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Katy Perry e porque os filhos de pastores se afastam da vocação cristã de seus familiares

Pastores apontam razões que levam alguém envolvido com a igreja se decepcionar com a fé

Por Luciano Portela | Repórter do The Christian Post

Envolvida em vários questionamentos recentes sobre cristãos abandonam sua vocação, a ex-cantora gospel e agora estrela do pop Katy Perry, filha de pastor, foi o centro de uma reportagem que indicou por que filhos de pastores perdem a afinidade com a doutrina na igreja.

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    (Foto: Reuters/Mike Cassese)
    Katy Perry sorri durante entrevista em programa de TV de Toronto, em 2010.

Um dos principais motivos para a cantora ter sua fé questionada foi uma declaração recente de que ela não é mais cristã, somada aos argumentos de que o céu não existe para ela, nem ao menos o inferno ou um Deus “velho sentado em um trono”, que levaram alguns pastores a analisarem o fato, segundo o site Charisma News.

Entre alguns fatores, especialistas dizem em maioria que pessoas como a Katy Perry se decepcionam com a igreja ao perceber que expectativas ilusórias suas, como a fama, são edificadas acima de sua fé e da compaixão, trazendo prioridades compulsivas e gananciosas.

Em segundo lugar, ministros indicam que qualquer frustração vivida dentro da igreja pode abalar a fé de alguém aliado às atividades da congregação. As experiências negativas na igreja deixam cicatrizes que em algumas vezes não se fecham.

A ausência do pai ou da mãe, determinadas vezes ocupados com suas funções na igreja, pode dar abertura para um adolescente crescer sem amparo ou desorientado. Recentemente, a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, inclusive apontou a necessidade de Justin Bieber estar mais próximo dos pais, se quiser levar uma vida sem conturbações.

Por fim, uma fé mal trabalhada em casa, cheia de lacunas para a entrada de maus conselhos e ideias de pessoas de fora, que se dizem amigos, mas acabam desviando jovens cristãos para um caminho desregrado, consequentemente abandonando a igreja.

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Dentro desta realidade, especialistas dão dicas para que os pastores acreditem e coloquem mais em prática o que pregam aos filhos, além de passarem mais tempo com eles, enxergar e admitir o que o ministério desagrada na família, evitar expectativas irreais, e mostrar que o amor de Jesus Cristo é a maior motivação para estabelecer uma vida tranquila e sem preocupações.

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O QUINTO IMPÉRIO

O Esoterismo Fazendo História

“O Brasil está sendo chamado para tornar-se líder do mundo, reavivando a cultura. E isto é tão certo quanto Paris ter sido a herdeira de Atenas e de Roma. Assim o decidirá a Era de Aquário”

Yves Christiaen, escritor francês

Este texto, revisado, atualizado e adaptado a este livro, baseia-se na conferência O Quinto Império e a Ciência Universal, que proferi na Casa de Portugal de São Paulo, em 18 de maio de 1997, no seminário que organizamos para trazer estes dados ao público paulistano. A linguagem usada é coloquial e faz um resumo simplificado e despretensioso do que tratei nos capítulos subsequentes deste livro.

Senhoras e senhores:

Talvez nem todos conheçam a profecia do Quinto Império. Por isso, vou explicá-la.

Há cerca de 2.500 anos, quando o povo judeu estava subjugado e cativo na Babilônia, o imperador babilônico Nabucodonosor teve um sonho que o impressionou.

Viu uma estátua imensa, com a cabeça de ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e os quadris de bronze, as pernas de ferro e os pés em parte de ferro, em parte de barro. Uma pedra, não lapidada por mão humana, feriu a estátua nos pés e a esmigalhou. O vento levou todas as suas migalhas. A pedra que atingiu a estátua tornou-se uma grande montanha que envolveu toda a Terra.

Daniel, profeta hebraico, a pedido do rei e por inspiração divina, interpretou o sonho e disse que a estátua representava quatro impérios que iriam se suceder ao longo da história. O primeiro, de ouro, era o Império Babilônico. Depois dele, viria um reino inferior, de prata; em seguida, um terceiro império, de bronze e, após, um quarto reino, muito destrutivo, que seria “forte como o ferro, pois o ferro a tudo quebra e esmiúça; (…) Como o ferro quebra todas as coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará.” Esse, porém, seria um império dividido, pois seus pés eram formados por ferro e barro, que não fazem casamento. Finalmente, a rocha que fere os pés da estátua, cresce e envolve a terra, será o Quinto Império. Nas palavras de Daniel, “o Deus do Céu suscitará um reino que não será jamais destruído (…) subsistirá para sempre”.Várias interpretações têm sido feitas. Por exemplo, o rabino português Menasseh Ben-Israel, (1604-1657), amigo do padre António Vieira, afirmou que a profecia diz respeito a impérios que tiranizaram o povo judeu, sendo o primeiro o Babilônico, o segundo o Medo-Persa, o terceiro o Grego e o quarto o Romano; o quinto seria realizado pelo Messias judaico, quando viesse.Muitos cristãos também creem nessa mesma sequência de impérios (Babilônico/ Medo-Persa/ Grego/ e Romano); o de Roma teria sido o último antes da vinda de Cristo, a “pedra celeste” que veio destruir a glória dos anteriores e anunciar o reino eterno de seu Pai aqui na Terra.

Os quinto-imperialistas (como Fernando Pessoa, Padre Vieira e outros) creem na previsão do abade italiano Gioachino di Fiori: assim como houve uma “dispensação” de Deus-Pai ao gênero humano (por meio de Moisés e dos profetas), outra do Filho (por Cristo e os apóstolos), haverá uma dispensação do Espírito Santo, que se derramará sobre todos os povos e pessoas, inaugurando o Quinto Império, os “mil anos de felicidade” antes do Juízo Final.  (1)

Para haver essa dispensação, o Espírito Divino contaria com o trabalho de seres humanos: por exemplo, as duas testemunhas do Apocalipse, representadas no selo dos Templários como dois cavaleiros montados juntos no mesmo cavalo, ou o “Pastor de Almas” que Dante Alighieri apresenta em sua Divina Comédia. Mostram eles a necessidade de haver um ou mais seres humanos inspirados por Deus que façam o trabalho de organizar as bases dessa nova sociedade de paz.

O grande problema é que, nestes dois mil anos, todos os que tentaram organizar o “Reino de Deus” na Terra, na verdade quiseram fazer o reino de poder deles próprios – e por isso até hoje a humanidade está fragmentada em disputas, guerras fratricidas, pobreza e sofrimento.

Por exemplo, a partir da interpretação de que os quatro impérios já teriam passado, a Inglaterra passou a se considerar o Quinto Império, causando estranheza em Fernando Pessoa, que não via nesse país o nível de espiritualidade exigido; além disso, a Grã-Bretanha está em profunda decadência, pois o império britânico já praticamente se desfez e o norte-americano está em franco desmoronamento.

(Texto do livro HISTÓRIA SECRETA DO BRASIL – Vº IMPÉRIO : O MILÊNIO UNIVERSAL de Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco)

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Cresce a força das pastoras na igreja brasileira

No terceiro maior grupo religioso do Brasil, batistas abrem espaço para que as mulheres A revista Época deu amplo espaço…

por Jarbas Aragão

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Cresce a força das pastoras na igreja brasileira
Cresce a força das pastoras na igreja brasileira

No terceiro maior grupo religioso do Brasil, batistas abrem espaço para que as mulheres

A revista Época deu amplo espaço para a questão da ordenação feminina, que ainda divide muitas igrejas e denominações pelo país. Uma das provas do crescimento da influência das pastoras foi a recente decisão da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB).

A Convenção Batista Brasileira (CBB), segundo maior grupo evangélico do país, é historicamente resistente à presença de pastoras em seus quadros. Dentre os 10.356 filiados, existem apenas dez mulheres. Contudo, em 22 de janeiro, a OPBB aprovou o ingresso de mulheres na entidade. A tendencia é aumentar a força das pastoras. Existem muitas que são reconhecidas pelas suas igrejas locais, mas não tinham a aprovação oficial da denominação.

“A decisão da Ordem facilita o caminho para a ordenação de outras mulheres que atendem ao chamado de Deus”, diz Zenilda Reggiani Cintra, da Igreja Batista Esperança, em Taguatinga, Distrito Federal. Formada em teologia desde 1980, Zenilda é casada com o pastor Fernando Cintra. Foram necessários 24 anos para ela ser reconhecida pela igreja e passar a usar o título de pastora.

A revista, contudo, se confunde ao tratar todos os batistas como um bloco homogêneo, ignorando as diferentes denominações que levam o nome de batista e que tomam decisões de forma autônoma. Mesmo assim, o fato da CBB, uma das denominações mais conservadoras do país mudar de opinião inegavelmente tem sua influência sobre os evangélicos como um todo.

“Hoje, as igrejas estão em permanente diálogo. Decisões como essa têm impacto sobre todos os grupos”, acredita Sandra Duarte de Souza, teóloga e professora da Universidade Metodista de São Paulo.
O debate acirrado sobre a inclusão (ou não) das mulheres na liderança de grupso religiosos não se restringe ao Brasil. O tema ganhou força a partir do século XX, um reflexo da mobilização das mulheres para terem posição de igualdade dentro da sociedade.

O teólogo presbiteriano Augustus Nicodemus Lopes tem escrito sobre o assunto e classifica as opiniões como “diferencialistas” (contra) e “igualitaristas” (a favor). Ambos usam trechos bíblicos para defender suas posições.

Os diferencialistas defendem que homens e mulheres foram criados com papéis distintos e que cabe ao homem exercer autoridade em casa e na igreja. Já os igualitaristas são favoráveis à participação mais ativa da mulher nas religiões, alegando que as diferenciações resultantes do pecado original foram apagadas pelo sacrifício de Cristo.

Breno Martins Campos, professor de pós-graduação em religião da PUC de Campinas, enfatiza: “A localização do texto bíblico em seu contexto histórico permite outras possibilidades de interpretação”. A argumentação não está restrita ao campo da teologia.. A teóloga Sandra Duarte de Souza acredita que argumentos sociológicos são legítimos em uma discussão religiosa. “Os argumentos contra as sacerdotisas só encontram acolhida hoje porque ainda vivemos numa cultura patriarcal”.

Ao longo do século XX, as mulheres foram conquistando maiores espaços nas denominações evangélicas. Nas Assembleias de Deus dos Estados Unidos, as primeiras pastoras foram reconhecidas na década de 1930. Nas décadas seguintes, o mesmo ocorreu nas igrejas metodistas, presbiterianas e luteranas. Isso acabou influenciando as igrejas Metodista, Evangélica de Confissão Luterana e Presbiteriana Independente, no Brasil, que também aceitam mulheres como pastoras.

Nas igrejas pentecostais e neopentecostais, a presença de pastoras é mais comum. Algumas delas como Ana Paula Valadão e Cassiane ficaram famosas por conta de sua carreira como cantoras. O sociólogo Gedeon Alencar, um estudioso das Assembleias de Deus, explica que essa prática não representa uma inclusão real, pois muitas vezes exclui do sacerdócio as mulheres sem laço familiar com pastores. A teóloga Sandra pensa diferente, defendendo que a ordenação de mulheres de pastores “ajuda a mudar as concepções sobre o papel da mulher na igreja”.

O assunto está longe de chegar a uma definição, mas a mudança de postura entre os batistas certamente é um passo importante para que em breve o quadro mude mais ainda.

Com informações de Época e Gospel Prime