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Psicanálise: História, Significado, Diferenças e Aplicações na Saúde Mental


Psicanálise: Significado e Origens

O termo psicanálise deriva das palavras gregas “psyche” (alma) e “análisis” (análise), refletindo seu propósito de investigar os processos inconscientes que moldam pensamentos, emoções e comportamentos. Desenvolvida por Freud, ela surgiu como resposta às limitações da medicina no final do século XIX, que não explicava adequadamente sintomas físicos sem causa aparente.

Como Freud Desenvolveu a Psicanálise para Tratar Traumas Emocionais

 

Autor Universidade da Bíblia

Freud percebeu que muitos sintomas físicos estavam relacionados a traumas psíquicos reprimidos no inconsciente. Ele desenvolveu o método da associação livre, permitindo que os pacientes falassem livremente, o que facilitava o acesso a memórias e desejos ocultos.

A História da Psicanálise e Sua Relevância no Autoconhecimento

Com obras como A Interpretação dos Sonhos (1899), Freud introduziu conceitos revolucionários, como o inconsciente, os pilares da psique (Id, Ego e Superego) e a transferência, que até hoje fundamentam a prática da psicanálise.

psicanálise, no contexto terapêutico, não apenas ajuda a resolver conflitos internos, mas também promove um autoconhecimento profundo que transforma a maneira como vivemos.


O Que Faz um Psicanalista?

psicanalista conduz sessões terapêuticas que exploram os pensamentos e sentimentos do paciente, interpretando conteúdos inconscientes manifestados durante a terapia. Esse profissional pode ter formação em psicologia, medicina ou outras áreas, desde que possua especialização em psicanálise.

Psicanalista: Significado e Diferença Entre Psicólogo e Psicanalista

diferença entre psicólogo e psicanalista está na formação e no enfoque terapêutico.

  • Psicólogo: Formado em psicologia, utiliza abordagens variadas como a terapia cognitivo-comportamental.
  • Psicanalista: Especializado na prática e teoria da psicanálise, com foco nos processos inconscientes.

Enquanto a psicóloga é uma profissional formada em psicologia, o psicanalista pode vir de diferentes áreas, mas é especializado na prática psicanalítica.

Como é realizada a psicanálise?

As sessões de psicanálise geralmente ocorrem em consultórios ou clínicas, com duração média de 45 minutos. Durante os encontros, o paciente é incentivado a expressar livremente seus pensamentos e sentimentos, enquanto o psicanalista interpreta conteúdos inconscientes manifestados. A frequência e a quantidade de sessões são determinadas conforme as necessidades individuais de cada pessoa.

Para que serve a psicanálise?

A psicanálise auxilia na identificação de conflitos internos e na compreensão de como experiências passadas afetam o presente. É indicada para tratar condições como ansiedade, depressão, dificuldades de relacionamento, baixa autoestima e comportamentos autodestrutivos. Além disso, contribui para o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal.

Conceitos fundamentais da psicanálise

A teoria psicanalítica introduz conceitos essenciais para a compreensão da mente humana:

  • Inconsciente: Parte da mente que abriga desejos, memórias e sentimentos não acessíveis à consciência, mas que influenciam comportamentos e emoções.
  • Id, Ego e Superego: Estruturas que compõem a psique. O Id representa os impulsos instintivos; o Ego, a parte racional que mediatiza entre o Id e a realidade; e o Superego, a internalização de normas e valores morais.
  • Transferência: Processo pelo qual o paciente projeta no terapeuta sentimentos e expectativas originados em relações passadas, sendo um elemento crucial na terapia psicanalítica.

Métodos de tratamento psicanalítico

A prática psicanalítica evoluiu ao longo dos anos, adaptando-se às necessidades do mundo contemporâneo. Hoje, ela se apresenta em diversos formatos e métodos.

A psicanálise utiliza diversas abordagens terapêuticas, adaptadas às necessidades individuais:

  • Psicodinâmica: Focada na resolução de problemas específicos, como depressão e ansiedade, com o terapeuta e paciente frente a frente.
  • Psicodrama: Envolve a dramatização de situações para explorar sentimentos e pensamentos subjacentes.
  • Terapia infantil: Aplicada em crianças e adolescentes para tratar questões como insônia, agressividade e distúrbios alimentares.
  • Terapia de casal e de grupo: Visa compreender dinâmicas relacionais e promover a resolução de conflitos.

 

Setting Terapêutico: A Base da Psicanálise

setting terapêutico é o ambiente estruturado onde ocorrem as sessões. Ele inclui fatores como a frequência, duração e o espaço físico, criando um ambiente seguro para explorar questões emocionais profundas.


Tipos de Terapia e a Psicanálise

A psicanálise é apenas uma das muitas abordagens disponíveis. Entender as diferenças entre tipos de terapia ajuda na escolha do método mais adequado para cada pessoa.

Tipos de Terapia Populares

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Focada na mudança de padrões de pensamento.
  • Psicoterapia Humanista: Voltada para o crescimento pessoal.
  • Terapia de Grupo: Trabalha dinâmicas interpessoais em grupo.

Especialização em Terapia de Grupo

especialização em terapia de grupo permite ao terapeuta conduzir sessões com múltiplos participantes. Essa abordagem é eficaz para explorar problemas relacionais e criar um espaço de aprendizado coletivo.


Psicanálise Online: Modernizando a Terapia

A tecnologia trouxe a terapia psicanálise online, tornando-a acessível para pessoas que vivem em locais remotos ou possuem rotinas apertadas. Os psicanalistas online mantêm os princípios do setting terapêutico, mas adaptados ao ambiente virtual.

Benefícios da Psicanálise Online

  • Flexibilidade de horários.
  • Acessibilidade para quem não pode se deslocar.
  • Conforto de realizar sessões em casa.

Autoconhecimento e Crescimento Pessoal com a Psicanálise

A psicanálise não é apenas para tratar transtornos mentais; é uma ferramenta essencial para quem busca compreender melhor a si mesmo.

Como o Autoconhecimento Psicanalítico Pode Melhorar Sua Vida

O processo ajuda a identificar padrões inconscientes que influenciam decisões e comportamentos, permitindo mudanças significativas e duradouras.

Investir no autoconhecimento com a psicanálise é uma forma de construir um futuro emocionalmente mais saudável e equilibrado.

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Principados e potestades do ar – Poderes físicos do ar

Conhecimento
ANTONIO CRUZ
A vida humana e a dos demais organismos pulmonares seriam impossíveis se a densidade do ar fosse diferente daquela que é.
8 DE OUTUBRO DE 2023 · 14h00
Bando de Plegadis falcinellus (morito comum) voando em formação sobre a foz do rio Ebro, Tarragona.  / Antônio Cruz.,

Bando de Plegadis falcinellus (morito comum) voando em formação sobre a foz do rio Ebro, Tarragona. / Antônio Cruz.

No Novo Testamento, os “poderes do ar” e Satanás são chamados de “príncipe dos poderes do ar” (Efésios 2:2) para se referir aos poderes espirituais malignos que se opõem à vontade de Deus. Nestes textos, o ar recebe conotações claramente espirituais ou metafísicas. Porém, o ar também é, do ponto de vista puramente físico, algo bom e necessário para a vida na Terra. É o primeiro presente que o Criador concede a cada recém-nascido para que comece a viver de forma saudável. Quase todos os bebês começam a respirar chorando, mas logo se acalmam ao descobrir a grande bênção de poder encher os pulmões de ar vital. Deus sabia, antes da criação do mundo, que o ar era necessário para a existência dos humanos e de outros seres vivos neste planeta, e é por isso que o projetou com tanta precisão. Vejamos algumas das principais características do ar atmosférico que nos permitem viver e que parecem perfeitamente calculadas para isso.

 

 

1.      Baixa densidade

A densidade do ar é a quantidade de ar por unidade de volume. Em condições normais e ao nível do mar, um litro de ar tem peso ou massa de 1,29 gramas. Isto significa que a sua densidade é de 1,29 g/l (= 1,29 kg/m 3 ). Esta densidade do ar diminui com o aumento da altitude, mas torna-se maior à medida que descemos para o mundo subaquático e respiramos ar comprimido. Conseqüentemente, sua densidade ao nível do mar é aproximadamente 1/800 da água. A densidade do ar não só muda com as variações na pressão atmosférica, mas também pode mudar com as mudanças na temperatura e na umidade. O ar quente é menos denso que o ar frio e, portanto, tende a subir, criando ventos e também possibilitando a subida de balões de ar quente. 

Pois bem, uma característica importante do ar que respiramos é a sua baixa densidade. Se fosse maior, o trabalho respiratório seria tão grande que não poderíamos realizá-lo e, portanto, não existiriam seres pulmonares na biosfera. Isto pode ser bem verificado ao mergulhar com garrafas metálicas de ar comprimido. Por exemplo, a cerca de 30 metros de profundidade, a pressão atmosférica suportada é de 4 atmosferas (ou kg/cm 2 ), enquanto ao nível do mar é de apenas uma. Nessas condições, a ventilação pulmonar do mergulhador que respira o referido ar comprimido é apenas 50% daquela da superfície. Além disso, à medida que a densidade do ar respirado aumenta, seu fluxo nas vias aéreas torna-se mais pesado e turbulento, dificultando a difusão nos alvéolos. Portanto, a vida humana e a do resto dos organismos pulmonares seriam impossíveis se a densidade do ar fosse diferente daquela que é.

2. Pressão atmosférica adequada

A pressão atmosférica é o peso da coluna de ar por unidade de área sobre qualquer lugar da Terra. Toma-se como referência o valor de referência que existe ao nível do mar, que é uma atmosfera (1 atm), e seria o peso da referida coluna de ar sobre uma superfície de um cm 2 . Portanto, uma atmosfera de pressão equivale a um kg/cm 2 , embora também possa ser medida em hectopascais (1.013 hPa), milibares (1.013 mbar) ou milímetros de mercúrio (760 mm Hg).

Como o peso e a densidade de um gás mudam com a pressão atmosférica, pode-se pensar que se esta fosse menor do que é atualmente, o trabalho ou esforço respiratório também seria menor. No entanto, existem razões sérias pelas quais isto não pode ser o caso. Em primeiro lugar, como já foi referido, se a pressão atmosférica fosse inferior aos actuais 760 mm Hg, ao nível do mar, a água dos oceanos, mares, lagos e rios evaporaria. Além disso, o referido vapor de água contribuiria para o efeito estufa, aquecendo dramaticamente a atmosfera. Entretanto, ao nível da estratosfera, este aquecimento seria aumentado pela radiação ultravioleta, que decompõe a água em hidrogénio e oxigénio, lançando-os para o espaço. Isto significaria a perda irreversível de água da superfície da Terra. Por outro lado, a necessidade de grandes quantidades de azoto, que retarda a combustão e evita incêndios espontâneos, também exige que a pressão atmosférica seja exactamente aquela.

 

 

3. Baixa viscosidade

A viscosidade de um fluido pode ser definida como sua resistência à deformação. Sabe-se que o mel ou o shampoo em gel, por exemplo, apresentam viscosidades muito superiores à da água (milhares de vezes maiores). Se a viscosidade da água for considerada igual a um  centipoise  (o “poise” é a unidade de viscosidade dinâmica), então a do mel seria em torno de 70 centipoise. Pois bem, o ar atmosférico ainda possui uma viscosidade muito baixa se comparado à maioria das substâncias e essa característica facilita muito a respiração dos seres vivos. A viscosidade do ar é cinquenta vezes menor que a da água, é menor que a de qualquer outra substância. É por isso que podemos respirar. Se fosse mais viscoso, seria impossível fazê-lo ou pelo menos a respiração seria limitada apenas a certos microrganismos. 

4. Compressibilidade do ar

A água pode ser tão pouco comprimida que, para fins práticos, é como se fosse incompressível. Porém, o ar, por ser gasoso, pode ser bastante comprimido e isso facilita a respiração. Os pulmões são como um fole que durante a inspiração aumenta o volume de sua cavidade e, portanto, diminui a pressão interna. Este trabalho de inspiração é realizado graças à contração do diafragma e dos músculos intercostais. Ao diminuir a pressão dentro dos pulmões, o ar de fora – que está em maior pressão – flui facilmente para dentro deles, permitindo assim a inalação. E, inversamente, quando os músculos intercostais e o diafragma relaxam, a expiração ocorre porque o volume pulmonar diminui, a pressão aumenta e o ar tende a sair dos pulmões. 

Portanto, o ar sempre flui ao longo de um gradiente de pressão, da área com maior pressão para a área com menor pressão. Essa compressibilidade do ar, assim como a pressão diferencial, é o que permite ao sistema respiratório realizar grande parte do trabalho respiratório. Enquanto a inspiração requer o esforço de contração do diafragma e dos músculos, a expiração requer apenas a ação elástica oposta, com quase nenhum gasto de energia.

5. O fenômeno da difusão

Como o ar respirado não consegue atingir os minúsculos alvéolos dos pulmões, a respiração também depende da difusão dos gases aéreos que ocorre nesse nível. A difusão molecular é um processo físico, típico de gases e líquidos, no qual um fluxo de átomos ou íons se origina de uma região de alta concentração para outra de baixa concentração, até que ambas as regiões se equalizem ou atinjam a mesma concentração. A taxa de difusão do oxigênio no ar é cerca de 8.000 vezes mais rápida do que na água. Exatamente o que é necessário para que a respiração seja eficaz. Se ambas as taxas fossem iguais, a respiração seria muito lenta e insuficiente para fornecer o oxigênio requerido pelo metabolismo celular. 

Então, primeiro, o ar ventila as passagens do aparelho respiratório, como traqueia, brônquios e bronquíolos, graças à sua densidade e viscosidade precisas; posteriormente, permite o transporte de oxigênio nos alvéolos e a coleta de CO 2  graças à alta taxa de difusão dos gases no ar. Portanto, o fenômeno da difusão dos gases atmosféricos é mais uma evidência da capacidade da natureza, mesmo nos mínimos detalhes, dos seres vivos respirarem ar. Este conjunto único de gases parece meticulosamente concebido com as propriedades precisas para permitir a nossa existência e a de tantos outros seres vivos.

Por ceticismo, alguns dizem que tal conclusão é pouco imaginativa e muito antropocêntrica. Poderão existir outros mundos com outros seres vivos além de nós capazes de possuir características físicas e químicas diferentes das da Terra, mas como não os conhecemos, acreditamos que somos os únicos e que as propriedades do nosso planeta também são únicas . No entanto, a acusação de “sem imaginação” também pode ser dirigida às ciências experimentais e, em particular, à exobiologia, uma vez que nenhuma delas propôs um cenário alternativo. Não existem modelos bem desenvolvidos na literatura científica que descrevam possíveis bioquímicas de outros mundos que não sejam baseados em carbono. Ninguém jamais projetou modelos alternativos de células vivas, com metabolismos diferentes daqueles que ocorrem na biosfera. Por mais que examinemos minuciosamente a tabela periódica dos elementos, não aparecem novas possibilidades químicas além daquelas que já conhecemos, nem metabolismos diferentes que funcionam na prática . No entanto, esta dificuldade dos investigadores em imaginar cenários alternativos funcionais constitui uma forte evidência a favor do paradigma antropocêntrico. O mundo em que vivemos parece desenhado exclusiva e especialmente para a vida e a humanidade. 

Publicado em: PROTESTANTE DIGITAL – ConCiencia – Poderes físicos do ar

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Evangélicos em Israel e Gaza: “Nossa fé em Jesus nos obriga a pedir a cessação de todas as atividades civis e militares violentas”

Mais vozes evangélicas no território se manifestam, enquanto o número de mortos continua a crescer e os ataques continuam”

GAZA · 11 DE OUTUBRO DE 2023 · 16h39

A fumaça sobe de vários pontos de Gaza após um bombardeio da força aérea israelense.  / Agência de Notícias Tasnim, Wikimedia Commons.,

A fumaça sobe de vários pontos de Gaza após um bombardeio da força aérea israelense. / Agência de Notícias Tasnim, Wikimedia Commons.

Mais vozes de cristãos e líderes de  entidades evangélicas  falam sobre a escalada de violência entre Israel e o Hamas à medida que os dias passam e o número de mortos e feridos continua a crescer. Já há mais de 1.200 pessoas que perderam a vida em território israelita e outras mais de 1.050 em Gaza, enquanto os feridos ascendem a pelo menos 2.700 e mais de 5.100 .

 

 

Além disso, a situação está agora a piorar, especialmente em Gaza, com o fornecimento de electricidade cortado, porque a única central de abastecimento da cidade parou a sua actividade devido à falta de combustível resultante do bloqueio do exército israelita, com cerca de 300.000 soldados destacados na fronteira com a Faixa,  em resposta aos ataques do Hamas .

“Minha família e eu estamos sentindo muito medo e ansiedade devido aos fortes bombardeios, e parece que nossa casa vai desabar a qualquer momento, é como se estivéssemos passando por um terremoto permanente”, explicou um residente cristão em Gaza à   organização  Puertas “Tentamos acalmar o terror dos nossos filhos abraçando-os e muitas vezes não conseguimos por causa da força dos golpes”, acrescenta. 

800 cristãos em Gaza

Na verdade, de acordo com a Portas Abertas,  existem “800 cristãos palestinos de diferentes religiões” em Gaza.  “As igrejas nesta cidade cancelaram todas as suas reuniões no fim de semana passado devido à guerra actual e aos bombardeamentos de aviões israelitas”, afirma a organização.

“Há dois dias que não conseguimos dormir porque os bombardeamentos são intensos à noite”, explica o cristão de Gaza com quem a Portas Abertas conversou, que considera que esta guerra é “diferente de qualquer ataque anterior”. “Ore para que o amor e a paz prevaleçam em nosso país e para a proteção de Deus […] para que a guerra acabe rapidamente, e que o Senhor supra todas as necessidades e possamos ser luz em meio a essa escuridão total e refletir a luz e o amor de Cristo em Gaza”, acrescenta.

“ O cerco de Gaza deve acabar”

Outra das vozes que  o Protestante Digital contactou  é a de  Jack Sara, secretário-geral da Aliança Evangélica do Médio Oriente e Norte de África e presidente do Bethlehem Bible College , na Cisjordânia, que catalogou a atual escalada de violência em “ conflito significativo e angustiante.”

 

 

Nesta situação, Sara apelou à cessação da violência para uma meditação renovada sobre passagens bíblicas como Salmos 46:1 ou Provérbios 2:6. “A nossa fé em Jesus, que nos ensinou a amar os nossos inimigos e a rezar por aqueles que nos perseguem, obriga-nos a apelar à cessação de todas as actividades civis e militares violentas que prejudicam tanto a população palestiniana como a israelita. Estamos entristecidos com os atos que visam civis, independentemente da sua nacionalidade, etnia ou fé. Oramos por um diálogo e mediação sinceros e de boa fé para a paz”, observou ele.

Para o chefe da Aliança Evangélica do Médio Oriente e Norte de África, é importante “abordar as causas profundas do problema” para alcançar uma “paz viável”, e coloca o foco no estatuto da Palestina. “Os palestinos têm vivido constantemente injustiças e deslocamentos há mais de 75 anos. O cerco a Gaza tem de acabar. A opressão, os muros, os cercos e a colonização não podem trazer segurança nem paz”, acrescenta Sara.

Num  escrito , ele também compartilha  vários motivos para orar . Entre eles menciona “a igreja em Gaza”, para que “possa ser luz e sal para a sua comunidade nestes dias”. Especificamente, ele pede orações por alguns dos alunos do Bethlehem Bible College, que estão na Strip. “Temos alguns estudantes e licenciados em Gaza e eles vivem numa situação desesperadora neste momento”, sublinha.

“ A paz e a reconciliação exigirão ouvir e trabalhar com todas as ‘partes’”

O representante da Aliança Evangélica Mundial na sede da ONU em Genebra,  Wissam al-Saliby , também respondeu a perguntas do  Protestante Digital  sobre como começar a falar de paz diante da situação e com o que as comunidades evangélicas locais podem contribuir. resto do mundo para o processo. “Além do discipulado e do testemunho do senhorio de Jesus Cristo, acredito que as igrejas evangélicas do Médio Oriente precisam de desenvolver a teologia e a prática da pacificação”, observou ele.

“No Líbano, bem como em Israel e na Palestina, existem iniciativas excepcionais para a paz, a reconciliação e a cura das feridas da violência. Mas estas iniciativas devem crescer e ser reproduzidas em maior escala. É nossa vocação sermos pacificadores e buscarmos o Seu Reino aqui na terra. Os crentes cristãos que experimentaram a reconciliação com Deus têm a vocação e o mandato na Terra Santa para reconciliar israelitas e palestinianos, para que a Terra Santa se torne mais parecida com o Reino vindouro”, diz Al-Saliby.

Quanto ao  apoio tradicional a Israel por parte de boa parte dos líderes evangélicos no Ocidente , Al-Saliby salienta que estes deveriam associar-se primeiro com “as igrejas e ministérios locais da Terra Santa e do mundo árabe que trabalham pela reconciliação e pela leiga”. os fundamentos de uma paz justa.” “O conflito sempre gerou muita polarização e desumanização. “A paz e a reconciliação exigirão ouvir e trabalhar com todas as ‘partes’ e criar oportunidades de diálogo, sem se esquivar de abordar a injustiça e a desigualdade sistémicas que alimentam o conflito”, acrescenta.

Neste sentido, Al-Saliby pede orações pelos “pacificadores locais e internacionais entre evangélicos e cristãos, bem como no mundo árabe e no mundo judaico”.

 

Publicado em: PROTESTANTE DIGITAL – Internacional –