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Fumantes podem estar mais sujeitos a desenvolver diabetes

Pesquisa feita em faculdade nos Estados Unidos mostrou que a nicotina impediu comunicação entre o cérebro e o pâncreas de ratos

 

R7
Medicamentos para diabetes podem ajudar a parar de fumar

Medicamentos para diabetes podem ajudar a parar de fumar

Pixabay

A nicotina pode contribuir para o desenvolvimento de diabetes, segundo pesquisa desenvolvida na Escola de Medicina de Icahn no Monte Sinai, nos Estados Unidos, e publicada recentemente na revista científica Nature.

Os pesquisadores verificaram que a substância interferia na comunicação entre o cérebro e o pâncreas de ratos, causando altos níveis de glicose.

A nicotina ativa o mecanismo que prepara o animal para lutar ou fugir, isso gera uma liberação desnecessária de glicose, que em situações normais, seria usada como energia para essas atividades.

Ao longo dos anos essas descargas de glicose desgastam as vias de sinalização de insulina nas células, o que causa a diabetes.

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O principal responsável por esse processo é uma proteína chamada TCF7L2. Ela influencia a vontade de consumir nicotina e a comunicação entre o cérebro e o pâncreas, órgão responsável pela liberação de insulina, hormônio que controla a glicose no sangue.

Os pesquisadores estudaram a parte do cérebro encarregada das respostas ao estresse, a habenula, que é cheia de receptores de nicotina. Eles relataram que pessoas com dependência em nicotina, frequentemente possuem mutações nesses receptores.

A proteína TCF7L2 funciona como um interruptor de liga e desliga, acionando vários genes. Os ratos que perderam essa função consumiam, segundo os pesquisadores, quantidades gigantescas de nicotina.

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Essa proteína também está presente em outras partes do corpo e está associada à diabetes, não só pelo consumo de nicotina, mas por predisposição genética. Os pesquisadores descobriram que após a exposição à nicotina, os receptores de nicotina em ratos sem TCF7L2 eram menos sensíveis do que os de ratos normais.

Em condições normais, após a nicotina “ligar” os receptores, as proteínas entram em um estado de sono e os receptores ficam inativos por um tempo. Os receptores de ratos com TCF7L2 se recuperam mais rapidamente do que os dos ratos que não possuem. Os cérebros deles não respondiam da mesma maneira à nicotina.

Além disso, os pesquisadores descobriram que os neurônios do pâncreas levavam a habenula. Grande parte dos genes presentes nessa parte do cérebro controlados pela TCF7L2 estão envolvidos na regulação do metabolismo da glicose.

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Uma vez que a nicotina é conhecida por causar aumento nos níveis de glicose, a equipe se perguntou se essa proteína poderia influenciar na ação da nicotina. Eles descobriram que a redução dos níveis de TCF7L2 reduziu a capacidade da nicotina de aumentar o açúcar no sangue.

Uma das suspeitas é que a ligação entre a função de resposta ao estresse da habênula e a substituição da nicotina pode levar ao diabetes.

Os pesquisadores tentam agora descobrir medicamentos que modulem a atividade da TCF7L2 de forma direta ou indireta. Um deles é o sitagliptina, vendido como Januvia. É um medicamento para diabetes que impede a quebra da proteína a GLP-1, que está associada ao TCF7L2.

Os ratos medicados consumiram menos nicotina. Existem indícios de que pessoas que tomam Januvia têm mais facilidade para parar de fumar.

Existem outros medicamentos deste tipo. Os pesquisadores acreditam que podem ser uma boa alternativa para diabéticos fumantes.

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Mulheres denunciam pastor Fadi Faraj por abuso sexual

 

Pastor Fadi Faraj
Pastor Fadi Faraj

Quatro mulheres que frequentavam a igreja Ministério da Fé, em Taguatinga, acusam o pastor Fadi Faraj de assédio e abuso sexual.

Os casos teriam ocorrido entre 2005 e 2010, mas só vieram à tona recentemente. Fadi, que é suplente do senador José Antônio Machado Reguffe (Podemos-DF), é chamado de “apóstolo”, o cargo mais alto do templo religioso no qual a irmã dele – a ex-deputada distrital Sandra Faraj (PTB) – também prega.

Três das supostas vítimas fizeram denúncia à Promotoria de Justiça de Taguatinga, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), e começaram a depor nesta sexta-feira (18/10/2019), em processo que corre em sigilo.

Outra denunciante chegou a relatar os supostos abusos em vídeo gravado ao lado da mãe. Nas imagens, ela narra ter passado por um ritual de “quebra de maldição”, no qual o tratamento era feito por meio de relações sexuais para “afastar os demônios que estavam no corpo dela”.

A gravação foi feita em 2009, mas circulou nesta semana, quando o caso foi revelado pelo jornal O Livre, parceiro do Metrópoles em Mato Grosso. A reportagem também teve acesso ao material.

No vídeo, a mulher conta que se batizou na igreja do DF em maio de 2005 e, cerca de dois meses depois, foi convidada pelo pastor a participar de uma conversa. Ela e a mãe foram ao primeiro encontro.

“Ele pediu que eu preenchesse uma ficha de ‘quebra de maldição’. Primeiro, entrei com minha mãe. Depois, sozinha. Ele perguntou o que estava acontecendo. Eu disse que era mãe solteira, estava desempregada, morava com minha mãe e irmãos”, relata a mulher, na gravação.

A moça conta que os encontros ocorriam no “gabinete” de Fadi Faraj, o escritório dele na sede do Ministério da Fé, e que ela recebia livros e conselhos do pastor. Em uma das conversas, Fadi Faraj teria dito à mulher que ela estava “muito endemoniada” e precisaria de um tratamento “profundo”.

“Ele orou e começou a tocar meu corpo. Tocou meus seios. Depois, as partes mais íntimas. Disse que toda minha família ia ser libertada, que o problema estava em mim. Quando ocorreu a primeira relação dentro do gabinete, ele disse que o tratamento tinha que ser profundo, porque o demônio estava dentro de mim”, relata a moça.

De acordo com ela, os encontros duraram cerca de dois anos – de 2005 a 2007 –, inicialmente no escritório de Fadi Faraj. Depois, ocorreram em motéis. Os abusos, segundo a denúncia, aconteciam após o almoço, às terças e às quintas-feiras. De acordo com a fiel, Fadi a ajudava com o pagamento da escola para concluir os estudos e contribuía com quantias entre R$ 100 e R$ 200 quando eles se encontravam.

As investidas do apóstolo da igreja Ministério da Fé teriam cessado em 2007. Mas somente em 2009 – portanto, dois anos após o fim dos abusos –, quando a mulher ficou noiva e contou os possíveis abusos ao noivo, é que ela resolveu denunciar o caso. Segundo o vídeo, a situação teria sido levada a um Conselho de Pastores. “Eu achava que era para a quebra da maldição, que era pela minha família. Tinha pesadelos, era uma coisa diabólica”, disse.

As outras três denúncias contra Fadi Faraj foram protocoladas na Promotoria de Justiça de Taguatinga em 22 de agosto deste ano. As histórias são parecidas e também teriam ocorrido dentro do gabinete do pastor.

As mulheres dizem que, ao entrarem na sala para fazerem um tratamento espiritual por estarem passando por problemas, Fadi Faraj as teria “apalpado”.

“Estava em um culto na igreja quando o pastor me chamou para uma sala reservada. Começou fazendo uma oração com as mãos na minha cabeça, depois pegou nos meus seios, dizendo suspeitar de uma doença. Após isso, desceu a mão para minhas partes íntimas. Saí transtornada. Nunca mais voltei à igreja”, disse uma das mulheres nas denúncias ao MPDFT.

Nos três casos, as vítimas afirmam que Fadi Faraj ofereceu dinheiro para que mantivessem um caso extraconjugal. As quantias variaram de R$ 300 a R$ 500, conforme as denúncias.

Fadi Faraj atendeu a ligação da equipe jornalística do Metrópoles e disse que as acusações “são um absurdo, uma mentira”. “Meu Deus, não sabia dessas acusações. Só Deus vai saber por que estão fazendo isso contra mim”, disse.

Fadi Faraj e a irmã dele, a ex-deputada distrital Sandra Faraj, foram investigados no âmbito da Operação Heméra (deusa grega da mentira), que apurou, em 2017, um esquema de uso irregular de verba indenizatória, além da suposta cobrança de parte dos salários de servidores comissionados nomeados pela parlamentar – ou por indicação dela e do irmão – na estrutura do Governo do Distrito Federal (GDF) e da Câmara Legislativa. Porém, o caso foi arquivado pela Justiça.

Fonte: Metrópoles
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Justiça decreta prisão preventiva de professor de religião acusado de nove estupros

Um professor de religião de 41 anos está preso acusado de estuprar nove meninas, com idades entre 8 e 13 anos, de uma igreja evangélica - Reprodução/EPTVUm professor de religião de 41 anos está preso acusado de estuprar nove meninas, com idades entre 8 e 13 anos, de uma igreja evangélica
Reprodução/EPTV

A Justiça decretou a prisão preventiva de um professor de religião, que estava preso temporariamente desde 20 de outubro, acusado de estuprar ao menos nove garotas em Amparo (133 km de SP), com idades entre 8 e 13 anos.

A decisão ocorreu nesta sexta-feira (18), após a Polícia Civil concluir o relatório final do inquérito sobre o caso.

Segundo o delegado Fernando Ramon Betrucelli Moralez, do 2º DP da cidade, o acusado de 41 anos deve a partir de agora responder a todo o processo preso. “Isso foi feito para evitar risco de fuga, de novos crimes e garantir a segurança das testemunhas e vítimas”, afirmou o policial.

Os abusos das meninas foram descobertos quando uma delas comentou com a mãe que havia “sido tocada” nas partes íntimas pelo acusado. “O suspeito, até então, era uma pessoa acima de qualquer suspeita. Casado, com filhos, frequentador da igreja e professor de religião”, afirmou o titular do 2º DP da cidade à época da prisão do suspeito.

Após a mãe de uma das vítimas tomar conhecimento do suposto abuso, comunicou o fato ao pastor da 1ª Igreja Batista. Moralez acrescentou que o pastor chamou o professor de religião para confirmar a denúncia. Quando o suspeito foi questionado sobre o abuso, ele teria confessado, segundo o delegado. Por causa disso, a mãe da jovem registrou um boletim de ocorrência, em 19 de setembro.

O professor foi chamado à delegacia, onde, ainda de acordo com a Polícia Civil, confessou oito crimes. No dia 20, a prisão temporária de 30 dias do acusado foi decretada pela Justiça.

Resposta

Na ocasião da prisão do professor, a 1ª Igreja Batista de Amparo afirmou “estar triste”, além de condenar as nove acusações feitas contra seu agora ex-professor de religião. “Lidamos com o fato como tem que se lidar: informando e dando apoio às famílias das vítimas e procurando a polícia e Ministério Público”, afirmou por telefone um representante da igreja, que não se identificou.

Fonte: Agora São Paulo