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Documentos bíblicos são disponibilizados na internet

O acervo tem mais de 1,5 milhão de páginas e contém manuscritos em hebraico, grego e exemplares da Bíblia de Gutemberg

por Leiliane Roberta Lopes

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Documentos bíblicos são disponibilizados na internetDocumentos bíblicos são disponibilizados na internet

A Biblioteca do Vaticano e a Biblioteca Bodleian da Universidade de Oxford lançaram um site com mais de 1,5 milhão de páginas digitalizadas de documentos antigos.

O acervo traz mais de 1,5 milhão de páginas de documentos diversos, incluindo exemplares da Bíblia de Gutemberg, manuscritos hebraicos e gregos e até uma Bíblia alemã datada do século 15.

O projeto de digitalização dos documentos foi anunciado pelas bibliotecas no ano passado depois de quase quatro anos de trabalhos. Para poder digitalizar todos esses documentos foi necessário um investimento de 2 milhões de libras financiados pela Fundação Polonsky, que trabalha pela democratização da informação.

As duas bibliotecas se destacam pela quantidade de livros e documentos, a Biblioteca do Vaticano chega a ser uma das mais importantes do mundo e o acervo de Bodleian é o maior entre as universidades da Grã-Bretanha. Com informações EM.

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Escavações mostram que Arábia teve reinado cristão antes do Islã

A região de Zafar chegou a adotar o judaísmo como religião oficial até que foi tomada pelo Império Romano

por Leiliane Roberta Lopes

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Escavações mostram que Arábia teve reinado cristão antes do IslãEscavações mostram que Arábia teve reinado cristão antes do Islã

Arqueólogos da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, descobriram uma imagem que pode significar que a Arábia teve um rei que usava a cruz cristã como símbolo do seu poder.
A imagem aparece em uma parede monumental de um monarca ainda não identificado gravada pouco antes de 550 d. C, décadas antes do nascimento de Maomé.

O retrato de 1,70 metros de altura foi analisado por Paul Yule que escreveu um artigo para a revista científica “Antiquity” falando sobre o achado. Yule faz parte do Departamento de Línguas e Culturas Orientais de Heidelberg e contou com o apoio de outros arqueólogos para concluir o estudo nas ruínas de uma cidade antiga em Zafar, no Iêmen.

O homem mostrado na imagem pode ser o rei de Himyar, Zafar era a capital do reinado e ele se estendia por 2,5 milhões de quilômetros quadrados. Textos da época do Império Romano e algumas inscrições nativas chegam a falar desse reino perdido, mas há muitas partes dessa história que não foram reveladas.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo o que se sabe sobre o reinado é que ele faz parte de uma região que era estratégica para o comércio de especiarias, perfumes e objetos de luxo do oceano Índico.

De acordo com o arqueólogo, no século 4 d. C. muitos parceiros comerciais de Himyar passaram a adotar o cristianismo como religião, mas a nobreza local resolveu decidir qual religião aceitar de forma independente.

“Na época, como agora, religião e política estavam fortemente ligadas”, disse Yule lembrando que os nobres acabaram por decidir se converterem ao judaísmo.

Os pesquisadores alemães encontraram partes históricas sobre as disputas dos povos daquela região e perceberam que Himyar teve o reino tomado por Roma em 525 d. C. o que pode ter forçado a conversão do povo ao cristianismo.

Outros pesquisadores acreditam nesta versão, incluindo o historiador Glen Bowersock, da Universidade de Princeton. Para ele “não há dúvidas sobre a instalação de um regime cristão no sudoeste da Arábia entre os anos 525 e 560″.

Zafar foi abandonada e só voltou a ser povoada depois do ano 622 quando grupos tribais se mudaram para a região, na época o islamismo já estava em ascensão.

Moedas apresentam as imagens de Jesus mais antigas já descobertas

Descoberta arqueológica pode mudar história do cristianismo do século 1

por Jarbas Aragão

 

Moedas apresentam as imagens de Jesus mais antigas já descobertas
Moedas apresentam as imagens de Jesus mais antigas já descobertas

O arqueólogo e historiador Ronald Stewart está divulgando uma descoberta que pode mudar a maneira como a arqueologia vê a figura de Jesus. Ele acredita ter encontrado moedas datadas entre os anos 33 e 47 d.C. que trazem imagens da vida de Cristo.

O doutor Stewart explica que esse tipo de moedas cunhadas a mão eram parte de uma forma de arte popular, que teve início no tempo dos imperadores gregos, entre 336 e 300 a.C. O objetivo era fazer homenagens a pessoas importantes. Em geral, retratavam acontecimentos ​na vida de uma pessoa, com uma imagem do homenageado de um lado e o evento do outro. Esse tipo de objeto continuou sendo feito até o século 14.

As moedas encontradas por ele são de origem judaica. As imagens retratam uma série de eventos bem conhecidos da vida em Jesus, incluindo seus milagres e o julgamento perante Pôncio Pilatos. Portanto, de acordo com ele, são parte de uma série que ilustra “a vida, os milagres, a prisão, o julgamento, a execução e o sepultamento” de Jesus, conforme registrados nos Evangelhos. Calcula que seriam 50 moedas ao todo, por isso continua sua busca pelas que ainda faltam.

Ronald Stewart também é inventor. Para estudar essas moedas, usa um instrumento criado por ele mesmo para analisar desenhos macroscópicos. O aparelho fornece uma imagem 3D da moeda, que revela detalhes invisíveis ao olho humano.

Inicialmente, pensava-se que as moedas retratavam a vida de algum judeu importante, mas usando esse equipamento de alta tecnologia, Stewart foi capaz de obter mais detalhes sobre as ilustrações. Ele explica que só quem conhecia o relato dos Evangelhos pode entender as imagens. Como na época em que foram feitas, era grande a perseguição aos cristãos, possivelmente o artesão desenhou as moedas de tal maneira que só quem estava familiarizado com a vida de Jesus entenderia.

Trata-se de uma grande descoberta, pois a primeira imagem conhecida de Jesus foi encontrada na cidade síria de Dura Europos. Feita no ano de 235, retrata Jesus curando um paralítico. A primeira moeda conhecida que retratava Jesus era de ouro e só foi feita por volta de 692.

Stewart pretende colocar as que encontrou em exibição no ano que vem. Acredita-se que, se confirmada, sua descoberta será a primeira imagem de Cristo já retratada artisticamente. Não se tem notícia de qualquer desenho, pintura, ou escultura retratando Jesus feita nos primeiros dois séculos após a sua morte. Em grande parte por que os primeiros convertidos eram judeus e eles mantiveram a tradição religiosa de não fazer imagem alguma de Deus. Com informações Christian Telegraph.