueles jóias, vestes, bolsas, perfumes, etc. Isaias 3:14 fala que as autoridades estavam roubando o povo e as mulheres se deleitavam com jóias compradas de corrupção. É isso que Deus condenava naquele instante(a corrupção). Os homens também se adornavam nos tempos bíblicos com anéis, filactérios e ornatos para a cabeça (keppar) e os judeus ortodoxos fazem até hoje, menos os homens cristãos que usam anel e uns um cordão ou pulseira.
• Pregam que o homem de maneira alguma deve transitar pelas ruas ou ambientes abertos (praia ou clube) de bermuda ou camisa de manga curta, pois mostra a sensualidade (sensualidade?) masculina e a mulher só roupas que cubram tudo (saia até a canela e blusa longa). Se vir com bermuda ou a mulher com a saia um pouco acima da canela vai logo dizer: “ta desviado irmão?” E também a respeito do comprimento do cabelo.

Refutação: muitos usam a passagem de I Ts. 5:22 para argumentar as vestes do homem. A bíblia não mostra quais são as vestes exteriores que o homem deve usar. Isso varia com a cultura de cada país. No exemplo o escocês usa skilt (saia masculina) para o brasileiro é escândalo, mas para a cultura deles não. Na áfrica as mulheres não usam blusas ou roupas que cubram os seios (isso varia de tribo) Nosso país é tropical e acho judiação o crente andar de blusa manga longa e calça o tempo todo, principalmente se for criança. Coitado do menino usando uma roupa dessas num estado quente como Piauí ou Ceará. E a menina? Nem se fala. Isso é pedir pra criança pegar uma desidratação, ou uma doença mais grave Deve usar esse tipo de traje sim! Mas na casa do Senhor. Fora da casa do Senhor o homem deve se vestir de um testemunho de crente, sendo humilde, bom marido, bom pastor (O mesmo vale para a mulher que deve se vestir com modéstia. Nem longo demais e nem curto demais). Nem a bíblia Sagrada menciona a respeito de cabelos. É uma pratica dos “super crentes”, pregar sobre o cabelo da mulher e do homem. Qual a medida do cabelo? Se a mulher nascer com cabelo curto por natureza, está em pecado? Lógico que não! Se for assim, ta ruim desse povo fazer missões “transculturais” porque é preciso se despir de sua cultura para ganhar almas pelo mundo afora.

• Os santarrões não aceitam o controle de natalidade (contraceptivo) porque acham que devemos povoar a terra e usam o capitulo de Genesis 38: 9 e 10 como argumento.
Refutação: Texto sem contexto é pretexto pra heresia. É o que diz a hermenêutica (ciência da interpretação bíblica). No versículo 08 do mesmo capitulo mostra que Onã não queria dar continuidade à descendência de seu irmão Er, (ambos filhos de Judá) e por conta disso o Senhor lhe tirou a vida. E isso foi no inicio da criação do povo de Israel e não tem nada a ver com os dias de hoje. A terra está densamente povoada e até demais. E outra coisa, Deus deu ao homem o livre arbítrio e não é pecado você ter o controle em sua família e o Senhor Jesus abençoa. Pecado é você colocar uma “penca de filhos” e eles passarem fome por causa da ignorância pregada por certos lideres que não se preocupam em estudar a fundo as escrituras.
Detalhe: para se tornar doutrina cristã é necessário repetir o mesmo versículo no novo testamento e tem que ter contexto bíblico. Se o contexto for isolado, não é considerado doutrina. No caso de Onã e Er é fato isolado e não pode ser considerado doutrina Cristã.
• Se o crente adoece ou passa por uma situação financeira, vai logo falando: “o irmão fulano ta em pecado”.

Refutação: Isso é conversa de triunfalista ou praticante da confissão positivista que não aceita que o crente passe por luta. A bíblia mostra em João 16:33 que o crente passará por aflições. Isso foi Jesus quem falou, mas também falou para termos animo, pois assim como ele venceu o mundo, nós também venceremos em seu nome. E agora tem uma novidade! Muitos agora pregam que há um demônio que não sai nem com jejum e oração. É o devorador que só sai com a contribuição de ofertas e os dízimos. E o que Jesus falou em Marcos 16:17 e em Lucas 10:17-20? Cuidado pra não criar heresia nova por ai! Nem toda adversidade é consequência de dizimo e oferta. Pois o dizimo na graça é dado pela fé e não por obrigação e também nem toda doença é fruto de desobediência mas sim, permissão de Deus pra provar o ser humano.

• Se alguém se desvia ou vai para outra igreja, eles são orientados a não terem contato com o desviado (ainda sofre disciplina pode isso?) ou se tiver em outra igreja é tratado como incrédulo .

Refutação: A bíblia mostra que quando alguém se afasta dos caminhos do Senhor é como uma ovelha que se ausenta do rebanho e o pastor vai atrás dela e não enxotá-la. No caso de ir para outra igreja, ele não vai deixar de ser crente por isso. Prefere o que? Deixá-lo servir o Senhor em outro lugar, ou que a ovelha vai pro mundão ser marionete do diabo? Entre as seitas existentes, As testemunhas de Jeová, são instruídas para não ter contato com o “desassociado” que é assim que eles chamam seus adeptos e os santarrões fazem o mesmo. Cadê o amor no meio desse povo?
Detalhe: há uma exceção em caso de rebeldia. Ou seja, a ovelha se rebelar contra a igreja ou o pastor sem motivo algum ou cometeu escândalo. Nesse caso ocorre a disciplina, mas não devemos ignorá-lo e sim encorajá-lo a buscar ao Senhor!

• Segundos eles (santarrões), é pecado o crente usufruir a tecnologia, principalmente a televisão por ser a imagem da besta (imagem da besta?), internet (Orkut, MSN e sites) por levar ao ócio e não ter nada edificante.
Refutação – A bíblia mostra que devemos julgar todas as coisas, mas devemos reter o que é bom (I Ts. 5:21) a tecnologia pode ter muita coisa boa para o servo de Deus, por exemplo: pregações na TV e internet, louvores, sites evangelísticos, filmes evangélicos, (desenhos e estudos bíblicos). As igrejas usam recursos hoje em dia nos seus templos como: Data Show, DVD, Blu-Ray, computador e outros recursos. A IPDA tem vídeos no you tube (e olha que pregam contra a televisão. Pode isso?) algumas igrejas pregam que seus membros não usarem nenhum tipo de cartão de credito, porque leva ao endividamento. Como se não tivessem controle de seus gastos (I Co 11:28).

• Os “super santos” pregam que seus filhos não podem freqüentar escola, aprender a ler e escrever. Pois acham que se ficarem inteligentes, podem se afastar de Deus (porque a letra mata, mas o espírito vivifica. II Co. 3:6b)

Refutação: Meu Deus do céu! Quanta ignorância espiritual! Desde quando aprender a ler e freqüentar escola são pecados? Os pais devem criar e dar a melhor educação aos filhos. Eles devem aprender a ler e escrever, freqüentar uma escola, pois isso é direito garantido por lei e estamos debaixo da autoridade dos homens (Rm 13:1). Se o pai ou a mãe não der esse direito para o filho, os pais perdem a guarda da criança por abandono intelectual de incapaz (artigo 133 do código penal brasileiro cuja pena é de seis meses a três anos de prisão e em caso de morte, quatro a doze anos) e sem contar que é pecado! (“Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente”. I Tm 5:8). Eu lamentavelmente quando comecei a fazer teologia, fui tachado de herege e incircunciso de coração e que eu iria me desviar dos caminhos do Senhor. Realmente eu me desviei, mas foi do mundo e não de Cristo que é a rocha, meu Senhor e meu Salvador.

Detalhe: A letra em que se refere à passagem citada é a lei de Moisés. Pois se ela não era cumprida por completo, tirava a vida e a graça de Cristo veio para salvar o pecador. A lei foi sempre o motivo de discórdia entre judeus e gentios. Paulo defendeu a salvação pela graça e fé e não pela lei (Rm 3:21-26).

• Em suas orações os santarrões determinam, profetizam e amaldiçoam o diabo (amaldiçoam quem?) falam que tem ele aos seus pés, vão ao terreno do inimigo e tomam tudo que ele roubou.

Refutação: Agora foi o fim! Acham-se os super tudo e na verdade são super nada! Bom, vamos à bíblia. 1º Os discípulos falavam a Jesus a respeito dos feitos realizados por eles. Porem Jesus falou: “Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus (Lucas 10:20)” por nós mesmos, não teríamos força e autoridade, mas sim, é autoridade no nome de Jesus. 2º Só quem profetiza é quem tem o dom de profecia dado pelo Espírito Santo!(I Co capitulo 12 por completo) 3º como amaldiçoar o diabo se ele é a própria maldição? 4º Só quem determina algo na vida do crente é Deus. 5º e ultimo. O terreno do inimigo é o inferno e as regiões espirituais. É pura infantilidade o crente falar esse tipo de abobrinha.
Obs: O crente não tem o inimigo debaixo de seus pés e sim ele está debaixo dos pés de Jesus. Falar isso é uma interpretação errônea de Marcos 16 e Lucas 10:19. Que diz que os discípulos pisarão em serpentes e escorpiões. Na verdade o texto quer dizer é que nós estaremos protegidos e preparados contra as investidas de satanás. (contexto figurado e não literal)

Conclusão

Infelizmente muitas destas pessoas que pregam santidade demais, legalismo extremo e impedindo de outras pessoas de adorarem ao Senhor Jesus, tiveram um fim trágico. Uns se desviaram e outros se apostataram da fé. Paulo em sua carta os Gálatas, relata muito na liberdade Cristã e na graça em que vivemos, pois afinal de contas, nós temos a liberdade de cultuar a Deus e servir ao Senhor Jesus pela fé. O Pastor Silas Malafaia da Assembleia de Deus da Penha falou a seguinte frase “Sabe o que sustenta uma igreja hoje? A palavra de Deus e não um conjunto de regras e dogmas feito pelo homem”. Adore ao Senhor Jesus quer seja pentecostal, metodista, batista ou presbiteriano. A graça do Senhor em que vivemos permite uma adoração livre e sem cargas, pois fomos chamados para ser livres e não escravos de leis e costumes anti-biblicos, que geram opressão a ovelha.
(“Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino”. I Co 13:11)

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NUNCA GANHAREMOS O BRASIL À CRISTO?

 

Jornalista Maurício Zagari expõe seus pontos de vista e tese

NUNCA GANHAREMOS O BRASIL PARA CRISTO

Ouço frequentemente uma conclamação feita nos mais variados recônditos do universo evangélico: Vamos ganhar o Brasil para Cristo!!! Bem, lamento informar, mas nós nuncavamos ganhar o Brasil para Cristo. E antes que você, espantadíssimo com minha falta de fé, me acuse de derrotismo ou mesmo de estar a serviço do mal, deixe-me explicar.

Como não acredito na doutrina da confissão positiva (o hábito antibíblico de “decretar a vitória”, “profetizar a bênção” e “tomar posse pela fé” que, se você não sabe, foi incorporado ao cristianismo a partir de práticas de religiões pagãs da Nova Era – mas essa é outra conversa) nao vejo dolo em fazer essa afirmação, que é fruto de uma observação bíblica, histórica e contextual. E justifico minha posição, apresentando aqui as razões pelas quais não creio que o Brasil será ganho para Cristo:

1. Aspectos biblicos:

A Bíblia nunca promete que nações inteiras se converteriam ao Senhor em nossos dias. Ela fala: “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mt 24.14) mas em momento algum promete que isso resultaria em conversões em nível nacional. Anunciar o Evangelho é uma coisa. Ele resultar em conversões é algo bem diferente. Pelo contrário. Como já abordei no post Louvados e glorificados sejam os números, a Palavra de Deus é clara ao afirmar que a minoria herdaria o Reino dos Céus:

–> “Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram” (Mt 7.13,14).

–> “Alguém lhe perguntou: ‘Senhor, serão poucos os salvos?’. Ele lhes disse: ‘Esforcem-se para entrar pela porta estreita, porque eu lhes digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Quando o dono da casa se levantar e fechar a porta, vocês ficarão do lado de fora, batendo e pedindo: ‘Senhor, abre-nos a porta’. ‘Ele, porém, responderá: ‘Não os conheço, nem sei de onde são vocês’. “Então vocês dirão: ‘Comemos e bebemos contigo, e ensinaste em nossas ruas’. “Mas ele responderá: ‘Não os conheço, nem sei de onde são vocês. Afastem-se de mim, todos vocês, que praticam o mal!’.”. (Lucas 13.23-27).

–> “Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino” (Lucas 12.32).

–> “Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos” (Mt 22.14).

Ou seja: não há na Bíblia nenhuma promessa ou sugestão de que haverá multidões de salvos entrando em nível nacional pelos portões do Céu. Não: a salvação é para poucos. Repare que na parábola do semeador (Mt 13) a maioria das sementes não frutifica, apenas uma pequena parte delas germina e dá frutos.

Gostaria eu que fosse diferente. E temos sempre que fazer de tudo e empreender todos os nossos esforços para que o máximo de pessoas receba a mensagem da Salvação. Temos que pregar o Evangelho a toda criatura. Mas no que tange à Biblia não posso afirmar o que ela não afirma só porque me faria sentir melhor. A verdade é o que é.

2. Aspectos históricos.

Fala-se muito de avivamento, de pátrias que foram sacudidas pelo poder do Espírito e que se transformaram em nações cristãs de fato, com milhares de conversões e manifestações inefáveis do poder de Deus. Isso é verdade. Moveres sobrenaturais de Deus levaram alguns países, em períodos determinados da História, a buscar coletivamente uma aproximação maior de Cristo e uma vida de santidade. Foi assim no Primeiro e no Segundo Grande Despertamentos dos séculos 18 e 19, por exemplo. Mas minha pergunta é: como estão essas nações hoje?

A verdade nua e crua? Espiritualmente falidas.

Os Estados Unidos, avivados pela pregação de bastiões como Jonathan Edwards e George Whitefield, são hoje um país cristão não-praticante, pérfido, devasso e sem nenhum tônus espiritual, que fez o que fez no Oriente Médio sob a direção de um presidente supostamente evangélico. Um país onde a Igreja tem aceito a ordenação de bispos cuja orientação sexual em outras épocas jamais seria aceita e que inventou a Teologia da Prosperidade. Um país espiritualmemte e moralmente em bancarrota, que exporta para o mundo filmes, programas de TV e músicas abomináveis pela moral bíblica.

Já a Inglaterra, país que na época de John Wesley se viu renovado espiritualmemte, hoje mal se lembra que há um Cristo. No restante da Europa, encontramos países como Espanha e Portugal, com menos de 1% de cristãos reformados. Nos berços da Reforma Protestante, Alemanha e Suíça, a Igreja evangélica tornou-se uma entidade fantasma, com igrejas vazias e nenhuma influência sobre a vida da sociedade.

E isso falando de nações que estão debaixo de nossos olhos. Se voltarmos alguns séculos no passado encontraremos os países do Oriente Médio com quase toda a população cristã. Você talvez não saiba disso, mas até o século VI d.C. regiões que hoje compõem países como Turquia, Irã, Iraque, Marrocos e Arábia Saudita, atualmente considerados não-alcançados pelo Evangelho, tinham suas populações quase que totalmente cristãs. Até que veio o islamismo e tomou esses países,  transformando-os em nações muçulmanas.

O resumo da ópera é que para se “ganhar uma nação para Cristo” é preciso um milagre. Não só um milagre de  conquista, mas um milagre de preservação. Ou seja: reconquista diária. E milagres são a exceção, não a regra.

3. Aspectos contextuais (atuais)

Este é o ponto principal desta reflexão. Para que se pregue o Evangelho a uma pessoa pecadora, mais do que proclamar a Verdade é preciso viver a Verdade. Se eu sou um homem notoriamente devasso, mentiroso, pérfido e sem caráter, de nada adiantará eu chegar para alguém e pregar o Evangelho. Pois ele dirá “ser cristão é isso aí? Tou fora, fala sério!”. E essa mesma realidade se aplica a uma nação. Para que a Igreja de Jesus evangelize uma nação e a “ganhe para Cristo”, ela tem que dar o exemplo. Isso é imperativo. Mais do que pregar a Verdade, tem que viver a Verdade. E é com muita dor no coração que constato que nós não temos feito isso. Não temos sido exemplo. Compartilho alguns sintomas que me mostram que a Igreja brasileira não está capacitada para ganhar a nação para Cristo:

●  A maior parte da Igreja visível no Brasil de hoje é espiritualmemte flácida e complacente com o pecado: o comportamento visível dos cristãos diante da sociedade não tem sido muito diferente do comportamento dos não-cristãos. Em geral, somos agressivos, arrogantes, vingativos, mentirosos e egocêntricos. Fraudamos impostos, passamos cheques sem fundos, não honramos nossa palavra. Nossos seminaristas colam nas provas. Não cedemos lugar no ônibus para o idoso, fingimos que não vemos o mendigo, jamais emprestamos o ombro a um órfão sequer e muito menos a uma viúva. Articulamos dentro das igrejas para conseguir ocupar cargos de destaque. Usamos a sexualidade de modo tão mundano como qualquer personagem da novela das oito. Nossas conversas são torpes, falamos mal dos outros pelas costas, jogamos irmãos contra irmãos, contamos anedotas pesadas e fazemos piada com a manifestação dos dons do Espírito Santo. E por aí vai. Uma Igreja assim não tem a menor moral de pregar o arrependimento de pecados para o mundo: primeiro ela própria tem de se arrepender.

● O modelo de igreja predominante no Brasil não forma cristãos sólidos. Como afirmou este ano em uma de suas palestras na Conferência da Sepal o Bispo Primaz da Igreja Cristã Nova Vida, Walter McAlister, o modelo de igreja-show não forma discípulos de Cristo. Enquanto formos aos cultos apenas para assistir a algo que se passa num palco e não para participar; enquanto não nos submetermos a um discipulado radical; enquanto não resgatarmos o papel de família de fé das nossas igrejas, nunca conseguiremos formar cristãos minimamente capazes de viver e compartilhar com eficiência sua fé com uma pessoa, que dirá com uma nação.

● O evangélico brasileiro não gosta de ler. Lidos sob o poder e a iluminação de Deus, livros são o alicerce da transformação. Mas nossos jovens preferem videogames, televisão, internet e no máximo inutilidades como a série “Crepúsculo” do que livros essenciais para a formação de um caráter cristão. E sem uma mente bem formada nos tornamos incapazes de pensar uma nação. Quanto mais transformá-la. O poder de Deus age, mas age por intermédio de seres humanos – que precisam ter bagagem intelectual para explicar e transmitir. E ainda lemos muito menos do que deveríamos. E a qualidade do que lemos, em geral, deixa muito a desejar.

● Somos analfabetos bíblicos. Uma pesquisa recente feita entre os líderes de jovens de certa denominação mostrou que menos de 30% deles tinham lido a Bíblia toda. Repare: estamos falando de líderes! Aqueles que deveriam ensinar os outros! Se não lemos, não conhecemos, e se não conhecemos… o que vamos pregar? Nossa teologia é formada a partir daquilo que ouvimos em corinhos, assistimos em péssimos programas evangélicos de TV, lemos em frasezinhas soltas no twitter e em adesivos de automóveis. Mas são poucos os que realmente se dedicam ao estudo sistemático e aprofundado das Escrituras. Então vamos ganhar o Brasil pra Cristo, mas… que Cristo? Se não conhecemos o Cristo segundo as Escrituras o apresentam, que Cristo é esse que estamos pregando? Se não entendemos a Palavra por não conhecê-la, que Palavra é essa que estamos pregando? Sem conhecer a Bíblia não temos absolutamente nada a oferecer em termos espirituais à nação.

● Grande parte da Igreja evangélica brasileira é egocêntrica. Ora por si e pelos seus. Pede bens materiais, emprego, carro e casa própria em suas orações. Quer a cura de suas enfermidades. Mas não se dedica muito a interceder pelo próximo, orar pelo arrependimento dos pecados e buscar sanar os males da sociedade. Não ora pelos pobres. Não estende a mão ao faminto. Não olha para o próximo. Não se devota. Não considera o outro superior a si em honra. E ganhar uma nação para Cristo exige olhar, antes de tudo e antes de si mesmo… para a nação.

● A Igreja está hedonista. Quer prazer. Quer alegria. Quer ser feliz da vida. Quer emoção. Que louvores vazios mas emocionantes. Quer cantores carismáticos, mesmo que pouco espirituais. Quer shows e não momentos de intimidade com Deus. Quer se sentir bem. Quer cultos que atendam às suas necessidades. Quer pregações que a faça sorrir. Quer enriquecer e ter uma vida abastada. Só que antes de ganhar uma nação para Cristo temos que chorar muito, nos humilhar, esquecer o que nos faz bem e buscar o que faz bem à nação. E orar. Orar! A Igreja hoje celebra muito, canta muito… mas ora de forma mirrada, esquelética. Só que pouca oração e muita celebração não farão nação alguma se converter. Se ganharmos o país para esse modelo de cristianismo o que faremos é transformar o Brasil numa grande rave gospel, com festa atrás de festa, celebração após celebração e pouca ou quase nenhuma vida íntima com Cristo.

● Grande parte da Igreja tem pregado um evangelho mentiroso.  O que se tem divulgado é um Jesus fictício, complacente, eternamente alegre e exultante, que nos garante “plenitude de alegria, todo dia”. Mas o Cristo de verdade quer que tomemos nossa cruz para segui-lo. Que morramos para nós mesmos. Que deixemos pai e mãe para ir após Ele. Mas a nação não quer fazer nada disso. E para ganhar a nação para Cristo ela tem que saber que terá de abrir mão de muita coisa, de esvaziar-se de suas vontades e desejos e seguir um caminho de renúncia e muitas vezes de sofrimento. Ganhar a nação para Cristo significa propor a ela: tome sua Cruz e siga-me. Arrependa-se de seus pecados, abra mão de seu eu e mude de vida. Honestamente: é isso que temos pregado?

● A Igreja está dividida. A Palavra nos diz que “Se um reino estiver dividido contra si mesmo, não poderá subsistir” (Mc 3.24). Mas deixamos nossas paixões denominacionais suplantarem a unidade. Nós, pentecostais, fazemos piada com os tradicionais. Os tradicionais ridicularizam os pentecostais.  Todos menosprezamos os neopentecostais. Nos tornamos “anti” qualquer coisa que não sejamos nós mesmos. Nas tentativas de unir a Igreja perde-se tempo com discussões inócuas e vaidosas. Esquartejamos o Corpo de Cristo. E ainda assim queremos acrescentar uma nação inteira a esse Corpo? Como? Se não depusermos as hostilidades e buscarmos a unidade – verdadeira e sincera – uma nação ganha para Cristo sob esses moldes de igreja desunida seria um grande frankenstein.

● Nossas motivações são equivocadas. Queremos ganhar o Brasil pra Cristo não por amor às almas perdidas, mas sim para garantir nosso galardão no céu ou para finalmente fazermos parte do clube que representa a maioria e não a minoria. Queremos é estar por cima. Falta-nos, mais do que amor pelo Brasil, amor por cada brasileiro.

● Estamos tentando avançar na sociedade utilizando cargos políticos e legislações. Queremos ganhar o Brasil não para Cristo, mas para projetos de poder mascarados de cristianismo. E isso elegendo políticos supostamente comprometido com o Evangelho, fazendo marchas e protestos, usando de politicagens e chantagens políticas e organizando lobby no Planalto. E nada disso são armas espirituais. Nada disso nunca vai, de modo algum, glorificar o Senhor. Apenas cumprirá uma agenda política e nada mais.

Haveria muitos outros problemas que poderíamos desenvolver aqui, mas não quero me alongar mais. Não quero parecer um profeta do apocalipse, pintando um cenário pessimista. Minha intenção não é essa. Mas me atreveria a perguntar: será que os problemas que apontei acima são fruto da minha imaginação ou você consegue enxergá-los ao seu redor? Alguns poderiam dizer que o que escrevi não é nada edificante, mas… Há algo mais edificante que reconhecer nossos pecados para que possamos refletir sobre eles, arrepender-nos e consertar os erros? Não é isso que significa edificar? Construir? E, se preciso for, reconstruir? Parar de varrer a sujeira para baixo do tapete e acertar as coisas?

Há focos de resistência. Pequenos grupos que buscam viver uma espiritualidade real, profunda, desinteressada. Mas são grupos desconhecidos, pequenas igrejas escondidas, pastores que pregam para poucos e que proclamam o Evangelho como ele é, sem o desejo de agradar mais ao homem que a Deus. Cristãos que se abraçam e se amam de modo entregue e que se devotam à causa de Cristo e ao próximo. Esses são o remanescente fiel. São o último alento. Mas estão longe das câmeras de TV, das grandes gravadoras, dos eventos faraônicos, reunidos em silêncio, buscando a face de Deus sem fazer balbúrdia, sob as sombras do bem-aventurado anonimato. Eles são a semente da minha esperança.

Acredite: eu gostaria de que o Brasil fosse ganho para Cristo. Gostaria imensamente. Gostaria de viver numa pátria onde o Evangelho ditasse o procedimento das pessoas. Gostaria de poder afirmar: “Feliz é a minha nação, pois seu Deus é o Senhor”. Mas o que vejo ao meu redor não me permite fingir que está tudo bem. Não está. A Igreja de Cristo precisa se repensar e se acertar antes de empreender projetos de conquista. E isso urgentemente. Um exército desorganizado, desunido e despreparado não conquistaria nem um vilarejo, quanto mais uma nação.

Precisamos de um milagre. É caso de vida ou morte. E morte eterna. Precisamos nos arrepender dos caminhos pop e egoístas que estamos trilhando. Precisamos voltar a orar com um coração generoso. Precisamos nos humilhar. Precisamos clamar por misericórdia. Precisamos parar de tentar vencer o mundo no peito e na raça e tentar vencer, antes de qualquer outra coisa, nossas próprias concupiscências com o rosto no pó e os joelhos calejados. Essa luta não se vence com gritos, protestos, marchas, lobbies políticos e partidarismos, mas com lágrimas. Até caírem as escamas de nossos olhos e enxergarmos a dimensão espiritual que existe por trás da cortina da matéria continuaremos agindo como o servo de Eliseu, que não via o exército celestial do lado de fora de sua casa e desejava agir segundo os métodos do mundo e não os do Espírito.

Até lá, antes de pensarmos em ganhar o Brasil para Cristo, deveríamos nos preocupar em ganhar a nós mesmos para Ele. E isso diariamente. Pois é mediante a  transformação pessoal, de um a um, alma a alma, no campo do micro, que alcançaremos o macro. Caráter. Espiritualidade. Intimidade com Deus. Estudo aprofundado das Escrituras. Leitura de autores sérios. Menos exultações e mais contrição. Amor ao próximo de fato, comprovado em atos. Sem atitudes como essas, ganhar a nação para Cristo é um sonho distante. E, honestamente, impossível.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.